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04 Abrantes volta a receber a Feira Nacional de Doçaria Tradicional
05 Feira da Caça celebra e promove o património cinegético de Mértola 06 Há “Comeres D´aqui” no concelho de Loulé Feira da Caça em Mértola Celebrar e promover o património cinegético do concelho, assim como as suas potencialidades turísticas e económicas, é o objetivo da XII Feira da Caça, evento que vai decorrer no Pavilhão Multiusos Expo Mértola de 22 a 24 de Outubro.
07 Feira da Maçã de Armamar à espera de “muitos visitantes”
08 Estrelacoop promove evento gastronómico ‘I Borrego Serra da Estrela
DOP’
10 Maior evento gastronómico quer incentivar consumo e ajudar a restauração
12 Melgaço convida a conhecer os cogumelos de Castro Laboreiro
14 Festival Nacional de Gastronomia de Santarém entre os melhores da Europa
16 O Varosa tem “condições únicas para a produção da baga de sabugueiro”
Ficha técnica Ano XVIII | N.º 394
Periodicidade: Quinzenal
Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320
Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu
Redacção: Luís Pacheco
Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba
Júlio Sá Rego | Gabriel Costa
Departamento Comercial: Luís Cruz
Sede de Redacção: Lourosa de Cima
3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400
E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda
Administrador: José Luís Araújo
Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu
Capital Social: 5000 Euros
CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339
Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04
Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299
Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/
Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
18 Setor debate sustentabilidade dos olivais de alta densidade
24 V21Rural com missão cumprida e com vontade de apoiar novos empreendedores
26 Navigator promove diálogo sobre a proteção da floresta e a ocupação
sustentável do território
28 Novo sistema de gestão integrada entra em vigor em Janeiro de 2022
30 Projeto quer promover a adaptação climática e a sustentabilidades dos
solos
32 Professor do IP Viana do Castelo quer preservar e propagar espécies
frutícolas regionais
33 Banco de Terras para Pastores quer estimular produção de leite na Beira
Baixa
35 Na região da Padrela perspetiva-se uma boa produção de castanha
36 Lage Grande volta a receber Feira do Porco e do Enchido de Meruge 38 Feira dos Santos em Chaves regressa no “formato habitual”
De 22 a 24 de Outubro, na Esplanada 1º de Maio
Abrantes volta a receber a Feira Nacional de Doçaria Tradicional O caminho mais doce do ano vai dar a Abrantes, que volta a receber a grande montra da doçaria tradicional portuguesa. De 22 a 24 de Outubro a XIX Feira Nacional de Doçaria está de regresso à Esplanada 1º de Maio, no centro histórico em Abrantes, com um roteiro de três dias, bastante deleitáveis e calóricos.
Um dos eventos que mais faz crescer água na boca, está de volta no próximo dia 22 de Outubro e traz consigo uma agradável novidade. A “Doçaria a Pedido”, uma forma de dar a oportunidade de degustar este sublime certame, e se por algum motivo não consegue deslocar-se até à Feira da Doçaria, a feira vai até as pessoas, da forma mais doce possível. Apenas tem de ligar para um número que será disponibilizado atempadamente, escolher os doces que mais anseia saborear, realizar a sua encomenda e levantá-la num dos horários e locais estipulados para o efeito, ou até mesmo recebê-la na sua casa, a escolha é sua. Os doces conventuais e tradicionais são presenças que não podiam faltar este ano, bem como diversas atividades, animação infantil, exposições, oficinas de doçaria e atividades desportivas. Um cardápio recheado e pensado na envolvên-
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cia da comunidade e na oportunidade de ser uma porta aberta para visitantes de outras regiões, permitindo assim que os doces tradicionais de Abrantes fiquem na boca do mundo. Devido à pandemia de Covid-19, este delicioso itinerário de três dias, alberga consigo algumas medidas de segurança a serem aplicadas dentro do recinto da feira, nomeadamente a obrigatoriedade do uso de máscara, a existência de circuitos de circulação específicos, a proibição de consumo de doçaria e o aconselhamento à desinfeção das mãos continuamente. A Feira Nacional de Doçaria Tradicional, organizada pelo Município de Abrantes, em parceira com a TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo interior, realiza-se há 19 anos com o objetivo primordial de promover e valorizar a doçaria tradicional e conventual e os seus produtos endógenos. Neste evento, reconhecido a nível nacional, pretende-se enaltecer o que de melhor se faz no concelho de Abrantes, pelas mãos dos próprios doceiros, evidenciando assim o rico património gastronómico existente na região, sendo que diversos doces representativos do território português vão marcar presença neste certame, mas melhor que os revelá-los, é mesmo ir descobri-los.
Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 Email: novelgrafica1@gmail.com
De 22 a 24 de Outubro, no Pavilhão Multiusos
Feira da Caça celebra e promove o património cinegético de Mértola Celebrar e promover o património cinegético do concelho assim como as suas potencialidades turísticas e económicas é o objetivo da XII Feira da Caça, evento que vai decorrer no Pavilhão Multiusos Expo Mértola de 22 a 24 de Outubro. No evento, organizado pela Câmara de Mértola, retornam este ano os habituais espetáculos e a secção de gastronomia, ainda que condicionados às regras atuais em vigor e às recomendações da DGS.
A feira pretende também destacar a importância da atividade cinegética para o concelho, juntando “não só os amantes da caça, mas também os amantes do mundo rural, a conviver e a trocar ideias sobre as questões que afetam a caça, mostrando todas as potencialidades de negócio do setor cinegético no concelho. Além disso, a caça “é um setor e muito importante para o concelho de Mértola e uma atividade económica que proporciona emprego e gera riqueza”. Mas a Feira da Caça é também uma mostra dos produtos de excelência de Mértola, como o vinho, o pão, o mel, os enchidos, o presunto, o queijo, bem como ervas aromáticas e outros. Numa altura em que estão a ser levantadas as restrições da pandemia, a Câmara de Mértola está a preparar “toda a logística e organização da feira, bem como o espaço novo, de uma forma diferente e tentar proporcionar uma feira normal a todos os expositores, bem como a toda a população de Mértola e a quem visitar o concelho naquele fim de semana”.
Programa
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De 15 a 22 de Outubro
Quinzena Gastronómica decorre até 28 de Novembro
Há “Comeres D´aqui” no concelho de Loulé
Decorre até 28 de Novembro há “Comeres D´aqui - Quinzena Gastronómica do concelho de Loulé”. Este evento pretende promover e divulgar a integração dos produtos locais na gastronomia pelos restaurantes e pastelarias do concelho de Loulé, incorporando-os na confeção de entradas, pratos principais, sobremesas e pastelaria.
Com esta iniciativa a Câmara de Loulé espera que haja uma cooperação da parte de todos os agentes, no sentido de promover a restauração e pastelaria através de oferta diferenciadora e com qualidade, valorizando circuitos económicos de proximidade que contribuam para incentivar o desenvolvimento da produção local. Leguminosas, azeitonas, amêndoas, alfarrobas, figos, bolotas, uvas, romãs, medronho, mel, citrinos, aromáticas são alguns dos produtos que poderão ser incluídos na confeção gastronómica, utilizados diretamente ou nas suas transformações, como é o caso do azeite, as aguardentes, as compotas e outros. Refira-se que, no âmbito do evento, será produzido um roteiro dos restaurantes e das pastelarias aderentes que confecionem os seus pratos e doces, distribuído pelo público em geral. O concelho de Loulé oferece ao visitante uma panóplia de gostos e sabores, fruto da diversidade das produções no campo agrícola, pecuário e piscatório, uma vez que o Concelho abrange uma extensa área de Serra, Barrocal e Litoral. Rica e diversificada, mas simples, a cozinha e a doçaria do Concelho de Loulé são, de facto, valores a descobrir. Mais do que sol e praia o Concelho de Loulé tem para oferecer a todos os seus visitantes uma cozinha rica e variada, fruto das várias influências que decorrem da sua situação geográfica privilegiada. Explorar Loulé e as suas tradições implica mergulhar no fantástico mundo dos seus mil e um sabores, dos seus produtos coloridos e aromas incomparáveis. “Comeres D´aqui” é uma iniciativa integrada no Projeto Vitalizar, que visa a valorização dos produtos e recursos do território, apoiado pelo CRESC Algarve. Constitui mais uma oportunidade para alavancar o setor da restauração do concelho e apoiar os produtores locais.
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Idanha promove Semana da Alimentação com várias atividades A Câmara de Idanha-a-Nova promove, de 15 a 22 de Outubro, a Semana da Alimentação, numa organização conjunta com várias instituições, sob o mote “Bio & Local? É Lógico!”. A programação conta com atividades para o público escolar e para a comunidade em geral, desde seminários, workshops, visitas de campo, atividades gastronómicas, aula de aeróbica, concerto e atividades on-line.
A Semana da Alimentação tem o objetivo de promover uma alimentação saudável e sustentável na Bio-Região de Idanha-a-Nova, a primeira de Portugal. Esta é uma classificação que abrange toda a comunidade e a envolve na produção e no consumo de alimentos em modo biológico - cantinas escolares incluídas -, na opção por produtos locais, no incentivo aos circuitos curtos de comercialização, na promoção da agroecologia e no combate às alterações climáticas. As atividades para a comunidade incluem o Seminário “Política Alimentar da Bio-Região de Idanha-a-Nova” (16 de Outubro, às 9,30 horas, na ESGIN); a estreia do episódio “Heróis da Fruta - Melancia do Ladoeiro” (16 de Outubro, on-line); e o Concerto “La Renaissance – 500 anos da morte de D. Manuel I” pelo Coro Misto da Beira Interior, com direção do maestro Luís Cipriano (16 de Outubro, 17 horas, Igreja Matriz de Monsanto).
Entre os dias 22 e 24 de Outubro
Feira da Maçã de Armamar à espera de “muitos visitantes” Armamar prepara-se para receber a edição 2021 da Feira da Maçã. A iniciativa da autarquia local vai decorrer de 22 a 24 de Outubro em modo presencial, mas com um plano de contingência para salvaguarda da saúde pública. Assim, o espaço envolvente ao edifício do Tribunal volta a receber expositores, artistas, visitantes e muitos curiosos. A praça 25 de Abril foi alvo de obras profundas melhoram as condições em que o certame se desenrola. Recorde-se que o ano passado, por força das restrições impostas, a Feira da Maçã não se realizou nos moldes habituais. Em entrevista à Gazeta Rural, a vereadora da Câmara de Armamar, responsável pela realização da feira, diz que “há uma expectativa muito grande”, depois “de meses de desconfinamento” e impedimento de realizar eventos. Claúdia Damião acredita que haverá “muitos visitantes”, uma vez que “as pessoas estão ávidas de sair, de voltar à ‘nova’ normalidade”. Gazeta Rural (GR): Tendo em conta as circunstâncias, que feira da Maçã haverá em Armamar?
