Gazeta Rural nº 404

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Festas de Constância à espera de “uma multidão maior” Constância recebe anualmente, no fim de semana da Páscoa, as Festas do Concelho e de Nossa Senhora da Boa Viagem, que atraem muitos milhares de visitantes. O ponto alto acontece na segunda-feira de Páscoa com as cerimónias religiosas, que incluem a bênção dos barcos em pleno rio Tejo.

Ficha técnica Ano XVIII | N.º 404

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba

Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Luís Cruz

Sede de Redacção: Lourosa de Cima

3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400

E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

04 Daniela Mercury, Tony Carreira e muito mais na FeirOurém’22 05 Festival da Lampreia de Penacova realiza-se a 9 e 10 de Abril 06 Festas de Constância à espera de “uma multidão maior” 08 Feira do Folar de Valpaços está “de volta” no fim de semana de Ramos 10 Há cabrito em 34 restaurantes de Torres Novas 12 Festival de Gastronomia do Maranho regressa à Sertã em Julho 13 Câmara de Sousel lança projeto para transformar concelho na Capital do Borrego

14 Montijo vai receber a XXV Feira Nacional do Porco 16 Feiras da época medieval voltam à região de Viseu 17 Mealhada vai homenagear moleiros e padeiros do pão tradicional 18 Ovibeja debate soberania alimentar e a cultura de excelência e do conhecimento

20 Associação dos Escanções de Portugal está a celebrar 50 anos 22 Sever do Vouga aposta no turismo “como fator de desenvolvimento económico”

24 União Europeia “não pode travar as novas técnicas genómicas” 28 Apicultores do Alto Minho adaptaram-se para se proteger da vespa asiática 29 Aldeias do território da ADD classificadas como “Aldeias de Portugal” 30 Herbicida da UPL autorizado para controlo de infestantes gramíneas anuais em tomateiro

33 Itália lidera certificações DOP e IGP na União Europeia 34 Jardim Municipal de Porto de Mós é palco do Festival do Folar e do Licor 35 Festival Terras sem Sombra deste ano passa por 11 concelhos do Alentejo 36 Feira do Queijo de Alcains regressa em modo presencial 37 Castro Daire espera cerca de 500 atletas no Montemuro Vertical Run 38 Foz Côa Douro Trail Adventure mostra patrimónios mundiais da humanidade


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Certame regressa de 15 a 20 de Junho

Daniela Mercury e Tony Carreira são cabeças de cartaz da FeirOurém’22 O Município de Ourém vai relançar a FeirOurém já este ano. O presidente da Câmara Municipal, Luís Miguel Albuquerque, anunciou o regresso do certame, reativado, depois de largos anos de inatividade, em 2018 e em 2019, mas novamente interrompido por força do contexto pandémico.

Ana Bacalhau, Blaya, Bárbara Bandeira, Daniela Mercury, Ruizinho de Penacova e Tony Carreira estão entre os artistas convidados, num programa que também envolve protagonistas e coletividades locais. “Estamos perante um cartaz recheado de artistas de grande dimensão nacional e internacional, que certamente vão contribuir para o sucesso do certame”, considera o presidente da Câmara de Ourém. A aposta do Município tem por base o desenvolvimento económico do concelho, oferecendo a empresas e empresários uma oportunidade para potenciar negócios através da sua divulgação. Com o objetivo de atrair o maior número possível de visitantes, foi apresentado um programa transversal e capaz de projetar a FeirOurém a nível nacional.

A FeirOurém’22 realiza-se entre 15 e 20 de Junho deste ano, entre o Centro Municipal de Exposições e o Parque da Cidade Dr. António Mundo rural e tecido empresarial Teixeira, num recinto de dimensões consentâneas com a grandiosidade do evento, envolvenReeditando os moldes habituais dos primórdios da FeirOurém, será criado um recinto envolvendo o Centro de Exposições e o do toda a área envolvente.

“Esperamos uma adesão popular bastante significativa. Pelo que temos vindo a assistir em outros eventos de grande dimensão que já se vão realizando, acreditamos que a FeirOurém’22 também vai ser um sucesso. Depois destes dois últimos anos de pandemia, as pessoas precisam deste tipo de eventos, precisam de se divertir. Estes tempos que vivemos recentemente, não deixam saudades a ninguém”, justificou Luís Miguel Albuquerque, que presidiu à conferência de imprensa de apresentação, na companhia dos vereadores Natálio Reis, Isabel Costa e Rui Vital. 4

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Mercado Municipal. Dentro do perímetro compreendido, mas na área exterior, serão instalados 27 espaços para expositores, quatro restaurantes, uma área de Street Food, uma zona de bares, um parque radical, entre outros. Igualmente à imagem dos tempos que consolidaram a FeirOurém como um certame de dimensão regional, será contemplado um espaço dedicado ao Mundo Rural, no interior da Nave Poente do Centro de Exposições, composto por 14 bancas ecorurais, 8 stands e 13 espaços dedicados à venda de produtos locais e regionais. Na Nave Nascente, haverá espaço para 39 stands comerciais, ocupando uma área de cerca de 1000 metros quadrados.


Em onze restaurantes aderentes

Festival da Lampreia de Penacova realiza-se a 9 e 10 de Abril O mais conhecido evento gastronómico do país, dedicado à lampreia, realiza-se nos dias 9 e 10 de Abril em Penacova. Inicialmente previsto para fevereiro, mas adiado devido à escassez inusitada de lampreia, o festival acontece no segundo fim de semana de Abril. A edição deste ano conta com a participação de onze restaurantes onde será servido o famoso arroz de lampreia a preço promocional. A doçaria conventual, as nevadas e os pastéis de Lorvão, são oferta do município. Quem visitar um dos onze restaurantes durante o festival habilita-se ao “pack” “Descobrir Penacova”. Uma parceria com duas dezenas de operadores turísticos locais, que oferece alojamentos, refeições e experiências.

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Vão decorrer de 15 a 18 de Abril

Festas de Constância à espera de “uma multidão maior” Constância recebe anualmente, no fim de semana da Páscoa, as Festas do Concelho e de Nossa Senhora da Boa Viagem, que atraem muitos milhares de visitantes. O ponto alto acontece na segunda-feira de Páscoa com as cerimónias religiosas, que incluem a bênção dos barcos em pleno rio Tejo. É de 15 a 18 de Abril que a Vila de Constância recebe o seu maior evento anual. As Festas do Concelho e de Nossa Senhora da Boa Viagem têm este ano, em termos de animação, Fernando Daniel, Ana Lins e a Banda do Filme Variações como cabeças de cartaz. Contudo, as grandes atrações são as ruas floridas e as embarcações engalanadas que sobem o Tejo até Constância para a tradicional bênção que acontece na confluência do Tejo com o rio Zêzere, que ali desagua. “Esperamos que as nossas festas sejam muito mais procuradas do que na última edição, em 2019” O presidente da Câmara de Constância, em entrevista à Gazeta Rural, diz que depois da pandemia “esperamos este ano uma grande multidão”. Sérgio 6

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Oliveira acredita que também o número de barcos que subirão o rio Tejo até ao Zêzere seja “maior”. Gazeta Rural (GR): Aproximam-se as grandes Festas do Concelho de Constância. Como serão este ano? Sérgio Oliveira (SO): As festas estão a ser preparadas nos mesmos moldes de edições anteriores, antes da pandemia, com uma nuance, porque vão ter quatro dias. Estas festas, como é habitual, envolvem toda a comunidade, as associações de cultura e recreio e a população de forma individual, seja no embelezamento das ruas, seja na dinamização das tasquinhas e quiosques de bebidas, num conjunto de iniciativas que, efetivamente, irão marcar o arranque de um novo tempo, em que voltamos à normalidade. GR: Espera umas festas normais ou com alguns constrangimentos? SO: Por aquilo que tenho visto, e lido, acredito que não serão umas festas completamente normais, pois nos espaços fechados e no setor da restauração terá que se continuar a usar máscara. Teremos que continuar a ter alguns cuidados nos espaços fechados, mas ao ar livre já não será obrigatório o uso de máscara, embora cada um, individualmente, fará o que entender. Em resumo, diria que ainda não serão umas festas completamente normais, mas comparadas com as que vivemos há uns tempos atrás, será algo muito mais leve.

GR: Com a multidão de sempre, especialmente na segunda-feira de Páscoa? SO: Esperamos que este ano seja uma multidão ainda maior, porque estivemos dois anos sem fazer festas, pelo que esperamos que as nossas festas sejam muito mais procuradas do que na última edição, em 2019. GR: Já tem uma estimativa do número de barcos que vão chegar


a Constância? O que sente nas pessoas? GR: Há dados que vão indicando a ‘fuga’, ainda que em SO: Ainda não. Endereçamos os convites e estamos a renúmero muito reduzido, da cidade para o interior, onde hoje ceber respostas. Presumo que, e isto é senso comum, que há melhores condições de vida. Tem sentido isso em Constância? não se tendo realizado as festas durante dois anos, acredito SO: Temos verificado o regresso de pessoas, não só de naque as inscrições serão mais que na última edição em 2019. turais do concelho, que voltaram, bem como de pessoas que Sentimos que há uma grande vontade das pessoas para viviam em cidades próximas ou na região da Grande Lisboa. que as festas se realizem, porque isso faz-lhes falta, pois em Felizmente o Covid não parou as iniciativas no concelho, termos psicológicos foram dois anos muito difíceis, a que se nem as intervenções municipais no espaço público, nem a junta agora a situação de guerra que se vive na Ucrânia, que iniciativa privada no que concerne à construção de habitatambém é algo que marca o nosso dia a dia. Por tudo isto, ção, embora ao nível da cultura e desporto tenha paralisado entendemos que as pessoas merecem estas festas e estão a tudo. trabalhar para que as mesmas se realizem. Neste momento, Constância tem um volume de processos de licenciamento bastante elevado, e isso aconteceu ao GR: Há uma simbologia nestas festas, que juntam o religioso e o profano? longo dos últimos dois anos. Por exemplo, o Centro Histórico da Vila já não é uma preocupação, pois os edifícios SO: Isso é algo que as pessoas encaram com naturalidade. estão a ser reabilitados ou em vias de o ser. A Câmara Municipal é uma instituição laica, obviamente, mas Também das freguesias de Montalvo e Santa Margarida não é isso que nos afasta de termos uma boa colaboração com têm dado entrada nos serviços da Câmara um grande núa paróquia, que sempre existiu. A articulação entre aquilo que mero de pedido de licenciamento de habitação, com vista é a festa mais comercial e pagã, com as cerimónias religiosas é à instalação de novas famílias nestas áreas do concelho. normal. Vamos continuar a ter a bênção dos barcos, em pleno rio São sinais positivos que temos, mas não podemos penTejo, e das viaturas. Todos os pontos fundamentais das nossas sar que, com isto, os nossos problemas estão resolvidos, festas vão acontecer. pois temos que continuar a afirmar Constância como um concelho bom para viver, para investir e para visitar. GR: Como foram os últimos dois anos no concelho? SO: Foram difíceis, tal como no país e no mundo. As autarquias GR: O município vai manter os eventos previstos tiveram que acudir a muitas situações, substituindo-se, muitas vezes, à Administração Central. Tivemos que apoiar as associações de para este ano, como os dois festivais gastronómicos cultura e recreio, pois tenho a certeza de que se não o tivéssemos em Maio e Outubro? feito algumas teriam fechado portas e não voltariam a abrir. À seSO: Sim. Já em 2021 levamos a cabo o Festival do melhança do grande esforço que fizemos para apoiar os Bombeiros Javali e em Maio vamos retomar o Festival da Fataça. Voluntários e a Santa Casa da Misericórdia de Constância, para além Temos vindo também a desenvolver um projeto interessante e que pretende dar vida ao Centro Histórico, do apoio que demos a nível individual aos cidadãos, sempre que que é “A Praça Com Vida”, uma iniciativa cultural que necessário e nos foi solicitado. Foram dois anos muito desgastantes se vai realizar, pelo menos, uma vez por mês e que e é preciso recuar 100 anos para o país ter vivido uma situação semelhante, mas que, no que concerne ao Município de Constância, como queremos aprofundar com outro tipo de iniciativas, já referi, fizemos o que estava ao nosso alcance para acudir a todas as nomeadamente quanto o Cine-Teatro estiver em situações e a todas as pessoas que necessitaram de ajuda. funcionamento. Um dos objetivos deste mandato é aumentar a oferta cultural e desportiva no concelho. www.gazetarural.com

