Programa de fortalecimento de cooperativas de agricultura familiar

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Programa de fortalecimento de cooperativas de agricultura familiar GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO



Programa de fortalecimento de cooperativas de agricultura familiar GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

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Direcção María Jesús Pérez Edição e Revisão de Tradução Mónica Gil-Casares, Jerusa Lima e María Ximena Peñuela Autores Beatriz Hernández Martín, Juan Ramón García Manuel Ferramenta e Mónica Gil-Casares

No quadro da sua estratégia de Gestão de Conhecimento, a CODESPA elabora uma ampla gama de publicações, notas técnicas e documentos de trabalho para que os actores da Cooperação Internacional obtenham o máximo benefício dos mesmos. Este material foi concebido com o objectivo de ter a maior difusão e utilização possível, autorizandose, portanto, a sua reprodução, sempre e quando se indique a fonte e se realize sem fins lucrativos. A CODESPA contribui desta forma para a eficácia da ajuda, ao partilhar conhecimentos e troca de experiências com outros atores interessados na luta contra a pobreza. Copyright 2019 © Fundación CODESPA Composição gráfica: www.krisondesign.com


Índice ENTIDADES PARCEIRAS E COLABORADORAS...............................................................................5 CARTA DE APRESENTAÇÃO CODESPA........................................................................................... 10 1.

CONTEXTO E INTRODUÇÃO........................................................................................................ 13 O COOPERATIVISMO EM ANGOLA......................................................................................................15 A EXPERIÊNCIA DE TRABALHO DA CODESPA COM COOPERATIVAS EM ANGOLA: A ORIGEM DO PROGRAMA.....................................................................................................................16 ESTRUTURA DO MANUAL.........................................................................................................................17

2.

PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: APRESENTAÇÃO GERAL ............................................................................................................. 19 OBJECTIVOS..................................................................................................................................................21 ENFOQUE E ELEMENTOS CHAVE.........................................................................................................22 DESTINATÁRIOS DA FORMAÇÃO..........................................................................................................24 USUÁRIOS DO MANUAL............................................................................................................................24 PROGRAMA DE FORTALECIMENTO: FASES, OBJECTIVOS E MÓDULOS FORMATIVOS.....25 CRONOGRAMA DO PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS .................26 PERFIL DO FACILITADOR..........................................................................................................................28 LUGAR DA FORMAÇÃO.............................................................................................................................28

3.

GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR........................................ 28 3.1.

COMO ORGANIZAR OS GRUPOS DE TRABALHO E QUAIS CARACTERÍSTICAS DEVEM TER?............................................................................................31

3.2.

O QUE DEVE FAZER UM BOM FACILITADOR NO PROCESSO DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO E O QUE NÃO DEVE FAZER?.............................32

3.3.

COMO E QUANDO PROGRAMAR A FORMAÇÃO?..........................................................34

3.4.

QUAIS ACTIVIDADES E RECURSOS TÊM O GUIA PLANO DE FORMAÇÃO?.........37


4.

3.5.

QUAIS SÃO AS TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO E FERRAMENTAS PARA AS SESSÕES DE FORMAÇÃO?.......................................................................................................37

3.6.

QUAIS SÃO OS ASPECTOS PRÁTICOS A SEREM CONSIDERADOS NA HORA DE REALIZAR AS FORMAÇÕES?.........................................................................39

MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO ............................. 41 MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO...................43 MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA............................................................................59 MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS............................................81 MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO............................................................. 101 MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO....................................................................................................... 127 MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA....................................................................... 141

LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS UNACA

Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola

IDA

Instituto de Desenvolvimento Agrário

DRP

Diagnóstico Rural Participativo

DSA

Diagnóstico de Sistemas Agrários

ECA

Escola de Campo

EDAS

Estações de Desenvolvimento Agrário

FAO

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação

PROJECTO PESA

Programas Especiais de Segurança Alimentar (SPFS)

PROJECTO MOSAP Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização

LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Tabela 1. Tabela 2. Tabela 3. Tabela 4. Tabela 5. Tabela 6. Tabela 7. Tabela 8. Tabela 9.

Diferenças entre Associação e Cooperativa Programa de formação de fortalecimento cooperativo Como deve-se interpretar o manual: técnicas de facilitação Guião Plano de formaçao Módulo 0 Guião Plano de formaçao Módulo 1 Guião Plano de formaçao Módulo 2 Guião Plano de formaçao Módulo 3 Guião Plano de formaçao Módulo 4 Guião Plano de formaçao Módulo 5



Entidades parceiras e colaboradoras Acerca da CODESPA [www.codespa.org] A ONG CODESPA [www.codespa.org] é uma organização não lucrativa que possui 35 anos de experiência na cooperação internacional para o desenvolvimento. Partindo da confiança na capacidade humana para a construção de um mundo mais equitativo e justo, a sua missão consiste em proporcionar oportunidades às pessoas para que possam, através do trabalho, desenvolver as suas capacidades e ser protagonistas do seu próprio desenvolvimento. Desde o seu início até hoje, a CODESPA geriu cerca de 1000 projectos em 33 países da América Latina, do Oriente Médio, da África e da Ásia, e contribuiu para que milhões de pessoas tenham conseguido melhorar as suas condições de vida. Actualmente possui 13 delegações internacionais e nacionais. A CODESPA aposta no desenvolvimento económico e social como motor para conseguir um desenvolvimento humano ao trabalhar em várias linhas: micro finanças para o desenvolvimento, criação de tecido empresarial, desenvolvimento rural agropecuário, turismo de gestão comunitária, formação profissional e integração profissional, migração e desenvolvimento, e alianças com o sector privado para o desenvolvimento. Para além disso, a CODESPA realiza um intenso trabalho de gestão do conhecimento, assim como de investigação, inovação e formação para profissionais do desenvolvimento e empresas. Adicionalmente, a CODESPA possui uma Área de Consultoria em Desenvolvimento a partir da qual se prestam serviços de aconselhamento a entidades de desenvolvimento internacionais e a empresas que se pretendam envolver na luta contra a pobreza com critérios de impacto, sustentabilidade, inclusão e equidade.


Sobre a FUNDAÇÃO REPSOL [https://www.fundacionrepsol.com/] Fundação Repsol é uma das respostas à vocação de responsabilidade social da Repsol, canalizando a ação colectiva e cultural do Grupo. A Fundação trabalha para contribuir na criação duma sociedade melhor, desenvolvendo projetos próprios ou em colaboração com entidades de referência nas áreas que, tanto por nosso conhecimento, capacidades e experiência, como pelos da companhia, podemos realizar uma contribuição maior. A instituição canaliza a Energia Social, o poder das pessoas, através das suas atuações, orientadas a promover um futuro sustentável. Conseguir mais desenvolvimento social, educativo, ambiental e cultural e impulsionar atitudes solidárias, responsáveis e de compromisso, beneficiando a sociedade no seu conjunto e atuando especialmente nas zonas onde a companhia está presente, a nível nacional e internacional.


Carta de apresentação CODESPA Em todo o mundo, uma cifra que ronda os 60% de toda a superfície cultivável se encontra no continente africano. Entretanto, a Angola que antes era o terceiro produtor mundial de café e que cuja agricultura proporcionava o sustento de quase 90% da população, nos dias atuais é um país em que a maioria da população vive em zonas rurais e em situação de pobreza. Neste cenário, várias iniciativas foram implantadas para tirar proveito das riquezas naturais e proporcionar sustento e renda para a população afetada. Na sua maioria, as cooperativas existentes em Angola são criadas em base ao conceito de comunidade, não estão profissionalizadas, o que tem como consequência um baixo nível de adaptação ao mercado. Também apresentam grandes dificuldades de acesso ao crédito e tudo isso resulta numa rápida desaparição destas. A CODESPA trabalha em Angola desde o ano 2010. A Fundação observou ao longo desses anos que muitas cooperativas, associações ou grupos de trabalho formados por pequenos produtores participaram em formações e capacitações específicas de cooperativismo sem obter nenhuma mudança visível no trabalho destas nem uma consolidação significativa nas suas associações. Por esta razão, CODESPA, com base na sua longa trajetória de apoio às cooperativas do país, decidiu sistematizar a sua metodologia de treinamento no Programa de Fortalecimento Cooperativo para que extensionistas de outras organizações pudessem fortalecer essas cooperativas de forma bem sucedida. O foco de CODESPA é procurar o desenvolvimento local sustentável e, por tanto, valorizar as iniciativas locais das comunidades e pequenos produtores, dar prioridade aos seus interesses e ter vontade de mudar, partindo de uma mentalidade assistencialista que geralmente se encontra nas comunidades rurais rumo a um empreendimento cooperativo no âmbito agrícola. O programa de Fortalecimento Cooperativo tem como objetivo sensibilizar sobre a necessidade de associar-se entre os pequenos produtores, criar uma base de serviços das cooperativas adaptadas aos membros das mesmas, fortalecer a estrutura organizativa assim como um fortalecimento empresarial dos serviços que oferece, e finalmente acompanhar a cooperativa nos seus registros para a sua formalização e consolidação. Atualmente, o trabalho da Fundação CODESPA em Angola se desenvolveu principalmente nas províncias de Huambo e Bié, nos seus mercados rurais afetados fortemente pelas marcas deixadas pela guerra de mais de 25 anos. Dentro das consequências evidentes estão a insegurança alimentar que abrange níveis de até 50% da população, assim como a falta de infraestruturas sólidas, que permitam o acesso e o desenvolvimento de mercados de renda. A CODESPA trabalha em zonas de alta vulnerabilidade para desenvolver iniciativas geradoras de renda para a população pobre, ao mesmo tempo, que se incentiva o apego ao campo e o impacto positivo no meio ambiente.


A CODESPA compartilha este manual com o objetivo de contribuir para o fortalecimento cooperativo num país como Angola e que outros técnicos ou funcionários que trabalham para o desenvolvimento rural, possam contribuir na melhoria do fortalecimento cooperativo de associações e que se melhore a renda e a qualidade de vida de pequenos produtores no meio rural. Diante da presente carta, gostaríamos de agradecer a equipe da CODESPA Angola que contribuiu para fazer deste projeto um sucesso. Igualmente, agradecemos a Fundação Repsol pelo financiamento, permitindo a realização deste trabalho de desenvolvimento e assim poder compartilhar a experiência através da presente publicação com outros atores. Não poderíamos deixar de mencionar também o excelente trabalho precursor do Projeto MOSAP implementando como estratégia a metodologia de intervenção rural em todo o país. Dessa forma, a CODESPA em parceria com a FAO vem conseguindo implantar o projeto nas Escolas de Campo com resultados satisfatórios.

Esperamos que a publicação seja do seu máximo interesse e utilidade.

José Ignacio González-Aller Gross Diretor geral Fundação CODESPA

Juan Ramón García Delegado de Angola Fundação CODESPA



1. CONTEXTO E INTRODUÇÃO


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1. Contexto e introdução - CODESPA

1. CONTEXTO E INTRODUÇÃO O COOPERATIVISMO EM ANGOLA O Direito à liberdade de Associação, e a livre iniciativa económica privada estão previstos na Constituição da República de Angola (Título II, Capítulo II artigos 48º e 38º respectivamente). Em Angola, a Lei de Cooperativas nº 23/15 estabelece ou define as cooperativas como “as pessoas colectivas autónomas, de livre constituição, de capital e composição variáveis e de controlo democrático, em que os seus membros se obrigam a contribuir com recursos financeiros, bens e serviços, para o exercício de uma actividade empresarial, de proveito comum e com riscos partilhados, que visa a promoção dos interesses sociais e económicos dos seus membros, com um retorno patrimonial predominantemente realizado na proporção das suas operações com a cooperativa”. Se bem a UNACA (Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola) tem registrados um relativamente alto número de associações e cooperativas a nível nacional, a realidade é que existe uma debilidade na estrutura cooperativa, a maioria das cooperativas foram criadas de forma exógena por agentes externos e não pela própria iniciativa dos membros da cooperativa. Além disso, durante muitos anos a adesão a uma cooperativa era considerada como um meio para obter doações. Ambos factores não permitem o pleno desenvolvimento das cooperativas em Angola. No quadro macroeconómico actual e com a grande redução do Orçamento do Estado, as doações deste tipo vão baixar e por tanto é mais importante que nunca criar cooperativas com verdadeira actividade e razão de ser. Na sua maioria, as cooperativas existentes em Angola são criadas em base ao conceito de comunidade, não estão profissionalizadas, o que tem como consequência um baixo nível de adaptação ao mercado. Também apresentam grandes dificuldades de acesso ao crédito e tudo isso resulta em uma rápida desaparição destas. Estas deficiências na constituição de verdadeiras cooperativas agropecuárias em Angola podem ser corregidas quando os aspectos relacionados com os objectivos da cooperativa e as suas vantagens sejam compreendidos pelos membros e os Órgãos Públicos (Instituto de Desenvolvimento Agrário - IDA, Estações de Desenvolvimento Agrário - EDAS, entre outros) disponham de recursos e empoderem-se de conhecimentos que promovam um modelo de criação, desenvolvimento e fortalecimento cooperativo. A cooperativa é, sem dúvida, uma necessidade para organizar a produção e comercialização agrícola da agricultura familiar dos camponeses e dos pequenos produtores.

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A EXPERIÊNCIA DE TRABALHO DA CODESPA COM COOPERATIVAS EM ANGOLA: A ORIGEM DO PROGRAMA A CODESPA trabalha em Angola desde o ano 2010. A Fundação observou ao longo desses anos que muitas cooperativas, associações ou grupos de trabalho participaram em formações e capacitações específicas de cooperativismo sem obter nenhuma mudança visível no trabalho destas. Desde o ano 2012, a CODESPA começou a implementação de um programa de apoio ao cooperativismo depois de identificar certas debilidades dentro dos grupos das províncias do Huambo e Bié, e desenvolveu um programa para o fortalecimento dos grupos conforme os módulos criados, fruto da experiência prática exitosa de implantar este programa de fortalecimento de forma transversal em todas as suas intervenções de apoio às organizações de camponeses no âmbito rural em Angola. Até agora, a CODESPA tem apoiado directamente a 108 associações de camponeses, Escolas de Campo e cooperativas agrícolas em Angola. É de salientar o esforço conjunto realizado na província de Bié em parceria com a FAO para realizar a transformação das Escolas de Campo (que finalizaram o 3º ciclo) em Cooperativas Agrícolas no marco dos projectos pioneiros (Projecto PESA e Projecto MOSAP) na implementação da metodologia das Escolas de Campo a nível nacional como estratégia de intervenção na extensão rural. Fruto deste esforço conjunto em cooperação com a FAO, a CODESPA tem implantado com sucesso este programa de fortalecimento cooperativo nas Escolas de Campo graduadas da província do Bié e têm apoiado a legalização de 17 Escolas de Campo em cooperativas agrícolas na província do Bié. O enfoque da CODESPA é procurar o desenvolvimento local sustentável e, por tanto, valorizar as iniciativas locais das comunidades e pequenos produtores dar prioridade aos seus interesses e ter vontade, e de mudar a mentalidade assistencialista que geralmente se encontra nas comunidades rurais. Ou seja, conseguir o empreendimento cooperativo no âmbito agrícola e deixar atrás os objectivos meramente assistencialistas. O Programa de Fortalecimento Cooperativo da CODESPA está dirigido a pequenos produtores com o objectivo de consolidar seus grupos de trabalho ou suas associações incipientes. Os destinatários deste programa de fortalecimento podem ser grupos organizados ou associações de produtores com alguma experiência de trabalho em grupo, que estejam interessadas em fortalecer o seu aprendizado cooperativo e/ou que ainda não iniciaram o processo de legalização assim como associações já consolidadas ou cooperativas1. Por esta razão o programa que aqui se propõe, é um programa básico que abarca os pontos básicos para a consolidação como cooperativa prestadora de serviços e que servirá de base ou complemento para aprofundar em futuros programas formativos em áreas mais avançadas como o marketing, a contabilidade e a comercialização. Se trata de um programa prático adaptado a realidade do grupo de trabalho muito próximo a metodologia de aprender-fazendo das Escolas de Campo, incluindo uma série de tarefas práticas a desempenhar pelo grupo, dinâmicas, recursos, junto com uma definição de tempo definido, podendo-se adaptar a cada grupo de trabalho, cooperativa ou associação. 1 Para os fins desta publicação, e com o propósito de usar o mesmo termo, a palavra “cooperativa” será usada a partir de agora para abranger todos aqueles grupos de pessoas, sejam estas associações, cooperativas, grupos de trabalho de escolas de campo ou outros, independentemente do seu nível de formalização.

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1. Contexto e introdução - CODESPA

A CODESPA compartilha este manual com o objectivo de contribuir para o fortalecimento cooperativo em um país como Angola e que outros técnicos ou funcionários que trabalham para o desenvolvimento rural possam contribuir na melhoria do fortalecimento cooperativo de associações de pequenos produtores.

ESTRUTURA DO MANUAL O manual de fortalecimento das cooperativas está constituído pelas seguintes partes: No primeiro capítulo se faz uma apresentação do programa de fortalecimento de cooperativas, na qual detalhamse uma série de considerações gerais prévias e aspectos chave que devem ser levados em consideração para a sua implementação, assim como o calendário do programa de formação, o perfil ideal do bom facilitador, entre outros aspectos. No segundo capítulo do manual, são detalhadas as considerações mais práticas para desenvolver o programa, como o perfil do bom facilitador. Além disso, apresenta-se uma guia do programa de formação que o facilitador usará para conhecer bem a estrutura da formação e os conteúdos por módulos. Finalmente, descreve-se como se deve usar e interpretar o manual facilitando a compreensão dos objectivos, conteúdos da formação e simbologia e tipo de notas usadas no manual. No capítulo 3, descreve-se o conteúdo das fases e módulos completos do Programa de Formação de Fortalecimento Cooperativo.