Claúdia Damião (CD): Há uma expectativa muito grande, depois de meses de desconfinamento e com interdição de realização de eventos. Por isso, esperamos que esta Feira sirva para cumprir o objetivo principal, que é a promoção do território, do concelho, da maçã, a rainha do evento, sem esquecer todos os outros produtos locais, como o vinho e o azeite. Esperamos também que este certame sirva para podermos confraternizar, para nos reencontrarmos e descontrairmos, proporcionando algum lazer, animação, desporto e cultura. GR: Há algumas alterações na disposição dos stands, mas também nos circuitos que os visitantes poderão fazer? CD: Apesar das orientações serem no âmbito do desconfinamento, estamos a preparar um plano de contingência que, de alguma forma, salvaguarda algumas regras de segurança, essenciais neste contexto. Neste quadro, o recinto onde a feira vai ser realizada foi requalificado, dispondo de melhores condições para a sua realização. Haverá mais locais de estacionamento, garantindo-se vários pontos de entrada e saída do recinto, permitindo, desse modo, uma circulação mais fácil, para além dos procedimentos habituais, como dispensa-
dores de álcool-gel e máscaras em locais estratégicos. GR: Tendo em conta a situação atual, que perspectivas tem para a feira? CD: Acredito que vamos ter muitos visitantes, uma vez que as pessoas estão ávidas de sair, de voltar a nova normalidade. Há momentos altos, como os programas de animação e de entretenimento cultural. Gostava de destacar a Caminhada e o Trail da Maçã de Montanha, onde temos pessoas inscritas de norte a sul do país para participar nestas duas iniciativas desportivas, que são momentos altos do programa da Feira. GR: Como está a ser a campanha deste ano, quanto à produção de maçã no concelho? CD: Felizmente temos um ano de boa produção. Houve pomares atingidos pelas condições climatéricas adversas, mas foi uma minoria. A colocação dos canhões anti-granizo, pela Associação de Fruticultores de Armamar, evitou situações piores, como aconteceu noutros anos. Diria que, em termos de quantidade, qualidade e calibre da maçã, é um bom ano. Esperamos, por isso, que haja proveitos significativos para os nossos fruticultores. www.gazetarural.com
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Participam restaurantes de vários municípios da região
Estrelacoop promove evento gastronómico "I Borrego Serra da Estrela DOP" A Estrelacoop - Cooperativa de Produtores de Queijo Serra da Estrela irá promover, junto dos municípios da região demarcada da DOP Serra da Estrela, um conjunto de iniciativas com intuito de dinamizar e valorizar mais um activo de grande valor na Região, como é o caso do Borrego Serra da Estrela DOP.
A primeira edição do Borrego Serra da Estrela DOP acontece no dia 29 de Outubro e no fim de semana prolongado de 30 e 31 de Outubro e 1 de Novembro, altura em que os portugueses aproveitam para visitarem as suas terras de origem ou optam por aproveitar para passearem. Serão quatro dias intensos de experiências gastronómicas tradicionais imperdíveis. O Borrego Serra da Estrela DOP é uma carne exclusiva da Região da Serra da Estrela, tenra e muito saborosa, para provar e aprovar num dos restaurantes selecionados para a primeira edição deste evento. É uma carne proveniente de borregos filhos de ovelhas de raças Bordaleira ou Churra Mondegueira, as únicas raças de ovinos com as quais é possível produzir o inconfundível Queijo Serra da Estrela DOP. A forma como estes animais são criados dá origem a uma carne macia e saborosa, texturada por uma gordura intersticial subcutânea bem distribuída, que se distingue da carne de borrego de outras regiões do país. Os borregos da raça Bordaleira podem ser encontrados nos pastos das colinas e vales da Serra da Estrela e estão na origem de hábitos culinários ancestrais nesta região, que vão desde a produção do Queijo da Serra da Estrela DOP aos típicos pratos como o Borrego à Canastra, o Ensopado de Borrego, entre tantos outros. Este evento envolve as várias organizações da região onde 8
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o borrego DOP é produzido, em particular os restaurantes, os hotéis, as câmaras municipais, as juntas de freguesia e os postos de turismo. A uns caberá a sua divulgação e dinamização, a outros caberá incluir, na sua oferta gastronómica, a confeção tradicional ou reinvenção de um prato com a carne de borrego DOP. Nesta primeira edição participam vários restaurantes dos municípios de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia, bem como algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu, que garantem nos seus menus, pelo menos, um prato confecionado com Borrego Serra da Estrela DOP. No website do evento - www.borregoserradaestreladop. pt – os interessados podem encontrar todas as informações úteis, sugestões de visita para prolongar a estadia na região e saber quais são os restaurantes aderentes.
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O TheFork Fest decorre até 28 de Novembro
Maior evento gastronómico quer incentivar consumo e ajudar a restauração O TheFork lança a nova edição do TheFork Fest, o maior evento gastronómico que conta com mais de 300 restaurantes em Portugal e seis mil em todo o mundo, oferecendo, em todos, um desconto de 50% em toda a carta. Esta edição tem como objetivo continuar a incentivar o consumo e ajudar a consolidar a recuperação da restauração. A decorrer até 28 de Novembro, em 11 países, com cerca de seis mil restaurantes parceiros na Europa, o evento vai oferecer desconto de 50% em toda a carta aos clientes, fomentando um potencial crescimento de 4.5%* nas reservas de restaurantes participantes, tal como se tem constatado nas edições anteriores deste evento.
Uma oportunidade para a restauração acelerar o seu negócio Os utilizadores do TheFork aderiram às iniciativas deste Verão para apoiar os restaurantes, que registaram números recorde de reservas (mais 29% em Julho e 22% em Agosto, em relação ao mesmo período em 2020), permitindo-lhes ultrapassar os registos pré-covid de 2019 (mais 12% em Julho e 17% em Agosto). Para expandir esta onda de crescimento dos negócios e na adesão por parte dos clientes nos meses de calor, o TheFork oferece aos restaurantes a oportunidade de participar no TheFork Fest, um evento que lhes permite aumentar a sua notoriedade e o volume de reservas. Este evento tem-se revelado um sucesso. De acordo com dados internos do TheFork, esta ferramenta promove um aumento de quatro a cinco vezes as reservas dos restaurantes participantes. Este ano, a ambição do TheFork é prolongar o seu apoio a esta área ao promover o crescimento das reservas de modo a atingir valores semelhantes aos pré-pandemia. Esta oferta permite aos restaurantes disponibilizar a sua gastronomia a uma audiência maior, atrair novos clientes e preencher os espaços em dias de menor fluxo. “O TheFork Fest oferece aos restaurantes uma solução eficaz para a situação de ‘mesas vazias’, uma questão complicada para os negócios que têm custos fixos significativos como o serviço, o produto, entre outros. Nos dias que correm, os clientes não são só atraídos pelo estilo do restaurante, a qualidade da comida ou o ambiente: o preço e as ofertas são, cada vez mais, um factor decisivo. Por este motivo, uma das soluções para as ‘mesas vazias’ é a proposta de ofertas 10
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especiais. Assim, ao receber mais clientes, a restauração vai amortizando os custos fixos ao maximizar o preenchimento dos espaços, aumentando assim as margens com o aumento de clientes e sem alterações nos menus ou na estrutura do negócio. Devido ao tráfego online de mais de 20 milhões de visitas mensais, os restaurantes conseguem aumentar a sua notoriedade e das suas propostas e ofertas, e atrair novos clientes. Cada vez mais, os clientes tornam-se habituais, e encorajá-los a mudar requer incentivos muitos fortes, como é o caso das promoções. O nosso objetivo com este evento é continuar a encorajar o crescimento e adesão à restauração, e assegurar que os utilizadores estão satisfeitos com a relação qualidade/preço disponível no TheFork”, explica Sérgio Sequeira, CEO Iberia & Latam region do TheFork.
Até 28 de Novembro o TheFork Fest volta a oferecer 50% de desconto em mais de 300 restaurantes parceiros em Portugal, numa iniciativa que pretende apoiar a área da restauração e fortalecer a tendência de crescimento que marcou o Verão.
Além de permitir aos restaurantes maximizar o impacto das ofertas especiais, o TheFork investiu neste evento através de uma alargada campanha de media que, ao despertar interesse no cliente, beneficiará não só os restaurantes aderentes, mas todos os parceiros do TheFork, já que a utilização da plataforma também irá aumentar.
Mais de 300 restaurantes a metade do preço Desde a sua criação que o TheFork aposta em oferecer oportunidades exclusivas aos seus utilizadores para viverem experiências únicas. Com o TheFork Fest, um evento gastronómico único, os clientes podem usufruir de restaurantes com desconto de 50% numa ampla variedade de restaurantes em Portugal e no mundo. Entre os participantes portugueses, destacam-se os restaurantes como o Nobre, Akla, La Trattoria, Espada e Jamies’s Italian, em Lisboa; Astória, Portucale, Torreão e Coma no Porto, entre as cidades com restaurantes participantes, podemos ainda encontrar Faro, Albufeira, Coimbra, Setúbal, Braga, entre outras.
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No dia 23 de Outubro, com inscrições gratuitas, mas obrigatórias
Melgaço convida a conhecer os cogumelos de Castro Laboreiro Um passeio micológico, um almoço e um workshop são as propostas de Melgaço para a terceira edição da iniciativa “Castros de leitura – Cogumelos Mágicos”, uma ação promovida pelo polo da Biblioteca Municipal em Castro Laboreiro, no próximo dia 23 de Outubro.
A ação será orientada por um biólogo que proporcionará a todos os participantes um workshop, durante o qual dará a conhecer as diferentes espécies de cogumelos existentes na região, bem como conselhos sobre a apanha deste produto gastronómico de qualidade, com o objetivo de sensibilizar
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para a valorização dos recursos micológicos de Castro Laboreiro e, ao mesmo tempo, promover os recursos turísticos, as paisagens e o património natural do concelho de Melgaço. A atividade acontece no âmbito do projeto “Castros de leitura”, uma iniciativa que tem como propósito desenvolver naquela biblioteca e na aldeia diversas atividades ao longo do ano, de forma a mobilizar a sociedade para a importância do património e da cultura castreja e incentivando a participação da comunidade local. O ponto de encontro da atividade será na Biblioteca de Castro Laboreiro. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória, até ao dia 21 de Outubro.