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No fim de semana de Ramos

Feira do Folar de Valpaços está “de volta” de 8 a 10 de Abril indicação geográfica protegida (IGP) desde 2017. “Estamos de volta”, afirmou o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, na apresentação do certame, que não se realizou em 2020 e 2021. O autarca diz que a Feira do Folar pretende “promover a gastronomia em várias vertentes, preservar a tradição e a identidade da cozinha local, bem como valorizar o seu estatuto de produto turístico e património cultural” é o objetivo da Feira do Folar de Valpaços, que este ano regressa ao formato habitual de 8 e 10 de Abril. Amílcar Almeida destacou a importância da feira para a economia local, não só pelos negócios concretizados durante os três dias no recinto e o movimento na hotelaria e restauração do concelho, mas também porque divulga “o bom nome de Valpaços”. “Temos o único folar certificado do país e que há muito tempo ganhou adeptos. Não é preciso ter um grande poder de compra para o poder adquirir”, salientou o autarca. No recinto da feira estarão presentes cerca de 80 expositores e o folar será vendido entre os 10 e os 12 euros, verificando-se um “aumento mínimo” para ajudar os produtores a suportar também o aumento dos custos de produção. “Aumentaram os combustíveis, as farinhas, vimos aumentar tudo”, frisou Amílcar Almeida, salientando que “já há muito tempo que o preço do folar se situava nos 10 euros” e que, por isso, se “trata de um aumento insignificante face ao aumento dos produtos”. A feira só terá expositores oriundos do concelho, com prova e

“Promover a gastronomia em várias vertentes, preservar a tradição e a identidade da cozinha local, bem como valorizar o seu estatuto de produto turístico e património cultural” é o objetivo da Feira do Folar de Valpaços, que este ano regressa ao formato habitual de 8 e 10 de Abril. A Feira do Folar é um palco de negócios e regressa a Valpaços após dois anos de interregno, devido à covid-19, mantendo-se a aposta na loja ‘online’ que levou o produto tradicional a todo o país. No ano passado a plataforma teve, em Março, um volume de negócios que rondou os 90 mil euros. O certame realiza-se entre 8 e 10 de Abril, uma semana antes da Páscoa, época em que esta iguaria tem um lugar de destaque nas mesas dos transmontanos. O Folar de Valpaços é um produto com

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venda de Folar de Valpaços IGP, fumeiro, bolo podre, frutos secos, mel, vinho, azeite, a mais variada doçaria, entre muitas outras iguarias locais.

fazemos nesta altura do ano os folares e de uma forma muito tradicional, artesanal”, contou o marido de Ana, Luís Guedes, funcionário público. Nesta altura tiram férias ou folgas e a família junta-se para cumprir esta espécie de tradição. “O objetivo principal não é o luÀ espera de milhares de visitantes cro, se assim fosse já tínhamos parado”, referiu Luís Guedes. Sem feira física nos últimos dois anos, encontraram-se novas forA organização da Feira do Folar está à espera de mas de potenciar os negócios e foi, nesse sentido, que a Câmara milhares de visitantes, numa altura em que a pande Valpaços lançou em 2021 uma plataforma online para venda de demia já tem menor expressão. Contudo, a Câmara produtos regionais e que se manteve ativa ao longo do ano. Ali de Valpaços decidiu que haverá menos expositores e vende-se folar, mas também outros produtos regionais, como o mais espaço de circulação entre os stands. azeite, vinho, bolo podre, castanha ou mel. Mas integrado na Feira do Folar há um fim-de-seEm Março de 2021 foram efectuados negócios de cerca de mana gastronómico, com o objetivo de incentivar o 90 mil euros através desta plataforma. “Tivemos muito procura. consumo de produtos locais, contribuindo para a diFoi uma verdadeira surpresa, porque não contávamos. Era com namização das empresas em atividade no concelho. muita facilidade que faziam as encomendas de Lisboa, Algarve, onde quer que fosse, e estas eram entregues em 24 horas”, O certame tem um programa diversificado, com apontou Luís Guedes. A venda de folar na plataforma ficará susmuita animação, com grupos musicais, bandas filarmónicas, ranchos folclóricos, concertinas, apresentação pensa durante os dias da feira física. de livros, animação infantil, entre outros. O programa O folar é já um produto vendido o ano inteiro, mas segundo “Somos Portugal”, da TVI, será emitido a partir de ValRui Conde, da padaria Juvenal, na cidade de Valpaços, na altupaços. ra da Páscoa nota-se um aumento da procura. “Todos os dias fazemos folar. Vendemos aqui, individualmente e também pela Venda online potenciou negócios durante plataforma”, realçou o empresário que neste período, e face a pandemia ao aumento da procura, contrata mais duas pessoas para reforçar a equipa de 10 elementos que trabalha nesta padaria. Em Valpaços, o folar é industrial e artesanal, produzido O negócio “já vem dos tempos” dos avós de Rui Conde, pelas padarias ou em fornos de particulares, que aproveidesde 1939, tal como a receita do folar, e é “grande” a extam para irem fazendo algum rendimento extra. pectativa de regressar à feira física após dois anos de interregno. Nas últimas edições, a padaria Juvenal esgotou todo Na aldeia de Vassal, as irmãs gémeas Ana e Adília Sousa, professoras de profissão, unem a família para confeo produto que levou para o certame. cionar o folar para a altura da feira e da Páscoa. Começou Em 2019, a Feira do Folar gerou um volume de negócios de cerca de 1,5 milhões de euros em vendas diretas e por brincadeira, no antigo forno a lenha que pertenceu aos impacto no comércio e restauração do concelho, atraindo avós, depois experimentaram participar na feira e “ganhou-se o gosto”, repetindo a presença ao longo dos anos. “Só milhares de pessoas a Valpaços, muitos espanhóis.

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Evento gastronómico decorre de 8 a 17 de Abril

Há cabrito em 34 restaurantes de Torres Novas

No concelho de Macedo de Cavaleiros

Trinta e quatro restaurantes de Torres Novas participam no XXXI Festival Gastronómico do Cabrito, que vai decorrer de 8 a 17 de Abril. As especialidades gastronómicas disponíveis vão desde o cabrito assado no forno com batatas e grelos, ao cabrito na púcara, passando pelo ensopado ou caril de cabrito, sem esquecer a doçaria à base de produtos tradicionais da região, nomeadamente, os frutos secos de Torres Novas. Esta iniciativa, que visa contribuir para a afirmação e preservação de um dos pratos típicos da gastronomia torrejana, pretende ainda apoiar o setor da restauração e captar a atenção do visitante para os aromas e sabores únicos da gastronomia local. Para comemorar esta edição do festival, o Município de Torres Novas vai disponibilizar uma caixa transportadora em cartão, alusiva ao evento.

Aldeia de Vilarinho de Agrochão recebe XX Feira do Folar

A aldeia de Vilarinho de Agrochão, no concelho de Macedo de Cavaleiros, recebe a vigésima edição da Feira do Folar, no fim de semana de 2 e 3 de Abril. Este é um dos primeiros grandes eventos do mundo rural na região desde o início da pandemia, em Março de 2020.

Este certame que é um encontro das tradições gastronómicas e agrícolas regionais e onde se promove o que de melhor se faz no município. “É uma felicidade podermos voltar a organizar este tipo de eventos públicos, ainda para mais porque nos permite ajudar a promover os nossos agricultores e os nossos produtores de Folar, um produto tão característico de Macedo de Cavaleiros”, frisa o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros. A feira é inaugurada às 15 horas de sábado, dia 2 de Abril, e arranca, logo depois, com uma importante conferência sobre o novo quadro dos subsídios agrícolas, seguido de uma sessão de esclarecimento sobre o programa Balcão Único do Prédio (BUPi) de Macedo de Cavaleiros. Ao longo dos dois dias, a aldeia de Vilarinho de Agrochão recebe vários produtores de folar, de doces Económicos, bem como produtores agropecuários. “Para os produtores do nosso concelho estes eventos são muito importantes, pois são uma forma de estabelecer novos contactos e encontrar novos compradores para os seus produtos”, explica Benjamim Rodrigues. O presidente da câmara macedense salienta que “o mundo rural tem um peso muito significativo no nosso concelho e, também por isso, é fundamental a realização deste tipo de eventos, sobretudo numa altura em que os dados da pandemia estão mais controlados e em que as regras de convivência social são menos apertadas”. Além da vertente económica, a Feira do Folar de Vilarinho de Agrochão é também um momento de convívio. Assim, os dois dias contam com várias atuações pelas ruas da aldeia e com a interpretação de alguns artistas locais e nacionais. O certame termina no domingo com a oferta de folar a toda a população. Uma forma de festejar os 20 anos da Feira. 10

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Com novo passatempo para os visitantes

Festival do Bacalhau e do Azeite regressa aos restaurantes de Vila de Rei Com “uma aposta reforçada na gastronomia”

Festival de Gastronomia do Maranho regressa à Sertã em Julho O Festival de Gastronomia do Maranho regressa à Sertã de 14 a 17 de Julho, com “uma aposta reforçada na gastronomia, com mais restaurantes aderentes, com associações locais em destaque, mais relevo aos costumes e tradições locais, novas áreas expositivas e todo um novo planeamento do espaço”. “Será um grande evento de promoção da gastronomia local, divulgação das potencialidades turísticas do concelho e um evento importante para o reforço da identidade do concelho”, afirma o presidente do município da Sertã, Carlos Miranda, em nota de imprensa. Para além dos diversos atractivos do concelho, o autarca destaca o maranho como sendo “a maior marca, o grande emblema em matéria de gastronomia” da Sertã. “Vamos também dar um novo destaque às freguesias do concelho e descentralizar as actividades. Vamos ter quatro dias muito preenchidos, desde manhã até à noite”, conclui. O maranho é uma iguaria que surgiu há mais de 200 anos e cuja base é a carne de cabra e/ou de ovelha, animais cuja criação é muito frequente por todo o concelho da Sertã. Entram ainda na confecção do prato ingredientes como presunto, chouriço, hortelã, arroz, sal e vinho branco. Ganhou fama, sobretudo, durante o século XX, e era um prato habitual nos dias de festa. 12

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O XIII Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite, organizado pelo município de Vila de Rei, está de regresso aos restaurantes de Vila de Rei, entre os dias 2 e 10 de Abril, com a sua décima terceira edição a contar com um passatempo para todos os visitantes que degustarem os pratos de bacalhau.

