INDUSTRIAL
Setembro 2020
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Usina 4.0: Santa Lúcia otimiza sua cogeração em tempo real DIVULGAÇÃO
Unidade produtora projeta ter a maior safra de sua história Com a projeção de ter a maior safra de sua história, com a moagem de 1,6 milhão de TC, a Usina Santa Lúcia, de Araras (SP), investiu na ampliação da cogeração e em melhorias de sua planta industrial. Na UTE foi implantado um turbo gerador com potência de 10MW (condensação) e um condensador evaporativo de 50 tvp/h. Na planta foram trocadas 4 caixas de evaporação de 500 m2 por 3 caixas de 1000 m2, passando para 6 efeitos; as esteiras de alimentação de bagaço foram alargadas; e o secador de 14.000 sacas/dia foi substituído por um de 25.000 sacas/dia. A usina segue focada em inovações otimizando a cada ano seus processos e, para tanto, iniciou a implantação do S-PAA, plataforma integrada de inteligência artificial que faz a otimização em tempo real da planta industrial, atuando em laços fechados nas malhas de
Rafael Ometto do Amaral, da Santa Lúcia; Josias Messias, diretor da ProCana Brasil e César Krug Ometto, da Santa Lúcia
controles existentes e em laços abertos rodando o PDCA Online. Inicialmente, o S-PAA será implantado na cogeração da Santa Lúcia, atuando através de Laço Fechado. A Santa Lúcia é a 49ª usina a instalar o S-PAA, inicialmente na cogeração atuando através de Laço Fechado. A implantação do S-PAA é prova de que os investimentos na usina não pararam, mesmo com a pandemia da Covid-19 e seus impactos no setor sucroenergético. “A Usina Santa Lúcia vai ter a maior moagem de sua história nesta safra. O resultado é fruto de um crescimento sólido, cauteloso e constante ao longo dos últimos anos com uma expansão
média de 3% ao ano em relação às áreas cultivadas. Muito trabalho foi feito no campo e hoje já temos uma produtividade de 3 dígitos em áreas próprias”, afirmou Rafael Ometto do Amaral, engenheiro de produção da companhia. Segundo Amaral, a companhia sempre tem como objetivo o crescimento seguro e constante. “Em um ano de crise não gostamos de deixar de crescer e em um ano de bons ventos procuramos não dar um passo maior do que a perna. Se observarmos o aumento de moagem ao longo dos quase 80 anos de história da usina, esse padrão fica bem claro”, elucidou. Assim, com mais produtividade no campo e mais matéria-prima, a compa-
nhia vem se modelando para se tornar uma usina 4.0 e manter-se competitiva no mercado, que está cada vez mais acirrado. “Com uma planta mais eficiente, aproveitamos ao máximo cada recurso disponível”, lembra Amaral. `Além da produção recorde, a companhia tem estimativas de produzir 100.000 toneladas de açúcar, 54.500 m³ etanol e mais 40.000 t de melaço. A usina cogera também uma média de 11 MW. “Após a instalação da turbina de condensação, que iniciou a operação na metade desta safra, o objetivo é atingir 16 MW e aumentar 30% a energia comercializada. Com a atuação do S-PAA, esperamos a geração de mais 0,5 MW, com um aumento de mais 6% na energia exportada”, explicou o engenheiro. Amaral afirma ainda que o investimento na implantação do S-PAA tem como principal objetivo dar maior estabilidade na pressão de vapor de escape e com isso proporcionar um aumento de geração de energia e economia de vapor. Atualmente a energia gerada em média na safra é em torno de 55.000 MWh, sendo comercializados 33.000 MWh e o restante é consumida internamente.
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