“Castros de leitura” Localizada no Parque Nacional da Peneda Gerês, a aldeia de Castro Laboreiro apresenta um enorme valor arquitetónico e uma paisagem natural de tirar o fôlego. Desde sempre que os castrejos defendem os seus costumes e tradições e a necessidade de transparecer estes valores à comunidade prevalece. “Castros de leitura” pretende assim, envolver não só a comunidade local, mas todos os turistas que passam pela aldeia e que se deslumbram com a sua beleza natural, mas também com a simplicidade dos castrejos. Castro Laboreiro pertence ao concelho de Melgaço e situa-se no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Possui um dos mais ricos patrimónios pré-históricos do país que reúne gravuras e pinturas rupestres, 120 Dólmenes (datados de há 5000 anos) e Cistas (monumentos megalíticos funerários). Esta aldeia possui um património histórico e arquitetónico de grande riqueza, destacando-se um tipo próprio de construções castrejas existentes em Castro Laboreiro, como o Castelo, classificado como monumento nacional; a Igreja Matriz; o Pelourinho, datado do século XVI, classificado como imóvel de interesse público; igrejas medievais; os fornos comunitários; os espigueiros; e os moinhos. Situada no extremo Norte do Alto Minho e de Portugal, está localizada no cimo da montanha, a mais de mil metros de altitude, levou a que os castrejos defendessem os seus costumes, e tradições de todas as influências estranhas, e que ainda hoje persistem. Uma dessas tradições é a das inverneiras e das brandas. Em meados de Dezembro, com a chegada do frio e dos nevões, as populações de Castro Laboreiro pegam nas suas roupas, utensílios caseiros e de lavoura e ‘tangendo o gado, migram em massa para os vales, onde possuem uma segunda casa e uma segunda aldeia’. E ficam nas Inverneira, abrigados do frio, até meados de Março. No Núcleo Museológico de Castro Laboreiro é possível conhecer os hábitos, costumes e tradições das gentes da terra. Terra das ‘viúvas dos vivos’, nome a que os seus habitantes davam às mulheres cujos maridos, filhos e netos emigravam em busca de condições de vida melhores. É uma região de grande beleza, serpenteada pelo rio Laboreiro, que é atravessado por inúmeras pontes representativas das épocas romana ou medieval, das quais sobressaem a Ponte da Dorna, a Ponte da Capela, a Ponte Nova ou da Cava Velha e a Ponte Velha. Castro Laboreiro é também conhecido pelo seu fumeiro e enchidos, confecionados de forma tradicional, por mãos hábeis e com o saber de anos e anos. O guardião desta localidade é o Cão de Castro Laboreiro, defendendo o gado do grande predador, o Lobo Ibérico, conhecido pela sua rusticidade, caráter e nobreza desde tempos idos. Recorde-se que Castro Laboreiro foi finalista nas 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias e foi distinguida com o Prémio 5 estrelas, na categoria ‘Aldeias e Vilas’, no âmbito do concurso ‘Portugal Cinco Estrelas’ 2018. Programa: 09h45 – Receção aos participantes na Biblioteca de Castro Laboreiro 10h00 – Passeio micológico 13h00 – Almoço micológico sujeito a inscrição 15h00 – Workshop “Conserva de cogumelos” 17h00 – Encerramento www.gazetarural.com
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Quadragésima edição do festival acontece de 18 a 28 de Novembro
Festival Nacional de Gastronomia de Santarém é um dos melhores da Europa durante o Outono O Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, que este ano vai decorrer de 18 a 28 de Novembro, é um dos melhores da Europa. A distinção é do site de viagens “Big 7 Travel”, que divulgou a lista dos 25 melhores festivais gastronómicos na Europa durante o Outono. O Festival de Santarém é a única presença portuguesa na tabela.
O ranking da Big 7 Travel foi compilado” com base nas opiniões do público, equipa editorial da plataforma, seguindo também alguns critérios de classificação, desde pratos imperdíveis, datas de festivais originais e adiados e número de visitantes”. Entre os melhores festivais da Europa estão as festas da gastronomia na Irlanda (Galway International Oyster and Seafood Festival), Itália (Eurochocolate), Reino Unido (The Great British Food Festival), Alemanha (Oktoberfest), Espanha (Fiesta del Marisco) e França (Montmartre Grape Harvest Festival). Para o Big 7 Travel, o Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, “que acontece nas margens do Rio Tejo, a nordeste de Lisboa, celebra a melhor gastronomia de Portugal. Chefes e donos de restaurante de todo o país vêm aqui para mostrar os seus melhores pratos, numa combinação entre a 14
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cozinha tradicional portuguesa e a contemporânea. Além de stands, há almoços temáticos e demonstrações de culinária ao vivo”. O presidente da Câmara de Santarém, em declarações ao portal Sapo, diz que “é uma honra ver o festival receber esta distinção. Santarém é, há 40 anos, o palco privilegiado da gastronomia portuguesa e, agora, também a nível europeu”, refere Ricardo Gonçalves. Já o presidente do Conselho de Administração da Viver Santarém, que organiza o evento, diz que “este é um importante reconhecimento e uma excelente forma de assinalar os 40 anos deste evento, que ganha, cada vez mais, dimensão internacional. Santarém e Portugal estão de parabéns. Um Festival com tantos anos de história terá muitas histórias para contar, por isso, convidamos a visitar esta edição que promete ser única e assinalar este marco”, sublinha João Leite. O festival vai decorrer em Santarém, de 18 a 28 de Novembro, “numa celebração que retoma o evento físico com a implementação de medidas que visam atribuir segurança e conforto a todos os visitantes, diante da atual situação pandémica”, refere a organização, acrescentando que “o programa da edição 2021, “entre mostras e provas gastronómicas e atividades imperdíveis, assinalará quatro décadas de história e será divulgado brevemente”.
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Bruno Cardoso, da Inovterra, à Gazeta Rural
O Varosa tem “condições únicas para a produção da baga de sabugueiro” A cultura do sabugueiro está enraizada nas gentes da região do Varosa e tornou-se, nos últimos anos, um fator de atração e desenvolvimento na região. Com uma área de cerca de 400 hectares e uma produção de 1500 toneladas de baga, 98% das quais para exportação, a região, segundo Bruno Cardoso, da Inovterra, tem “condições únicas” para a sua produção.
A baga, muito procurada pela industrial alimentar da Alemanha e da Holanda, é “um produto multifacetado”, diz o diretor da Inovterra em entrevista à Gazeta Rural. Contudo, ressalva Bruno Cardoso, “precisávamos de um parceiro que mediatizasse a cultura do sabugueiro”. Gazeta Rural (GR): O que é a InovTerra, para além de uma Associação de Desenvolvimento Local? Bruno Cardoso (BC): A InovTerra é uma Associação de Agricultores, uma Associação de Desenvolvimento Local e é, também, uma Associação Juvenil, registada no Registo Nacional de Associações Juvenis. Isto quer dizer que os quadros técnicos e dirigentes da Inovterra são jovens abaixo dos 30 anos, - eu sou a única excepção, - o que faz com que haja um espírito jovem e empreendedor, que são o motor desta organização.
GR: Nesse quadro como aparece a Inovterra associada à Baga do Sabugueiro? BC: A Inovterra foi fundada por agricultores para desenvolver e dinamizar a parte agrícola da Baga do Sabugueiro. Efectivamente, a baga é uma cultura milenar na nossa região, que já vem do tempo dos romanos e, mais tarde, da parte cisterciense desta região ligada ao Mosteiro de São João de Tarouca e Salzedas, período em que o produto foi bastante desenvolvido, acabando, mais recentemente, com a aplicação da baga do sabugueiro nos vinhos do Porto. A proibição do uso da baga nos vinhos fez com que passasse a ser toda exportada desde 1983, altura em que este processo começou a ser desenvolvido. A minha família sempre esteve ligada aos sabugueiros, os meus avós compravam 16
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“Precisávamos de um parceiro que mediatizasse a cultura do sabugueiro”
a baga seca, que era chamada de ‘ouro negro’, - daí esta minha ligação, - além de que era um negócio bastante interessante. Quando decidimos relançar e mediatizar o sabugueiro e ajudar os agricultores que precisavam de apoio técnico, foi pelo abandono que estava a verificar-se nesta cultura, que hoje tem cerca de 400 hectares de área plantada na região, com uma produção de cerca de 1500 toneladas. A produção de baga na nossa região já é considerável, - é a maior da Europa em termos de concentração geográfica, - com uma densidade bastante grande na proximidade dos produtores. Esta é uma cultura para exportação em cerca de 98% da sua produção. GR: Esse tem sido o trabalho da Inovterra? BC: Sim. A Inovterra tem feito um grande trabalho de marketing no mercado e fez um grupo operacional de investigação com a Universidade de Aveiro, com o INIAV, a Agropress, e outros parceiros ligados à comercialização e investigação, e os resultados tem tido fantásticos. Só ainda não fomos bem sucedidos nas indústrias. Ainda não conseguimos desenvolver produtos interessantes para o consumidor. Temos pequenas indústrias que já o fazem com algum sucesso, tanto com a flor como com a baga, mas ainda não conseguimos uma indústria com dimensão, por exemplo, como a Compal está a fazer com a laranja e o limão do Algarve, a pêra do Oeste ou a maçã de Alcobaça. Nós também precisávamos de um parceiro que mediatizasse a cultura do sabugueiro e, ao mesmo tempo, levasse outras pessoas a produzir, porque isso é importante. É das poucas cultu-
ras em Portugal cujo escoamento está garantido e não podemos deixar perder esta ‘preciosidade’ que o país tem. O grande problema é que quem produz o sabugueiro são os mais velhos e estes, por uma ou outra razão, vão largando a atividade. Com isto, muita da área de produção fica abandonada e nós estamos a tentar inverter esta tendência, procurando atrair jovens agricultores para este setor e mostrar-lhes que é uma cultura rentável. GR: Durante muitos anos, o sabugueiro era apenas um arbusto à beira da estrada. Hoje a baga do sabugueiro tem inúmeras aplicações? BC: Eu dividiria o sabugueiro em dois. Primeiro a flor, um produto muito utilizado pelas indústrias farmacêutica e cosmética. Depois a baga, que é um corante muito utilizado pela indústria alimentar. A baga que sai do Varosa vai toda para a indústria alimentar para consumo. Nada do que é produzido nesta região vai para tinturaria. Ou seja, temos de facto condições únicas para a produção da baga. Essa é uma grande diferença, porque sabugueiros (Sambucus-Valor) há em todo o lado, mas, por exemplo, nos países nórdicos e no centro da Europa não conseguem ter o açúcar na baga (grau brix) que nós temos, para que possa ser utilizada em produtos alimentares. Por isso usam mais a flor, que tem inúmeras utilizações, como em espumantes ou pode-se comer frita. Tudo isto para dizer que o sabugueiro é um produto multifacetado. Toda a baga produzida na região do Varosa vai para a indústria alimentar, sobretudo para a Alemanha e Holanda. A Alemanha tem inúmeros produtos à base da baga do sabugueiro. Estes dois países têm alguma produção, mas falta-
-lhes o ‘brix’, que faz toda a diferença. GR: Quais os produtos em que a baga é mais incorporada? BC: Em vários. Por exemplo a Alemanha tem uma bebida muito conhecida, o Bionade, com mais de 30 anos no mercado local, que é produzida a partir da baga do sabugueiro. Nos chás há uma empresa alemã que explora e incorpora as bagas secas, bem como o corante da baga. Outro exemplo, é a produção de vinho, porque a baga, quando fermentada, tem um elevado teor alcoólico. Por cá havia um vinho branco que, quando se colocava a baga, ficava um tinto bastante encorpado. A baga é um mundo de oportunidades bastante interessante. GR: Falou na procura de um ‘player’ para desenvolver, ao nível da indústria, a baga. Isso significaria um aumento da área de plantação de sabugueiro? BC: Acho que tinha três efeitos práticos no país, que reputo de fantásticos. O primeiro, e o mais importante, é que a mais-valia deste produto ficava em Portugal, podendo ainda criar mais riqueza para o produtor. Ou seja, poderíamos pagar melhor a baga, porque, deste modo, estaríamos a criar atractividade nos mais jovens para se dedicarem à sua produção, mas também explorar ainda mais este produto, que é de grande qualidade. Para além disso, poderíamos aumentar a área de produção e fixar pessoas no interior. A produção de baga está centrada em cinco concelhos, - Tarouca, Lamego, Moimenta da Beira, Armamar e Tabuaço, - mas poderíamos alargar a sua abrangência, aumentar a área plantada, atrair mais gente para a região, e, desse modo, produzir mais. www.gazetarural.com
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No IX Simpósio Nacional de Olivicultura, de 25 a 27 de Outubro
Setor debate sustentabilidade dos olivais de alta densidade A mesa-redonda, a realizar na manhã do dia 26 de Outubro, é moderada por Francisco Pavão, presidente da APPITAD e conhecido especialista em azeite, e conta com Álvaro Labella, da Olivogestão; José Maria Falcão, da Herdade Torre das Figueiras; João Sanches, da Trilho Saloio; Luís Rosado, da Olinorte; Pepe Ocaña, da Herdade da Rabadoa; Pedro Lopes, da De Prado; Pedro Foles, da Agromillora, e Raúl Aguayo Corraliza, da Todolivo, como oradores. Esta mesa-redonda é aberta ao público, de forma gratuita, mas com inscrição obrigatória.