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2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: APRESENTAÇÃO GERAL



PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: Apresentação geral - CODESPA

2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: APRESENTAÇÃO GERAL OBJECTIVOS O Programa de Fortalecimento de Cooperativas desenhado pela CODESPA tem o objectivo de consolidar as associações para que sejam economicamente viáveis e socialmente sustentáveis e que se constituam em cooperativas prestadoras de serviços. A CODESPA desenhou este Programa de Fortalecimento Cooperativo para fazer uma ponte entre a aprendizagem e trabalho real. O programa de formação contempla tarefas práticas a desempenhar e objectivos específicos que os membros da cooperativa devem cumprir em cada fase.

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Como objectivos específicos do programa se encontram: 1. Criar uma base de serviços das cooperativas adaptadas aos membros das mesmas. 2. Adaptar a estrutura organizativa da cooperativa aos serviços que oferece, e proporcionar uma formação e fortalecimento organizacional e empresarial 3. Adoptar ferramentas e registros de gestão cooperativa, adaptadas aos serviços e formar aos membros para prestar estes serviços. O Programa de Fortalecimento Cooperativo da CODESPA constitui um apoio e melhora das cooperativas em um primeiro nível introdutório ou básico. Superado este nível, será necessário seguir aprofundando em um segundo nível com as cooperativas e fortalecendo os aspectos mais avançadas de comercialização, melhorias dos planos de negócios das cooperativas, assim como nas complementaridades de serviços das cooperativas de uma mesma área, entre outros aspectos.

ENFOQUE E ELEMENTOS CHAVE De acordo com a experiência e enfoque da CODESPA, o programa de fortalecimento de cooperativas considera os seguintes princípios: •

Valorizar, em primeiro lugar, as iniciativas locais das comunidades e dos camponeses associados.

Dar prioridade aos seus interesses como associação ou grupo de camponeses.

Mudar a mentalidade de assistencialismo para uma mentalidade de desenvolvimento local sustentável. Ou seja, criar rendimentos na própria comunidade sem estar a espera de incentivos externos, com os próprios recursos.

Para alcançar o sucesso na implementação do programa de formação, a metodologia da CODESPA se baseia nos seguintes elementos chave:

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PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: Apresentação geral - CODESPA

Metodologias participativas de aprender-fazendo e de ensino de adultos.

Perfil do técnico facilitador com conhecimentos em ditas metodologias, com experiência em formação nas comunidades rurais, com um bom conhecimento da agricultura e das prioridades da agricultura familiar de camponeses e camponesas.

Nível mínimo de motivação ao grupo com antecipação. O programa incorpora formação e sensibilização para garantir a inclusão de grupos motivados e informados para alcançar uma participação efectiva. Para que a formação seja efectiva, é necessário que os associados tenham a necessidade de saber mais e tenham motivação para o desenvolvimento cooperativo sustentável.

Adaptação do período de formação e duração compatível com o trabalho nas lavras.

Desenvolvimento da formação em localizações exteriores ou comunitárias próximas às aldeias. Deve organizar-se em um lugar próximo a aldeia ou comunidade do grupo de trabalho, em um espaço aberto ou relacionado com as reuniões comunitárias onde normalmente se realizam.

A IMPORTÂNCIA DE VALORIZAR INICIATIVAS LOCAIS DAS COMUNIDADES SOB A ABORDAGEM NÃO ASSISTENCIALISTA Antes de começar a implementação deste programa é importante que os chefes do programa considerem a importância de valorizar as iniciativas locais das comunidades dos camponeses e da agricultura familiar; dar prioridade aos seus interesses e ter vontade de mudar a mentalidade assistencialista de: “receber, receber, receber...” das comunidades.

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DESTINATÁRIOS DA FORMAÇÃO O programa está dirigido a diferentes tipos de grupos e uniões de camponeses já criados, mas que enfrentam limitações. Esses grupos podem ser: •

Grupos organizados de produtores em Escolas de Campo que, por exemplo, finalizaram pelo menos o primeiro ciclo de formação das Escolas de Campo.

Associações de produtores com alguma experiência de trabalho em grupo (por exemplo, trabalho em uma lavra comunitária).

Associações já consolidadas que estejam interessadas em fortalecer o seu aprendizado cooperativo e que ainda não iniciaram o processo de legalização.

Cooperativas já formalizadas, mas com grandes deficiências desde o ponto de vista associativo e económico.

Diferenças entre Associação e Cooperativa: A cooperativa é um grupo de pessoas que se unem voluntariamente para satisfazer aspirações e necessidades económicas, sociais e culturais comuns através de uma empresa de propriedade comum e gerida democraticamente. Assumindo-se como sociedades comerciais dotadas de uma personalidade jurídica e com fundo comum próprio, que se dedicam à prática de comércio. A associação é um grupo de pessoas organizadas voluntariamente, que não visa a realização de interesses económicos dos sócios, mas sim “a prossecução um fim comum sem intuito lucrativo. Estas partilham as mesmas regras de funcionamento democrático interno. A associação não precisa necessariamente de um reconhecimento jurídico por ser um grupo de igualdade, equidade e solidariedade. TABELA 1. DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA ASSOCIAÇÃO

COOPERATIVA EMPRESA MERCANTIL

É uma união de pessoas

É uma sociedade simples, regida por legislação específica

Objectivo sem fins econômicos

Objectivo principal é a prestação de serviços económicos ou financeiros

Número ilimitado de associados

Número ilimitado de associados, salvo incapacidade técnica

Cada pessoa tem um voto

Cada pessoa tem um voto. Voto proporcional ao capital

Assembleias: quórum é baseado no número de associados

Assembleias: quórum é baseado no número de associados

Não tem acções ou quotas de capital

Não é permitida a transferência das quotas-partes a terceiros, estranhos à sociedade

Não gera excedentes

Retorno dos excedentes, proporcional ao volume das operações

Fonte: elaboração própria

USUÁRIOS DO MANUAL O presente Manual de Fortalecimento de Cooperativas está dirigido a: •

Trabalhadores dos Serviços de extensão agrária do Governo.

Técnicos de organizações não governamentais (ONG).

Qualquer outro técnico ou funcionário relacionado com o desenvolvimento rural que trabalhe para a melhora do fortalecimento cooperativo no contexto da agricultura familiar em Angola.

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PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: Apresentação geral - CODESPA

PROGRAMA DE FORTALECIMENTO: FASES, OBJECTIVOS E MÓDULOS FORMATIVOS O Programa de Fortalecimento de Cooperativas está composto por três fases e um total de seis módulos de formação. Cada módulo está constituído por várias sessões de formação, com objectivos fixos, tarefas práticas e actividades a realizar pela cooperativa.

• Fase Preparatória: FASE PREPARATÓRIA

MODULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE COOPERAÇÃO DO GRUPO

Antes dos módulos formativos e como preparação dos grupos, se desenvolve essa fase com o objectivo de fazer uma apresentação na comunidade e sensibilizar sobre a importância desta formação, conhecer ao grupo de trabalho (e seu verdadeiro interesse pelo processo cooperativo). Igualmente nessa fase, se realiza um diagnóstico rural participativo para identificar o grau de desenvolvimento cooperativo-associativo do grupo e se definem as melhores condições para a organização da formação, assim como a estratégia de aproximação ao grupo de trabalho.

• Fase de Formação e Fortalecimento: MODULO 1.ENTENDENDO UMA COOPERATIVA FASE PREPARATÓRIA

MODULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS MODULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO MODULO 4. COMERCIALIZAÇÃO

É nessa fase onde se desenvolve todo o processo de formação para o fortalecimento organizacional e empresarial da cooperativa. Em primeiro lugar, o objectivo é ajudar a entender o grupo que é verdadeiramente uma cooperativa. Partindo de quais são as necessidades dos membros para criar essa cooperativa, se identificam de forma participativa quais serviços devem prestar os membros para melhorar os seus ingressos (exemplos: fornecimento de insumos agrários, venda colectiva, armazenamento colectivo, transformação de produtos...). A continuação, se avança no cálculo dos custos de produção e se compartem ferramentas para checar os registos gerais da cooperativa e contabilidade básica. Por último, a formação se centra em que os membros reconhecem as vantagens da comercialização através da cooperativa e reduzem a sua desconfiança entre os membros que formam a cooperativa.

• Fase de Legalização: FASE DE LEGALIZAÇAO

MODULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA REGISTOS

Esta última fase se compõe de um único módulo para acompanhar o grupo para dar os passos para a legalização da cooperativa em Angola de cara a promover sua consolidação e sustentabilidade, assim como um possível acesso a outros recursos ou financiamento. Legalização permite outras vantagens comparativas para os membros das cooperativas como por exemplo, a possível inclusão nos programas de gestão dos créditos agrícolas de campanha ou a sua participação em outros programas de desenvolvimento que exigem que as cooperativas sejam organizadas e legalizadas.

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CRONOGRAMA DO PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS Como se observa na tabela a continuação, geralmente, a duração do programa é de cinco meses ou 20 semanas, permitindo fazer um acompanhamento e assegurando um aprendizado prático a cada realidade da cooperativa. Nessas 20 semanas, todos os membros da futura cooperativa recebem formação, tendo cada sessão uma duração aproximada de 4 horas, mas, na última semana é apenas a junta directiva que irá se movimentar durante o processo de reconhecimento das assinaturas no cartório notarial, entre outros aspectos. Entretanto, como se verá no capítulo seguinte, o programa conta com um alto nível de flexibilidade que se pode adaptar e prolongar no tempo, de acordo com a disponibilidade da cooperativa.

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MÊS

MÓDULOS

SESSÕES

SEMANAS OU DIAS

MÊS Mês 1

4 5

FASES

DURAÇÃO

15

Mês 4

16 6

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA

6 SEMANAS

17

18

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SEMANAS OU DIAS

DURAÇÃO

Mês 2

7 8 9

19

20 SESSÃO 13. O objectivo da comercialização. Vantagens e Desafios SESSÃO 14. Registos de Venda

10 SESSÃO 12. Registo de destino da produção

11 SEMANAS SESSÃO 11. Registos de produção

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

SESSÃO 10. Os conceitos

FASES

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 8. A planificação do serviço

MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

SESSÕES

SESSÃO 7. O conceito de serviço

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE COOPERAÇÃO DO GRUPO

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

MÓDULOS

Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

SESSÕES 2

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULOS 1

SESSÃO 17. Aspectos práticos para a Cooperativa

MÊS

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

DURAÇÃO

SESSÃO 16. Troca de Experiências

SEMANAS OU DIAS

SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

FASES

SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/Revisão dos Estatutos

PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS: Apresentação geral - CODESPA

TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA FASE PREPARATÓRIA

3 SEMANAS

Mês 1

3

FASE DE FORMAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Mês 3

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO

11 12 13 Mês 4

14

FASE DE LEGALIZAÇÃO

REGISTOS

Mês 5

Fonte: elaboração própria

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PERFIL DO FACILITADOR O técnico facilitador será uma pessoa com a suficiente experiência e habilidades gerais para que o desenvolvimento do programa que aqui se apresenta cumpra com os seus objectivos. Estas aptidões mínimas se apresentam a continuação e uma descrição mais específica do perfil do facilitador na hora de transmitir a formação considera-se no capítulo seguinte. •

Ter experiência de trabalho e de formação com grupos de camponeses nas comunidades.

Dominar metodologias de ensino de adultos, mas não orientar formações com uma lição magistral em uma escola, ser um orientador das formações escutando e facilitando as iniciativas e processo de aprendizagem dos grupos de trabalho.

Ter um bom conhecimento da agricultura e conhecer as prioridades da agricultura familiar/camponeses e camponesas.

Procurar o desenvolvimento local sustentável e a mudança da mentalidade assistencialista (criar rendimentos na própria comunidade sem estar a espera de incentivos externos, com os recursos próprios).

LUGAR DA FORMAÇÃO Quanto aos espaços para desenvolver as sessões de fortalecimento cooperativo, a metodologia CODESPA recomenda sempre a utilização de espaços exteriores próximos as lavras ou lugares de trabalho dos membros das cooperativas, seleccionados pelos próprios membros. Estas podem ser as escolas, igrejas das aldeias ou jangos comunitários ou árvores com sombras presentes na aldeia, tendo sempre em conta que é preciso levar as ferramentas e materiais que deverão acompanhar as sessões.

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3. GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR



GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR - CODESPA

3. GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR Esta sessão está especialmente dirigida ao facilitador e contém os aspectos mais importantes para compreender e desenhar o programa de formação de fortalecimento cooperativo, assim como os aspectos mais práticos e sugestões para chegar com êxito ao grupo de trabalho ao longo do processo. Em concreto, se responde às seguintes perguntas: •

Como organizar os grupos de trabalho e quais características devem ter?

O que deve fazer um bom facilitador no processo de fortalecimento cooperativo e o que não deve fazer?

Como e quando programar a formação?

Quais são as técnicas de facilitação e ferramentas para as sessões de formação?

Como deve-se usar e interpretar o manual?

3.1. COMO ORGANIZAR OS GRUPOS DE TRABALHO E QUAIS CARACTERÍSTICAS DEVEM TER? Número de membros por cada grupo para as formações: O número de pessoas assistentes a este processo de formação é um mínimo de 20 a um máximo de 50 pessoas. Se existem vários grupos formados por um número inferior de pessoas, se podem juntar os grupos, dado que, por razões práticas e por economias de escala é mais económico que dar formações mais individualizadas e poupa-se tempo. Igualmente, além disso para as pessoas evita-se a concentração de associações pequenas com mais dificuldades de viabilidade e possível concorrência entre eles. Por tanto, no caso de iniciar com grupos ainda não consolidados que não alcançam o número de 20 pessoas por exemplo, pode-se considerar juntar dos grupos em um único grupo de formação sempre que os dois grupos cumpram com as seguintes condições: •

Aprovação das comunidades envolvidas (por exemplo, problemas preexistentes entre aldeias vizinhas; é impossível criar uma cooperativa forte se já existe esse tipo de problemáticas).

Juntar os grupos e comprovar que isso não implique deslocações superiores a 5 km dos formandos (da aldeia de uma organização ao espaço das sessões de capacitação).

Ter similares características (são associações com apenas as mesmas problemáticas ou dificuldades).

Esta situação implicará que o facilitador tenha presente em todo momento que são grupos diferentes e as actividades e avaliações devem ser dirigidas de forma individual dentro das sessões de formação.

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Características dos membros: Para assegurar uma participação eficaz do grupo no processo de fortalecimento, devem-se dar os seguintes elementos: •

Ser pessoas interessadas na formação e exista voluntariedade na participação: todos os membros do grupo ou a maioria estão interessados no processo de formação, aclarando que sua participação deve de ser voluntária e não implica receber algum tipo de doação, evitando assim possíveis interesses entre os membros.

Ser pessoas activas e com representação: Os participantes têm que ser pessoas activas que representam os interesses do grupo e não os interesses próprios pessoais fora do processo cooperativo. É de fundamental importância a aderência às formações da totalidade dos membros activos das cooperativas para que possam surgir organizações fortes e funcionais no futuro. Os participantes de um grupo compartilham a responsabilidade no processo e os resultados.

Número de grupos por facilitador: Considerando que cada sessão de formação tem uma duração aproximada de 4 horas e que o período de formação completo é de entre 5 a 10 meses (semanal ou quinzenalmente), é recomendável que cada técnico que participe no programa de fortalecimento cooperativo não abranja mais de 5 grupos ao longo do programa, correspondendo estas a um dia da semana laboral. A CODESPA considera desejável que o mesmo formador ou facilitador possa acompanhar todas as sessões em um mesmo grupo para poder avaliar da forma mais adequada a evolução de cada grupo. Isto permite que a comunidade está habituada ao mesmo formador, a participação é mais activa, em geral ficam mais à vontade que com uma pessoa estranha. Contudo, outros formadores poderão orientar algumas sessões de capacitação em grupos não previamente atribuídos a eles se há circunstâncias excepcionais que assim o aconselham.

3.2. O QUE DEVE FAZER UM BOM FACILITADOR NO PROCESSO DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO E O QUE NÃO DEVE FAZER? O facilitador é peça-chave de qualquer processo de aprendizagem e deve assegurar o ciclo do programa de fortalecimento cooperativo, o desenvolvimento, supervisão, retroalimentação, avaliação com o grupo para melhorar a eficácia do trabalho. As responsabilidades do facilitador são: •

Assegurar que os objectivos do programa de fortalecimento cooperativo sejam claros para cada um dos membros do grupo.

Desenvolver a comunicação e interacção no grupo para que se compartilhe toda a informação entre todos os membros do grupo.

Incentivar a participação equitativa e diálogo de todos os membros do grupo e fomentar que as habilidades de todos os membros são utilizadas. Cada um compreende as suas tarefas e conhecem quem é o responsável de quais tarefas. É importante envolver a todo o grupo na participação das formações e incentivar a representação das mulheres e jovens no processo e em nos órgãos de tomada de decisão. É importante que se comprove em todo momento que todos os participantes sem excepção estão entendendo a formação e não permita que a formação só avance apenas para aqueles que entendem.