Esta edição do festival contará ainda com um passatempo, onde os restaurantes aderentes irão oferecer uma refeição para duas pessoas a um dos clientes que adquira um prato de bacalhau durante os dias do Festival. Por cada prato de bacalhau adquirido, os clientes receberão um cupão que deverão preencher e entregar, a qualquer hora do dia, no Posto de Informação de Vila de Rei. Após o término do evento, oito clientes do Festival serão premiados com um vale para nova refeição, num dos oito restaurantes aderentes.


Com o objetivo de promover o desenvolvimento rural

Câmara de Sousel lança projeto para transformar o concelho na “capital do borrego” A Câmara de Sousel, no distrito de Portalegre, quer transformar o concelho na “capital do borrego”, desenvolvendo uma marca que torne aquele território “único e desejado” por investidores, turistas e potenciais habitantes.

Além desta empresa, a Câmara de Sousel recorda que o concelho possui “cerca de 80 explorações pecuárias” dedicadas ao setor ovino e “uma série” de queijarias e leitarias que comercializam leite e queijo de ovelha. No âmbito do projeto, os 15 concelhos do distrito de Portalegre vão estar envolvidos na primeira edição da O projeto, denominado “Sousel, Capital do Borrego”, foi Quinzena Gastronómica Terras do Borrego 22, que vai apresentado na Biblioteca Municipal Doutor António Garção, decorrer de 8 a 24 de Abril, com a participação de mais em Sousel, pelo presidente do município, Manuel Valério. de 100 restaurantes da região. Com o objetivo de promover o desenvolvimento rural e de “Até então, havia algumas semanas gastronómicas “afirmar nacional e internacionalmente” esta marca, o projepulverizadas em alguns dos municípios”, mas, agora, to está dividido em três eixos, que passam pela realização de foi criado “um evento agregador para atrair pessoas de uma quinzena gastronómica, uma feira bienal e a criação de um todo o país e de Espanha”, pode ler-se no documento centro de inovação, interpretação e conhecimento do borrego. de apresentação do projeto. Através da criação da marca, o município quer ainda passar a Já a feira bienal que está prevista ‘nascer’ no próximo, mensagem de que o Alto Alentejo é a “principal região fornecepretende tornar-se num evento que agregue outros asdora” do país de carne de borrego. petos, além da agropecuária, como a cultura, produtos Para comprovar este facto e para assumir Sousel como “capital endógenos da região e a partilha de conhecimento do borrego”, a autarquia recorda que a maior empresa do concetécnico-científico. lho é a Pasto Alentejano, unidade que desenvolve a exploração A câmara municipal espera ainda criar um centro de de borregos, vendendo “cerca de 130 mil animais por ano”. inovação, interpretação e conhecimento do borrego Além desse fator, a autarquia explica que a Pasto Alentejano é de Sousel, de natureza museológica e para acolher considerada como “a maior exploração de borregos da Europa”, exposições. Neste centro interpretativo, os visitantes com “certificação de bem-estar animal” e capacidade para “50 vão poder conhecer melhor a importância da indúsmil borregos de efetivo”, com uma rotação anual de “400 mil anitria para a região, ambicionando também a autarmais”. quia que a polivalência deste espaço permita proEsta empresa, que serve vários canais de distribuição no país e mover encontros, colóquios, entre outros eventos. trabalha com “cerca de 3.000 produtores” de norte a sul de PorFonte do município explicou que este projeto, tugal, tem previsto um investimento de “cerca de oito milhões de numa primeira fase, vai ser desenvolvido de “foreuros” para a restruturação e renovação da fábrica, o que visa abrir ma virtual”, avançando-se, numa fase subsequente, portas ao mercado da carne para Israel e, a partir daí, para as comupara um espaço físico. nidades judaicas. www.gazetarural.com

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FPAS e o Município assinaram protocolo para a realização do evento

Montijo vai receber a XXV Feira Nacional do Porco A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) e o Município do Montijo assinaram um protocolo para a realização da XXV Feira Nacional do Porco. A maior feira de suinicultura do país está de regresso ao Montijo de 12 a 14 de Maio, para mais uma edição desta que é já uma tradição da cidade. A cerimónia de assinatura do protocolo, para a realização da XXV Feira Nacional do Porco, decorreu no Salão Nobre da Câmara do Montijo, entre David Neves, presidente da FPAS, e Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo.

Com este protocolo, para além da cedência do Parque de Exposições Acácio Dores, é ainda reforçado o compromisso da Câmara do Montijo e da Comissão Organizadora da XXV Feira Nacional do Porco com a melhoria das condições de conforto e higiene do recinto, garantindo aos visitantes e aos expositores uma melhor experiência aquando da sua visita ao certame. A principal feira do setor da suinicultura nacional conta este ano com grandes novidades, como os prémios Inovação nas áreas do Ambiente, Bem-Estar Animal e Nutrição, o cariz de solidariedade com verbas da bilheteira e leilão a reverter para uma instituição de solidariedade social do concelho e, ainda, a vertente internacional com a realização da Assembleia Geral da Organização Iberoamericana da Suinicultura (OIPORC). Apesar de ser um evento predominantemente direcionado ao público profissional do setor da suinicultura e da fileira da carne de porco, a Comissão Organizadora mantém uma forte ligação com o público em geral, promovendo um programa lúdico para toda a família, onde se destaca a atuação de Quim Barreiros no dia 13 de Maio. Naturalmente a gastronomia e a exposição de animais vivos serão, mais uma vez, grandes atrativos para os milhares de visitantes esperados nos três dias em que decorre o evento, a par das tasquinhas, showcookings e concertos, num total de área coberta de 7.000 m2, distribuída por quatro pavilhões, com cerca de 350 expositores nacionais e internacionais. 14

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Lamego, Penedono e Canas de Senhorim

Feiras da época medieval voltam à região de Viseu As ruas e ruelas de Lamego, Penedono e Canas tradicionais”, acrescentou. Em 2021, devido à covid-19, a feira medieval realizou-se em de Senhorim vão voltar a ser palco de uma viagem moldes diferentes, com a reconstituição histórica de “As cortes ao passado e vão acolher artesãos que expõem e de Lamego”, apenas em forma de espetáculo. vendem mercadorias medievais, à semelhança do A Câmara de Penedono também já anunciou a abertura das que acontecia antes da pandemia de covid-19. inscrições de participação como “feirantes, taberneiros, artesãos

As Câmaras de Lamego e de Penedono já anunciaram ou mercadores” na edição deste ano, que se realizará nos dias as datas das feiras medievais deste ano: de 10 a 12 de 01, 02 e 03 de Julho. De acordo com a autarquia, “podem parJunho e de 01 a 03 de Julho, respetivamente. Em Canas ticipar no certame artesãos e mercadores individuais, em reprede Senhorim, a Junta de Freguesia prevê que a feira se sentação de municípios, associações de artesãos ou freguesias”. realize no primeiro fim de semana de Outubro. Podem igualmente estar presentes “as pessoas coletivas que Em Lamego, segundo a autarquia, após dois anos se comprometam a apresentar artesanato ou produtos genuínos de pandemia de covid-19, a feira medieval “vai voltar enquadrados no período medieval, em especial as que recriem as a reunir dezenas de artesãos que recriarão o comércio vivências do século XIV”, acrescentou. A feira medieval vai realizare as artes da época medieval”, na Praça do Comércio -se na envolvência do castelo, na Avenida Adriano de Almeida, no e zona envolvente. “A nobreza, os mestres de ofício e Largo da Devesa, no edifício dos Paços do Concelho e na Liça. os servos também estão de volta para recriar a história Em Canas de Senhorim, no concelho de Nelas, a intenção é “redos tempos de D. Afonso Henriques e as Cortes de tomar a realização da feira medieval, no primeiro fim de semana de Lamego”, avançou. Outubro, se a pandemia o permitir”, disse à Lusa o presidente da A feira contará ainda com o mercado medieval, que Junta de Freguesia, Nuno Pereira. oferecerá várias opções gastronómicas, e com músi“São os 30 anos da feira”, salientou Nuno Pereira, lembrando que, ca e jogos de destreza. Fonte da autarquia disse que no ano passado, “apenas houve cavaleiros e arruadas de bombos “o certame vai ser realizado nos mesmos moldes anpara marcar a data”. teriores” à pandemia. “Vai ter uma componente de Este ano, a viagem medieval permitirá que os visitantes da zona animação de rua muito forte, com malabaristas, arhistórica de Canas de Senhorim encontrem os artigos da época, que ruadas musicais, cortejos, torneios de armas e ofícios vão desde o artesanato, às tradicionais bebidas e comidas. 16

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Assinala o Dia Nacional dos Moinhos de 7 a 10 de Abril

Mealhada vai homenagear moleiros e padeiros do pão tradicional A Câmara da Mealhada vai dar palco às pessoas que continuam a manter viva a tradição de confecionar o pão tradicional, assinalado o Dia Nacional dos Moinhos, com um programa de quatro dias para todas as idades.