O IX Simpósio Nacional de Olivicultura é subordinado ao tema “Tecnologia e Circularidade na Olivicultura” e do programa constam as temáticas como Proteção da Oliveira, Sistemas e Técnicas Culturais, Tecnologia, Qualidade, Economia e Inovação. As conferências plenárias abordam temas centrais na olivicultura moderna, como o projeto Novaterra: soluções sustentáveis para a redução do uso de pesticidas no olival (entre as soluções estudadas contam-se a captura em massa com armadilhas e o uso de nemátodos entomopatogénicos para controlo de pragas, o uso de nanopartículas de cobre para controlo de fungos e a manipulação do habitat olival). A aplicação da deteção remota na monitorização de olivais tradicionais de montanha (neste trabalho foram utilizados drones para recolha de imagens multiespectrais num olival tradicional de montanha, que possibilitaram a identificação de zonas menos vigorosas, informação que serviu de apoio à decisão na gestão de precisão do olival). O olival circular: biotecnologia aplicada à sustentabilidade (o projeto “Olival Circular”, da empresa Entogreen, consiste em dar um destino adequado ao bagaço de azeitona como alimento para insetos que o convertem em fertilizante orgânico para solos agrícolas. Uma forma de resolver um problema ambiental, transformando um resíduo em recurso). A importância dos recursos genéticos na valorização da olivicultura (este trabalho dá a conhecer a diversidade genética das cultivares de oliveira incluída na Coleção Portuguesa de Referência da Oliveira (CPRCO), instalada na Herdade do Reguengo em Elvas, com vista à sua valorização). No dia 26 de Outubro, pelas 11,30 horas, os patrocinadores do Simpósio apresentam tecnologias e soluções inovadoras para a sustentabilidade do olival no Espaço Empresas. São patrocinadores do evento: Platina: ADP Fertilizantes, Ascenza, Fitolivos e Spintor Isco; Ouro: Agromillora, Adubos Deiba, Fertinagro, Hubel Verde, Magos Irrigation Systems, Syngenta, Timac Agro e UPL; e Prata: Lusosem. No dia 27 de Outubro decorre a visita técnica do simpósio aos olivais e lagar da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora.
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O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em Oeiras, vai receber o IX Simpósio Nacional de Olivicultura de 25 a 27 de Outubro. O programa do evento integra 70 trabalhos técnico-científicos e uma mesa-redonda com empresários do setor sobre o tema “Olivais de alta densidade/sustentabilidade, serão conceitos compatíveis?”.
O Simpósio é organizado pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH) e conta com a parceria do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e do Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).
FOTO REPORTAGEM
Vindima 2021: da festa… à esperança de bons vinhos Terminaram as vindimas de 2021, num ano que, em termos da qualidade dos vinhos, especialmente os tintos, é uma incógnita.
Contudo, a vindima é sempre uma festa, como na Quinta dos Mosteirinhos. Destaque para o repasto, que ‘afagou’ o estômago dos que mais trabalharam… com o braço e com a tesoura.
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Através de abordagens de Biologia de Sistemas e Engenharia Metabólica
UTAD investiga como mitigar os danos do Aquecimento Global na qualidade dos vinhos A indústria vitivinícola está a enfrentar consequências negativas resultantes do aquecimento global, provocando maior concentração de açúcar nas uvas e o consequente aumento das concentrações de álcool nos vinhos. As consequências deste fenómeno vão desde os danos no perfil sensorial dos vinhos, às preocupações com a saúde pública e à maior tributação dos produtos vínicos.
Para enfrentar este problema emergente, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a estudar estratégias que mitiguem esses efeitos por meio da manipulação do metabolismo da levedura, através de abordagens de Biologia de Sistemas e Engenharia Metabólica. Este estudo, realizado numa colaboração entre a UTAD e a empresa de biotecnologia e inteligência artificial SilicoLife, foi desenvolvido no âmbito do mestrado de João Pedro Zamith em Bioinformática e Aplicações às Ciências da Vida. O pipeline do estudo, segundo este investigador, “envolve a identificação e simulação de estratégias de engenharia metabólica com baixo teor de etanol”, o que permitiu “simular as condições genéticas e ambientais e analisar o impacto de cada estratégia no metabolismo da levedura”. Os resultados obtidos no trabalho, reconhece João Zamith, sustentam a hipótese de que “os métodos utilizados podem ser uma grande vantagem para a indústria do vinho, não só tornando o processo mais eficaz, mas possivelmente dando ao vinho propriedades mais saudáveis e um perfil sensorial mais previsível”. Reconhece ainda o jovem investigador, que “os sistemas e estratégias baseadas na biologia sintética, como a explorada neste estudo, terão impacto não só na indústria do vinho, mas também no futuro de nossa sociedade”.
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Conquistou 19 medalhas em concursos internacionais
Azeite de Murça aumentou 30% as vendas em 2021 A Cooperativa dos Olivicultores de Murça conquistou, em 2021, 19 medalhas em concursos internacionais, aumentou 30% nas vendas de azeite e está a investir 400 mil euros numa nova linha de extração e na diminuição da fatura energética.
O presidente da direção da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça, Francisco Ribeiro, disse que o reconhecimento internacional ajuda a criar novos canais, a conquistar parceiros novos e a aumentar as vendas. Recentemente o azeite “Porca de Murça” conquistou cinco medalhas de ouro no Concurso Internacional Olivinus 2021, que decorreu na Argentina e é considerado um dos maiores concursos do mundo. Francisco Ribeiro referiu que os cinco lotes colocados a concurso obtiveram cinco medalhas de ouro naquele que considerou ser um dos “mais prestigiados concursos do mundo”, que contou com a “participação de mais de 200 empresas do setor oriundas de 17 países”. Segundo o responsável, neste ano, em que a cooperativa celebra o 65.º aniversário, o seu azeite conquistou um total de 19 medalhas (ouro e prata) em concursos que se realizaram na Argentina, Israel, Japão, Itália, Canadá, Inglaterra e Portugal. O presidente da direção disse ainda que, nos primeiros nove meses do ano, as vendas aumentaram “cerca de 30%” comparativamente com 2020, traduzindo-se na venda “de meio milhão de litros”, o “equivalente à produção quase toda do ano passado”. A exportação representa entre 20 a 22% do volume de negócios e os principais mercados são a Alemanha, França, Canadá, Suíça e alguns países nórdicos. “Notámos, principalmente no primeiro e segundos trimestres deste ano, um aumento de consumo em embalagens de maior dimensão e, notoriamente, a procura de produtos de maior qualidade”, referiu. Francisco Ribeiro explicou que as “percas verificadas no canal Horeca (restauração, hotelaria) foram muito recompensadas pelo consumo em casa”. “E esta notoriedade que 22
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se ganha com os concursos internacionais ajuda a essas vendas”, sustentou. A cooperativa vai lançar nas próximas semanas uma “nova loja ‘online’, mais moderna, com novos canais de pagamento e que tem como objetivo facilitar a venda direita ao consumidor final” e “encurtar os intermediários”. Neste momento está já a preparar a campanha 2021/2022, que arranca em Novembro, estando a ser montada uma nova linha de extração, um investimento de cerca de 300 mil euros que visa duplicar a capacidade de extração e, assim, diminuir o tempo de espera da azeitona para a transformação. “Quanto menos tempo demorar melhor qualidade vamos ter no produto final”, salientou Francisco Ribeiro. O responsável perspetiva um “ano de produção ligeiramente inferior” ao ano passado. Em 2020, foram produzidos três milhões de quilos de azeitona e, nesta campanha, as previsões apontam para menos 800 toneladas colhidas em Murça. “Em algumas zonas as oliveiras estão muito bonitas, a floração foi boa e a chuva no final da época estival ajudou a fazer alguma seleção natural da azeitona. Não foi também um ano com muitas pragas”, referiu. Como preocupação para esta campanha, Francisco Ribeiro apontou o aumento do preço das embalagens (plásticos, garrafas e papelão), e dos custos dos combustíveis e também da energia. “Tudo isto está a sufocar a indústria”, frisou. Já a pensar no aumento da fatura energética, a organização concorreu a uma linha de apoio governamental para a colocação de painéis fotovoltaicos e, no âmbito deste projeto, vai instalar cerca de 500 metros quadrados de painéis. Trata-se de um investimento 200 mil euros que vai permitir reduzir em “um terço por ano” o custo da energia desta cooperativa que possui cerca de mil associados. Nos últimos quatro anos, a instituição aumentou em 16% a capacidade de armazenamento para dar resposta ao também aumento de produção e, na última campanha, pagou 40 cêntimos por quilo de azeitona, mais IVA, aos associados 15 dias depois do levantamento do azeite para autoconsumo.