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GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR - CODESPA

Identificar bem o grupo e seu funcionamento para entender melhor seus problemas, necessidades e os seus processos de tomada de decisões para ajudar os formandos a procurar possíveis soluções e opções apropriadas para seu fortalecimento como cooperativa.

Manter um bom ambiente de trabalho e fazer a entender ao grupo que as opiniões individuais dentro do grupo são importantes para a própria retroalimentação do grupo e que não se tem que originar conflito algum por expressar opiniões pessoais respeitosas. Desde o início mostrar conhecimento dos nomes e atitudes das pessoas do grupo, mostrar iniciativa e interesse, mostrar estar bem preparado.

Supervisão em todo o processo de avance no fortalecimento cooperativo, mas é importante não mostrar uma atitude de superioridade e criar uma atmosfera de colaboração entre todos.

Retroalimentar ao grupo através de comentários, respostas a suas perguntas ou discussões. Nunca ridiculize nenhuma pergunta, resposta ou sugestão dos membros do grupo.

Mostrar assiduidade e pontualidade nas formações e adaptar-se às preferências horárias do grupo.

Zelar pelos meios materiais e técnicos e gerir o tempo e os meios à disposição.

Avaliar o êxito da sua formação e aplicação deste Manual observando o progresso dos participantes. Se algo não está a correr bem, deve-se saber identificar as razões por aquelas não funcionarem bem e corrigir a tempo o processo.

Evitar promessas irrealizáveis e cumprir com a palavra dada (por exemplo, se recebe dinheiro para facilitar legalização, fazer dito trabalho).

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O que não deve fazer um bom facilitador no processo de fortalecimento cooperativo: ojo •

Forçar a criação do grupo.

Influenciar ao grupo na tomada de decisões.

Desincentivar as iniciatvas cooperativistas do grupo.

Dar lições magistrais (dar uma formação em que só o formador fala).

Pedir algo em troca da formação (pequenos presentes da comunidade (-milho, feijão, galinha-).

Exigir almoço/conduto da comunidade.

Planificar as formações ao seu favor em detrimento da comunidade (sem atender as preferências de dia e hora da comunidade).

Não comunicar a comunidade com antecedência que não poderá assistir a uma sessão por circunstância de força maior (avaria do meio de locomoção, óbito...).

O perfil ideal do bom facilitador para a implementação do programa de fortalecimento cooperativo: •

Ter experiência de trabalho com grupos de camponeses nas comunidades. Entender e respeitar as normas culturais, ser tolerante e respeitoso às diversas maneiras de pensar e diferentes opiniões do grupo.

Ter um bom conhecimento da agricultura e conhecer as prioridades da agricultura familiar.

Procurar o desenvolvimento local sustentável e a mudança da mentalidade assistencialista (criar rendimentos na própria comunidade sem estar a espera de incentivos externos, com os recursos próprios).

Contar com habilidades de comunicação e falar as línguas do grupo.

Contar com habilidades de formação: dominar metodologias de ensino de adultos e gerir bem técnicas e dinâmicas participativas no processo de aprendizagem dos grupos de trabalho. Ser prático e objetivo, explicar claramente sendo conciso nas explicações.

Outras qualidades: ser flexível, paciente, com coragem e honesto, acessível, saber escutar activamente, criativo e com capacidade para a improvisação, imparcial frente a possíveis conflitos entre os membros do grupo, discretos para manter os segredos do grupo, ser assíduo e pontual, não demonstrar interesse pela bebida e não ser demasiado falador.

3.3. COMO E QUANDO PROGRAMAR A FORMAÇÃO? No caso de organizar sessões de formação todas as semanas o programa de fortalecimento cooperativo tem uma duração total de 5 meses, considerando um período de 17 semanas para a implementação das 3 fases de formação com os seus módulos correspondentes e aproximadamente 3 semanas (ou um máximo 2 meses) ao fim, para finalizar com o processo de legalização das cooperativas. Dito processo exige só uma presença pontual em determinadas ocasiões para membros da junta directiva. A duração aproximada é um total de 5 meses onde considera-se incluído um período de aproximadamente 45 dias até o pedido de Publicação no Diário da República. Para finalizar com o processo de legalização das cooperativas após esse tempo, é preciso 240 dias (aproximadamente 8 meses) para a obtenção do Alvará Comercial. Como se viu anteriormente, uma de suas principais características é seu alto nível de flexibilidade, possibilidade de adaptação de acordo com a situação da cooperativa, sua disponibilidade de tempo e seu principal cultura e actividade económica. O nível de intensidade das formações pode-se ajustar em duas modalidades:

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GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR - CODESPA

(a) As formações semanais: São as mais recomendáveis quando se tem pouco tempo para fazer uma introdução ao fortalecimento cooperativo e ao mesmo tempo permitem que as formações ocorram ao longo do período com mais disponibilidade para os camponeses dedicados à agricultura familiar. Este período de maior disponibilidade corresponde ao período entre junho e outubro, onde a pesar de existir ainda trabalhos pendentes, a maioria dos produtores terminaram com o trabalho mais intenso das lavouras (preparação das lavouras, sementeira e colheita e preparação de alfobres, tarefas que ocorrem ao longo do período entre outubro e maio). A vantagem dessa estrutura ou cronograma é que permite trabalhar com grupos em um período adaptado no seu calendário agrícola de um ano e permite que uma cooperativa possa ser legalizada nesse mesmo período. (b) As formações quinzenais: São consideradas mais adequadas no caso em que o Programa de Fortalecimento Cooperativo não possa começar no mês de junho, o que implica que as mesmas sejam realizadas numa época de elevada carga de trabalho no campo. De acordo com tais circunstâncias, é aconselhável a não realização de formações semanais porque poderiam colidir com a actividade de campo dos formandos e as formações correriam o risco de não contar com a aderência desejada. Com formações quinzenais o programa de fortalecimento cooperativo poderia ter uma duração aproximada de um total de 10 meses com a desvantagem de coincidir com épocas de trabalho mais intenso nas tarefas da agricultura familiar. Neste caso consideramos um período de 8 meses para a implementação das três fases de formação com os seus módulos correspondentes e aproximadamente dois meses ao fim, para finalizar com o processo de legalização das cooperativas.

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GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR - CODESPA

3.4. QUAIS ACTIVIDADES E RECURSOS TÊM O GUIA PLANO DE FORMAÇÃO? O guia Plano da Formação mostra para cada fase do programa a seguinte informação: •

O nº de mês, semana e dia ao que corresponde a organização da sessão de formação

O número e nome do módulo ao que corresponde a sessão de formação

O objectivo do módulo de formação

O título da sessão de formação

O número de actividade dentro de uma mesma sessão de formação

O nome da actividade dentro de uma mesma sessão de formação

O tipo/tipos de técnicas de facilitação específicas utilizadas na actividade

A descrição e desenvolvimento da técnica de facilitação

O tempo necessário para realizar cada actividade

Os materiais e recursos didáticos necessários para o correcto desenvolvimento da actividade e suas técnicas

Algumas tarefas a realizar após o módulo ou sessão de formação para reforçar a formação com a prática do grupo

3.5. QUAIS SÃO AS TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO E FERRAMENTAS PARA AS SESSÕES DE FORMAÇÃO? Em cada sessão de formação se encontram diversas propostas de actividades. Tais actividades fazem uso de técnicas de facilitação e aprendizagem diferentes (explicações, discussões, exercícios, dinâmicas de grupo diferentes, etc.) servindo para apresentar e/ou consolidar conceitos. Cada técnica, exercício ou dinâmica proposta tem um objetivo relacionado directamente com o objectivo da actividade e por tanto o objectivo da sessão de formação. A proposta de actividades apresentadas no manual tem sempre a mesma estrutura e informação:

Objectivo Técnica de facilitação (dinâmica ou exercício prático) Tempo recomendável para sua realização Materiais e recursos didáticos necessários

O facilitador pode utilizar outras técnicas, exercícios, dinâmicas e jogos diferentes ou modificar os exercícios propostos aos aqui propostos, mas que sejam relevantes e efectivas de acordo ao grupo e contexto que se encontre, sempre que o objectivo concorde com os objectivos da sessão de formação programada no dia. Não esquecer que seria preciso ajustar a sua duração e adequá-lo ao plano que propõe esta Guia.

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TABELA 3. COMO SE DEVE INTERPRETAR O MANUAL: TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO Sugestões ao facilitador São notas que pretendem dar indicações ou instruções aos formadores sobre determinados aspectos e acções da formação, que permitirão melhorar a eficiência do processo e/ou actividade a realizar. Calendário (mês/semana) Ao início de cada sessão do módulo encontraremos uma indicação com o número do mês e dia em que se realiza. Explicações (técnica de facilitação) O manual faz igualmente uso do método expositivo: a explicação dos conteúdos teóricos aos formandos. Esta explicação deve ser feita de forma dialogada, permitindo que o formando participe, comente, faça perguntas e dê exemplos. Pergunte/Ouça (técnica de facilitação) Em determinados momentos o manual faz uso do método interrogativo: processo de perguntas-respostas direcionados aos formandos que conduzam a uma reflexão sobre os seus conhecimentos e sobre o tema em si, bem como a uma partilha de conhecimentos entre os formandos. Chuva de Ideias (técnica de facilitação) Nos momentos de utilização desta técnica pretende-se estimular e explorar a criactividade dos formandos e gerar novas ideias e/ou soluções para os assuntos propostos. Trabalho em grupos (técnica de facilitação) As dinâmicas de grupos implicam o trabalho de todos os membros do grupo, se a dinâmica de escrever ou desenhar, além de que no grupo tenham pessoas que não sabem ler ou escrever sempre asseguraram que tem alguém que sabe escrever e que pediremos a sua colaboração. É preciso que todos os membros que participam no grupo estejam informados do que se está a escrever ou desenhar por tanto o facilitador tem que assegurar que o líder do grupo lê e explica às outras pessoas o conteúdo do trabalho. Jogos/Canções (técnica de facilitação) As dinâmicas com jogos podem ser muito efectivas para a compreensão dos temas da formação quando estes parecem complicados ou também para explicar coisas muito simples. O facilitador tem que entender para que fazemos o jogo, quais são os objectivos e ser o suficientemente dinâmico para que o jogo se compreenda. Em todo momento o facilitador pode utilizar outros jogos sempre que o aprendizado que se tira deste jogo esteja directamente relacionado com o objectivo da actividade e do que se quer transmitir. Exercícios práticos (técnica de facilitação) Os exercícios correspondem à aplicação prática do módulo de formação no caso específico da cooperativa, grupo de trabalho ou associação dos participantes, para criar uma ponte entre a formação e a prática, processo necessário para a evolução do grupo no fortalecimento cooperativo. Esses exercícios práticos normalmente são fichas de Excel ou Word para preencher informações específicas. Técnica de discussão dos casos ou outras experiências (técnica de facilitação) A técnica de discussão de casos pretende estimular a reflexão, a partilha e clarificação de pontos de vista relativamente a casos práticos por parte dos formandos. O manual apresenta, em determinados momentos, casos que refletem os conteúdos a aprender e sobre os quais se pretende que os formandos reflitam e que discutam entre si. Resumo (técnica de facilitação) O resumo é utilizado no início de cada (sessão de formação) módulo como forma de recordar os conhecimentos discutidos e apreendidos no módulo anterior. Pretende-se que sejam os formandos a fazer o resumo no início dos módulos, podendo o facilitador/formador pedir voluntários ou distribuir esta tarefa pelos mesmos antecipadamente. Proposta de tarefas ao fim da sessão ou módulo Ao fim de algumas sessões ou Módulos pode acontecer que o facilitador peça aos participantes realizar uma série de tarefas fundamentais para o processo de fortalecimento. As tarefas serão, na maioria dos casos, exercícios práticos para criar uma ponte entre a formação e a prática.

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GUIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA O FACILITADOR - CODESPA

3.6. QUAIS SÃO OS ASPECTOS PRÁTICOS A SEREM CONSIDERADOS NA HORA DE REALIZAR AS FORMAÇÕES? A continuação, se sugerem alguns aspectos práticos a considerar pelo facilitador na hora de organizar as sessões de formação e fortalecimento das cooperativas: •

Planificar a sessão com tempo e calcular o tempo de cada sessão de acordo as indicações desta guia metodológica.

Adaptar as sessões estruturadas no Manual (Guia Plano de Formação) e as características do grupo de trabalho.

Ter em mente os objectivos de aprendizagem de cada sessão do módulo de formação e dinamizar as sessões para que os participantes entendam bem os objectivos, os pontos de cada sessão, e realizar as tarefas de cada módulo.

Evite falar de muito nas sessões, pergunte, escute, e guie as Actividades mais do que falar (especialmente nos módulos onde os membros do grupo tem que apresentar Actividades).

É importante que o facilitador não se apegue muito no Power Point durante o desenvolvimento da sessão, isto é, para dar confiança aos participantes. Ele deve preparar bem a formação muito antes de apresentar, sem se esquecer de motivar os participantes com uma história ou canção.

Nos momentos em que foré necessário, procure que as pessoas guardem silêncio e procure calar a aqueles que falam muito com dinâmicas ou técnicas respeitosas.

Ao início de cada sessão deve haver uma discussão da sessão anterior, revisar os aspectos trabalhados pelo grupo no período anterior e os aspectos essenciais dos objectivos do aprendizado da última sessão. Isto vai permitir a retroalimentação do grupo e permitirá também identificar os pontos frágeis e os temas que precisam de maior desenvolvimento. É importante que no período de revisão da sessão anterior sejam os formandos participantes da formação os mais activos nas explicações. O papel do facilitador aqui é planificar essa revisão, sinalar os aspectos mais importantes das opiniões dos participantes dirigir e dinamizar os debates no grupo.

Para cada actividade podem ser necessários materiais distintos (tipo cartolinas, flip - chart, esferográficas, autocolantes, cola, lápis, etc.). Também documentos específicos digitalizados previamente com o conteúdo da formação, tipo Power Point com apresentações para utilizar ou computador o para entregar cópias em papel, fotografias, etc.

É importante ter planificada da compra a impressão em número de vias suficientes dos exercícios práticos e seu transporte ao lugar da formação para o correcto desenvolvimento da actividade. O facilitador deve saber quais são os documentos que deve entregar aos participantes em cada sessão (especificados no programa), estas podem ser cópias de PPTs, cópias de materiais já elaborados, ou tarefas em branco para realizar nas seguintes sessões.

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4. MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO



FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

• FASE PREPARATÓRIA •

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO APRESENTAÇÃO Este módulo vai ajudar a fazer um bom diagnóstico rural da comunidade e partir dum bom conhecimento do grupo para o seu verdadeiro interesse pelo processo cooperativo. Ao finalizar, o grupo vai entender o que é verdadeiramente uma cooperativa. TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA

MÊS

1

2

3

4 Mês 1

5

6

7 Mês 2

8

9

Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

REGISTROS

19

20

6 SEMANAS

11 SEMANAS

Mês 1

SESSÃO 17. Aspectos práticos para a Cooperativa

SESSÃO 16. Troca de Experiências

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/ Revisão dos Estatutos

SESSÃO 14. Registros de Venda

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO SESSÃO 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios

SESSÃO 12. Registro de destino da produção

SESSÃO 11. Registros de produção

SESSÃO 10. Os conceitos

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 8. A planificação do serviço

SESSÃO 7. O conceito de serviço

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

3 SEMANAS

FASE DE LEGALIZAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SEMANAS OU DIAS

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

DURAÇÃO

FASE DE FORMAÇÃO MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

SESSÕES

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

FASE PREPARATÓRIA

MÓDULOS

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

FASES

10

11 Mês 3

12

13

14 Mês 4

15

16

17

Mês 4

18 Mês 5

Fonte: Elaboração própria

Os resultados da aprendizagem esperados por parte dos participantes deste módulo são: •

O grupo conhece-se e identifica bem quais são os membros activos no grupo para continuar com a fase de formação.

O grupo entende os objectivos da formação, está motivado e disposto a completar todos os Módulos de formação.

Os grupos devem ter bem identificados quais são os seus pontos fortes e pontos fracos.

Os grupos identificam bem a sua situação na aldeia, comuna, município e as suas relações como grupo com outros grupos, instituções, líderes comunitários, agentes extensionistas.

No fim deste Módulo cada participante deve consiguir explicar pelo menos 50% do conteúdo tratado no módulo zero sem dificuldades ao fazer a réplica para que outros membros estejam dentro do assunto que se abordou.

Para isso, se utilizará o PPT de apresentação do metodologia e conteúdo do programa formativo intitulada Apresentação do Programa (PPT nº0).

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CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar.

FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

Este módulo contempla três sessões: •

Sessão 1. Apresentação do programa na comunidade e com membros do grupo de trabalho.

Sessão 2. Promoção e sensibilização com os grupos de trabalho.

Sessão 3. Diagnóstico Rural Participativo.

Através da ficha 01. Formulário de inquérito, ao fim do Módulo 0 teremos as seguintes informações do grupo sobre os seguintes aspectos organizativos, produtivos, comercialização, tais como: aA história da cooperativa, os serviços da cooperativa, os fundos, a localização das aldeias/ECAs, os membros e a junta directiva e informações sobre as relações com outros agentes: instituições governamentais ou não governamentais, possíveis compradores, etc. Convêm conhecer e esclarecer desde o início do programa formativo qualquer dúvida das Instituições e Organizações de produtores em relação às diferenças entre Associação e Cooperativa, como mostrado abaixo.

DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA: A cooperativa é um grupo de pessoas que se unem voluntariamente para satisfazer aspirações e necessidades económicas, sociais e culturais comuns através de uma empresa de propriedade comum e gerida democraticamente. Assumindo-se como sociedades comerciais dotadas de uma personalidade jurídica e com fundo comum próprio, que se dedicam à prática de comércio. A associação é um grupo de pessoas organizadas voluntariamente, que não visa a realização de interesses económicos dos sócios, mas sim “a prossecução de um fim comum sem intuito lucrativo. Estas partilham as mesmas regras de funcionamento democrático interno. A associação não precisa necessariamente de um reconhecimento jurídico por ser um grupo de igualdade, equidade e solidariedade. Diferenças entre Associação e Cooperativa ASSOCIAÇÃO

COOPERATIVA EMPRESA MERCANTIL

É uma união de pessoas

É uma sociedade simples, regida por legislação específica

Objectivo sem fins econômicos

Objectivo principal é a prestação de serviços económicos ou financeiros

Número ilimitado de associados

Número ilimitado de associados, salvo incapacidade técnica

Cada pessoa tem um voto

Cada pessoa tem um voto. À Voto proporcional ao capital

Assembleias: quórum é baseado no número de associados

Assembleias: quórum é baseado no número de associados

Não tem acções ou quotas de capital

Não é permitida a transferência das quotas-partes a terceiros, estranhos à sociedade

Não gera excedentes

Retorno dos excedentes, proporcional ao volume das operações

Fonte: elaboração própria

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É importante solicitar ao grupo ou cooperativa cópia das actas de Constituição e Estatutos, registos de membros ou outros registos da cooperativa (Registo de insumos, de produção...). Solicitar ao grupo para levar cópia desses documentos na seguinte sessão. Dessa maneira o facilitador já tem uma ideia do nível de desenvolvimento cooperativo, e o trabalho com que realizará mais intensamente durante o desenvolvimento dos seguintes módulos. Durante o módulo 0 e as suas três sessões será necessário obter as seguintes conclusões com o grupo para poder continuar com êxito o programa formativo: •

Definir a estratégia de aproximação ao grupo de trabalho e identificar a forma mais efectiva de convocar com êxito as sessões de formação para assegurar um êxito de participação.

Concluir qual será o desenho das técnicas de facilitação (jogos, exercícios práticos) e quais serão os apoios necessários para a socialização e sensibilização dos participantes, de acordo com o nível de escolaridade e níveis de compreensão do contexto onde está a trabalhar.

No caso que o grupo de trabalho tenha acta de constituição ou estatutos, o facilitador vai revisar após da sessão de formação se tanto a acta como os estatutos correspondem com o regulamentado de acordo a Lei de Cooperativas.

No caso de não haver completado o diagnóstico durante as 3 sessões do Módulo 0, solicitar as informações necessárias ao grupo (tarefa do Módulo 0. No caso de ser Cooperativa com Actas de Constituição e Estatutos, solicitar tal documentação). A continuação, se resume no seguinte quadro, a Guia Plano de Formação Módulo 0, os tempos, as actividades, técnicas e ferramentas para cada sessão formativa.

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FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA


CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar.

FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

TABELA 4. GUIA PLANO DE FORMAÇÃO MÓDULO 0 MODULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO Objectivos: • Sensibilização do grupo de trabalho sobre a importância da formação • Identificação das condições do trabalho de grupo e do grau de desenvolvimento cooperativo-associativo do grupo • Definição das melhores condições para a organização da formação, assim como a estratégia de aproximação ao grupo de trabalho. Duração: 3 semanas MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

2h

Materiais: - Flip-chart (papel gigante) e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: - Copia em papel da apresentação da metodologia e conteúdos do programa (PPT nº0. Apresentação do Programa) . - Tabela nº1. Programa de formação de fortalecimento corporativo.

Mês 1, Semana 1

Dia 1

Sessão 1. 1.1. Apresentação do programa na comunidade e com membros do grupo de trabalho

Apresentação do programa na comunidade e com membros do grupo de trabalho.

Explique

Mês 1, Semana 2

Dia 2

Sessão 2. 2.1. Promoção e sensibilização com os grupos de trabalho

Apresentação da organização e dos membros do grupo.

Explique/Jogo O facilitador apresentará a organização que 30 min Canção representa e a ele mesmo, os membros do grupo de trabalho também apresentarão a si mesmos para o qual utilizarão dois tipos de dinâmicas explicativas combinadas e também dinâmicas de jogo para conhecimento do grupo.

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Encontro prévio à organização das sessões formais do programa de fortalecimento para apresentar o programa na comunidade, autoridades locais e futuro grupo de trabalho.

TEMPO

Materiais: - Papéis e canetas para a impressão dos nomes dos participantes. Material para colar o sujeitar o nome em cada pessoa. Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: - Apresentação do Programa (PPT nº0). - Tabela 2. Programa do fortalecimento cooperativo. - Tabela 4. Guia Plano de formação Módulo 0. Documentos a entregar ao grupo: - Cópia da Tabela nº 1. Programa do fortalecimento cooperativo.

2.2.

Apresentação Explique do programa de formação e preparação dos membros, sinalando que não é um programa de doação .

Sensibilizar as diferentes comunidades sobre 30 min a importância que tem para os pequenos produtores o associar-se de maneira formal ou informal. Em todo momento o facilitador explicará a importância da formação e insistirá em que não trata-se de nenhum programa de doação.

Recursos didáticos para o facilitador: - Apresentação do Programa (PPT nº0). - Tabela 2. Programa do fortalecimento cooperativo.

2.3.

Melhorar a Jogos/ compreensão dos Canções membros sobre o objectivo, a formação e a sua importância .

A dinâmica da cabra cega: selecionam-se três 30 min pessoas, em uma é colocada venda nos olhos, para apanhar uma dessas duas pessoas que estão de olhos abertos. Elas vão chamando pela pessoa com os olhos vendados. A medida que elas vão chamando, elas mudam de lugar para despistar a cega. Lição da dinâmica: Para dizer que a pessoa com olhos vendados não tem qualquer conhecimento sobre Associativismo e Cooperativismo precisa tirar esta venda dos olhos e o facilitador está aqui para tirar esta venda que não lhe permite enxergar os conteúdos que tratam do fortalecimento de cooperativas.

Materiais: - Um pano para vendar os olhos.


MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

Mês 1 Semana 3

Dia 3

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

2.4.

Conhecimento prévio do grupo e conhecer a melhor maneira de começar a trabalhar com ELES.

Pergunte/Ouça Através dum guia/ficha procuraremos conhecer questões fundamentais do grupo de trabalho: quantos são os membros? Qual o nível de literacia dos membros? Qual o nível de conhecimento que os membros têm sobre o processo cooperativo? Há quanto tempo existe a cooperativa, associação ou grupo de trabalho? No caso de cooperativas que já estão em funcionamento, quais são os seus pontos fortes? No caso de cooperativas que já estão em funcionamento, quais são os pontos que precisam de desenvolver mais? O grupo já teve formação anterior? Em quê?

2h 30 min Recursos didáticos para o facilitador: - Ficha 01. Formulário de Inquérito / Questionário grupal para o conhecimento do grupo cooperativo (só para o facilitador) e canetas para as anotações do facilitador. No caso de ser Cooperativa com Actas de Constituição e Estatutos solicitar ao grupo para levar uma cópia destes documentos na seguinte sessão. O trabalho que se realizará mais intensamente durante o desenvolvimento do Módulo 5. Também solicitará ao grupo qualquer outro documento do grupo de trabalho cooperativo (registo de membros, registo de insumos, de produção...).

Sessão 3. 3.1. DIAGNÓSTICO RURAL PARTICIPATIVO

Revisão do aprendido na sessão anterior.

Resumo

15 min

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu na sessão anterior, com ajuda do caderno das anotações da sessão anterior e apoiados do flip-chart. O facilitador pode se apoiar com a apresentação em Power Point resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior.

3.2.

Conhecer o Grupo contexto do grupo de trabalho e as suas relações com outros membros da sua aldeia, comuna, relações com líderes comunitários, igreja, administrações, instituições governamentais, outras associações cooperativas, comerciantes intermediários...

A identificação prévia da problemática em relação 3-4 h às práticas agrícolas, é um aspecto básico para realizar um verdadeiro desenvolvimento cooperativo na comunidade. A metodologia recomendada por CODESPA para a realização deste diagnóstico é o Diagnóstico de Sistemas Agrários (DSA). Para uma melhor análise agroecológico, a CODESPA também recomenda os Diagnósticos Rurais Participativos realizados no marco da Metodologia das Escolas de Campo.

3.3.

Observação do Pergunte/Ouça No caso de já ter elaborado o diagnóstico da 1h grupo e discussão aldeia através das Escolas de Campo, por parte informal individual dos responsáveis da Estação de Desenvolvimento com membros Agrário (EDA), será preciso um diagnóstico mais da cooperativa individualizado. e do comité de Neste espaço poderemos concluir o aprofundar gestão sobre nas preguntas do Inquérito já trabalhado na o seu trabalho actividade 2.4. específico. Na discussão informal com os membros em geral e membros do Comité de gestão o facilitador deve deixar os membros o mais à vontade possível para evitar acanhamento por parte dos membros, esclarecer que a cooperativa é de todos não é de ninguém, por ser líder não significa ser o dono de tudo. Durante a discussão da distribuição de tarefas aos integrantes do comité de gestão.

Materiais: - Flip-chart, marcadores Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: - Apresentação do Programa (PPT nº0).

Materiais: Flip-chart, cartolina de cores, marcadores, caneta, lápis, cinta cola…

Materiais: - Caderno e caneta para as anotações do facilitador. - Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos: - Ficha 01. Formulário de Inquérito/Questionário grupal para o conhecimento do grupo cooperativo.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA


CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar.

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GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

Também é bom aproveitar e fazer entrevistas individuais com membros do Comité de gestão ou outros membros sobre o seu trabalho especifico: planificação da produção, comercialização, da produção,... Este processo deve ocorrer com máxima discrição possível porque os membros têm por hábito imitar o que os outros dizem.

3.4.

Fonte: Elaboração própria

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Estudo dos documentos da Cooperativa se existirem: acta de constituição, estatutos, caderno de contas, registos de membros e outros.

Discussão/ Observar e analisar os documentos ponto por 15 min Pergunta/Ouça ponto para esclarecer certas falhas caso existam, fazer observações e perguntas ao grupo para a sua clarificação (fichas de registo, nomes dos membros actualizados...).

Materiais: - Flip-chart e marcadores. - Papéis e canetas para as anotações do facilitador. Tarefas ao fim da sessão o Módulo: - No caso de não haver completado o diagnóstico durante as 3 sessões do Módulo 0, solicitar as informações necessárias ao grupo. Tarefa do Módulo 0. No caso de ser Cooperativa com Actas de Constituição e Estatutos, solicitar.


MÊS 1 / SEMANA 1

SESSÃO 1. Apresentação do programa na comunidade e com membros do grupo de trabalho

Actividade 2.1. Apresentação do programa na comunidade e com membros do grupo de trabalho Se trata de apresentar o programa na comunidade. Para isso, o facilitador deve procurar pela autoridade máxima da aldeia, para fazer uma apresentação da organização e que vai ser responsável da implementação do programa formativo, descrevendo o marco de trabalho deste (estratégia governamental, doadores internacionais...). Também, o facilitador deve assegurar os objectivos da formação e insistir que não se trata dum programa assistencialista e que o grupo de trabalho deve ser um grupo motivado, interessado por conhecer melhor os princípios cooperativos e fortalecer o seu nível organizativo. O principal objectivo deste encontro é procurar o primeiro contacto com o grupo e a sua comunidade antes de começar com o processo de sensibilização, para se garantir a comunicação desde o início, o bom andamento da formação, evitar a ausência dos membros nas formações ou evitar a participação de pessoas não motivadas. Neste encontro serão falados os objectivos do programa de formação, a necessidade de a comunidade contribuir economicamente se desejam constituir uma cooperativa, e chegar a um acordo com a comunidade para fixar o dia da semana em que as formações serão realizadas. Nessa primeira sessão, não é necessário convocar a todo o grupo, mas sim as autoridades tradicionais e aos membros do comité de gestão da Escola de Campo (ECA) por exemplo. Se bem o detalhe do calendário trata-se na sessão de sensibilização, o facilitador explicaria na comunidade a duração da formação (17 semanas e 3 semanas para legalização). O dia da semana em que as formações serão realizadas deve ser negociada com os líderes da comunidade e os membros do grupo de trabalho. Este encontro não deve demorar mais de 2 horas. Materiais: • Flip - chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Cópia em papel da apresentação da metodologia e conteúdo do programa (PPT nº0. Apresentação do Programa) • Tabela 1. Programa de formação de fortalecimento corporativo. Estes Planos serão adaptados pelo facilitador Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº0) e • Cópia da Tabela 1. Programa de fortalecimento cooperativo Prévio à organização das sessões formais do programa de fortalecimento cooperativo e antes de começar com a sensibilização do grupo e divulgação do programa da formação, é necessária uma apresentação na comunidade e futuro grupo de trabalho.

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MÊS 1 / SEMANA 2

SESSÃO 2. Promoção e sensibilização com os grupos de trabalho

Actividade 2.1. Apresentação da organização e dos membros do grupo Explique/Jogo Canção Ao início desta sessão, o facilitador deve procurar de novo a autoridade máxima da aldeia, para fazer uma breve retrospectiva do que se havia tratado no encontro passado. O facilitador apresentará a organização que representa e a ele mesmo, os membros do grupo de trabalho também se apresentaram para o qual utilizarão dois tipos de dinâmicas combinadas: explicação e dinâmica de jogo para conhecimento do grupo. A dinâmica do jogo de autoconhecimento pode ser a dinâmica das 3 frutas. Sentados em disposição de roda, cada membro escolhe entre três frutas. O facilitador gritará o nome de uma das 3 frutas, todos aqueles que escolheram essa fruta tem que correr, abandonar o seu espaço e sentar onde outros membros também levantaram. Isso pode-se repetir várias vezes mudando cada vez o nome da fruta para assegurar que todos participam. Em algum momento o facilitador gritará “tutti frutti” e todos os membros terão que levantar abandonar o seu espaço e sentar em outro lugar que fique livre. O facilitador escreverá em um papel o nome de todos os participantes e dele mesmo e todos devem de colar o nome em um lugar visível de seu corpo para que o facilitador aprenda os seus nomes (é importante que o facilitador se dirija aos membros do grupo sempre nomeando a eles). É muito importante também que o facilitador explique aos participantes que as pessoas inseridas no processo de formação não devem ser mudadas constantemente, isto devido as características individuais, uns são mais rápidos em aprender e outros mais lentos. Também, não só a formação não terá muito impacto nestas pessoas, até ao fazer a réplica nas comunidades haverá muita dificuldade. Nas actividades de campo eles têm feito isto, quando o pai ou a mãe não vem manda o filho, e é nesse momento em que o facilitador deve insistir que as pessoas assistentes da formação devem ser as mesmas, assim se evitará constrangimentos no processo. Tempo recomendável para a realização da actividade: 30 minutos Materiais: • Papéis e canetas para a impressão dos nomes dos participantes. Material para colar o nome em cada pessoa. Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Apresentação do Programa (PPT nº0) • Tabela 2. Programa de formação de fortalecimento cooperativo • Tabela 4. Guia Plano de formação Módulo 0. Este Plano será adaptado pelo facilitador

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Actividade 2.1 Apresentação do programa de formação e preparação dos membros, sinalando que não é um programa de doação. Antes de começar com o programa de formação é importante estabelecer regras de convivência durante a formação e seleccionar uma comissão disciplinar cada dia da formação. Também em cada sessão vai se decidir quem será o responsável de tomar notas no que será o Caderno da Cooperativa. Um único caderno se entregará ao grupo. Em todas as sessões de formação ao longo do programa haverá um responsável que deixará as evidências por escrito no caderno. Será responsabilidade dos membros levar este caderno a todas as sessões. As anotações no caderno servirão de ensaio ao que serão as Actas das Assembleias Ordinárias da Cooperativa (exercício prático que se trabalhará no Módulo 5). Esta actividade serve como preparação para o trabalho com as organizações e tem como objectivo sensibilizar as diferentes comunidades sobre a importância que tem para os pequenos produtores associar-se de maneira formal ou informal já que lhes permite abordar determinadas operações económicas como a produção, aquisição de bens e serviços (por exemplo, insumos), ou a prestação de serviços, entre outros. O cooperativismo tem um impacto favorável na sua situação socioeconómica dos membros. Em todo momento o facilitador explicará a importância da formação e insistirá em que não se trata de nenhum programa de doação. O facilitador deverá insistir também que já está na hora de começar andar com os próprios pés, reforçar o aspecto dos reembolsos e tudo que se recebe deve ter um retorno nada é de graça actualmente. Dar exemplos práticos como: Quando pedes ajuda para te lavar as costas você lava as outras partes do corpo. Esclarecer aos beneficiários que eles não podem se limitar em apenas receber e receber todo tempo, precisa-se da participação deles para deixarem de serem dependentes, é uma questão deles serem proactivos, não esperar que a CODESPA ou outra ONG possa fazer tudo e eles apenas se beneficiam; as comunidades devem participar com valores ou serviços para o engrandecimento da própria cooperativa. Para que se um dia a ONG for embora eles conseguirem sobreviver por si mesmos ou seja, consigam caminhar com os próprios pés sem nenhuma muleta para se apoiar. De uma forma muito simples, o facilitador explicará a estrutura dos Módulos de formação e o calendário de trabalho. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Apresentação do Programa (PPT nº0) • Tabela 2. Programa de formação de fortalecimento cooperativo • Tabela 4. Guia Plano de formação Módulo 0. Este Plano será adaptado pelo facilitador • Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº0).