atividades, uma oficia criativa, um jogo e uma história, bem como a apresentação do livro “A espiga de milho rainha do prado e muitas coisas mais”, de Dina Monteiro. O momento alto do dia terá lugar com a confeção e cozedura do pão tradicional da Mealhada. Também o Moinho de Santa Cristina, no Parque da FonO concelho da Mealhada já teve outrora “muitos moinhos em te de Santa Cristina, tem previstas uma oficina de reutilifuncionamento” e “é muito conhecido pelo seu famoso pão”, zação de materiais, uma atividade de expressão plástica, recordou a vice-presidente da Câmara da Mealhada. “Esta é um jogo e a venda do pão tradicional da Mealhada. uma oportunidade de envolver a comunidade e ligá-la a fatores O dia seguinte reserva mais três atividades: o jogo identitários do território, como os moinhos, pois o concelho da “Quem quer ser moleiro?”, que terá lugar no Centro de Mealhada já teve muitos moinhos em funcionamento. Ainda tem Interpretação Ambiental; a história “Era uma vez num moleiros, as pessoas estão vivas e gostam que valorizem a sua moinho…com a Maruxa”, na Biblioteca Municipal da atividade ou anterior atividade”, justificou Filomena Pinheiro. Mealhada; e ainda um workshop alusivo ao pão. Este O Município da Mealhada vai assinalar, de 7 a 10 de Abril, o Dia ‘workshop’, que tem como público-alvo os seniores, Nacional dos Moinhos, com um programa composto por diversas terá lugar na Escola Profissional da Mealhada. atividades para todas as idades. Nestes quatro dias será “dado Integra ainda este programa, para assinalar o Dia palco aos que mantém a tradição de confecionar o pão para vender Nacional dos Moinhos, a caminhada “Trilho dos Moiou para partilhar”, mostrando esta prática “às crianças e jovens que nhos”, da freguesia de Vacariça. Está agendada para não têm memória de ver como os avos o faziam”. as 9,30 horas do dia 10 de Abril, estando a concentraDe acordo com a autarca, esta é ainda uma oportunidade para ção prevista para o Parque dos Moinhos do Lograssol, “sair de casa, partilhar e fazer coisas em comunidade”, depois de seguindo depois em autocarro para Santa Cristina. O dois anos de pandemia. “E obviamente que, se queremos um conpercurso tem uma extensão que se aproxima dos oito celho mais sustentável, temos que olhar primeiro para a comunidade quilómetros, saindo do Moinho de Santa Cristina em e trabalhar com a comunidade”, acrescentou. direção à Quinta do Valongo, Pego, Quinta do Vale, No dia 7 de Abril, o Parque dos Moinhos do Lograssol acolhe três Vacariça e Lograssol.

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Na 38ª Ovibeja, agendada para a semana de 21 a 25 de Abril

Ovibeja 2022 debate soberania alimentar e cultura de excelência e do conhecimento A trigésima oitava Ovibeja, a decorrer de 21 a 25 de Abril, vai ser uma edição ímpar. É muita a expectativa de retomar as atividades sociais, culturais e comerciais, juntando os amigos, de estar e brindar à presença de todos e de cada um. A Ovibeja é um evento onde todos são importantes, onde a diferença acrescenta valor, onde a reflexão e o debate significam construção de conhecimento, onde a inovação é sinónimo de empreendedorismo, de cooperação e de festa.

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“Como Alimentar o Planeta?” é o tema central desta edição da feira e a temática colocada em reflexão num seminário organizado pela ACOS - Associação de Agricultores do Sul, no dia 23 de Abril. Os agricultores enquanto guardiões da ruralidade, a cultura de excelência e do conhecimento, a eficiência e a soberania alimentar são alguns dos pontos de partida para uma reflexão alargada sobre esta temática. No mesmo dia está ainda previsto um debate sobre como “Proteger as culturas para alimentar o mundo: dos micro-organismos do solo às técnicas de monitorização das pragas e doenças”, da responsabilidade do Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect.

Com a maioria dos colóquios a refletir, direta ou indiretamente, sobre a temática central da Ovibeja, são várias as entidades a prestar contributos para uma mais alargada abordagem sobre esta problemática. “Presente e futuro do montado, sistema único no âmbito alimentar e ambiental” é o tema a abordar no dia 21, pelo Centro de Competências do Porco Alentejano e do Montado. “Agricultura de precisão e digitalização, desafios, tendências e oportunidades” é a temática a apresentar, no dia 22, pelo Centro de Competências InovTechAgro. No mesmo dia o Centro de Competências para as Alterações Climáticas do Sector Agro-Florestal coloca em cima da mesa o tema “Alterações climáticas – como nos adaptarmos para alimentar


o planeta”. No dia 25 o Centro de Competências A Ovibeja é uma feira agrícola de características únicas, geradora de do Pastoreio Extensivo apresenta para reflexão “o dinâmicas ímpares ao encontro de todos os públicos-alvo. É organizasabor da pecuária extensiva” e “a pecuária extensiva da pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul e pode ser visitada e a sustentabilidade”. em www.ovibeja.pt. Outra das muitas temáticas colocadas em debate Feira, festa e grandes concertos é “O regadio no desafio da alimentação mundial”. Este colóquio, agendado para o dia 21, é da responCom largos milhares de visitantes por edição, o evento é uma sabilidade da FENAREG – Federação das Nacional verdadeira oportunidade para negócios e um marco importante na de Regantes. Outro dos temas já confirmados para agenda de membros do governo, partidos políticos, diplomatas e a Ovibeja é sobre o “Amendoal português – desade várias delegações empresariais portuguesas e de cariz internafios e oportunidades”, da responsabilidade do Cebal cional. Caracteriza-se pela sua diversidade, dirigida a profissionais, – Centro de Biotecnologia Agroalimentar do Alentemas também a famílias e grupos de jovens que aproveitam para jo, que organiza ainda outro colóquio sobre o projeto assistir aos primeiros grandes concertos de Primavera. Val+Alentejo – aspetos nutricionais como forma de vaA Ovibeja, realizada em cerca de 10 hectares infraestruturados lorizar os produtos dos pequenos ruminantes do Alene arborizados, com pavilhões temáticos, no Parque de Feiras e tejo”. É ainda da sua responsabilidade o colóquio sobre Exposições de Beja ‘Manuel de Castro e Brito’, acolhe, em média, “Como a biomassa pode contribuir para alimentar o a participação de mais de mil expositores. mundo?”. A oferta do evento inclui ainda concursos, exposições de gado, “Pecuária de Baixo Carbono (PBC) e Certificação do demonstrações equestres, comércio, provas desportivas, expobem-estar animal - Welfair” é o tema lançado pela Agrisições empresariais e institucionais. E uma vasta programação cert no dia 21. No dia 22, “A agenda verde europeia. cultural com espetáculos e concertos, onde se destacam as faSustentabilidade da agricultura e soberania alimentar” é mosas “ovinoites” que atraem milhares de jovens ao recinto da o tema colocado em cima da mesa pela PRA – Raposo Sá feira. Miranda e Associados. Digitalização e práticas agro-ecoBlaya, Pedro Abrunhosa, Paula Fernandes são apenas alguns lógicas na promoção da saúde das plantas e do solo - o dos irrecusáveis pretextos para juntar os amigos e rumar a Beja. contributo das tecnologias do projeto PestNU na transição A 21 atuam a Banda de Música da Força Aérea, Tunas e o DJ para a sustentabilidade da agricultura” é a reflexão sugeChristian F. A 22 o palco é de Blaya e do DJ Rob Willow. A 23 rida pela APEMETA – Associação Portuguesa de Empresas de Abril os holofotes vão para Pedro Abrunhosa, seguido da de Tecnologias Ambientais. Muitos outros temas estão em DJ Ana Isabel Arroja. A última noite da Ovibeja é entregue a preparação para debate e reflexão na XXXVIII Ovibeja, num Paula Fernandes e ao DJ Nuno Luz. programa em construção que pode ser acompanhado em www.ovibeja.pt.

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Comemorações começaram no Dia do Escanção, a 24 de Março

Associação dos Escanções de Portugal está a celebrar 50 anos Março de 1972, tendo nessa altura sido reconhecida A Associação dos Escanções de Portugal celebrou o como Associação, embora a sua raiz tenha sido criada e Dia do Escanção, num encontro de associados, colaboraidealizada anos antes pela pioneira iniciativa do escandores, colegas e amigos. Este ano, a reunião teve lugar ção Fernando Ferramentas. na Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, onde os A ocasião especial celebrou e homenageou o trabaconvidados foram recebidos de forma calorosa e deslho, o esforço, o empenho e a determinação, a paixão contraída por toda a equipa da casa, ficando a conhee a dedicação de todos os que abraçam esta profissão cer de perto as suas instalações numa visita guiada às e que têm caminhado com a Associação nestes 50 anos de vida e história, desde a sua fundação até aos dias de suas vinhas, adega e museu.

hoje, contribuído para o seu progresso e para o que ela é Um passeio que antecedeu uma degustação especial dos e simboliza nos nossos dias. três Moscatéis de Setúbal Ermelinda Freitas – o Moscatel de E por esta comemoração, serão vários os eventos e as Setúbal, o Moscatel de Setúbal Superior e o Moscatel Roxo Suacções, a ela inerentes, a acontecer ao longo do ano de perior – numa prova orientada pelo enólogo Jaime Quendera 2022, sobretudo para os associados, nomeadamente a e acompanhada por Leonor Freitas, proprietária e gestora da realização de masterclasses exclusivas e workshops. empresa, seguindo-se o almoço dos Escanções. Ainda durante o encontro, a Associação dos Escanções Também este ano, esta data (24 de Março) tem um signide Portugal entronizou Leonor Freitas como membro da ficado particular pelo marco simbólico dos 50 anos da AsConfraria dos Escanções de Portugal, também em jeito de sociação dos Escanções de Portugal, membro fundador da homenagem ao seu trabalho e contributo para o sector. Association de la Sommellerie Internationale (ASI), que viu a publicação da sua fundação em Diário da República a 24 de

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Pedro Lobo em Entrevista à Gazeta Rural

Sever do Vouga aposta no turismo “como fator de desenvolvimento económico” do território Pedro Amadeu Lobo (PL): As medidas previstas no plano são O município de Sever do Vouga apresentou resultado de um trabalho continuo, realizado com os agentes recentemente a Estratégia para o Turismo 2022económicos, e que tem como objetivo apresentar uma visão de 2025. O documento estratégico propõe que “o desenvolvimento turístico sustentada em elementos fundamenturismo contribua ativamente para o desenvoltais no ecossistema turístico pós-pandemia, nomeadamente um vimento económico, social, cultural e ambienturismo mais positivo, mais sustentável, mais benéfico para o tertal do destino”, como referiu o presidente da ritório e para as pessoas que nele vivem. Câmara em entrevista à Gazeta Rural. O documento estratégico propõe que o turismo contribua atiNum olhar global para o concelho, Pedro Lobo salienta as potencialidades de Sever do Vouga no setor primário, não só na produção de pequenos frutos, mas também da laranja, com uma produção significativa no concelho, mas com dificuldades de escoamento a preços compensadores. Gazeta Rural (GR): Apresentou recentemente a Estratégia para o Turismo em Sever do Vouga no triénio 2022-2025. Quais são as grandes linhas orientadoras? 22