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8 empreendedores apresentaram publicamente os seus negócios
V21 Rural com missão cumprida e com vontade de apoiar novos empreendedores A primeira edição da V21 Rural encerrou ontem, 7 de outubro, na Incubadora de Base Rural, em São Pedro de France, com a apresentação dos oitos projetos finalistas. Perspetivam-se negócios de sucesso e todos são unanimes em considerar que este programa promovido pela Vissaium XXI e pelo Município de Viseu, foi o empurrão necessário para seguir em frente. O empreendedorismo chegou para ficar em Viseu. Em cima da mesa está o lançamento de uma segunda edição com o objetivo de continuar a mudar vidas e a tirar projetos da gaveta.
Sérgio Lorga, Diretor da Vissaium XXI, destacou a importância do Programa V21 Rural para quem está a dar os primeiros passos no mundo dos negócios. “É a oportunidade para testarem a sua motivação, a ideia de negócios e o mercado”, sublinhou, referindo que o projeto propôs que os empreendedores respondessem a um conjunto de questões antes de avançar. Para os que terminam agora o programa, Sérgio Lorga sublinha que este foi apenas o primeiro passo, agora é preciso manter a cadência. “É como andar de bicicleta, se deixamos de pedalar caímos”. Também José Couto, Presidente da Vissaium, destacou os resultados positivos do programa e desejou um futuro auspicioso para os oito finalistas. “Ser empresário é difícil. É arriscar todos os dias, mas nós estamos cá para ajudar”. João Paulo Gouveia fez referência à enorme taxa de mortalidade nos negócios rurais nos primeiros cinco anos, defendendo que este tipo de programas é essencial para aumentar a taxa de sucesso, na medida em que prepara os empreendedores. “Defendo mesmo que estes programas de mentoria deveriam ser obrigatórios em todos os projetos de instalação de jovens agricultores”. O vereador da Câmara Municipal de Viseu frisou que o Viseu Rural, no qual se insere este programa, é para continuar ainda mais
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robusto no futuro. Também a Presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo, fez um balanço muito positivo deste programa inovador. “Não pode haver melhores resultados do que ver negócios no terreno e com provas dadas. É sem dúvida um contributo muito positivo para fixar pessoas na nossa região”. Finalmente José Martino, CEO da Ruris que acompanhou todo o programa, elogiou o facto desta incubadora ser muito mais do que “um espaço imobiliário”, que, com o V21 Rural, vem munir os empreendedores de um conjunto de competências, apostando, desta forma, verdadeiramente, nos seus projetos e contribuindo, assim, para a “criação de postos de trabalho e valor acrescentado para o território”.
Oito projetos, oito mudanças de vida
Oito percursos diferentes, oito projetos que, agora, um a um, estão a brotar e muitos dos quais são já negócios pautáveis que prometem contribuir para dinamizar o tecido económico de Viseu. Há 14 meses, a maioria estava na estaca zero, outros tinham o projeto engavetado há anos e outros vieram à descoberta e concluíram que o empreendedorismo lhes assentava como uma luva. “Quando integrei o projeto havia apenas uma ideia muito vaga. Todas as ferramentas foram construídas aqui. Sem o V21 Rural não seria possível. Quando começamos este projeto, longe de mim imaginar que estaríamos assim com um diploma nas mãos e muitos dos projetos já a andar”, explica Lídia Marques que, através de uma mala de cartão, promete levar os melhores produtos endógenos de Viseu ao mundo. Pedaços autênticos que serão um antídoto para a saudade. Paula Lomelino corrobora a versão da colega, destacando a importância do programa para conseguir “estruturar todo o seu projeto, através de capacitações em diversas áreas, e de tutorias individualizadas”. A empreendedora vai avançar com o
projeto de turismo rural na região que irá proporcionar um conjunto de experiências ligadas ao artesanato e às raízes, mas hoje vive bem longe. Sempre que vinha a uma sessão do programa eram cinco horas em viagens, mas, quando lhe perguntam, não hesita na resposta: “sem dúvida nenhuma, o programa foi fundamental para avançar” remata. Agora, terminam o programa com um plano de negócios estruturado ao pormenor. O braço direito para todos os desafios que se avizinham. “A ideia estava lá, mas não estava estruturada. Não tinha ideia de como transformar a ideia num negócio”, refere a empreendedora Ângela Santos que avançou com um sonho antigo e hoje pinta vasos personalizados. Também Catarina Mesquita que avançou com uma plantação de medronheiros, garante que “todo o tempo perdido neste projeto foi ganho com a aquisição de novos conhecimentos que lhe permitiram construir uma outra visão no mundo dos negócios”. Proximidade, entreajuda, trabalho de campo, e acompanhamento personalizado foram os pilares do programa V21 Rural que ajudou a tira 8 projetos do papel. Nas palavras de Isabel Cabral “trouxe ânimo, força e os conhecimentos necessários para materializar o projeto” de plantação de pinheiros mansos para produção de pinhão, uma ambição antiga.
“Dizer que foi o empurrão é pouco, este projeto foi tudo” acrescenta Raquel Rodrigues que descreve o projeto que agarrou pouco tempo depois de chegar a Portugal. Hoje, já tem estruturado um conjunto de experiências religiosas, e fé no futuro não lhe falta. Os empreendedores arrancam, assim, o seu caminho de empresários com uma rede de contactos sólidos, como relata Bárbara Cardoso. “O trabalho em equipa fez toda a diferença, imagino-me no futuro a fazer parcerias com todos os meus colegas”, sublinha a empreendedora que apostou em um negócio com várias vertentes: apicultura, mirtilos e turismo rural. Também Daniel Oliveira destaca a importância do projeto ter criado uma verdadeira comunidade. “Saio deste projeto com uma mão cheia de novos contactos no telemóvel, com os quais sei que posso contar”. Para o empreendedor, que se propõe a criar novas respostas eletrónicas, à medida de cada cliente, este foi um projeto diferenciador que lhe permitiu “sair da zona de conforto e proporcionou uma vertente muito prática, “através da interação com empresas de sucesso e contacto com outros empreendedores”, sublinha, desejando que na próxima edição ele e os restantes sete pioneiros possam estar presentes, partilhando o seu testemunho aos novos empreendedores.
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Na décima segunda edição do Fórum de Sustentabilidade
Navigator promove diálogo sobre a proteção da floresta e a ocupação sustentável do território O Fórum de Sustentabilidade é uma iniciativa que visa potenciar a colaboração e o diálogo entre a Empresa e os seus principais stakeholders, desde organizações da sociedade civil, universidades, a clientes e fornecedores, além de associações e produtores florestais. Esta sessão dará seguimento ao modelo regional, adotado em 2020, potenciador de uma maior proximidade da Empresa às comunidades locais (envolvente industrial e florestal da The Navigator Company). A escolha de Torres Vedras como local para a realização da 12ª Edição deste Fórum decorre da relação existente entre a Empresa e a autarquia, nomeadamente no que diz respeito ao domínio da defesa da floresta contra incêndios e na gestão da área da Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira. Os assuntos em foco nesta edição estão relacionados com a proteção e valorização da floresta, enquanto temas importantes para a Empresa e para os seus stakeholders. As várias intervenções, e o debate que será incentivado, enquadram-se numa abordagem da floresta enquanto recurso crucial para o desenvolvimento sustentável de Portugal, a nível social, ambiental e económico. Será promovida 26
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a reflexão sobre como a ocupação sustentável do território pode ser a melhor forma para proteger os espaços florestais e agrícolas, bem como os espaços naturais, nomeadamente as áreas de paisagem protegida. Serão, também, discutidos os benefícios da conciliação de diferentes usos do solo – com ênfase na importância da gestão equilibrada dos mosaicos agroflorestais para o desenvolvimento da comunidade e para a fruição da natureza –, procurando estimular um debate participado e construtivo sobre o papel das várias entidades, públicas e privadas, na gestão responsável do território e da paisagem. O programa contará com duas Mesas Redondas onde se irão debater diferentes temáticas: uma será dedicada às “Boas Práticas de Gestão Integrada da Paisagem” e a outra abrirá a discussão para o “Valor Económico como Pilar da Proteção da Floresta”. Após as boas-vindas de Laura Rodrigues, presidente da Câmara de Torres Vedras, João Paulo Catarino, Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, fará a abertura formal do Fórum. Marc Palahí, Diretor do European Forest Institute, será o
A The Navigator Company realiza mais uma sessão do Fórum de Sustentabilidade que, este ano, é dedicada ao tema “Proteção Dinâmica da Floresta”, com o intuito de refletir sobre a forma como uma ocupação sustentável do território pode contribuir para a proteção dos espaços florestais. A décima segunda edição do evento terá lugar, a 19 de Outubro, no Teatro-Cine de Torres Vedras.
key note speaker do evento com uma intervenção sobre o papel transformacional que as florestas podem desempenhar no combate às alterações climáticas e no desenvolvimento de uma bioeconomia circular. A primeira Mesa Redonda contará com os contributos de diferentes oradores para debater de que forma é que a adoção de boas práticas de gestão integrada da paisagem pode contribuir para o desenvolvimento harmonioso dos espaços agroflorestais, potenciando a resiliência do território. Nela participarão diversos convidados, entre eles José Vasques, Coordenador de Produção e Exploração Florestal da Região Vale do Tejo da The Navigator Company e Marta Rodrigues, Chefe da Divisão de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara de Torres. A segunda Mesa Redonda terá como foco a reflexão sobre a forma como um território gerido à escala da paisagem pode criar valor sustentável para a comunidade e para os vários agentes económicos, tendo por base a proteção e o desenvolvimento equilibrado da floresta. Este segundo momento contará com a intervenção de Carlos Lobo, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e Francisco Gomes da Silva, Diretor Geral da CELPA – Associação da Indústria Papeleira, entre outros oradores.