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Actividade 2.3. Melhorar a compreensão dos membros sobre o objectivo da formação e a sua importância Jogos/Canções A dinâmica da cabra cega Selecionam-se três pessoas, em uma é colocada uma venda nos olhos, para apanhar uma dessas duas pessoas que estão de olhos abertos. Elas vão chamando pela pessoa com olhos vendados. À medida que elas vão chamando, elas mudam de lugar para despistar a cega. Lição da dinâmica: Para dizer que a pessoa com olhos vendados não tem qualquer conhecimento sobre Associativismo e Cooperativismo precisa tirar esta venda dos olhos e o facilitador está aqui para tirar esta venda que não lhe permite enxergar os conteúdos que tratam do fortalecimento de cooperativas. 30 minutos Materiais: • Um pano para vendar os olhos

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Actividade 2.4. Conhecimento prévio do grupo e conhecer a melhor maneira de começar a trabalhar com eles Pergunte/Ouça Nesta actividade trabalharemos no conhecimento prévio do grupo, faz-se uma busca parcial sobre o assunto a ser abordado, através da técnica de perguntar e escutar o facilitador deve ouvir mais e falar menos, isto é, para dar mais liberdade aos integrantes do grupo e ficarem mais à vontade. Através de um questionário/inquérito procuraremos conhecer questões fundamentais do grupo de trabalho: Quantos são os membros? Qual o nível de literacia dos membros? Qual o nível de conhecimento que os membros têm sobre o processo cooperativo? No caso de cooperativas que já estão em funcionamento, quais são os seus pontos fortes? Quais são os pontos que precisam se desenvolver mais? O grupo já teve formação anterior? Em quê? É recomendável também saber um pouco mais sobre a comunidade a que pertence ao Comité de Gestão se existe. Esse conhecimento não só vai ajudá-lo a preparar uma formação mais eficaz como também o ajudará a estabelecer uma relação com os formandos ao longo da formação. No caso de ser Cooperativa com Actas de Constituição e Estatutos, solicitar ao grupo para levar cópia desses documentos na seguinte sessão. O trabalho se realizará mais intensamente durante o desenvolvimento do Módulo 5. Também solicitar ao grupo qualquer outro documento do grupo de trabalho cooperativo (Registo de membros, Registo de insumos, de produção...) Recomendações: É importante não ficar concentrado no preenchimento do questionário/Inquérito, é preciso manter uma conversação fluída com o grupo e ao mesmo tempo fazer as anotações. Se o facilitador fica muito tempo concentrado no questionário a resposta do grupo não vai ser espontânea. Nestes casos o facilitador deve ser muito calmo, fazer as coisas acontecerem e não manipular os resultados. Começar sempre do mais simples possível ao complexo e dar sempre prioridade aos membros. O facilitador deve ser um bom intermediário. Evitar raciocínio dos participantes, embora ele tenha começado com erros deve terminar para depois tentar corrigir de forma sugestiva para que ele não se dê conta que está a ser corrigido. 2 h 30 minutos Recursos didáticos para o facilitador: • Ficha 01. Formulário de Inquérito: Questionário grupal para o conhecimento do grupo cooperativo (só para o facilitador) e canetas para as anotações do facilitador.

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FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

MÊS 1 / SEMANA 3

SESSÃO 3. Diagnóstico rural participativo

Para identificar o grau de desenvolvimento cooperativo-associativo do grupo:

Actividade 3.1. Revisão do aprendido na sessão anterior No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu na sessão anterior, com ajuda do caderno das anotações da sessão anterior e apoiados do flip-chart. O facilitador pode se apoiar com a apresentação em Power Point ou com o flip-chart e os marcadores para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior. O facilitador deve tentar: • Abranger a todos os participantes se não houvessem participado da sessão anterior e assegurar que compreendem os objectivos. • Revisar a importância da formação em cooperativismo e as vantagens. • Insistir que os objectivos do programa são de formação e não tem a ver com nenhuma doação. • Reforçar sobre a valorização de recursos locais, disponibilidade de terras, as quotas, joias e outras contribuições que eles têm que fazer para dar continuidade das actividades, procurar meios de sustentabilidade, para evitar que o grupo pare de trabalhar. Dizer que tudo aquilo que temos é uma parte de nós, o que se constrói com sacrifício não se desmorona com facilidade. • O facilitador vai fazer um resumo das principais características do grupo obtidas das perguntas do inquérito da sessão anterior. 15 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Apresentação do Programa (PPT nº0).

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FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

Actividade 3.2. Conhecer o contexto do grupo de trabalho e as suas relações com outros membros da sua aldeia, comuna, relações com líderes comunitários, igreja, administrações, instituições governamentais, outras associações cooperativas, comerciantes intermediários, etc. Grupo Antes de qualquer intervenção de desenvolvimento, é crucial identificar quais são os factores determinantes (aqueles a que se pode atribuir diretamente às causas do problema) e quais são as predisposições que provocam uma situação (aqueles que sem ser determinantes, favorecem o surgimento ou crescimento de um problema). Entender a situação enfrentada pelos membros da aldeia ou comunidade e a informação necessária para o desenvolvimento do programa formativo sobre cooperativismo. A identificação prévia da problemática em relação às práticas agrícolas, é um aspecto básico para realizar um verdadeiro desenvolvimento cooperativo na comunidade. As primeiras dúvidas que surgem são: por qual motivo determinamos que, para a melhoria da produção e comercialização de alimentos numa determinada área de intervenção, devemos melhorar o sistema de associativismo e cooperativismo? Que critérios devemos considerar para a implementação de um projeto com base nesta metodologia? O diagnóstico é a ferramenta que responde a estas perguntas. A metodologia recomendada por CODESPA para a realização deste diagnóstico é o Diagnóstico de Sistemas Agrários (DSA), com base na corrente de agriculturas comparadas da escola francesa. Esta metodologia entende a agricultura familiar como uma parte de um sistema complexo em que é fundamental entender o contexto social, econômico e agroecológico para poder oferecer respostas aos problemas enfrentados por este tipo de agricultura. Para uma melhor análise agroecológico, a CODESPA também recomenda os Diagnósticos Rurais Participativos realizados no marco da metodologia das Escolas de Campo. Para a realização deste diagnóstico recomenda-se a utilização das seguintes ferramentas que se podem encontrar especificadas no manual de DSA: • Estudo de fontes secundárias de estudos realizados por outras organizações na mesma área de intervenção. • Grupos especializados divididos por sexo para a identificação e discussão dos principais problemas produtivos enfrentados pela comunidade, assim como a realização de um mapa comunitário dos recursos naturais com os quais a comunidade conta em grupos divididos entre homens e mulheres. Esta ferramenta permite que tenhamos uma ideia sobre quais são os recursos utilizados pela comunidade e os valorizemos de acordo com a importância que lhes é concedida pelos mesmos nas respectivas concepções. Para além disso, será necessário realizar uma lista de prioridade dos cultivos para poder definir em qual cultivos trabalhar. • Diagrama de Venn: com esta ferramenta são identificados os atores principais dentro das comunidades e as suas relações (positivas ou negativas). Convém utilizar esta ferramenta em relação à problemática concreta da cooperativa o grupo de trabalho como o que estamos a trabalhar, para entender a interação de todos estes atores em torno da mesma. • Árvore de problemas e soluções: uma vez que seja identificado um problema relacionado com a segurança alimentar é adequado executar uma árvore de problemas e soluções. É muito importante abordar esta ferramenta e orientar a mesma de modo que os problemas estejam centrados na intervenção que se pretende realizar.

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• Transecto: com base nos grupos especializados e nos mapas comunitários devem ser escolhidos alguns indivíduos que demonstrem maior capacidade e conhecimento da realidade que se pretende conhecer e realizar um caminho conjunto por um dos trajetos identificados no mapa. Neste processo, devem obter-se informações sobre a agricultura, o solo, a água e as práticas agrícolas, comercialização, entre outros. • Grupo especializado específico sobre processos e práticas agrícolas: deve ser estabelecido um diálogo aberto sobre a agricultura e os problemas enfrentados pelos agricultores. Deve ser realizada uma priorização por ordem de importância dos cultivos (para alimentação e para o mercado). Para tal, é possível desenvolver uma dinâmica muito simples adaptada ao público-alvo ao colocar os diferentes produtos (milho, soja…) e ao entregar a cada pessoa uma pedra para que a coloque no cultivo mais importante para a alimentação e o cultivo mais importante para o comércio dentro da sua produção e das suas possibilidades de produção. Uma vez que os cultivos sejam selecionados deve-se dar início a um processo de levantamento de informações sobre as práticas agrícolas utilizadas. • Inquérito aos produtores para confirmar as tipologias de produtores de acordo com o quadro de caracterização de beneficiários: este inquérito deve procurar a obtenção de dados de disposição e utilização de rendimentos (tanto agrícolas como externos), da disposição e utilização das terras e da mão de obra familiar. Todas estas dinâmicas podem ser encontradas nos manuais de diagnóstico de sistemas agrários e de diagnóstico rural participativo. 3:30h - 4h Materiais: • Flip-chart, cartolina de cores, marcadores, caneta, lápis e cinta cola.

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FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA


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FASE PREPARATÓRIA • Módulo 0

Actividade 3.3. Observação do grupo e discussão informal individual com membros da cooperativa e do comité de gestão sobre o seu trabalho específico. Pergunte/Ouça No caso de ter elaborado já o diagnóstico da aldeia através das Escolas de Campo, por parte dos responsáveis da Estação de Desenvolvimento Agrário (EDA), será necessário um diagnóstico mais individualizado. Neste espaço podemos concluir ou aprofundar nas perguntas do Inquérito já trabalhado na actividade 2.4. Na discussão informal com os membros em geral e membros do Comité de Gestão o facilitador deve deixar os membros o mais à vontade possível para evitar acanhamento por parte dos membros, esclarecer que a cooperativa é de todos não é de ninguém e por ser líder não significa ser o dono de tudo. Durante a discussão da distribuição de tarefas aos integrantes do comité de gestão. Também é bom aproveitar e fazer entrevistas individuais com membros do comité de gestão ou outros membros sobre o seu trabalho específico: planificação da produção, comercialização. Este processo deve ocorrer com máxima discrição possível porque os membros têm por hábito imitar o que os outros dizem. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Papéis e canetas para as anotações do facilitador. Recursos didáticos para o facilitador: • Ficha 01. Formulário de Inquérito / Questionário grupal para o conhecimento do grupo cooperativo.

Actividade 3.4. Estudo dos documentos da Cooperativa (se existem): Acta de constituição, estatutos, caderno de contas, registos de membros entre outros (Só no caso de Cooperativas com Actas de Constituição e Estatutos). Observar e analisar os documentos ponto por ponto para esclarecer certas falhas caso existam, fazer observações e perguntas ao grupo para a sua clarificação (fichas de Registo, nomes dos membros actualizados...) 15 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Papéis e canetas para as anotações do facilitador. Tarefas ao fim da sessão ou Módulo: • No caso de não haver completado o diagnóstico durante as 3 sessões do Módulo 0, solicitar as informações necessárias ao grupo. Tarefa do Módulo 0. No caso de ser Cooperativa com as Actas de Constituição e Estatutos, solicitar a documentação.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

• FASE FORMAÇÃO • MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA APRESENTAÇÃO Este módulo ajuda a sensibilizar e a transmitir a necessidade de unir forças e recursos e as vantagens de trabalhar de forma associativa em uma cooperativa, de forma que beneficie ao produtor individual em um curto, médio e longo prazo.

MÊS

Mês 1

Mês 1

Mês 2

11

12

13

14

15

16

17

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SESSÃO 17. Aspectos práticos para a Cooperativa

9

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

SESSÃO 16. Troca de Experiências

10

19

20

6 SEMANAS

11 SEMANAS 3

REGISTROS Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/ Revisão dos Estatutos

8

SESSÃO 14. Registros de Venda

7

SESSÃO 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios

6

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA

SESSÃO 12. Registro de destino da produção

5

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO

SESSÃO 11. Registros de produção

SESSÃO 8. A planificação do serviço

2

FASE DE LEGALIZAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO SESSÃO 10. Os conceitos

SESSÃO 7. O conceito de serviço

4

3 SEMANAS 1

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SEMANAS OU DIAS

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

DURAÇÃO

FASE DE FORMAÇÃO MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

SESSÕES

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

FASE PREPARATÓRIA

MÓDULOS

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

FASES

Mês 3

Mês 4

Mês 4

18 Mês 5

Fonte: elaboração própria

Os resultados do aprendizado esperados por parte dos participantes desse módulo são: •

O grupo entende as vantagens do trabalho em grupo.

O grupo sabe que é verdadeiramente uma cooperativa.

O grupo conhece os direitos e deveres dos membros, as suas necessidades e as suas funções.

O grupo sabe diferenciar os tipos de cooperativas e as distintas funções ou perfis profissionais que podem ter alguns dos seus membros.

O organograma da futura Cooperativa será desenhado.

Os perfis profissionais necessários na cooperativa serão descritos para trabalhar no Módulo 2.

Os inquéritos das necessidades dos membros são distribuídos para ser analisados no seguinte módulo.

Para isso, se utilizará a apresentação do programa formativo intitulada Módulo 1. “Entendendo uma cooperativa”. Este módulo contempla três sessões: •

Sessão 4. O porquê de uma cooperativa.

Sessão 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas.

Sessão 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais.

A continuação, se resume o seguinte quadro, o Guia Plano de Formação Módulo 1, os tempos, as actividades, técnicas e ferramentas para cada sessão formativa.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA


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TABELA 5. GUIA PLANO DE FORMAÇÃO MÓDULO 1 MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA Objectivos: • Entender o que é uma cooperativa: conceitos, características e vantagens do trabalho em grupo e os direitos e deveres dos membros. • Conhecer os tipos de cooperativas e as funções e perfis professionais que podem ter os membros • Retos de uma cooperativa • Governo e gerência económica das cooperativas Duração: 3 semanas MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Mês 1 Semana 4

60

Dia 4

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

4.1

Revisão do Resumo aprendido na Fase Preparatória.

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu no Módulo 0, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 0.

4.2

Conhecer o que é Explique verdadeiramente uma cooperativa.

Com ajuda do Power Point o facilitador 40 min apresentará o Índice do Programa formativo do Módulo 1. É importante o facilitador não se apegar muito no Power Point, isto é, para dar confiança aos participantes. Ele deve preparar bem a formação muito antes de apresentar, sem se esquecer de motivar os participantes com uma história ou canção.

Materiais: Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) até os Princípios básicos duma cooperativa.

4.3

Refletir sobre os princípios cooperativos e o seu significado.

Dividir em seis grupos e entregar a cada um princípio das cooperativas. Durante 5 minutos devem discutir que acham que isso implica. Se expõe em plenária as conclusões obtidas por cada grupo.

1h

Materiais: Um cartão com cada princípio. Flip-chart e marcadores. Papel e canetas para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa”” (PPT nº1).

4.4

Revisar os Explique princípios e o seu significado em plenária.

Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará a explicação dos princípios básicos completando ou reforçando as informações resultado do trabalho do grupo. Esta actividade pode se fazer simultaneamente com a discussão em plenária resultado do trabalho do grupo.

15 min

Materiais: Flip -chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1.

4.5

Refletir sobre o Chuva de Brain storming sobre as diferenças de trabalhar trabalho individual Ideias /Grupo/ individualmente ou numa cooperativa. e o trabalho Explique Tem que se responder a duas perguntas: (1) do grupo e a Quais são as diferenças entre trabalhar sozinho natureza das e numa cooperativa? (2) Que pode fazer por um cooperativas. membro uma cooperativa? As respostas da segunda pergunta se escrevem em pequenos cartazes e se dividem em aquelas de impacto social e aquelas de impacto económico. Explica-se a dualidade da natureza das cooperativas.

40 min

Materiais: Cartazes recortados para escrever com cada princípio. Flip-chart, marcadores, papel e canetas para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa”” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) a parte da natureza das cooperativas.

Grupo

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

30 min

Materiais: Flip-chart, marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: Apresentação da metodologia e conteúdos do programa (PPT nº0. Apresentação do Programa) Tabela 1. Programa de formação de fortalecimento cooperativ.o Tabela 5. Guia Plano de formação Modulo 1.


MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

Mês 2 Semana 5

Dia 5

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

25 min

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

4.6

Refletir a partir Discussão dos CASO PRÁTICO: A VALA DE ÁGUA DA EKOLELO dum caso prático casos/Outras DO SAGRADO: A cooperativa aqui cumpriu uma sobre a natureza experiências. labor social e outra económico. económico e social das cooperativas.

4.7

Concluir com a definição de cooperativa.

Explique

Uma cooperativa é... 20 min ”Um grupo de pessoas que se associam voluntariamente para formar uma empresa democraticamente gerida que pretende conseguir uns objetivos sociais e económicos e culturais comuns”.

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

SESSÃO 5. 5.1 Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

Revisão do aprendido na sessão anterior.

Resumo

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: • Princípios da cooperativa/natureza da cooperativa/que é uma cooperativa.

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

5.2

Definir o que é o membro na cooperativa.

Pergunte/ Num primeiro momento o facilitador vai perguntar 30 min Ouça/Explique aos membros do grupo a definição de membro duma cooperativa, onde cada um fala sobre isto por suas palavras. Tendo em conta as respostas o facilitador vai ligar com a explicação apoiado por o Power Point Explicar: A cooperativa é uma organização económica cujo centro é o membro.