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vamente para o desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental do destino, promovendo o aumento dos negócios das empresas locais, do investimento, do emprego, da fixação de residentes, da salvaguarda da cultura e tradições locais, bem como da preservação do ambiente natural e da sustentabilidade. Este é um marco importante para o município, que irá estruturar o trabalho a desenvolver pelos setores público e privado nos próximos anos, com a cooperação de todos. A visão inovadora e o espírito empreendedor serão os fatores diferenciadores que vão tornar Sever do Vouga um destino mais competitivo. Queremos que Sever do Vouga, neste domínio, passe a ser uma


referência a nível nacional e internacional e um pólo mas o setor está abandonado? muito interessante de desenvolvimento para quem PL: Estamos a tratar disso. Continua a produzir-se muita laranja no cá quer investir. Somos o único concelho da região concelho de Sever do Vouga, mas não se arranja forma de a escoar a que cruza as Montanhas Mágicas com a Ria de Aveipreços interessantes. Temos previsto a realização de um Festival da ro. Temos potencialidades muito interessantes de Laranja e o Mel, que irá acontecer na freguesia de Pessegueiro do desenvolvimento, com montanha, água, paisagem, Vouga em data a definir. Vamos procurar descentralizar as atividades património histórico e gastronomia. Temos é que para as diversas freguesias. saber pegar nestas potencialidades e colocá-las no A agricultura mudou muito, como sabemos. Tem havido uma local certo. grande aposta na agricultura intensiva e Sever do Vouga não pode acompanhar essa tendência devido ao seu relevo. Para além da laGR: Num olhar para o setor primário, os produtoranja, há também uma boa produção de limão e lima e estamos a res de pequenos frutos, nomeadamente de mirtilo, tentar arranjar forma de escoar estas produções, facilitando a vida mostram-se preocupados com os efeitos da seca, aos produtores. Estamos a estudar algumas soluções. que nem as chuvas do mês de Março vieram minorar? PL: As chuvas vieram muito tarde. As plantas, tal GR: A Rota da Lampreia ficou em banho-maria, também por como as pessoas, têm as suas rotinas. Deveriam ter tido, causa da seca? no tempo certo, água e frio, o que não aconteceu, noPL: Pretendíamos fazer uma grande campanha de divulgação meadamente em Novembro, Dezembro e Janeiro, e não da lampreia em Sever do Vouga. Quando nos apercebemos que há como voltar atrás. No caso no mirtilo houve plantas havia muito pouca optámos por deixar o festival em stand bye, em plena floração. Isto pode trazer alguns problemas, no porque não queríamos que as expectativas ficassem defraudaque diz respeito à maturação do fruto e ao atraso na prodas. Os restaurantes que aderiram continuam a servir lampreia, dução, com as chuvas das últimas semanas. Contudo, ainmas alertamos os amantes desta iguaria para fazerem as suas da bem que choveu e esperamos que continue a chover reservas atempadamente. em Abril, para estabilizar os lençóis freáticos, sobretudo as minas, os poços, para não faltar água no Verão, na altura GR: Separou a Rota da Lampreia da Rota da Vitela? em que as plantas mais precisam. PL: Sim, foi uma opção nossa, numa perspetiva de criar mais atividades ao longo do ano. A Rota da Vitela será realizada GR: Sever tem, ainda, uma boa produção de laranja, mais para a frente.

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Conclusões do webinar promovido pelo CiB e a CAP

União Europeia “não pode travar as novas técnicas genómicas” O Pacto Ecológico e o PEPAC não podem ignorar a biotecnologia. Esta foi uma das principais conclusões do webinar que o Centro de Informação de Biotecnologia (CiB) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). Neste encontro debateu-se a importância da biotecnologia para o cumprimento das metas definidas na estratégia do Prado ao Prato e questionou-se se o Pacto Ecológico e o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum refletem essa importância.

Com uma população mundial em crescimento, a que se juntam todos os grandes desafios que se adivinham para a agricultura nos próximos anos, nomeadamente as alterações climáticas, pragas e doenças emergentes, eventos de pandemia e guerra, será que as grandes estratégias europeias permitirão manter a segurança alimentar? Será que a União Europeia poderá menosprezar, tal como fez no passado, o papel das novas ferramentas biotecnológicas na produção mais eficiente e sustentável de alimentos? Neste encontro virtual, a resposta foi consensual: não. Numa breve nota inicial, o diretor-geral da CropLife Europe destacou o “princípio fundamental” de que “a sustentabilidade, a biodiversidade e a agricultura podem e devem coexistir” e que “a modificação genética é parte da solução”. Olivier de Matos diz que os agricultores precisam de soluções variadas e inovadoras para enfrentar os desafios atuais. “A biotecnologia deve fazer parte da caixa de ferramentas dos agricultores europeus para promover um abastecimento alimentar mais sustentável e resiliente”, salientou. Mas, ao contrário do que acontece noutros países fora da Europa, onde as novas tecnologias estão a ser rapidamente desenvolvidas e adotadas, as regras atuais da União Europeia dificultam o desenvolvimento e a disponibilidade dos produtos obtidos pelas Novas Técnicas Genómicas (NGT) aos agricultores europeus, Olivier de Matos enfatizou que “essa situação tem um impacto na inovação e na competitividade do continente europeu”. Referindo-se à dependência da UE das importações das culturas ricas em proteínas para alimentação animal, o diretor-geral da CropLi24

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fe Europe afirmou que a guerra na Ucrânia tornou uma vez mais evidente a importância do fornecimento de matérias-primas para alimentação animal que, devido aos atuais atrasos no processo de autorização de importação de algumas culturas GM, continuam a criar barreiras desnecessárias ao comércio e incertezas na cadeia de valor.

tipo de variedades”, afirma a sub-diretora da DGAV, Ana Paula Garcia, adiantando que se prevê que “a Comissão apresente no segundo trimestre deste ano uma proposta de regulamento que venha efetivamente dizer como é que as novas técnicas (mutagénese e cisgénese) devem ser enquadradas em termos de avaliação de risco na legislação comunitária”. Para a sub-diretora da DGAV, é inquestionável a necessi“A Europa, em 2022, está a usar tecnologias de dade de ter “variedades mais resistentes a pragas e doenmelhoramento de plantas com mais de 50 anos” ças e que possam apoiar os agricultores na transição que a Comissão pretende que se faça no âmbito da estratégia O investigador e professor da Universidade de Coimbra e Farm to Fork”. também presidente do CiB, Jorge Canhoto, lamentou o facto “Sem melhoramento teria havido uma perda de a Europa, em 2022, estar a usar tecnologias de melhorade 20% da produção agrícola na Europa” mento de plantas com mais de 50 anos, tendo disponível tecnologias recentes que permitem modificar as plantas de uma forma muito mais objectiva face ao objectivo que pretendemos. O presidente da ANSEME, António Sevinate Pinto, “O que continuamos a fazer é basicamente cruzamentos e seledestacou os resultados de um estudo da Eurocid que ção, o que não faz muito sentido”, referiu Jorge Canhoto. demonstra a importância do melhoramento das plantas. Se o potencial das NGT é imenso, porque são então alvo de Realizado em praticamente todos os países e versando contestação? A explicação de Jorge Canhoto é que “tudo o que uma dezena de culturas importantes, como os cereais, envolve DNA assusta as pessoas” e as campanhas contra, dos a beterraba, o milho, a colza, o girassol, entre outras, movimentos ecologistas, reforçam esse medo. Também a decisão o estudo mostra que “sem melhoramento teria havido do Tribunal de Justiça Europeu, em 2018, de submeter as NGT uma perda de 20% da produção agrícola na Europa”. à regulamentação dos OGM “não favorece a aceitação” destas Para conseguir atingir os objetivos definidos nas estecnologias. Jorge Canhoto salientou, no entanto, o avanço dado tratégias europeias, António Sevinate Pinto assegurou pela Comissão Europeia no sentido de alterar esta legislação, refeque “não podemos dispensar a biotecnologia, em parrindo ao estudo da CE publicado em Abril de 2021 que reconhece ticular as novas técnicas de melhoramento”. Para isso que a legislação dos OGM não é adequada às NGT e que por isso “há que encorajar e não dificultar o investimento nos é importante refletir sobre uma alteração legislativa para que estas melhoradores, reforçar a investigação de bases feita novas tecnologias possam mais facilmente ser disponibilizadas aos pelas universidades, apoiar as campanhas de sensibiagricultores europeus. lização para combater a desinformação e promover “Há muitos anos que se discutem, a nível da UE, as novas técnia clarificação de conceitos e uma regulamentação cas de melhoramento. São sete ou oito técnicas de melhoramento clara que permita que toda a atividade seja transpaque têm vindo a ser discutidas em grupos de trabalho, existindo já rente e acima de tudo ser compreendida”, defendeu inúmeros documentos produzidos sobre esta matéria. No entanto, a António Sevinate Pinto. Comissão nunca apresentou, efectivamente, uma proposta legislativa Quem não tem dúvidas que a aceitação da biopara podermos ter alguma certeza jurídica que diga respeito a este www.gazetarural.com

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tecnologia vai acontecer é o presidente da CAP. Para Eduardo Oliveira e Sousa, a questão que se coloca é quando “a velocidade com que vai acontecer vai depender ou da força das circunstâncias (veja o exemplo da vacina para o vírus da Covid) ou da introdução de alguma razoabilidade na forma como as pessoas começam a entender estes assuntos”. Eduardo Oliveira e Sousa lamentou que tenha sido a guerra na Ucrânia a obrigar a fazer uma reflexão acerca dos objetivos que estão na base do Pacto Ecológico Europeu. “A Estratégia Farm to Fork, a Estratégia para a Biodiversidade, a meta de alcançar 25% do território em agricultura biológica, etc., tem de estar agora em stand by enquanto não percebermos o que é que vai acontecer ao mundo. Penso que um bocadinho de excesso de cautela na fase em que estamos é capaz de ser sensato, porque a crise alimentar é muito rápida a aparecer. Assim que começar, assim que os barcos não conseguirem circular, os contingentes de matérias-primas e de bens alimentares a ficarem retidos nas suas origens, a concorrência dos poderosos a deitarem mão ao pouco que venha a circular, nós passamos a ficar sujeitos a uma crise que pode ganhar dimensões muito preocupantes. Por isso convém pensar na forma de ir ultrapassando isto”. Respondendo à pergunta do webinar, o presidente da CAP foi peremptório, ao afirmar que “o Pacto Ecológico e o PEPAC não podem ignorar a biotecnologia. A UE não pode travar as NGT. A força das circunstâncias vai levar a que os processos ganhem outra dinâmica”. Da parte dos agricultores, assegura, existe recetividade para acolher as novas técnicas de melhoramento de plantas.