O programa terminará com a intervenção do CEO da The Navigator Company e Presidente do Fórum de Sustentabilidade, António Redondo. O Fórum de Sustentabilidade é um órgão de governação da Sustentabilidade da Empresa, que reúne duas vezes por ano com uma sessão dedicada aos membros permanentes e outra alargada a vários stakeholders. Estas sessões alargadas têm um tema central, alvo de debate e aprofundamento, contribuindo para a formulação da política corporativa e estratégica em assuntos de responsabilidade social e ambiental, potenciando plataformas de entendimento e cooperação entre a The Navigator Company e os seus principais stakeholders. Até ao momento, já se realizaram onze sessões que contaram com mais de 1.000 participantes. Na gestão responsável do seu negócio, a The Navigator Company concilia a vertente económica com o seu equilíbrio nas esferas social e ambiental. A floresta é um dos pilares mais importantes para a Sustentabilidade do negócio da Empresa e, por isso, a sua gestão sustentável é combinada com programas de melhoria da eficiência energética ou transição para tecnologias que utilizam energia de fontes renováveis. O fórum terá transmissão online através do website http:// thenavigatorcompany.com/forum-sustentabilidade-2021.
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Segundo um decreto-lei publicado em Diário da República
Novo sistema de gestão integrada de Fogos Rurais entra em vigor em Janeiro de 2022 O novo Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) vai entrar em vigor a 01 de Janeiro de 2022, segundo o decreto-lei publicado em Diário da República. Depois dos grandes incêndios de 2017 e das recomendações da Comissão Técnica Independente, o Governo aprovou alterações estruturais no sistema de prevenção e combate a incêndios florestais, atribuindo à Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) a missão de instalar o SGIFR, que vai substituir o atual sistema de defesa da floresta “contra incêndios, de 2006. Segundo o decreto-lei que estabelece o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais no território continental e define as suas regras de funcionamento, o SGIFR prevê, ao nível nacional, “as macropolíticas e as orientações estratégicas que contribuem para reduzir o perigo e alterar comportamentos dos proprietários, utilizadores e beneficiários diretos e indiretos do território rural”. O SGIFR define os modelos de articulação interministerial, “delimitando as competências e âmbitos de atuação de cada entidade, eliminando redundâncias e apostando num modelo de maior responsabilização dos diversos agentes no processo de tomada de decisão, em harmonia com a cadeia de processos do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR)”. O decreto-lei define também “os conteúdos dos diversos instrumentos de planeamento de gestão integrada de fogos 28
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rurais ao nível nacional, regional, sub-regional e municipal”. Com este novo decreto-lei “é criado um sistema de informação de fogos rurais, de forma a agregar e difundir toda a informação técnica relevante do SGIFR”. “Há uma aposta clara na definição de um modelo assente na prevenção e minimização dos riscos, seja através de ações de sensibilização, seja pela instituição de redes de defesa do território, nas quais a gestão de combustível assume um papel preponderante com repercussão no regime sancionatório”, refere o decreto-lei. De acordo com este novo sistema, para a prevenção e minimização de riscos é “essencial a identificação dos proprietários nos territórios mais afetados por incêndios rurais, para o que será decisiva a expansão do sistema de informação cadastral simplificada” e a universalização do Balcão Único do Prédio, enquanto plataforma nacional de registo e de identificação cadastral. Numa entrevista em Junho à Lusa, o presidente da AGIF, Tiago Oliveira, explicou que, com o novo modelo de gestão de fogos, a Proteção Civil vai passar a ser responsável pela limpeza dos matos à volta das aldeias e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) pela defesa das florestas. “O que há é uma alteração na responsabilidade política, em que o Ministério da Administração Interna fica responsável pela prevenção à volta das aldeias, pelo combate e pela salvaguarda das pessoas e bens, enquanto o Ministério do Ambiente fica só responsável pela área da floresta e da conservação”, explicou Tiago Oliveira.
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Promovido por um consórcio e pelas autarquias de Castro Verde, Mértola e Ourique
Projeto quer promover a adaptação climática e a sustentabilidade dos solos nos sistemas agropecuários O projeto “Pastagens Regenerativas” é promovido por um consórcio formado pela agência de desenvolvimento local Esdime, pelas autarquias alentejanas de Castro Verde, Mértola e Ourique e pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto.
A coordenadora da iniciativa, Marta Cortegano, revelou que o objetivo é “promover a adaptação climática, a regeneração ambiental e a sustentabilidade nos sistemas agropecuários extensivos” nestes “territórios de elevada aridez e suscetibilidade à desertificação”. Por isso mesmo, são parceiros do projeto as associações Terra Sintrópica, de Agricultura Regenerativa de Espanha, de Agricultores do Campo Branco, de Criadores do Porco Alentejano e de Empresários do Vale do Guadiana, assim como a Cooperativa Agrícola do Guadiana e vários agricultores locais. A equipa de trabalho integra ainda representantes da Cooperativa Minga e diversos especialistas em monitorização de solos e cursos de água. Apresentada em Castro Verde (Beja), a iniciativa vai prolongar-se até setembro de 2023 e o respetivo financiamento é assegurado pela Fundação LaCaixa, pela Soil Alliance e pelos três municípios envolvidos. Marta Cortegano explicou que o projeto pretende tirar partido das “imensas potencialidades” naturais locais, nomeadamente a Reserva da Biosfera de Castro Verde e o Parque Natural do Vale do Guadiana, para enfrentar “ameaças” como “as alterações climáticas, o declínio do montado” ou “o despovoamento”. 30
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“Os novos desafios colocados à produção alimentar”, a “baixa produtividade” das explorações agropecuárias locais ou a “dependência” destas relativamente aos fundos comunitários são outros dos problemas a que o projeto pretende dar resposta. Metas a concretizar “através da aprendizagem coletiva”, da “partilha de conhecimentos” e da experimentação “de práticas de gestão holística”, para que as explorações tenham mais carbono e maior capacidade de capturar água para serem mais produtivas, apontou Marta Cortegano. O projeto “Pastagens Regenerativas” está organizado em cinco áreas de trabalho, prevendo a “testagem de técnicas inovadoras ao nível da mobilização do solo e da gestão de pastoreio”, disse. A iniciativa tem planeada a implementação de “testes pilotos” em quatro parcelas agrícolas, onde será utilizado o “inovador” sistema de arado keyline, que permite reabilitar solos agrícolas degradados e secos, assim como conservar a água da chuva que cai numa propriedade. Marta Cortegano afiançou que o objetivo é fazer a “transição agroecológica” do território para “um sistema de maneio holístico”, considerada uma “técnica inovadora e promissora” para “a recuperação de solos desertificados e regeneração de pastagens”. A “capacitação e formação” dos parceiros locais “para a aplicação dessas mesmas técnicas”, bem como “a constituição de uma comunidade de prática” de agricultores, “assente na partilha de conhecimento e disseminação de boas práticas”, são outras das ações previstas no projeto.
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Vai apresentar o livro “Enxertia de Árvores de Fruto”.
Professor do Politécnico de Viana do Castelo quer preservar e propagar espécies frutícolas regionais Raúl Rodrigues, professor da Escola Superior Agrária (ESA) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), vai apresentar a 23 de Outubro o livro “Enxertia de Árvores de Fruto”. O manual técnico, que surge no âmbito do projeto RevitAGRI – PNPG (Revitalização dos setores produtivos tradicionais do Parque Nacional Peneda Gerês), é uma obra destinada a produtores de árvores de fruto, fruticultores, técnicos, estudantes e amantes da enxertia.
“Tenho a esperança de que sirva de orientação e desperte o interesse para a preservação e propagação de espécies frutícolas regionais”, refere o autor da obra, acreditando que este é um livro “muito útil” já que permite “a transferência de conhecimento e dos resultados do projeto para os utilizadores”. O projeto Revitagri PNPG (Revitalização dos setores produtivos tradicionais) visou uma “clara transferência de conhecimento” de uma entidade do sistema científico e tecnológico (Instituto Politécnico de Viana do Castelo, através da Escola Superior Agrária e da Escola Superior de Ciências Empresariais) para os atores locais do PNPG, mais concretamente para as empresas ligadas ao agronegócio, tendo sempre como metas a capacitação dos agentes locais, a valorização dos recursos endógenos do PNPG e o acréscimo de valor dos seus produtos. Durante este projeto, foram realizados, na área da fruticultura, vários seminários de campo no Gerês (Terras de Bouro) e no Soajo (Arcos de Valdevez), onde foram instalados dois campos experimentais que acolhem algumas das variedades regionais de macieira referenciadas na área do PNPG. Foi neste contexto, explica Raúl Rodrigues, que surgiu este manual técnico de “Enxertia de árvores de fruto” que é “fundamental”, até porque, diz “há cada vez mais interessados” 32
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no assunto. “O objetivo do IPVC é ter livros que sejam úteis”, defendeu o docente da Escola Superior Agrária do IPVC, que organiza workshops sobre a temática. “Temos sempre que recusar inscrições para os workshops, porque temos muitos interessados vindos de vários locais do país, nomeadamente do Porto e de Lisboa”, contou o professor. Para o docente, este é um livro “simples, objetivo, prático e com muita informação”, que começa pelo enquadramento do projeto, dando a conhecer de seguida a história da enxertia. As dificuldades e os problemas de incompatibilidades, como se fazem os dois grandes grupos de enxertia, quais são as várias modalidades existentes, que cuidados se devem ter, qual a época para a realização da mesma e em que espécies se aplicam são também assuntos abordados no livro. Ainda no prefácio do livro, assinado por Alberto Álvaro dos Santos, pode ler-se que esta obra “alia a arte e o saber-fazer ao conhecimento e explanação dos processos biológicos que permitem e asseguram o êxito das operações e métodos que expõe, não deixando de chamar a atenção para os cuidados a observar e as precauções a ter antes e depois das operações, numa perspetiva permanente de condução das plantas”. As ilustrações de cariz anatómico, fotografias e desenhos, continua Alberto Álvaro dos Santos no prefácio, “ajudam o leitor a melhor compreender os conceitos e as mensagens apresentadas, e sugerem opções ou alternativas de execução para as diversas metodologias que são propostas”. O objeto de enfoque neste livro é o processo de propagação mais generalizadamente usado, quer ao nível de espécies hortícolas, frutícolas, ornamentais, ou mesmo de algumas florestais. O livro vai ser apresentado no dia 23 de Outubro, às 17 horas, no auditório da ESA-IPVC, e conta com a presença do presidente da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA), Mota Alves.