5.3

Refletir sobre os Chuva de direitos e deveres Ideias/ dum membro da Explique cooperativa.

5.4

Refletir a partir dum caso prático sobre os membros e os seus direitos e deveres.

5.5

Definir e entender Explique/ os tipos de Grupo cooperativas.

Chuva de ideias sobre os direitos e deveres dos membros. Ao fim explica-se com ajuda do Power Point.

10 min

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ””Entendendo uma cooperativa”” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) a parte da definição do que é um membro duma cooperativa.

30 min

Materiais: Cartazes recortados para escrever. Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

Discussão dos O facilitador apresenta o caso prático: A adesão 30 min casos/Outras dos membros na cooperativa Ekolelo de Bailundo. experiências O facilitador deve esclarecer a diferença entre direitos e deveres, porque os membros vão achar que ter direitos é receber tudo sem prestar contas, descodificar este tipo de direitos para não entenderem como ofertas de meios.

Materiais: Cartazes recortados para escrever. Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

Com ajuda do Power Point o facilitador explica os tipos de cooperativas: As cooperativas caracterizam-se por dar serviços aos seus membros. Dependendo do tipo dos serviços que elas prestam temos diferentes tipos de cooperativas. Trabalho de grupo: A continuação dividimos a turma em quatro grupos e assignamos um tipo de cooperativa a cada um. Eles tem que definir qual é a função dessa cooperativa e destacar as vantagens e desvantagens de cada tipo de cooperativas. Em que acham que podem ajudar e em que acham que podem ter complicações.

30 min

Materiais: Um cartão ou flip-chart para cada grupo, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) os tipos de cooperativas.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA


CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar. GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Mês 2 Semana 6

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Dia 6

SESSÕES DE FORMAÇÃO

SESSÃO 6. As 6.1 estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO Revisão do aprendido na sessão anterior.

Resumo

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: Os membros e os tipos de cooperativas.

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

10 min

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

6.2

Definir qual é Explique a estrutura e organograma duma cooperativa.

Explicar as estruturas das cooperativas e os seus 50 min organogramas. Com ajuda do Power Point o facilitador apresenta um exemplo de organograma: Organograma da Cooperativa Ngove.

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) a parte dos Organogramas.

6.3

Refletir sobre a Grupo estrutura e um organograma da cooperativa de acordo ao tipo de cooperativa.

Com os tipos de cooperativas trabalhados na sessão anterior, os mesmos grupos devem fazer o desenho do organograma necessário para o funcionamento destes tipos de cooperativas. Que pessoas são necessárias para que estas cooperativas funcionem? Se expõe em plenária as conclusões obtidas por cada grupo. Após a plenária o facilitador ajudado pelo Power Point e as conclusões da plenária explica.

Materiais: Um cartão ou flip-chart para cada grupo, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa”” (PPT nº1).

6.4

Conhecer e refletir sobre as funções e os perfis profissionais dos membros duma cooperativa.

Explique/ Grupo

Primeiramente o facilitador deve explicar o 1 hora que são os perfis profissionais, são os perfis dos trabalhadores duma cooperativa com funções específicas diferenciadas de qualquer outro membro. Estes perfis profissionais estão relacionados com o serviço ou trabalho específico que vai realizar a cooperativa. Com ajuda do Power Point o facilitador explica as funções e os perfis profissionais. Trabalho do grupo: Com os mesmos grupos que trabalharam na sessão anterior. Cada grupo escolhe um perfil profissional ligado aos serviços e preenche a ficha ou recurso didático 1.1 Perfis profissionais.

Materiais: Um cartão ou flip-chart para cada grupo, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ””Entendendo uma cooperativa”” (PPT nº1). Documentos e recursos didáticos a entregar ao grupo: Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) os tipos de cooperativas. Entregar recurso didático Ficha 1.1 Folha em branco para preencher os Perfis Profissionais da Cooperativa.

6.5

Conhecer e refletir sobre os perfis profissionais duma cooperativa e as necessidades da formação.

Explique

Explicar a necessidade da formação dos perfis profissionais.

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

50 min

30 min


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

SESSÕES DE FORMAÇÃO

6.6

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO Preparar as Explique tarefas do grupo de trabalho, organograma e necessidades dos membros para apresentar na seguinte sessão do Módulo 2.

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

Explicar as tarefas a realizar pela cooperativa 40 min ao fim do Módulo 1 e apresentar nas sessões do Módulo 2. TAREFAS A REALIZAR PELA COOPERATIVA AO FIM DO MÓDULO 1: Tarefa 1: Desenhar o organograma da cooperativa Tarefa 2: Preencher as folhas de funções e dos perfis profissionais da cooperativa Tarefa 3: Realizar inquéritos sobre necessidades dos membros.

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO Materiais: Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ””Entendendo uma cooperativa”” (PPT nº1). Documentos e recursos didáticos a entregar ao grupo: • Ficha 1.1. Folha dos Perfis profissionais. Uma cópia em branco para cada perfil, entregar não mais de 4-5 vias. • 1.2. Tarefas a realizar pela cooperativa ao fim do Módulo 1: T1. Desenhar o organograma da cooperativa. T2. Preencher as fichas dos perfis profissionais da cooperativa. T3. Preencher o inquérito por membro do análise dos serviços da cooperativa e as suas necessidades. Entregar ao responsável da cooperativa as 3 tarefas mais importantes a realizar. Entregar flip-chart para o organograma. • Ficha 1.3. Inquérito de necessidades dos membros.

Fonte: Elaboração própria

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)


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MÊS 1 / SEMANA 4

SESSÃO 4. O porquê de uma cooperativa

Actividade 4.1. Revisão do aprendido na fase preparatória Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu no Módulo 0, com ajuda do caderno e das anotações do módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores. O facilitador vai estar a maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 0. O facilitador deve tentar: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

• Abranger a todos os participantes que participaram no módulo anterior e assegurar que compreendem os objectivos. É importante assegurar que as pessoas que estiveram no módulo 0 sejam as mesmas a fazer parte do módulo 1 para evitar transtornos na aprendizagem. • Revisar a importância da formação em cooperativismo e as vantagens. • Insistir que os objectivos do programa são de formação e não tem a ver com nenhuma doação. • Resumo do diagnóstico realizado com as principais características do grupo/ associação/cooperativa, aspectos organizativos, produtivos, comercialização (ajudar-se do quadro de resultado do Módulo 0). 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Apresentação da metodologia e conteúdo do programa (PPT nº0. Apresentação do Programa). • Tabela 1. Programa de formação de fortalecimento cooperativo. • Tabela 5. Guia Plano de Formação Módulo 1. Este plano será adaptado pelo facilitador.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 4.2. Conhecer o que é verdadeiramente uma cooperativa Explique Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará o Índice do Programa formativo do Módulo 1. É importante o facilitador não se apegar muito no Power Point, isto é, para dar confiança aos participantes. Ele deve preparar bem a formação muito antes de apresentar, sem se esquecer de motivar os participantes com uma história ou canção. 40 minutos Materiais:

Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) até os Princípios básicos duma cooperativa.

Actividade 4.3. Refletir sobre os princípios cooperativos e o seu significado. Grupo Dividir em seis grupos e entregar a cada um princípio das cooperativas. Durante 5 minutos devem discutir o que acham que isso implica. Se expõe em plenária as conclusões obtidas por cada grupo. 60 minutos Materiais: • Flip -chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. • Um cartão com cada princípio. Papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

• Flip -chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador.


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Actividade 4.4. Revisar os princípios e o seu significado em plenária. Explique Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará a explicação dos princípios básicos completando ou reforçando as informações resultado do trabalho do grupo. Esta actividade pode se fazer simultaneamente com a discussão em plenária, resultado do trabalho do grupo. 15 minutos Materiais: • Flip -chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

• Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1) Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1).

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 4.5. Refletir sobre o trabalho individual, o trabalho do grupo e a natureza das cooperativas. Chuva de Ideias/Grupo/Explique Chuva de ideias sobre as diferenças de trabalhar individualmente ou em uma cooperativa. Tem que se responder a duas perguntas: (1) Quais são as diferenças entre trabalhar sozinho e em uma cooperativa? (Chuva de ideias) Depois da chuva de ideias explicam-se casos reais da própria experiência do facilitador, histórias de pessoas que de tanto desconfiar de outros acabaram vendendo sozinhos e a preços muito baixos. (2) O que uma cooperativa pode fazer para um membro?

Ao fim explica-se a dualidade da natureza das cooperativas: a natureza económica e social (slide 6, “O Porquê duma cooperativa”). A natureza da cooperativa: As cooperativas têm uma natureza dupla que lhes faz actuar em dois âmbitos determinados: • Natureza económica: A cooperativa deve obter lucros e prestar serviços para os membros (escoamento colectivo, armazenamento, crédito, produção colectiva) TUDO PARA FAZER DINHEIRO! Mas não só: • Natureza social: A cooperativa deve também se preocupar com os problemas da comunidade e tentar solucioná-los (resolver problemas da comunidade: latrinas, construção de adobes para uma escola). 40 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Cartazes recortados para escrever o que pensam os membros que pode fazer uma cooperativa. Papel e canetas para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) a parte da natureza das cooperativas.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

As respostas da segunda pergunta se escrevem em pequenos cartazes e se dividem em aquelas de impacto social e aquelas de impacto económico.


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Actividade 4.6. Refletir a partir de um caso prático sobre a natureza económica e social das cooperativas. Discussão dos casos / Outras experiências O facilitador apresenta o caso prático: CASO PRÁTICO: A VALA DE ÁGUA DA EKOLELO DO SAGRADO: A cooperativa Ekolelo dependia duma vala de água que abastecia a aldeia. Esta vala, devido às ravinas partiu-se e a comunidade ficou sem acesso a água. A água era muito importante tanto económica como socialmente (servia para fazer blocos e para rega). A cooperativa reuniu a todos os membros da aldeia e conseguiu que todos aportassem um dinheiro para comprar material e arranjar a vala. A cooperativa aqui cumpriu um labor social e outro económico.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

25 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”.

Actividade 4.7. Concluir com a definição de cooperativa. Explique Com todos estes dados concluímos que definição de cooperativa é: “Um grupo de pessoas que se associam voluntariamente para formar uma empresa democraticamente gerida que pretende conseguir uns objectivos sociais e económicos e culturais comuns”. 20 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1)

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MÊS 2 / SEMANA 5

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

Actividade 5.1. Revisão do aprendido na sessão anterior Resumo Em resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se é preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior:

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Princípios da cooperativa/natureza da cooperativa/que é uma cooperativa. 10 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

Actividade 5.2. Definir o que é o membro na cooperativa Pergunte/Ouça/Explique Em um primeiro momento o facilitador vai perguntar aos membros do grupo a definição de membro duma cooperativa, onde cada um deve falar sobre isto com as suas palavras. Tendo em conta as respostas, o facilitador vai ligar com a explicação apoiado pelo Power Point. Explicar que a cooperativa é uma organização económica cujo centro é o membro: • Os donos da cooperativa são os membros, já que eles sustentam economicamente a cooperativa já que “a Assembleia geral é o máximo órgão de decisão da cooperativa”. • Os chefes da cooperativa são os membros: já que são os membros quem tem o poder de escolher ou de exonerar aos líderes da cooperativa. • A directiva da cooperativa deve responder às necessidades dos membros, e tem a capacidade de liderar os caminhos e decisões tomados pelos membros. Tem que haver uma boa explicação sobre a constituição da junta directiva, o facilitador deve esclarecer que na cooperativa não há chefe, mas sim líder. A expressão do chefe intimida outros membros e isto lhes isola em participar das decisões no grupo.

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30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) a parte da definição do que é um membro duma cooperativa.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Actividade 5.3. Conhecer o contexto do grupo de trabalho e as suas relações com outros membros da sua aldeia, comuna, relações com líderes comunitários, igreja, administrações, instituições governamentais, outras associações cooperativas, comerciantes intermediários, etc. Chuva de Ideias /Explique Chuva de ideias sobre os direitos e deveres dos membros. Ao fim explica-se com ajuda do Power Point “Quero ser membro, mas que obrigações e direitos tenho por ser membro?”. Os direitos e os deveres dos membros: DIREITOS

DEVERES

• Direito a participar das decisões da cooperativa. • Direito a votar e escolher a equipa directiva.

• Dever de participar nas decisões da cooperativa.

• Direito de se beneficiar dos serviços da cooperativa em condições preferenciais frente aos não membros.

• Dever de cumprir com o pagamento das quotas.

• Direito a estar informado das decisões da equipa directiva.

30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Cartazes recortados para escrever o que pensam os membros dos direitos e deveres. Papel e canetas para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 5.4. Refletir a partir de um caso prático sobre os membros e os seus direitos e deveres. Discussão dos casos/Outras experiências O facilitador apresenta o caso prático:

O facilitador deve esclarecer a diferença entre direitos e deveres, porque os membros vão achar que ter direitos é receber tudo sem prestar contas, descodificar este tipo de direitos para não entenderem como ofertas de meios. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1).

Actividade 5.5. Definir e entender os tipos de cooperativas. Explique/Grupo Com ajuda do Power Point o facilitador explica: Tipos de cooperativas: As cooperativas caracterizam-se por dar serviços aos seus membros. Dependendo do tipo dos serviços que elas prestem as cooperativas podem ser: cooperativa de vendas, de compra e venda de insumos, crédito e poupança ou cooperativa de produção Trabalho de grupo: A continuação se divide a turma em quatro grupos e se designa um tipo de cooperativa a cada um. Eles têm que definir qual é a função dessa cooperativa e destacar as vantagens e desvantagens de cada tipo de cooperativas. Eles precisam definir o que acham que pode ajudar e em que acham que pode ter complicações. Se expõe em plenária as conclusões obtidas por cada grupo.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

A adesão dos membros na cooperativa Ekolelo de Bailundo: A cooperativa Ekolelo tem 208 membros e o principal serviço que presta aos seus membros é a produção colectiva. Para esta produção requer dos trabalhos de todos os membros nas lavras comunitárias. Um dia por semana todos os membros se reúnem para trabalhar nas diferentes culturas. Neste dia participam o chefe de produção e o secretário. O secretário está encarregado de registar todas as pessoas que participam. Mais tarde verificam as faltas dos membros e comunicam a estes a falta. Os membros que não conseguiram trabalhar podem fazê-lo no dia seguinte ou terão que pagar uma multa de 300kz que vai para a caixa comunitária. Com este método a Ekolelo consegue trabalhar as lavras e arrecadar receitas para a cooperativa.


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Após da plenária o facilitador ajudado pelo Power Point e as conclusões da plenária explica: 1. Cooperativa de vendas ou escoamento colectivo:: São aquelas cooperativas que prestam aos seus membros o serviço de escoamento de produtos. Estes tipos de cooperativas podem ou não ter transportes próprios. Caracterizam-se por ter um bom conhecimento do mercado e tentam criar uma rede comercial que permita o escoamento dos produtos tanto dos membros como das lavras colectivas da própria cooperativa. Exemplo: Cooperativa SIMA (Andulo-Bié) vendeu colectivamente tanto em Malanje como em Nharea, principalmente repolho. Para isto fez contactos em ambas localidades. 2. Cooperativa de compra venda de insumos agrários: São aquelas cooperativas que prestam aos seus membros o serviço de trazer ou aproximar os insumos agrários (sementes, fertilizantes, fungicidas...). Estas cooperativas compram insumos a grande escala e vendem aos seus membros. As principais dificuldades encontram-se no transporte e no armazenamento dos produtos. Exemplo: Chipipa-Huambo Cooperativa - Faça tudo pelo tempo: que instalou uma loja para venda de insumos agrários aos membros.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

3. Cooperativas de Crédito e Poupança: São cooperativas que prestam aos seus membros o serviço de acesso ao crédito e à poupança. Em Huambo tem-se articulado através das caixas comunitárias de crédito. Estas caixas emprestam dinheiro aos seus membros para actividades agrícolas ou não agrícolas. Além, estas cooperativas apresentam a possibilidade de guardar as poupanças dos membros a câmbio duma taxa de juro que beneficia ao poupador. Exemplo: Cooperativa Nova Esperança de Ngove, recebeu um primeiro crédito de 500.000 akz e criaram uma equipa de gestão para dar crédito aos membros. O banco ganhou confiança e receberam mais um crédito de 700.000 akz. Agora vão receber um novo crédito para compra de gado bovino. 4. Cooperativas de produção: São cooperativas que prestam aos seus membros. Geralmente usam lavras da própria cooperativa que são trabalhadas pelos membros. Neste processo aprendem novas práticas e a cooperativa se beneficia de mão de obra para obter alguns lucros para a caixa da cooperativa. Os rendimentos destas lavras são repartidos para a cooperativa e para os seus membros. Exemplo Cooperativa Omunga de Catabola-Bié: Eles conseguiram produzir 3 hectares de soja. As Cooperativas também podem ser multisserviço e prestar mais de um serviço para os seus membros: Serviço de produção colectiva e treinamento em melhores práticas agrárias. 2 horas Materiais: • Um cartão ou Flip-chart para cada grupo, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Apresentação do Programa (PPT nº0). Power Point Módulo 1. “Entendendo uma cooperativa”. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) os tipos de cooperativas.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÊS 2 / SEMANA 6

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

Actividade 6.1. Revisão do aprendido na sessão anterior Resumo No resumo, todos os participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um absorveu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores. O facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: Os membros e os tipos de cooperativas.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

10 minutos. Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”.

