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Pausa para Café Quando se começa a olhar para trás
FG.
Pausa para café
A Palavra ao Leitor
O exercício da JUSTIÇA é na minha opinião, uma das funções mais complexas e difíceis de ser praticada deforma isenta e a coberto da maledicência.
JUSTIÇA pressupõe ser justo, e na época que vivemos, as probabilidades de, por lapso, dada a extensão da legislação aplicável e a frequência com que é alterada, ou por razões outras que a condição humana dificilmente consegue ignorar, são tais, que, exige de quem a exerce, um esforço acrescido, para que a sua imagem, a sua reputação e a sua consciência, sobrevivam de forma imaculada, aos ataques infundados daqueles que prevaricam e dos que por estes são protegidos.
Quotidianamente somos confrontados com denuncias que tanto podem ter fundamento, como podem ser parte de jogos políticos, de operações fraudulentas de grande envergadura, ou até serem parte de manobras internacionais de interesses diversos, com bases disseminadas pelos 5 cantos do Mundo.
Conseguir distinguir o perfil de cada caso que chega ao “mundo” de quem tem que decidir, é tarefa árdua e por vezes de difícil, se não impossível, de decifrar nas primeira apreciações/avaliações . E quanto mais elevado é o nível do órgão decisor, mais complexa se torna a sua penetração nos meandros das avaliações feitas nos escalões anteriores.
É assim imprescindível, que o cidadão comum não se apresente a testemunhar litígios que não domina, causas cujos contornos não são do
seu mundo profissional e/ou intelectual, para que quem julga não seja iludido por afirmações deturpadas ou viciadas.
Temos como exemplo inequívoco, o ataque em curso via FB, que visa manchar a comemoração do aniversário da “Iniciativa em Título”, recorrendo a caminhos sórdidos e encapotados, porque a redação do pasquim o permite, numa atitude de vingança contra algo que pretendia/m decorresse de forma diferente em sede de Justiça, eventualmente nos níveis mais elevados de decisão.
É este o veículo de confraternização que a sociedade nos proporciona, numa postura vexatória e indigna da sociedade em que gostaríamos de viver, mas cujos alicerces se desfazem afinal facilmente quando pretendem encobrir algo, não enjeitando enxovalhar os melhores.
Como suporte desta minha tese, tive uma dolorosa experiência profissional que sucintamente descrevo:
“Após a minha primeira experiência governativa, fui convidado (é força de expressão…) para desempenhar as funções de Diretor Geral do maior projeto industrial em curso no País, que já levava então mais de 2 anos de execução, tendo a adjudicação sido feita pelo Governo de Marcelo Caetano.
Ao fim de dois anos nessas lides, fui convidado para Secretário de Estado, com um pelouro atribuído, mas também como S.E. substituto do Ministro. Neste contexto, propus e foi aceite, que ouvíssemos diretamente todo os Presidentes de Camara, incumbindo os então Governadores Civis (figura entretanto extinta) de organizar as reuniões com os das suas áreas de jurisdição.
Estávamos em Bragança na nossa última reunião, quando um violento temporal se abateu sobre o País, principalmente nas zonas costeiras. Apesar de não estar em funções diretas, viajei toda a noite e no dia seguinte estava com o meu staff dessa obra (e com o meu substituto temporário) reunido no local de um acidente que ali tinha acontecido.
Tal ocorrência tornou-se prato forte dos meios de comunicação social, sendo que um deles (semanário), me honrou com fotografia na primeira página e com a acusação de ser o responsável.
Obviamente que isso causou mau estar no Governo onde eu estava, pela simples razão de não ser verdade que a adjudicação tivesse sido feita por mim. Foi então promovida uma longa reunião entre mim e o jornalista autor do artigo em causa, onde lhe foi demonstrado documentalmente que eu era estranho às adjudicações, mas mesmo assim, ainda tive direito a mais 3 semanas na 1ª página, sempre com a tese inicial, e Ele feliz e contente, lá continua sendo ainda hoje figura grada em Portugal.
O preço de pertencermos a 2 Partidos Políticos diametralmente opostos