Há cinco explorações disponíveis para desenvolver um projeto pecuário diferenciador
Banco de Terras para Pastores quer estimular produção de leite na Beira Baixa O Banco de Terras para Pastores conta já com explorações disponíveis para arrendamento. Há cinco explorações à espera de nova atividade e uma oportunidade para quem quiser iniciar um projeto pecuário diferenciador, que integre a produção de Queijo da Beira Baixa DOP. Trata-se de uma iniciativa da Associação dos Produtores de Queijo de Castelo Branco (APQCB) que visa facilitar o acesso à terra a novos empreendedores e estimular a produção de leite para a produção de Queijo da Beira Baixa DOP. O primeiro passo já está dado, com um Banco de Terras para Pastores na Beira Baixa. Agora a chamada é para empreendedores que queiram apostar num projeto pecuário de ovinicultura e/ou capricultura para a produção de leite para produção de queijo na região. Há cinco explorações disponíveis, nos concelhos de Fundão, Castelo Branco e Vila Velha de Rodão. A iniciativa visa estimular produção de leite para produzir Queijo da Beira Baixa DOP. Para o efeito, para integrarem
ADD - Venha à descoberta…
este Banco de Terras, os empreendedores devem cumprir alguns requisitos, tais como “exercer ou vir a exercer a atividade da pastorícia - ovinicultura e/ou caprinicultura nos terrenos alvo de arrendamento” e estar “disposto a produzir leite de ovelha de raça Merina ou outras raças de ovelhas adaptadas à região e/ou leite de cabra de raça Charnequeira ou outras raças de cabras adaptadas à região em conformidade com caderno de especificações do Queijo da Beira Baixa DOP”. A APQCB irá promover visitas a todos os terrenos, que irão decorrer entre os dias 23 e 25 de Outubro. Depois das visitas aos terrenos, caso os empreendedores pretendam avançar, devem formalizar a sua intenção até ao dia 31 de Outubro, através do preenchimento da Ficha de Candidatura ao Arrendamento de Terrenos, com a ordem de preferência dos terrenos, que deverá ser enviada para o mesmo endereço eletrónico. O Banco de Terras para Pastores é uma iniciativa inserida no “Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro”, cofinanciado pelo CENTRO2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
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CURTAS Torres Vedras continua entre os destinos mais sustentáveis do mundo
Em 2021, Torres Vedras voltou a assegurar a sua posição no Top 100 de Destinos Sustentáveis do mundo. Também a Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira garantiu a sua posição na lista, que foi divulgada durante a sexta edição do evento “Global Green Destinations Days”. Torres Vedras apresentou o Centro de Artes e Criatividade como exemplo de boas práticas, destacando a sua importância no processo de regeneração que pretende criar uma nova centralidade urbana. O equipamento, que se encontra no espaço do antigo Matadouro Municipal, resulta de um processo de envolvimento das comunidades locais, que teve como objetivo preservar a memória e a identidade da Encosta de São Vicente. Já a Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira apresentou o EcoCampus, o programa que promove o empreendedorismo e a criação de ideias inovadoras nas áreas da economia verde, economia circular e sustentabilidade. A seleção de destinos teve em conta a qualidade, a transferibilidade e o carácter inovador das boas práticas, que servem como exemplos inspiradores para outros destinos, profissionais de turismo e viajantes. Além de apresentarem boas práticas de qualidade, os destinos selecionados demonstraram cumprir padrões mínimos de sustentabilidade. O Top 100 de Destinos Sustentáveis é elaborado pela Green Destinations — a maior rede de destinos para o turismo sustentável — e reconhece o trabalho desenvolvido por estes destinos em torno do turismo responsável, particularmente relevante após os desafios que o setor do turismo tem enfrentado.
Município de Sátão abre inscrições para a Feira do Míscaro 2021 O Município de Sátão abriu as inscrições para participação dos artesãos e dos vendedores de míscaros na Feira do Míscaro 2021, que irá decorrer nos dias 06 e 07 de Novembro. Os interessados devem dirigir-se ao Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão. As inscrições estão abertas até ao dia 29 de Outubro.
Festa da Castanha de Vinhais acontece de 5 a 7 de Novembro
Aproxima-se mais uma edição da RuralCastanea – Festa da Castanha de Vinhais, que se vai realizar presencialmente, de 5 a 7 de Novembro. O certame, com a duração de três dias, reúne as principais empresas ligadas a este setor, produtos relacionados com a castanha, vinhos, licores, queijos, azeite e toda a gastronomia local. Para além destes, o programa da Rural Castanea conta ainda com as Jornadas do Castanheiro, animação musical e o magusto permanente no Maior Assador de Castanhas do Mundo. Vinhais é dos concelhos portugueses com maior produção de castanha, anualmente saem entre 13 a 15 mil toneladas, tendo este número vindo a aumentar devido ao investimento dos produtores locais na plantação de novos soutos e nas tecnologias de produção.
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Rotas e Percursos – Caminhadas do Médio Tejo 2021
O Entroncamento recebe no próximo dia 7 de Novembro, uma “Caminhada pelo Entroncamento”, pelo percurso municipal, integrada nas Caminhadas do Médio Tejo 2021. A caminhada, com nível de dificuldade baixo e passagens pelos principais pontos de interesse da cidade, terá cerca de 2,30 horas de duração e 10,6 Km de distância. A concentração é às 8,45 horas, no Jardim da República, junto à Estação dos Caminhos de Ferro do Entroncamento, com a partida às 9h00. Entre os meses de Setembro e Novembro, são vários os municípios do Médio Tejo que acolhem esta iniciativa, cujo mote é percorra a sua região.
Comissão Europeia adotou novas medidas de apoio a setores do vinho e frutas e legumes
A Comissão Europeia adotou medidas excecionais de apoio aos setores do vinho e da fruta e produtos hortícolas, incluindo maior apoio a seguros de colheitas e fundos mútuos e também às organizações de produtores. De acordo com uma nota de imprensa, as medidas agora adotadas para o setor vitivinícola incluem apoios adicionais para os instrumentos de gestão de riscos, nomeadamente seguros de colheitas e fundos mutualistas, assim como a extensão por mais um ano, até 15 de Outubro de 2022, do período de vigência das medidas de flexibilidade em vigor. No setor da fruta e produtos hortícolas, o apoio às organizações de produtores - normalmente calculado com base no valor da produção - será compensado de modo a não ser inferior a 85 % do valor correspondente ao ano anterior. As medidas de flexibilidade do setor vitivinícola incluem, entre outras, a destilação de crise e ajuda à armazenagem, bem como o aumento para até 70% da contribuição da União Europeia para todas as medidas dos programas nacionais de apoio ao setor.
Feira Nova de Santa Iria com muita animação de 28 de Outubro e 1 de Novembro
A edição de 2021 da Feira Nova de Santa Iria vai contar com muita animação, com especial destaque para os espetáculos de Jimmy P, Ana Malhoa, Augusto Canário. Este evento terá acesso gratuito e é uma iniciativa promovida pelo Município de Ourém. Após um interregno imposto pela pandemia de Covid-19, a centenária Feira Nova de Santa Iria vai regressar entre os dias 28 de Outubro e 1 de Novembro, no Centro Municipal de Exposições de Ourém e no Parque da Cidade António Teixeira. Este certame será novamente um espaço de excelência para a divulgação de produtos e gastronomia regionais, entre outros artigos e serviços, para além das tradicionais diversões dirigidas a todos os públicos. A edição de 2021 vai contar com muita animação musical, protagonizada pelos artistas Jimmy P, Ana Malhoa e Augusto Canário, que encerram a programação definida para os dias 29, 30 e 31 de Outubro.
Fungo preocupa produtores
Região da Padrela perspetiva “boa produção” de castanha Em Carrazedo de Montenegro, Valpaços, perspetiva-se uma “boa produção” de castanha, embora com “quebras pontuais” provocadas pelo fungo que atingiu alguns castanheiros, reforçam-se alertas pela falta de trabalhadores e prepara-se o regresso da feira.