Actividade 6.2. Definir qual é a estrutura e organograma de uma cooperativa. Explique As estruturas das cooperativas e os seus organogramas devem estar orientados à prestação de serviços para os seus membros. É muito importante que existam órgãos directivos que consigam prestar os serviços eficazmente aos membros. Além destes órgãos, devem ter descritos os postos necessários e as suas funções. O organograma de uma cooperativa em geral poderia ser:

A ESTRUTURA DUMA COOPERATIVA

Assembeia geral

Direcção

Directores de área

Conselho fiscal

Tesoureiro/a

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Com ajuda do Power Point o facilitador apresenta um exemplo de organograma: EXEMPLO: Organograma da Cooperativa Ngove. A Cooperativa Ngove presta dois serviços aos seus membros. O primeiro é a caixa comunitária de crédito. Por este motivo a cooperativa criou um órgão capaz de gerir a caixa comunitária. Além disso, definiu as funções dentro desta comissão: um director da caixa comunitária, um tesoureiro e um gestor de crédito, postos que vão facilitar a gestão da caixa e obter os resultados esperados. O segundo serviço é a produção colectiva e a formação técnica dos seus membros através de escolas de campo. Por isso a cooperativa criou o posto de Chefe de produção, que responde à todas as questões produtivas. 50 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

• Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) a parte dos Organogramas.

Actividade 6.3. Refletir sobre a estrutura e um organograma da cooperativa de acordo ao tipo de cooperativa. Grupo Com os tipos de cooperativas trabalhados na sessão anterior, os mesmos grupos devem fazer o desenho do organograma necessário para o funcionamento desses tipos de cooperativas. Que pessoas são necessárias para que estas cooperativas funcionem? Deve ser lembrado que as pessoas que podem fazer parte da junta directiva, são aquelas que não têm muitas funções na comunidade, devem ser pessoas influentes, respeitadas na comunidade, mas é importante evitar que o poder fique sempre na mesma família. É necessário trabalhar com pessoas interessadas, motivadas e disponíveis. Se expõe em plenária as conclusões obtidas por cada grupo. O facilitador ajuda na compreensão dos organogramas. 50 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Um cartão ou Flip-chart para cada grupo, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 6.4. Conhecer e refletir sobre as funções e os perfis profissionais dos membros de uma cooperativa. Explique/ Grupo Primeiramente o facilitador deve explicar o que são os perfis profissionais, são os perfis dos trabalhadores duma cooperativa com funções específicas diferenciadas de qualquer outro membro. Esses perfis profissionais estão relacionados com o trabalho específico que vai realizar a cooperativa. Por exemplo, no caso duma cooperativa que está a vender sementes um perfil profissional é “o moço ou fiel responsável do armazém”, no caso de uma cooperativa com moagem ou desfareladora o responsável é o operador da moagem. Estas pessoas não têm que ter necessariamente relação com a Junta Directiva da cooperativa, não tem que ser as mesmas pessoas. A sua responsabilidade e competência irão repercutir no sucesso da cooperativa. Estes postos devem ser bem descritos para poder ajudar na escolha das pessoas que se adaptem às características descritas. Para isto deve se trabalhar num perfil profissional adaptado a cada função. Estes perfis devem descrever: 1- Objectivos do posto. 2- Tarefas e responsabilidades exigidas pela função a desempenhar. 3- Qualidades necessárias para o posto. 4- Tempo exigido para desempenhar as funções do cargo. 5- Meios necessários para realizar as funções. Um aspecto importante a considerar é que: As mulheres não podem ficar de fora das estruturas das cooperativas porque: 1- Formam parte da actividade agrária produtiva. 2- Formam parte da gestão diária das economias domésticas. 3- Conhecem as dinâmicas dos mercados informais. A continuação, é necessário criar um perfil profissional por cada função chave da equipa de gestão da cooperativa: chefe de produção, chefe de vendas, chefe de armazém... Para assim poder ter uma ideia clara das necessidades e conseguir uma melhor gestão. Para isto, existe uma ficha criada pela CODESPA que serve para identificar e descrever os pontoschave de cada posto. Quanto mais concretos sejam na descrição do posto, mais acertada estará a escolha da pessoa que realiza essa função. Uma vez que esteja criado o perfil da função deve-se escolher a pessoa que melhor se adapte às condições do posto. Trabalho do grupo: Com os mesmos grupos que trabalharam na sessão anterior. Cada grupo escolhe um perfil profissional ligado aos serviços e preenche a ficha, Ficha 1.1. Folha para preencher os perfis profissionais da cooperativa (O facilitador faz tantas vias como forem necessárias para a realização desta actividade).

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Com ajuda do Power Point o facilitador explica as funções e os perfis profissionais.


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Além disso, deverá fazer em função das necessidades do perfil um programa de formação para esta pessoa. Se expõe em plenária as conclusões obtidas por cada grupo. O facilitador ajuda na compreensão dos perfis.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Após da plenária o facilitador ajudado por o Power Point e as conclusões da plenária explica e faz compreender as características dos perfis profissionais mais importantes da cooperativa: Nº

MEMBROS

PERFIL

1

Presidente

Tem que ser uma pessoa disponível, com grande espírito de liderança, alguém que saiba ler e escrever correctamente português. Alguém honesto, transparente, humilde, respeitado na comunidade e que também respeita as pessoas.

2

Vice-Presidente

Sendo substituto do presidente na sua ausência neste caso deve reunir os mesmos requisitos.

3

Secretário

Tem de ser uma pessoa dinâmica, que escreva e leia bem umbundu e português, alguém que não tenha muitos cargos na comunidade, que deve separar as suas actividades para evitar conflitos de papéis, disponível para todos os momentos que for preciso a atender as questões da cooperativa. Uma pessoa amada pela sua comunidade.

4

Tesoureiro

Alguém de boa família, residente, humilde, desinteressada em desviar os fundos da comunidade, solidário e carismático acima de tudo, alguém que dispõe de certos bens para evitar apropriação dos bens da comunidade.

5

Chefe de Produção

Alguém que tenha conhecimentos na área da agricultura, se for facilitador de escola de campo melhor, para o acompanhamento técnico das culturas. Tem de ser honesto e humilde, disponibilidade a todo tempo para a cooperativa.

6

Fiel de Armazém

Alguém com conhecimento mínimo de contabilidade ou do uso de fichas de registos, dinâmico, atencioso e respeitado pelos membros.

7

Gerente de vendas

Alguém transparente, desinteressado, solidário, dinâmico, humilde e lúcido e flexível com as contas.

8

Fiscal

Uma pessoa idônea, antipaternalista, com bom espírito de liderança, firme nas suas decisões e convicto com o que faz e acima de tudo rigoroso.

9

Membro em geral

Alguém residente, com capacidade de aprender e ensinar, disponível, disposto a cumprir com as regras da cooperativa.

1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Um cartão ou Flip-chart para cada grupo, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº1) os tipos de cooperativas. • Entregar Recurso didático 1.1 Folha em branco para preencher os Perfis Profissionais da Cooperativa.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 6.5. Conhecer e refletir sobre os perfis profissionais de uma cooperativa e as necessidades da formação. Explique Explicar a necessidade de formação dos perfis profissionais: A cooperativa deve criar um plano de formações para as equipas de gestão adaptadas às necessidades determinadas nos perfis profissionais Nesta altura é muito importante identificar as necessidades de formação das pessoas escolhidas para cobrir os postos. Uma vez identificadas as necessidades de formação devem se procurar alternativas para formar às pessoas: 1- CODESPA (ou a organização que está a realizar o Programa) pode ajudar nos labores de formação dos membros da equipa directiva.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

2- Podemos acudir a alguma cooperativa amiga que saibamos que tem experiência na área em que temos necessidades formativas. 3- Podemos acudir ao mercado e contratar um curso de formação. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT n1).

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CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar. GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

Actividade 6.6. Preparar as tarefas do grupo de trabalho abaixo indicadas para apresentar na seguinte sessão do Módulo 2. Explique Explicar tarefas abaixo indicadas. TAREFAS A REALIZAR PELA COOPERATIVA AO FIM DO MÓDULO 1: Tarefa 1: Desenhar o organograma da cooperativa 1. A cooperativa deve ter claro qual é a estrutura organizativa da mesma. Para isto deve desenhar um organograma que represente os órgãos que compõem a cooperativa. Por exemplo uma cooperativa poderia ter uma Assembleia Geral, um Conselho fiscal e um Comité de Direcção. Tem que ser desenhado o organograma que nestes momentos funciona na cooperativa. Exemplo:

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

Assembeia geral

Direcção

Comissão de gestão da Caixa Comunitaria

Conselho fiscal

Chefe de produção

2. A cooperativa deve analisar os serviços que actualmente presta aos membros (formação técnica, produção colectiva, escoamento colectivo de produtos...). 3. A Directiva da cooperativa deve refletir sobre se acha que a estrutura organizativa da cooperativa responde ou não aos serviços que presta e deve pensar se deveria criar algum órgão para melhorar a prestação dos serviços. Podem pôr nesta mesma folha os resultados da sua reflexão e na seguinte o desenho do organograma. Esta tarefa deve ser partilhada com o facilitador responsável do Programa de Fortalecimento Cooperativo (ou a organização que está a realizar o Programa), num período de 15 dias após a formação. Tarefa 2: Preencher as folhas dos perfis profissionais da cooperativa 1. Uma vez definido o organograma da cooperativa. A Directiva da mesma deverá identificar quais são os postos mais importantes para prestar os serviços aos membros, por exemplo, chefe de produção, responsável da moagem. Deverá, conjuntamente com o resto da directiva, refletir sobre as condições necessárias para poder realizar com sucesso as tarefas deste posto. Para isto deverá preencher uma ficha de perfil profissional da cooperativa por posto (Ficha 1.1) com tantas funções como considere oportuno. 2. Quando os perfis estiverem preenchidos, a directiva da cooperativa deve comparar os perfis com as pessoas que actualmente ocupam essas funções (se existem) para definir as necessidades de formação das pessoas. Estas fichas devem ser partilhadas com o facilitador responsável do Programa de Fortalecimento Cooperativo (ou a organização que está a realizar o Programa), em um período de 30 dias após a formação).

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Tarefa 3: Realizar inquéritos sobre necessidades dos membros Para preparar o segundo módulo formativo: Prestações de serviços nas cooperativas, as directivas das cooperativas devem ser conscientes das necessidades dos membros. Para isto propomos um breve questionário o Inquérito de necessidades dos membros (Ficha 1. 3) que deve ser entregue à aos menos 25 membros da cooperativa. Estes membros têm que representar a toda a cooperativa, pelo que tem que haver entre eles pessoas jovens, idosos, homens e mulheres. O mais importante para o sucesso do inquérito é explicar bem o objectivo do mesmo: ADAPTAR OS SERVIÇOS ÀS NECESSIDADES DOS MEMBROS E MELHORAR A CAPACIDADE DAS COOPERATIVAS. E o mais importante é que os membros têm que entender que estas necessidades devem ser resolvidas por eles mesmos (com a sua contribuição económica também) sem intervenções externas (doações e coisas semelhantes). Em primeiro lugar a directiva deve explicar aos membros participantes do inquérito os tipos de serviços que podem ser prestados e aspectos a clarificar no Módulo 2. Exemplo: (1) escoamento de produtos, (2) compra-venda de insumos, (3) facilitação de crédito, (4) produção comunitária e (5) armazenamento. Uma vez bem explicado isto, deve explicar também cada uma das perguntas e como estas devem ser respondidas: Pergunta 1: As pessoas devem colocar em ordem de preferência os serviços que preferem receber da cooperativa. Por exemplo: Ordem de importância Escoamento colectivo de produtos Acesso ao crédito Compra-venda de insumos agrários (fertilizantes, sementes) Produção colectiva (lavras comunitárias) Apoio técnico para melhorar as técnicas agrárias Armazenamento Outros… escrever qual Neste caso o membro considera que o principal serviço deve ser o escoamento de produtos, seguido da compra-venda de insumos agrários. Pergunta 2: Nesta pergunta o membro deverá colocar uma “X” no quadro dos serviços que actualmente a cooperativa presta. Pergunta 3: Nesta pergunta os membros avaliarão a sua conformidade com os serviços prestados pela cooperativa. Para isto, só deverão responder naqueles quadros dos serviços que presta a cooperativa. Se colocar um 1 quer dizer que está muito satisfeito, se for um 2 quer dizer que está simplesmente satisfeito e se for um 3, pouco satisfeito com o serviço prestado. Por exemplo: Esta resposta corresponderia a uma cooperativa que presta os serviços de Escoamento colectivo de produtos, serviço onde o membro está muito satisfeito, e produção colectiva, serviço com que o membro está pouco satisfeito. Pergunta 4: Quais são os dois principais problemas que afrentas nas lavouras que não permitem melhorar a produção? Pode ser respondida à vontade pelo membro, sem restrições de nenhum tipo. Pergunta 5: Em que achas que poderia melhorar a cooperativa? Pode ser respondida à vontade pelo membro, sem restrições de nenhum tipo. Esta tarefa deve ser partilhada com o facilitador responsável do programa de fortalecimento cooperativo na sessão seguinte na actividade 7.5 sobre priorização dos serviços.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

O inquérito deve ser anónimo, ninguém tem que escrever o seu nome na folha do inquérito.


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40 minutos Materiais: Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa”. Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel para entregar ao grupo para fazer as tarefas das suas cooperativas: • Ficha 1.1 Folha para preencher os Perfis profissionais da cooperativa (Uma cópia em branco para cada perfil, entregar não mais de 4-5 vias).

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 1

• 1.2 Tarefas a realizar ao fim do Módulo 1: Desenhar o organograma da cooperativa, preencher as fichas dos perfis profissionais da cooperativa, preencher o inquérito por membro da análise dos serviços da cooperativa e as suas necessidades. Entregar ao responsável da cooperativa as 3 tarefas mais importantes a realizar. Entregar Flip-chart para o organograma. • Ficha 1.3 Inquérito de necessidades dos membros. Entregar 1 cópia a pelo menos 25 membros do grupo/cooperativa.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS APRESENTAÇÃO Este módulo ajuda a sensibilizar e transmitir a necessidade de unir forças e recursos, e as vantagens de trabalhar de forma associativa em uma cooperativa, de forma que beneficie o produtor individual no curto, médio e longo prazo. TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA

1

2

3

4 Mês 1

5

6

7 Mês 2

8

9

Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

REGISTROS

19

20

6 SEMANAS

11 SEMANAS

Mês 1

SESSÃO 17. Aspectos práticos para a Cooperativa

SESSÃO 16. Troca de Experiências

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/ Revisão dos Estatutos

SESSÃO 14. Registros de Venda

SESSÃO 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios

SESSÃO 12. Registro de destino da produção

SESSÃO 11. Registros de produção

SESSÃO 10. Os conceitos

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 8. A planificação do serviço

SESSÃO 7. O conceito de serviço

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO

10

11

12

Mês 3

13

14 Mês 4

15

16 Mês 4

17

18 Mês 5

Fonte: Elaboração própria

Os resultados do aprendizado esperados por parte dos participantes deste módulo são: •

O grupo entende o que é o serviço de uma cooperativa que decide e planifica quais são os serviços prioritários para a sua cooperativa.

O grupo entende a importância de destacar a comercialização agrupada como fundamental para todas as cooperativas e outros serviços complementários (banco de sementes, grupos de crédito...)

O grupo define os serviços já prestados pela sua cooperativa e os serviços a prestar no futuro.

O grupo sabe priorizar, planificar e avaliar os seus serviços porque não será possível implementar todo ao mesmo tempo porque os recursos da futura cooperativa são escassos.

Para isso, se utilizará a apresentação do programa formativo intitulada Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2). Este módulo contempla três sessões: •

Sessão 7. O conceito de serviço

Sessão 8. A planificação do serviço

Sessão 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

MÊS

3 SEMANAS

FASE DE LEGALIZAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SEMANAS OU DIAS

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

DURAÇÃO

FASE DE FORMAÇÃO MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

SESSÕES

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

FASE PREPARATÓRIA

MÓDULOS

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

FASES


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SUGESTÕES PARA O FACILITADOR ANTES DE COMEÇAR COM O MÓDULO Durante o Módulo 2 e, mais especificamente na sessão 8 e seguintes, o facilitador trabalhará com os grupos (Associações) para que estas planifiquem qual é o serviço que a cooperativa quer prestar. Já falamos que é muito importante planificar o serviço e qual será o processo que os responsáveis farão para poder prestar o serviço, que registrs serão realizados ou que documentos serão assinados. Para cada serviço deve ser trabalhada uma ferramenta para a comunidade, registos específicos de contabilidade, de venda, etc.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Encontraremos na sua maioria grupos que ainda não tem um serviço definido, e é preciso continuar com o ritmo das sessões, especialmente aquelas referidas aos registos no Módulo 2. Mas se estivéssemos no caso, de associações mais avançadas com serviços mais definidos, é importante explicar-lhes que não existe uma lista de registos abrangentes para todos os serviços porque dependerá do serviço que cada cooperativa vai dar aos seus membros. Por tanto, para esses grupos mais avançados, mostraremos o exemplo de Fichas Complementárias (Anexo 1. Fichas Complementárias) que pode ter por exemplo uma cooperativa especializada em produção, armazenamento e venda de sementes. Neste caso de grupos avançados poderemos trabalhar em ferramentas específicas para o seu serviço.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

A continuação, se resume no seguinte quadro, a Guia Plano de Formação Módulo 2, os tempos, as actividades, técnicas e ferramentas para cada sessão formativa. TABELA 6. GUIA PLANO DE FORMAÇÃO MÓDULO 2

Mês 2 Semana 7

Dia 7

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

SESSÃO 7. O conceito de serviço

7.1

Revisão do aprendido no Módulo 1.