“Em 2022 ninguém é capaz de apontar um único problema ambiental e de saúde pública relativo aos OGM”

Por outro lado, é inequívoco que este conjunto de técnicas podem ser extremamente importantes face às alterações Outra questão abordada no evento foi a comunicação. climáticas que estamos a viver e ao aparecimento de novas Será que o público está a ser bem informado sobre as Novas pragas e doenças nas culturas”. Técnicas Genómicas? O que podem os cientistas fazer para Ainda no que respeita à comunicação de biotecnologia, comunicar melhor os benefícios da biotecnologia na produAna Paula Garcia salienta que é importante haver coerência ção de alimentos? da parte das entidades públicas com responsabilidade na Jorge Canhoto acentuou que é na Europa que a resistênaprovação de OGM e de produtos fitofarmacêuticos nesta cia se manifesta mais. O investigador afirma que a oposimatéria. “Temos que ser coerentes. Se aprovamos é porque ção, muito incentivada por grupos ambientalistas, não faz consideramos seguro e temos que defender essa ideia. Isso sentido face às evidências científicas. “Desde 1996 já fotem falhado em Portugal e em praticamente todos os países da ram produzidos milhões e milhões de toneladas de OGM, União Europeia”. Eduardo Oliveira e Sousa acrescentou que “a os animais já comeram OGM, nós já comemos OGM, e solução está no conhecimento” e este “tem de ser reconhecido, em 2022 ninguém é capaz de apontar um único probleem primeiro lugar pelos organismos oficiais”. ma ambiental e de saúde pública relativo aos OGM. Isto A encerrar o evento, o secretário-geral da CAP, Luis Mira, conmostra que são seguros dentro daquilo que podemos siderou que a Europa está a enfrentar, do ponto de vista alimendizer que uma coisa é segura. Temos que confiar nos ortar, o maior desafio depois da Segunda Guerra Mundial e que ganismos que regulam a produção destes alimentos – a a questão que se coloca objetivamente é se a Política Agrícola EFSA, na Europa, e a FDA, nos EUA. responde às necessidades dos cidadãos europeus. Para Luís Mira, Não obstante, como referiu Jorge Canhoto, um ina resposta é não. quérito mostra que de 2010 a 2019 a perceção das pesReferindo-se à lentidão de toda a estrutura europeia em adapsoas relativamente à biotecnologia tem melhorado, estar-se à mudança radical de circunstâncias como aquela que estapecialmente nos países da Europa Central (Alemanha, mos a viver, Luís Mira afirmou que “talvez seja uma oportunidade Áustria e países nórdicos). “Acho que a pouco e pouco para se rever as posições sobre a biotecnologia”. “Estas novas técas pessoas vão-se apercebendo que estas tecnolonicas genómicas são instrumentos vitais para apoiar a reprodução gias, para além de não serem prejudiciais em termos vegetal e o setor agrícola como um todo. Não vejo como é que se de saúde pública e ambientais, têm um papel imporpoderá passar sem elas, como é que se poderá desperdiçar esta tante nesses aspetos. Ou seja, atualmente é possível oportunidade. E se a Europa continuar a teimar em não permitir na produzir alimentos que são enriquecidos com detersua plenitude a utilização destas técnicas, nós vamos ficar cada vez minados componentes, como por exemplo o arroz mais atrasados face a outros países que estão a utilizar esta tecnodourado que é produzido com betacaroteno e pode logia e depois exportam para cá os produtos que nós precisamos. É suprir simultaneamente deficiências alimentares e altura de a Europa acordar, esperemos que essa seja uma das vantaresolver problemas relativos à visão em algumas pogens das circunstâncias que estamos a viver”, acrescentou Luis Mira. pulações do globo. 26

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Têm na produção de mel uma fonte de rendimento

Apicultores do Alto Minho adaptaram-se para se proteger da vespa asiática Os apicultores profissionais do Alto Minho tiveram de adaptar as suas explorações à invasão da vespa asiática para proteger o sustento da família, que tem na produção de mel uma fonte de rendimento.

com um “maxilar capaz de roer a casca de qualquer fruta e até de carne, a abelha-europeia (Apis mellifera), utilizada para a produção de mel, não sai das colmeias. Os apicultores profissionais “há muito que estão sensibilizados para o problema e arranjaram técnicas para manter Desde a chegada desta praga a Portugal, há 11 anos, as as suas colmeias”. “Como as abelhas não saem é necessária contas do presidente da Associação Apícola de Entre Minho alimentação de suporte. Estamos a gastar quatro a cinco e Lima, Alberto Dias, apontam para mais de meio milhão de quilos de alimentação, por ano, para garantir a sobrevivêneuros de prejuízos por ano causados pela vespa asiática, cia, em média, de 60 mil abelhas, dentro das colmeias”, exespécie que precisa de comer por dia “entre 700 gramas a plicou. um quilograma de abelhas” para crescer forte. “Por ano, A praga começa a “despertar” na Primavera. “Os ninhos cerca de 30% das 12 mil colmeias que os nossos assocomeçam por ter o tamanho de uma bola de pingue-pongue, ciados têm morrem. São cerca de quatro mil colmeias e por volta de Maio de uma bola de futebol e depois temos um cerca de 100 euros de investimento, em cada uma, que cesto que pode ter mais um metro de altura e 80 centímetros se perdem anualmente”, avançou. de largura”, explicou. É a partir de agora, realçou Alberto Dias, Segundo Alberto Dias, “cada colmeia produz, em méque deve avançar a prevenção com colocação em “massa” de dia, por ano, 20 quilogramas de mel”. “Estamos a perder armadilhas de fabrico caseiro. Basta uma garrafa de plástico, uma média, por ano, de 80 mil quilos de mel, vendido de um litro, que se corta pela parte superior. O gargalo é ina seis ou sete euros o quilograma. São mais de meio troduzido no interior da parte cortada e funciona como entrada milhão de euros que vão ao ar. Se o cálculo simples de para a vespa asiática, atraída pelo açúcar, fermento de padeiro fazer for alargado ao país, é fácil perceber o impacto e água colocados no interior. desta praga no setor apícola”, alertou Alberto Dias. Outra “alternativa mais eficaz é fazer um buraco na garrafa, Natural das regiões tropicais e subtropicais do Norte introduzir uma cápsula de café usada nas máquinas caseiras, de da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago preferência amarela, cor que atrai a espécie. No interior da garda Indonésia, a espécie entrou na Europa através do rafa há na mesma açúcar, fermento de padeiro e água”. Atraídas porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros pelo alimento, entram e acabam por morrer de exaustão, ao tenindícios da presença da vespa velutina no distrito de tar escapar do recipiente. Viana do Castelo surgiram em 2011, mas a situação A “grande preocupação” da APIMIL são os apicultores amadocomeçou a agravar-se a partir do final do ano seguinres, “mais de 50% com mais de 65 anos” que “não se adaptaram te. à nova realidade ou não querem abandonar a forma tradicional de A partir daí, adiantou Alberto Dias, a apicultura viuproduzir mel”. “Perdem muitos efetivos. Tememos que essa ativi-se obrigada a “dar uma volta” para se adaptar à dade venha a desaparecer rapidamente”, referiu. nova realidade. “Percebemos que para termos 100 Com as alterações climáticas, em Janeiro, na freguesia de Castelo colmeias a produzir temos de instalar 140 colmeias. de Neiva, em Viana do Castelo, “foram detetados ninhos ativos”, Sabemos que vamos perder as 40 colmeias para a quando até aqui “mantinham-se ativos até Outubro, no máximo até vespa asiática, a que se junta o prejuízo com todo Novembro”. “Ou seja, neste Inverno a espécie pouco ou nada hio material que compramos”, especificou. Com um bernou e, por isso, temos mais fundadoras. Se temos mais fundadopredador “altamente carnívoro” nas redondezas, ras, vamos ter um ano com muitos mais ninhos”, vaticinou.

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Classificação foi anunciada na Bolsa de Turismo de Lisboa

Território da Associação de Desenvolvimento do Dão tem cinco “Aldeias de Portugal” O primeiro encontro na aldeia implicou a co-construção da Cinco aldeias do território de intervenção do ideia colectiva, com a constituição de um Grupo de Trabalho Grupo de Ação Local – Associação de Desenvolvirepresentativo das gentes da aldeia, por forma a envolver mento do Dão (GAL/ADD) foram galardoadas pela e mobilizar a comunidade, na reflexão e partilha de perceAssociação de Turismo de Aldeia (ATA) com a classições sobre oportunidades e desafios visando a valorização ficação “Aldeias de Portugal”. Castelo, no concelho da aldeia. de Sátão; Esmolfe, em Penalva do Castelo; BarraNum segundo momento, procedeu-se à inventariação nha, em Aguiar da Beira; Quintela de Azurara, em de recursos da aldeia; património natural e construído; traMangualde, e Caldas da Felgueira, em Nelas, foram dições; festas e romarias; contos, lendas e cantigas; gastronomia; percursos; atividades tradicionais; personalidaas aldeias que receberam o galardão. des e as vivências locais. O trabalho deste Grupo resultou A classificação foi anunciada no Palco Mundo, na Bolsa de na proposta de um Plano de Valorização da Aldeia, a ser Turismo de Lisboa (BTL, onde foi entregue ao representante avaliado pela ATA e posteriormente validado por toda a de cada Aldeia o Certificado de Classificação e uma andoricomunidade da aldeia. nha em cerâmica, símbolo das Aldeias de Portugal. Este plano fará parte integrante das atividades divulEste anúncio foi antecedido pela Conferência “Aldeias de gadas na Rede Aldeias de Portugal, com o objetivo de Portugal, da Memória ao Futuro”, que contou com a presença atrair visitantes e dinamização económica das Aldeias. de mais de uma centena de pessoas, onde foram apresentadas A Associação do Turismo de Aldeia, composta por váideias e linhas orientadoras e compromissos para uma estratérios Grupos de Ação Local, constitui-se como uma rede gia para o futuro, com a intervenção de autarcas, empresários, interativa e colaborativa de aldeias, assente na partilha habitantes das aldeias, entre outros. e na utilização da metodologia e princípios da abordaO processo de classificação como Aldeia de Portugal envolgem Leader para a co-construção de um projeto de ve cinco fases, como a apresentação de pré-candidatura, com desenvolvimento e valorização de cada aldeia, baseapreenchimento do formulário, disponível no portal da ATA; fordo nos seus recursos e potencialidades, no envolvimalização do processo de admissão; visita técnica da comissão mento da comunidade e atores locais. de avaliação da ATA; decisão sobre a admissão e tipo de classiA classificação das cinco aldeias como Aldeia de ficação atribuída e, futuramente, revisão da classificação após 4 Portugal, faz parte do Projeto de Cooperação “Alanos. A classificação implicou a verificação de diversos requisitos, deias de Portugal – consolidação e replicação naciocomo as características do edificado e o seu estado de conservanal”, financiado pela Medida - 10.3 LEADER- «Atição; o interesse natural/cultural; a oferta turística; os habitantes/ vidades de Cooperação dos GAL» do Programa de comunidade local e a vivência social; a acessibilidade rodoviária; e Desenvolvimento Rural 2020, promovido pelos seos serviços de saúde. guintes GAL: ADD, A2S, ADDLAP, ADICES, ADRATodo este processo implicou a envolvência da comunidade das CES, ADRIMAG, ADRIMINHO, APRODER, AVEIRO aldeias, com a realização de reuniões periódicas dinamizadas pela NORTE, AVEIRO SUL, COIMBRA + FUTURO, COequipa técnica do GAL/ADD e da ATA, em parceria com associaRANE, DESTEQUE, DOURO SUPERIOR e IN LOCO ções, entidades coletivas, Juntas de Freguesia, bem como o Execue ADRITEM, líder desta parceria. tivo e técnicos dos Municípios envolvidos. www.gazetarural.com