É nesta zona, em plena Serra da Padrela, no distrito de Vila Real, que se situa a maior mancha de castanha judia da Europa, o fruto que é a principal fonte de rendimento para muitas famílias. A apanha iniciou-se pela variedade híbrida, daqui a cerca de duas semanas será a judia e, depois da quebra verificada em 2020, este ano perspetiva-se uma “boa produção”. “Até há uns dias as expectativas estavam muito em alta, achávamos que íamos ter um ano brutal de castanhas. As plantas estavam com um comportamento muito interessante”, afirmou Lino Sampaio, produtor e responsável pela associação Agrifuturo. No entanto, segundo o responsável, vão verificar-se “situações pontuais de quebra de produção” provocadas por dois fungos - a septoriese e a mixofarela -, que afetaram a folha e o ouriço, respetivamente, do castanheiro. “As folhas e os ouriços secam e pode implicar também consequências na produção”, explicou o técnico da Agrifuturo Jorge Espírito Santo. Os fungos atingem a folha do castanheiro, que fica de cor acastanhada e rebordo amarelo, originando a sua queda antecipada, e atacam também o pedúnculo do ouriço, provocando a sua queda precoce e consequentemente a quebra de produção. Este responsável referiu que estes fungos estão relacionados com os “nevoeiros fora de tempo”, ou seja, o Verão mais fresco que se verificou no final de Julho, início de Agosto. Foi nessa altura que foi aconselhado aos produtores um tratamento preventivo à base de cobre e, nos soutos onde foi efectuado, as árvores estão saudáveis. “Não podemos ficar impávidos e serenos e não fazer os tratamentos, neste caso da septoriose e da mixofarela que, se fosse feito a tempo e horas, se calhar não tínhamos esta situação”, referiu Jorge Espírito Santo. Também Lino Sampaio referiu que as práticas agrícolas que eram feitas há “50 ou 40 anos têm que ficar na gaveta” porque o clima mudou, referindo-se às alterações climáticas. “As práticas agrícolas têm que mudar e o modo como nós olhamos e fazemos a cultura do castanheiro também tem
que mudar. Quem não mudar tem os soutos neste estado”, lamentou. À Agromontenegro, uma unidade de transformação, embalagem e comercialização de castanha, já chegam muitas encomendas de Portugal e do estrangeiro. Esta empresa, que no ano passado recebeu cerca de três mil toneladas de castanha, trabalha com países como o Brasil, Canadá, EUA, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha ou Suíça. A exportação representa 70% do volume de negócio. As variedades “mais nobres” precisam de mais uns dias. “Temos de dar tempo à natureza”, afirmou o responsável pela empresa, Dinis Pereira. A Agromontenegro recebe a colheita de 700 a 800 produtores e, segundo o empresário, embora haja zonas mais altas da Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela, “em que mais por descuido do produtor, que foram um pouco afetadas pela septoriose, a produção vai ser boa”. “As árvores estão bastante carregadas. Os calibres não vão ser tão graúdos como em outros anos, mas estou convencido em que quantidade e qualidade vamos ter tanto ou melhor do que no outro ano”, salientou. Nos últimos anos têm sido várias as pragas e doenças que têm afetado o castanheiro, como o cancro, a tinta a vespa das galhas do castanheiro e, este ano, a septoriose, um fungo que, já 2014, também atingiu este território. Outra das grandes preocupações dos produtores é a falta de mão de obra, um problema que se intensifica de ano para ano. Na Agromontenegro trabalham 14 pessoas regularmente, mas, nesta altura, a empresa precisa de mais cerca de 50, para a unidade fabril e para a apanha nos soutos. Dinis Pereira referiu que já tem muitos trabalhadores que vêm de outras regiões mais distantes, como de Resende. “Acabamos por ter alguma resistência nos agricultores em se quererem modernizar. Andamos a fazer apanha manual com pessoas de 60, 70 anos e pouquíssima gente”, sublinhou Lino Sampaio. Depois de cancelada em 2020 por causa da pandemia de covid-19, a Feira da Castanha realiza-se entre 5 e 7 de Novembro, em Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços. “É muito importante para nós, sobretudo pela notoriedade que nos dá. Dá-nos a oportunidade de falar de uma região e deste concelho que tem a maior mancha de variedade judia da Europa”, sublinhou Lino Sampaio. www.gazetarural.com
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ÚLTIMA HORA A 13 e 14 de Novembro, no concelho de Oliveira do Hospital
Lage Grande volta a receber Feira do Porco e do Enchido de Meruge A Lage Grande e o Terreiro do Santo, em Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital, voltam a receber a Feira do Porco e do Enchido. São esperados alguns milhares de pessoas, depois de dois anos de doloroso interregno, devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia de Covid-19, agora aliviadas.
A decisão de realizar o evento, que vai na décima oitava edição ao vivo, foi recebida com entusiasmo não só pelos tradicionais expositores e artesão, mas também pelos variados grupos e artistas que dão vida, cor e o ambiente singular de criatividade à Feira do Porco e do Enchido. “Este certame nasceu para evidenciar o papel dos “porqueiros” (negociantes de porcos) no desenvolvimento económico da Freguesia de Meruge e para enaltecer a excelência dos enchidos (Chouriças de Carne, Morcelas, Farinheiras e Chouriças de Bofes) aqui amanhados por mãos artífices de mulheres. Produtos artesanais, que dão fama à Freguesia e gostoso prazer aos inumeráveis apreciadores destas iguarias”, refere a freguesia de Meruje em comunicado, acrescentando que “pela sua genuinidade, pureza cultural e paisagística, a feira afirmou-se como o mais vernáculo e atractivo cartaz etnográfico, lúdico e gastronómico da Beira-Serra. O evento abre sábado, 13 de Novembro, pelas 21 horas, com um espectáculo memorável de música popular, pelos Arraiad’ollos, seguido de procissão de luminárias que terminará na Lage Grande com coreografia de malabares de fogo e jogos pirotécnicos. No final realiza-se o tradicional magusto na caruma, abundantemente regado com jeropiga de várias colheitas. No domingo, 14 de Novembro, a Feira do Porco e do Enchido abre com uma Arruada de Bombos. Segue-se a leitura do Edital de recrutamento para a Milícia, uma vez que o Grupo Almanach, vai recrear na Lage Grande, durante todo o dia, o cenário de “Resistência às Invasões francesas – 18101821” que tiveram lugar nos campos agrícolas envolventes. Enquanto isso, as tasquinhas vão exibir para degustação dos interessados os primores do património gastronómico local, como o inimitável “Arroz de Suã”, pitéu que todos os anos mobiliza um número infindável de apreciadores. Mas a parte gastronómica do evento não se esgota naquela iguaria. Na ementa há “Porco no Espeto com Arroz de Feijão”, “Torresmos à Moda de Meruge”, feitos à fogueira em caçoila de barro, “Feijoada à Moda de Nogueirinha” entre outras propostas colocadas à disposição do visitante no recinto da Feira pelas associações locais. Pedindo licença ao colesterol, podem os comensais fechar o inolvidável repasto com as irresistíveis guloseimas saídas do “Concurso de Doçaria Tradicional” ou deleitar-se com o Arroz Doce de Anis. O visitante vai encontrar, na deambulação pelo espaço da 36
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ÚLTIMA HORA Lage Grande, o forno comunitário, onde os visitantes podem apreciar, a saírem quentinhas na hora, uma Bôla de Carne, de bacalhau ou de sardinha ou levar para casa uma broa de milho. Se o desejar, o visitante pode confecionar a sua própria refeição de “Torresmos à Moda de Meruge”, comprando a carne na feira, utilizando gratuitamente os condimentos, as fogueiras e as caçoilas de barro que disponibilizamos. Dos campos em redor, agricultores vão trazer à “Feira da Agricultura Familiar” as nozes, as avelãs, os figos e as pêras secas, as castanhas e as abóboras, mais a jeropiga, o azeite e os licores e também galos, pitas e galinhas e os respectivos ovos, mais os coelhos e os bácaros e o que demais houver, que se juntarão às largas dezenas de artesãos da região e do país. A “Mostra do Porco Bísaro”, sempre atractiva para crianças e graúdos, exporá ninhadas de leitões provenientes de explorações ao ar livre da região de Mangualde de Azurara. A programação musical da Feira do Porco e do Enchido é outra marca de qualidade do evento. Durante todo o dia o espaço da Feira será animado por “arruadas” e “concertos espontâneos” a cargo do Grupo de Bombos, da Adília e do seu Grupo de Concertinas e Cantadores ao Desafio e dos Arraiad’ollos. As crianças terão, mais uma vez, na feira um programa específico recheado de surpresas. Para além dos inolvidáveis “Passeios de Burro” que se realizam durante todo o dia no recinto do certame, a novidade desta edição é “A Aldeia do Fumeiro”, com pinturas faciais, modelagem de balões, jogos
infantis, atelier de simulação de enchimento e produção de enchidos. O “Grupo de Jogadores de Pau da Guarda” exibirá combates a sério e dará lições de manejo a quem se atrever a empunhá-lo. Os amantes das caminhadas podem inscrever-se no Passeio Pedestre, com percurso pelos caminhos dos campos em redor de Meruge. A saída da Junta de Freguesia, está marcada para as 8 horas da manhã de dia 14.
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Entre os dias 30 de Outubro e 1 de Novembro
Feira dos Santos em Chaves regressa no “formato habitual” A Feira dos Santos de Chaves regressa, após um ano de ausência, entre 30 de Outubro e 1 de Novembro, no “formato habitual” com expositores, gastronomia e diversões para dinamizar a economia local. “A feira vai-se realizar sem perder qualquer tipo de identidade, o que era o fundamental. Também foi por isso que ela não foi feita em 2020, porque a Feira dos Santos não tem possibilidade de ter um ‘plano B’, porque qualquer outro plano é descaracterizar a feira”, destacou Vítor Pimentel, presidente da Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT), organizador do evento a par da Câmara de Chaves.
Considerada a maior feira de rua do país, a Feira dos Santos regressa às artérias principais de Chaves com os habituais conjuntos de atividades económicas presentes, como produções rurais, gastronomia, mostras de gado, artesanato nacional e internacional, antiguidades, veículos automóveis, máquinas agrícolas, vestuário, têxtil lar ou calçado. O também tradicional leque de divertimentos e os locais com a venda de farturas arrancam mais cedo. Devido à pandemia de covid-19, o evento, que em 2020 não se realizou, terá “alguns constrangimentos” sem perder, no entanto, a “essência”. “Vamos fazer um controlo dos acessos a determinadas áreas. Fizemos também algumas adaptações em zonas mais críticas onde efetivamente a afluência de público é maior. Devido às diretrizes da Direção Geral da Saúde [DGS], fomos 38
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obrigados a abdicar de algumas coisas, como a animação de rua, com as charangas ou concertos a terem de ser feitos todos em palco”, explicou. A organização vai ainda criar espaços para alimentação, não sendo possível comer enquanto as pessoas se deslocam para não retirarem a máscara em grandes aglomerados, e fiscalizar o cumprimento das regras, apelando “ao bom senso” dos comerciantes e visitantes. Com uma “elevada procura” por parte dos comerciantes, Vítor Pimentel explicou que, devido aos constrangimentos, não haverá um aumento do espaço habitual para os expositores, que serão cerca de 500 pelas ruas flavienses. Os Santos, que atraem visitantes de todo o país e da vizinha Espanha, serão “um desafogo para o comércio local, hotelaria e restauração” num “regresso à normalidade”. “É uma nova normalidade que temos hoje em dia, mas é importante que assim seja e não podemos criar mais constrangimentos à economia, sobretudo numa débil como a nossa”, apontou o responsável pela associação comercial do Alto Tâmega. “Esta feira é a maior feira de rua do país e é o maior evento da região, um evento de cartaz a nível nacional onde recebemos pessoas dos quatro cantos do mundo. Pela economia local era fundamental fazer o evento após um ano de ausência”, acrescentou. Em comunicado, a autarquia de Chaves destacou também que o concurso pecuário atrairá o melhor gado da região à feira, mantendo-se a tradicional ‘chega de bois’, e que haverá a atuação de grupos musicais e bandas, atividades que “complementam e garantem o permanente sucesso da feira”.
ORGANIZAÇÃO
Angra do Heroísmo 19, 20 e 21 novembro Pavilhão Multiusos do Parque Multissetorial da Ilha Terceira
Festival de Vinho e Feira de Atividades Económicas mais informações: terceira.wineinazores.com ou ligue 917 260 702
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