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Centurion Pro obteve autorização excecional de emergência por 120 dias

Herbicida da UPL autorizado para controlo de infestantes gramíneas anuais em tomateiro Centurion Pro, herbicida da UPL à base de cletodime, obteve autorização excecional de emergência por 120 dias para aplicação no controlo de infestantes gramíneas anuais em tomateiro. “A substância ativa cletodime pertence a uma família química, dentro do Grupo A do HRAC, diferente das famílias químicas de herbicidas presentemente autorizados para controlo de gramíneas em tomateiro, o que reforça a sua importância numa estratégia de controlo de controlo de infestantes, nomeadamente das Poáceas, contribuindo para uma melhor gestão de problemática das resistências”, afirma a Direção Geral de Alimentação e Veterinária no Despacho de autorização. 30

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A autorização do Centurion Pro para a cultura do tomateiro, em vigor desde 21 de Março de 2022, prevê uma dose de aplicação de 1 a 1,5 L/hectare em pós-emergência precoce da cultura, das 2 às 9 folhas verdadeiras. Está autorizada uma aplicação/ano, com um volume de calda de 200 - 400 L/hectare e com intervalo de segurança de 30 dias. Centurion Pro é um herbicida de pós-emergência, seletivo e não residual, com formulação EC, indicado para o controlo das infestantes gramíneas, anuais e vivazes, nas culturas da alcachofra, batata, girassol, tomate, luzerna, cenoura, cebola, arroz e vinha. A UPL nasceu na Índia em 1969 e, após sucessivas aquisições e um ambicioso plano de expansão, está atualmente presente em mais de 130 países, tem 48 fábricas de formulação, 12 estações de desenvolvimento experimental e mais de 13.000 registos de produtos e patentes em todo o mundo. A UPL está empenhada numa agricultura sustentável que tenha um impacto mais profundo na sociedade. Agricultura sem limites, sem fronteiras, através do seu propósito OpenAg™, uma rede agrícola entre todos os intervenientes na cadeia de valor, que alimenta um crescimento sustentável para todos.


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CURTAS Queijo de Ovelha inspira Fins de Semana Gastronómicos em Palmela Em Palmela os próximos Fins de Semana Gastronómicos decorrerão entre os dias 1 e 3 e 8 a 10 de Abril e serão exclusivamente dedicados ao Queijo de Ovelha. São 23, os estabelecimentos de restauração do concelho que apresentam sugestões originais (entradas, pratos principais e sobremesas), confecionadas com o ingrediente principal, o Queijo de Ovelha produzido em Quinta do Anjo. Promovidos pela Câmara de Palmela e pela Rota de Vinhos da Península de Setúbal, os Fins de Semana Gastronómicos do Queijo de Ovelha integram o “Palmela Experiências com Sabor!”, programa de promoção gastronómica que, até ao final do ano, apresentará ainda muitas outras propostas temáticas, para degustação dos produtos locais de qualidade. Recorde-se que, de 1 a 3 de Abril, a localidade de S. Gonçalo, em Cabanas recebe o XXVI Festival Queijo, Pão e Vinho, numa iniciativa da ARCOLSA, com os apoios do Município de Palmela e da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo.

Festival das Sopas e Petiscos de Vila de Rei está de regresso a 30 de Abril e 1 de Maio O Festival das Sopas e Petiscos de Vila de Rei vai regressar ao Pavilhão Polidesportivo da Fundada, após dois anos de interrupção do evento face à pandemia da Covid-19. Aquela que será a quinta edição do evento, organizado pelo Município de Vila de Rei, com o apoio do CLDS 4G, Junta de Freguesia da Fundada e CCDR da Fundada, vai ter lugar nos dias 30 de Abril e 1 de Maio. O evento vai decorrer entre as 19 e as 22 horas de sábado, 30 de Abril, e entre as 12 e as 15 horas de domingo, dia 1 de Maio. A quinta edição do Festival das Sopas e Petiscos de Vila de Rei vai igualmente voltar a contar com a eleição da “Melhor Sopa”, através da votação do público e de um júri nomeado para o efeito.

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Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz com cartaz atrativo Diogo Piçarra, António Zambujo e Calema integram o cartaz de espetáculos da edição deste ano da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), de 27 de Abril a 1 de Maio. A feira, promovida pelo município de Estremoz, regressa após dois anos de ausência, devido à pandemia de COVID-19, e vai ter lugar no parque de feiras e exposições da cidade, no distrito de Évora. O cartaz de espetáculos inclui concertos com The Lucky Duckies (27 de Abril), Los Romeros, Calema e dj Eddie Ferrer (dia 28), André Amaro, António Zambujo e dj Pedro Cazanova (29). Para o dia 30 de Abril, está marcado o espetáculo de fado “Em Casa d´Amália”, seguindo-se concertos com Diogo Piçarra e Karetus. No encerramento, no dia 1 de Maio, o programa prevê uma tarde alentejana. Segundo a autarquia, a FIAPE cumpre este ano a trigésima quarta edição e vai contar com a participação de expositores de setores tão diversos como a agricultura, produtos regionais, pecuária, artesanato, comércio, indústria e serviços. O certame, que pretende contribuir para o desenvolvimento económico e promoção turística do concelho, agrega a trigésima oitava edição da Feira de Artesanato de Estremoz, sendo visitado habitualmente por milhares de pessoas.

Semana Santa será vivida de forma intensa no Luso - Bussaco A Semana Santa será vivida de forma intensa no Luso e Bussaco com um programa cultural e religioso que inclui concertos, rituais religiosos próprios da época, procissões e mesmo a Via-Sacra no Bussaco. O programa tem início a 3 de Abril e estende-se até Dia de Páscoa. Após 70 anos sem se realizar, a Semana Santa tem início no Domingo de Lázaro (dia 3 de abril) com uma imponente Eucaristia Campal nos Jardins do Palace Hotel do Bussaco. Segue-se um percurso pelas capelas da Via-Sacra do Bussaco. Na semana seguinte, destaca-se o Domingo de Ramos, com a Bênção e Procissão dos Ramos da Fonte de São João para a Igreja Matriz do Luso. A iniciativa tem como objetivo promover as tradições religiosas da época Pascal na Freguesia de Luso, visto que tem todas as condições e o cenário adequado para um evento deste cariz. Além disso, pretende-se proporcionar vivências e atividades quer a residentes quer aos visitantes que escolhem esta época para a visita à vila termal e à Mata Nacional do Bussaco.


Portugal ocupa a quinta posição

Itália lidera certificações DOP e IGP na União Europeia A Itália é o Estado-membro com o maior número de certificados de Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), enquanto Portugal surge no quinto lugar com 192, segundo dados do portal eAmbrosia

Algarve ou a aguardente de vinho do Alentejo. Já entre os produtos agrícolas e alimentos registados aparecem a cereja do Fundão, pão-de-ló de Ovar, folar de Valpaços, alheira de Mirandela, pastel de Chaves, pera rocha do Oeste, carne arouquesa, cabrito transmontano, castanha da Padrela, pêssego da Cova da Beira ou o queijo Entre os 27 Estados-membros, Itália ocupa o primeiro lugar de Évora. no que se refere às certificações DOP e IGP, somando 873, enDepois de Portugal, figuram a Alemanha (172), Hungria tre vinhos, espirituosas e produtos agrícolas e alimentos regis(79), Roménia (71), Bulgária (69), Croácia (60), Áustria (53), tados. República Checa (43), Bélgica (36), Polónia (36), EslovéDe acordo com os dados do portal eAmbrosia, Itália tem cernia (34), Países Baixos (34), Eslováquia (23) e Chipre (22). tificados, por exemplo, vinhos Nizza, Costa Toscana, Roma ou Com menos de 20 certificações DOP e IGP destacam-se Amelia, queijos Ossolano e Burrata di Andria e massa Macchea Lituânia (15), Dinamarca (13) Irlanda (11), Suécia (11) e roncini di Campofilone. Seguem-se França (747), Espanha (375), Finlândia (nove). Grécia (275) e Portugal (192). No final da tabela aparecem a Letónia (três), LuxemPortugal tem certificados, por exemplo, vinhos Lafões, Dão, Enburgo (três), Malta (três) e, por último, a Estónia, com costas D’Aire, Terras Madeirenses, Biscoitos e Tejo. Na categoria vodka e o queijo tradicional Sõir, feito com manteiga espirituosas, encontram-se a poncha da Madeira, medronho do e ovos.

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Nos dias 9 e 10 de Abril

Jardim Municipal de Porto de Mós é palco do Festival do Folar e do Licor Integrado na Semana Santa, vai decorrer nos dias 9 e 10 de Abril, no Jardim Municipal de Porto de Mós, o I Festival do Folar e do Licor. Este evento é uma iniciativa que pretende promover e incentivar a produção e comercialização de produtos existentes no concelho de Porto de Mós, bem como motivar os produtores a privilegiar o uso de ingredientes locais e/ou tradicionais, como forma de manter a qualidade, a genuinidade e a diferença. É, ainda, objetivo do festival divulgar estes produtos, contribuindo para a dinamização da economia local, fomentar as tradições e incrementar o turismo. O festival contará com a participação de doceiras, pastelarias, estabelecimentos de restauração, IPSS

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e associações do concelho de Porto de Mós.

Festival do Cabrito e do Borrego acontece em 15 restaurantes do concelho

Dezena e meia de restaurantes do concelho de Porto de Mós recebem de 9 e 17 de Abril o III Festival Gastronómico do Cabrito e do Borrego. A iniciativa, do Município de Porto de Mós, tem como objetivos valorizar e divulgar estes dois produtos regionais, nas suas mais diversas formas e, simultaneamente, promover a culinária local, como património cultural, e os respetivos estabelecimentos de restauração, procurando criar uma base de referência para o público que os procura. O Festival Gastronómico do Cabrito e do Borrego conta com a participação de 15 restaurantes, das várias freguesias do concelho, que estarão devidamente identificados, através de um dístico na porta de entrada.


Arranca a 2 de Abril e termina a 23 de Outubro

Festival Terras sem Sombra 2022 passa por onze concelhos do Alentejo mara Trio Klavis, da Áustria, a partir das 21,30 horas, no Lagar do Marmelo, freguesia de Figueira dos Cavaleiros, e uma ação O Festival Terras sem Sombra dessobre ervas comestíveis, aromáticas e medicinais, no domingo, a partir das 09,30 horas, no Cerro das Águias, à volta da vila de te ano vai passar por 11 concelhos do Ferreira do Alentejo. Alentejo, de 2 de Abril a 23 de Outubro, As restantes 10 etapas vão decorrer nos concelhos de Vidicom concertos de música erudita, visitas gueira (14 e 15 de Maio), Castelo de Vide (28 e 29 de Maio), Santiago do Cacém (11 e 12 de Junho), Beja (18 e 19 de Jua património e ações de salvaguarda de nho), Alter do Chão (02 e 03 de Julho), Mértola (16 e 17 de biodiversidade, foi hoje divulgado. Julho), Mourão (30 e 31 de Julho), Odemira (02 e 03 de Setembro), Montemor-o-Novo (17 e 18 de Setembro) e Sines (22 e 23 de Outubro). A décima oitava edição do festival vai passar pelos A programação incluirá concertos do grupo vocal Cuperconcelhos de Mourão e Montemor-o-Novo, pela primeitinos (Vila de Frades, Vidigueira, 14 de Maio), do Ensemble ra vez, assim como por Ferreira do Alentejo, VidigueiBonne Corde (Castelo de Vide, 28 de Maio), do Efficio Piano ra, Castelo de Vide, Santiago do Cacém, Beja, Alter do Trio (Santiago do Cacém, 11 de Junho), do pianista Valentin chão, Mértola, Odemira e Sines, precisou a promotora, Magyar (Beja, 18 de Junho) e da soprano Carla Caramujo e da pianista Lígia Madeira (Alter do Chão, 02 de Julho). a associação Pedra Angular, em comunicado. O certame também prevê concertos da pianista Karolina Segundo a associação, o festival, com o título “Há uma paz Mikolajczyk e do acordeonista Iwo Jedynecki (Mértola, 16 infinita na solidão das herdades: Quietude, Natureza e Música de Julho), do Janácek Quartet (Mourão, 30 de Julho), do (Séculos XII-XXI)”, vai ter Áustria, Bélgica, Eslováquia, Hungria, pianista Raul M. Sunico (Odemira, 02 de Setembro), VoPolónia, República Checa e Espanha como países convidados e ces Cælestes e Os Músicos do Tejo (Montemor-o-Novo, “apresentar concertos com agrupamentos vindos das mais diver18 de Setembro) e Il Giardino Armonico (Sines, 22 de sas geografias”. Outubro). A programação, cuja “qualidade coloca o Alentejo na agenda A oferta de visitas guiadas inclui, entre outras, passacultural europeia e fomenta o conhecimento e a memória do territógens por patrimónios associados ao vinho da talha (Vila rio”, vai incluir, em cada concelho e ao fim de semana, três eventos de Frades, Vidigueira, 14 de Maio), ao escritor Manuel gratuitos, como uma visita guiada a património, um concerto de múda Fonseca (Santiago do Cacém, 11 de Junho), à tradisica erudita e uma ação de salvaguarda da biodiversidade. ção islâmica dos banhos públicos (Mértola, 16 de Julho) “A comemorar 18 anos de existência, o festival mantém-se fiel aos ou a monumentos megalíticos (Sines, 22 de Outubro). valores e à missão que o guiam desde a sua génese, privilegiando A Serra do Mendro (Vidigueira, 15 de Maio), O `reino` o caráter itinerante, a tónica na descentralização cultural, a formação das aves na barragem de Póvoa e Meadas (Castelo de de novos públicos, a inclusão e a sustentabilidade”, frisou a associaVide, 29 de Maio), os “Rituais do Pão em Terras de ção. Salvada” (Beja, 19 de Junho), a biodiversidade nas A edição deste ano do festival arranca no fim de semana de 2 e margens do rio Guadiana (Mértola, 17 de Julho) e o 3 de Abril, no concelho de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, Grande Lago de Alqueva (Mourão, 31 de Julho) são pelas 15 horas com uma visita guiada a património cultural da aldeia temas de algumas das ações de salvaguarda de biode Peroguarda. diversidade previstas. Segue-se, ainda no sábado, um concerto do agrupamento de câwww.gazetarural.com

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De 8 a 10 de Abril, Mercado Municipal

Feira do Queijo de Alcains regressa em modo presencial A Câmara de Castelo Branco vai realizar a Feira do Queijo, em Alcains, de 8 a 10 de Abril, regressando ao modo presencial, após um interregno devido à pandemia da covid-19. “Este ano, o evento foi organizado muito em cima da hora. A próxima edição vai ser mais pensada e estamos disponíveis para aumentar o orçamento do certame”, afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues. O autarca falava durante uma conferência de imprensa, para apresentação da Feira do Queijo, que decorre na vila de Alcains, um evento que Leopoldo Rodrigues quer transformar numa referência regional e nacional. Para já, está confirmada a presença dos atuais três produtores do queijo de Alcains e espera-se ainda a confirmação de Zamora (Espanha) num evento que apresenta um programa diverso, onde não falta a animação de rua, concertos, simpósios e ateliês. “Infelizmente a produção de queijo na região confronta-se com dificuldades. Temos menos produtores no território. O número tem vindo a diminuir”, frisou. O autarca de Castelo Branco explicou que há vá-

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rias razões que estão na origem destas dificuldades, como a idade dos produtores “históricos” deste produto, e outros fatores, como a falta de leite e o facto de alguns produtores direcionarem a sua atividade para a produção de carne e leite e não de queijo. “Este é o momento importante para refletir sobre o futuro do setor e mostrar as potencialidades económicas e aquilo que [o queijo] representa para a economia local”, sustentou. O autarca entende que o queijo é um produto agregador e entende que este é o momento e “o ponto de partida para grandes realizações no que respeita ao queijo, à sua valorização e afirmação como produto de excelência”. A inauguração da feira do Queijo decorre no dia 8 de Abril, às 18 horas, seguindo-se um concerto de “Os Red”, às 21 horas. No dia seguinte, o Mercado Municipal de Alcains vai ser o palco, a partir das 8 horas, do projeto ‘FUSILLI’. Às 10 horas terá lugar um simpósio sobre a valorização do queijo no centro cultural da vila. Pelas 17 horas haverá um ‘showcooking’ com o Chefe Francisco Santos. Durante todo o dia, há várias atividades de animação de rua e atuações de grupos musicais. No último dia do certame, decorre, a partir das 9 horas, o passeio pedestre “Rota das Leiteiras” e um passeio de motorizadas. Pelas 10horas realiza-se um ‘showcooking’ e uma hora depois, no mercado municipal local, um ateliê de queijo. O certame encerra às 19:00.


Primeira prova da Taça do Mundo 2022 está marcada para 29 de Junho

Castro Daire espera cerca de 500 atletas no Montemuro Vertical Run A Câmara Municipal de Castro Daire espera 500 oficial para a Taça do Mundo da Associação Mundial de Corrida de Montanha (na sigla em inglês WMRA)” e a úniatletas no Montemuro Vertical Run, primeira prova da ca a realizar-se em Portugal. edição de 2022 da Taça do Mundo de corrida de mon“Vamos abrir o calendário das provas de corrida de tanha, em 29 de Junho. “Vamos ter o Montemuro Vermontanha e já temos confirmadas as presenças dos metical Run que é uma prova distinta, num regime sempre lhores atletas do mundo de corrida de montanha, ou a subir. Vai começar no rio, em Parada de Ester, e acaba seja, os do ‘ranking’ mundial os 10 melhores masculinos no ponto mais alto da serra, nas Portas do Montemue as 10 melhores femininas da especialidade”, assumiu. Em Castro Daire estarão atletas “do Quénia, Peru, ro”, revelou o vereador do Desporto, Pedro Pontes. Segundo o autarca, “são cerca de 10 quilómetros, com aproximadamente 1.000 metros de desnível acumulado positivo (distância de subida acumulada)” que contam como a “primeira prova

Finlândia, Suíça, Espanha, Itália, ou seja, serão mais de 10 nacionalidades diferentes e com mais de 500 participantes neste evento”, referiu Pedro Pontes.

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Evento já tem centenas de inscritos

Foz Côa Douro Trail Adventure mostra patrimónios mundiais da humanidade Foz Côa prepara-se para receber muitas centenas dada nas caves desta famosa Quinta, percorrendo cenários incríveis deste fantástico espaço. de atletas no Foz Côa Douro Trail Adventure, evenNo dia 24 de Abril, os participantes percorrerão 13 quilómeto que vai acontecer de 23 a 25 de Abril, numa initros, a distância mais curta, e poderão ser feitos a correr ou a caciativa da Carlos Sá Nature Events e do Município minhar. Haverá ainda um Trail Longo de 23 quilómetros com parde Vila Nova de Foz Côa. tida em Arnozelo e um Ultra Trail de 45 quilómetros com partida Nesta altura, a cerca de duas semanas para o fim do em Numão. A concentração será feita em frente ao edifício da prazo, já há cerca de cinco centenas de atletas inscritos, Câmara Municipal e os participantes serão transportados de auvindos de 10 países diferentes, para explorar a região do tocarro para Numão, Arnozelo e Mós do Douro respetivamente. Alto Douro Vinhateiro, tendo a cidade de Vila Nova de No dia 25 de Abril, depois de uma breve visita ao Museu de Foz Côa como epicentro de toda a logística. Estes amanArte Rupestre do Côa, a partida será dada em cima do Museu. tes da natureza vão correr cerca de 80 quilómetros em Serão 18 quilómetros que ligarão este fantástico Museu, a Quinta três dias, explorando parte do melhor que Foz Côa tem das Tulhas, a Aldeia de Orgal e o centro de Vila Nova de Foz Côa. para oferecer, quer em termos paisagísticos, culturais e As inscrições e restantes informações podem ser consultadas em humanos, não fosse este o único Município com dois https://www.carlossanatureevents.com/pt/fcdta2020. Os fozcoenPatrimónios Mundiais da Humanidade. ses, naturais, residentes e descendentes, não pagam qualquer valor Esta prova faz parte do Circuito Nacional de Trail Runde inscrição. ning e será ainda a primeira etapa do Circuito Best Trail Recorde-se que toda a região tem condições ímpares para a prátiSeries. É possível correr nos três dias de evento, ou ca de desportos de natureza e a organização espera que “este evennuma só etapa, que acontecerá no domingo dia 24 de to marque de uma forma muito positiva, todos estes participantes, Abril. tornando-se futuramente autênticos embaixadores da Região, que O evento arranca no dia 23 Abril, com o Sunset Trail voltem sempre que possível, para treinar e fazer turismo com os seus de 15 quilómetros. Depois de uma visita à quinta da familiares e amigos”, refere. família de Dª Antónia Adelaide Ferreira, a partida será

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“A Cooperativa” “Localizada no centro da região do Dão, a Adega de Penalva tem passado por um processo de renovação a vários níveis, da vinha à vinificação, com vinhos arrojados e surpreendentes”

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