7.2

Resumo

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

No resumo, alguns participantes formando 1 hora pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu no Módulo 1, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 1.

Materiais: Flip-chart, marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 1 ”Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). Fichas de tarefas do Módulo 1 preenchidas por o grupo de trabalho.

Conhecer o que é Chuva de um serviço duma ideias/ cooperativa. Explique

O facilitador realizará uma chuva de ideias relacionada com o conceito de serviço. Depois de recolher as intervenções dos participantes ele dá o remate final sobre o conceito e apresentará a primeira parte do Módulo 2: O conceito de serviço.

1 hora

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ”A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel para entregar ao grupo Power Point Módulo 2. ”A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) até os tipos de serviços.

7.3

Revisar os Explique / princípios e o seu Jogos significado em plenária.

O facilitador através de 3 dinâmicas de jogo vai fazer entender os 3 princípios básicos da prestação de serviços das cooperativas.

45 min

Materiais: Flip-chart e marcadores, 1 sacola com 30 de sementes de milho e 30 sementes de feijão, 1 sacola com 30 sementes de milho e 1 sacola com 30 sementes de feijão e papel e canetas para os membros do grupo. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ”A prestação de serviços nas cooperativas”” (PPT nº2).

7.4

Refletir a partir Discussão dos dum caso casos/Outras prático sobre os experiências princípios básicos da prestação de serviços.

O facilitador apresenta o caso prático (o facilitador tem que apresentar casos reais ou mesmo conhecidos, falar um pouco sobre a cooperativa Sementes do Planalto que presta serviços de compra e venda de sementes aos seus membros e distribuição das sementes de qualidade aos mesmos).

15 min

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ”A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2).

7.5

Conhecer de que depende a priorização dos serviços.

Pergunte-Ouça O facilitador perguntará quais são os serviços que 30 min / Explique presta a sua cooperativa ou de quem depende, quem decide quais são os serviços a prestar. O facilitador perguntará: Que negócios os membros querem fazer para aumentar os lucros da cooperativa? Neste ponto o facilitador analisará as informações dos inquéritos de necessidades dos membros. Após essa análise o facilitador, por tanto, poderá explicar a priorização dos serviços. O facilitador pode fazer com o grupo o exercício de inserir as diferentes necessidades dos membros do grupo no flip-chart (recolhidas através dos inquéritos ou das respostas durante a sessão) e que seja votado no mesmo momento na sessão depois da análise custo-benefício).

Materiais: Flip-chart, marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ””A prestação de serviços nas cooperativas”” (PPT nº2). O facilitador deve solicitar por adiantado a Ficha 1. 3 Inquérito de necessidades dos membros distribuídos na sessão anterior a pelo menos 25 membros dos grupos de trabalho e analisar a informação para poder realizar esta actividade com êxito. Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da Power Point Módulo 2. ”A prestação de serviços nas cooperativas” até necessidades dos membros.

7.6

Análise custo-benefício dum serviço da cooperativa.

Exercício prático

Materiais: Flip-chart e marcadores. Papel e caneta. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ””A prestação de serviços nas cooperativas”” (PPT nº2). Documentos a entregar ao grupo: Cópias suficientes do recurso didático Ficha 2.1. Análise custos-benefícios dum serviço.

O facilitador apresentará o exercício prático dum análise de custo-benefício dum serviço selecionado pelo grupo (Recursos didático 2.1).

30 min

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)


CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar. GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia) Dia 8

Mês 3 Semana 9

Dia 9

SESSÃO 8. A 8.1 planificação do serviço

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Mês 2 Semana 8

SESSÕES DE FORMAÇÃO

Resumo

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: O conceito de serviço.

10 min

Materiais: Flip-chart, marcadores Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ”A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2).”

Definir o que é a Explique/ planificação do Pergunta/Ouça serviço e as suas fases.

O facilitador vai fazer uma discussão aberta com todos os participantes, onde cada um dá a sua opinião, em volta do tema, numa linguagem terra a terra, planificar o que é e o porquê do plano. Como tirar do papel para a realidade?

40 min

Materiais: Flip-chart e marcadores. Papel e caneta Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ”A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel da PPTnº2 Power Point Módulo 2. ”A prestação de serviços nas cooperativas” até planificação do serviço.

8.3

Consolidar a definição de serviços já prestados pela cooperativa e serviços a prestar pelo grupo de trabalho.

Exercício prático/ Trabalho de grupo

O facilitador trabalhará com o grupo um rascunho 20 min de serviços prestados e serviços a prestar pela sua cooperativa com ajuda do Recurso didático 2.2. Exemplo Serviços prestados e a prestar.

Materiais: Flip-chart e marcadores. Papel e caneta. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2. ”A prestação de serviços nas cooperativas”. Documentos a entregar ao grupo: Cópia a cada um dos grupos da dinâmica do recurso didático Ficha 2.2 Serviços prestados e a prestar.

8.4

Planificar a prestação de serviços da própria cooperativa do grupo de trabalho a partir dum caso prático.

Explique/ Discussão dos casos/Outras experiências/ Grupo/ Exercício prático

Com ajuda do Power Point o facilitador explica as 2 h 50 min fases da planificação dum serviço. O facilitador apresenta o caso prático. Trabalhos de grupo: Onde trabalharam sobre os objectivos que persegue o serviço da sua cooperativa, as pessoas responsáveis, perfil profissional, funções. Se expõe em plenária as conclusões obtidas. O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Recurso didático 2.3).

Materiais: Um cartão ou flip-chart para cada grupo, marcadores, papel com caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2. ”A prestação de serviços nas cooperativas”. Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel em branco a cada um dos grupos da dinâmica do recurso didático Ficha 2.3 Planificação dos serviços.

Revisão do aprendido na sessão anterior.

Resumo

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: - A planificação de serviços e as suas fases.

Materiais: Flip-chart, marcadores Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2 ”A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2).

Planificar o serviço através da prestação de contas dos responsáveis e a avaliação da prestação de serviços da própria cooperativa ou do grupo de trabalho a partir dum caso prático.

Explique/ Discussão dos casos/Outras experiências/ Grupo/ Exercício prático.

Com ajuda do Power Point o facilitador explicará 3h 30 min a fase de Prestação de contas. Descrever a actividade Borboleta, se for um jogo. Trabalho de grupo: A continuação o grupo trabalhará sobre os mecanismos de prestação de contas, destino dos lucros da sua cooperativa. Se expõe em plenária as conclusões obtidas. O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Recurso didático 2.3).

9.2

84

Revisão do aprendido na sessão anterior.

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

8.2

SESSÃO 9. 9.1 Prestação de contas e Avaliação do próprio serviço

Fonte: Elaboração própria

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

30 min

Materiais: Um cartão para cada grupo, flip-chart e marcadores, papel com caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2. ”A prestação de serviços nas cooperativas”. Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel em branco a cada um dos grupos da dinâmica do recurso didático Ficha 2.3 Planificação dos serviços.


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÊS 2 / SEMANA 7

SESSÃO 7. O conceito de serviço

Actividade 7.1. Revisão do aprendido no Módulo 1 Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu no módulo 1, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores. O facilitador vai estar a maior parte do tempo a ouvir do que a falar, mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 1. - Conhecer o que é verdadeiramente uma cooperativa, os seus princípios básicos, a sua natureza económica e social, os direitos e deveres dos membros, os tipos de cooperativas, a estrutura das cooperativas com a sua junta directiva ou comissão de gestão destas e as funções dos membros e os perfis profissionais necessários para o seu funcionamento. - Resumo dos conceitos, é de grande importância o facilitador esclarecer que os membros falem por suas próprias palavras estes conceitos, ou seja transmitir os conhecimentos com uma linguagem mais simples possível para facilitar o processo. - É necessário revisar as tarefas a realizar do Módulo 1. Organograma da cooperativa que visa o grupo. O tipo de Cooperativa e os perfis profissionais especificados neste grupo de trabalho feitos até o momento. E por último revisar os inquéritos de necessidades até agora elaborados pelos membros que vão a servir de orientação para as actividades a realizar em este Módulo 2. Recomendações ao facilitador: O facilitador deve ter presente em todo momento a situação real do grupo de trabalho com o que está a trabalhar, e utilizar exemplos reais deste grupo nas explicações e actividades a realizar. 1 hora Materiais: Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 1 “Entendendo uma cooperativa” (PPT nº1). • Fichas de tarefas do Módulo 1 preenchidas pelo grupo de trabalho. Solicitar ao grupo as fichas das tarefas já preenchidas pelo grupo: Fichas 1.1, 1.2, 1.3

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Os pontos mais importantes:


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Actividade 7.2. Conhecer o que é um serviço de uma cooperativa. Chuva de ideias/Explique O facilitador realizará uma chuva de ideias relacionada com o conceito de serviço do primeiro slide. Que acham que é um serviço? Por que acham que uma cooperativa presta serviços? Que serviços podem prestar as cooperativas? Depois de recolher as intervenções dos participantes ele dará o remate final sobre o conceito e apresentará a primeira parte do Módulo. 2 O conceito de serviço. Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará o Índice do Programa formativo do Módulo 2 (slides 3 e 4). É importante o facilitador não se apegar muito no Power Point, isto é, para dar confiança aos participantes. Ele deve preparar bem a formação muito antes de apresentar, sem se esquecer de motivar os participantes com uma história ou canção. O facilitador explicará a definição de serviço. Os serviços são trabalhos que realiza uma cooperativa para satisfazer as necessidades dos membros e melhorar os seus ingressos. FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

As cooperativas podem prestar uma enorme quantidade de serviços aos seus membros como podemos ver no quadro do slide 8. Lembrar que uma cooperativa pode prestar um ou mais serviços aos seus membros. 1 hora Materiais: Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2). Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel para entregar ao grupo Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) até os tipos de serviços.

Actividade 7.3. Revisar os princípios e o seu significado em plenária. Explique/Jogos O facilitador, através de 3 dinâmicas de jogo, vai fazer entender os 3 princípios básicos da prestação de serviços das cooperativas. Os serviços devem ser geridos em base a estes três princípios: • Independência na gestão: A independência na gestão supõe que cada serviço deve ser gerido autonomamente sem misturar duas coisas: (1) As pessoas: Os serviços devem ter gestores diferenciados, se uma pessoa acumula diferentes postos de chefia ou gestão de diferentes serviços, é muito possível que se misturem as contas; (2) As contas e a caixa: Cada serviço tem que ter uma gestão de contas diferenciada. A caixa de cada serviço deve ser única e não devem misturar-se com outras caixas. “Se se misturam as contas pode existir BURLA”. Além disso, esta diferenciação serve para minimizar os riscos da cooperativa: “Da mesma forma que o camponês diversifica nas

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

suas culturas, e mete milho em diferentes tempos, e feijão em diferentes tempos, e mandioca... se um cultivo correr mal, os outros podem salvar a sua economia, o mesmo acontece com os serviços, quanto mais separados estejam mais possibilidades existem de que algum deles funcione”. Dinâmica de jogo contabilizar sementes: Precisa da participação directa de 3 membros do grupo e 2 tipos de sementes. Em primeiro lugar, o facilitador oferecerá a um dos membros do grupo um saco com dos tipos de sementes, por exemplo feijão e milho (não deveriam de ser muitas), este membro terá que contar e escrever por separado num papel quantas sementes de milho e de feijão tem, mais não informará a ninguém do resultado. Ao mesmo tempo entregarão o mesmo número de sementes de milho e de feijão, mas diferenciadas em duas sacolas, a sacola de milho será entregue a um membro do grupo e outro membro receberá a sacola com as sementes de feijão. Quando terminem de contar, eles informarão à todos os participantes da sessão do número de sementes de milho e feijão que temos.

Transparência na gestão: O gestor de cada serviço tem que ter uma transparência absoluta nas contas e nos processos de gestão dum serviço. “Temos que ser vidro, tem que ser possível para o membro ver sempre o que acontece no outro lado dos serviços, na gestão dos mesmos”. Para isto é necessário existirem umas normas na gestão que sejam partilhadas por todos os membros. Dinâmica de jogo do “telefone estragado” quando alguém fofoca alguma coisa no ouvido do outro a informação muda de pessoa para pessoa. É importante passar uma mensagem clara aos membros. Serão 20 pessoas que devem passar a mensagem de pessoa a pessoa. Prestação de contas: Ser transparentes na gestão deve-se representar numa prestação de contas aos membros que permita a eles ser conscientes da gestão dum serviço. Os membros devem participar de todo o que a cooperativa faz na prestação desse serviço. Dinâmica de jogo: Lembrar que no primeiro jogo, o membro que contabilizava as sementes juntas não informou aos outros membros do número de sementes, mas os outros dois membros que contabilizaram por separado sim. 45 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores • 1 sacola com 30 de sementes de milho e 30 sementes de feijão, • 1 sacola com 30 sementes de milho e • 1 sacola com 30 sementes de feijão • Papel e canetas para os membros do grupo Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” PPT nº2).

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Todos contabilizaram as sementes ao mesmo tempo, mas o resultado deveria ser que a pessoa que contabiliza sozinho os dois tipos de sementes, demorará mais tempo, ela deve separar primeiro e contar. As 2 pessoas com sementes diferenciadas “serviços diferenciados” demorarão menos tempo.


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Actividade 7.4. Refletir a partir dum caso prático sobre os princípios básicos da prestação de serviços. Discussão dos casos/Outras experiências. O facilitador apresenta o caso prático (o facilitador tem que apresentar casos reais ou mesmo conhecidos, falar um pouco sobre a Cooperativa Sementes do Planalto que presta serviços de compra e venda de sementes aos seus membros e distribuição das sementes de qualidade aos mesmos). CASO PRÁTICO: A GESTÃO DOS SERVIÇOS NA COOPERATIVA NOVA ESPERANÇA DE NGOVE -CAÁLA (HUAMBO): A cooperativa tem em funcionamento três serviços: A Caixa Comunitária de Crédito, a produção de sementes e a escola de campo. Cada serviço tem a sua caixa e nenhuma delas se mistura com as outras. Em cada assembleia cada gestor do serviço apresenta o seu relatório e permite aos membros perguntar pelas gestões que tem sido realizada durante esse período. A cooperativa apresenta um caso de Independência nos serviços e prestação de contas.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

15 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2)

Actividade 7.5. Conhecer de que depende a priorização dos serviços. Pergunte/Ouça/Explique: O facilitador perguntará quais são os serviços que presta a sua cooperativa e de quem depende, quem decide quais são os serviços a prestar (Ali é só rebuscar um pouco naquele princípio que diz: Quem é o dono da cooperativa? Eles irão se recordar disto, a partir dali saberão de que dependerá a priorização dos serviços). O facilitador perguntará: Que negócios os membros querem fazer para aumentar os lucros da cooperativa? Se o facilitador perguntar o que querem receber, eles vão pensar que é de graça como sempre. Na cooperativa fala-se de negócios não de ofertas. Os membros têm que entender que estas necessidades devem ser resolvidas por eles mesmos (com a contribuição económica também) sem intervenções externas (doações e coisas semelhantes). Neste ponto o facilitador analisará as informações dos Inquéritos de necessidades dos membros com a Ficha 1. 3. Inquérito necessidade dos membros, distribuídos na sessão anterior a pelo menos 25 membros do grupo de trabalho. O facilitador vai fazer entender que é importante conhecer as necessidades reais dos membros (necessidades que não dependem de doações) para priorizar os serviços das suas cooperativas. Após este análise, o facilitador por tanto poderá explicar a priorização dos serviços (slide 11).

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A decisão de prestar um ou outro serviço depende de dois conceitos: (1) As necessidades dos membros e (2) Os Recursos da cooperativa: Os nossos “bolsos” e as oportunidades que temos como Cooperativa! a) Necessidades dos membros É muito importante que as directivas das cooperativas conheçam as necessidades dos membros em quanto à prestação de serviços. Para isto devem: 1- Perguntar aos membros: Através de inquéritos ou de assembleias. (Na assembleia as necessidades precisam ser votadas, para se saber qual é a necessidade extrema ao nível da cooperativa. Porque cada um vai querer apresentar as suas necessidades por simples capricho, se os dirigentes não estudar isto pode cair num colapso.) 2- Conhecer aos membros: É muito importante ter contacto com os membros e os seus problemas. “O Presidente da Espanha não sabia se quer quanto custava um café. Como ele queria conhecer as necessidades do seu povo?” Conhecer as suas circunstâncias para poder:

É muito importante conhecer as necessidades e estabelecer uma lista de prioridades entre elas. Criar um ranking de necessidades para saber quais são as prioridades dos membros. O facilitador pode fazer com o grupo o exercício de inserir as diferentes necessidades dos membros do grupo no flip-chart (recolhidas através dos inquéritos o das respostas durante a sessão) e que seja votado no mesmo momento na sessão depois da análise custo-benefício). b) Recursos da cooperativa O facilitador perguntará aos membros sobre os bens disponíveis do grupo, como, terras, capital ou mesmo pequenas produções para sustentar a cooperativa. Ou seja, falar dos recursos (bens) que a cooperativa dispõe. 1. A análise custo-benefício do serviço Para priorizar os serviços, é necessário validar os recursos que cada cooperativa tem e as oportunidades que tem ao seu redor. Os recursos das cooperativas em Angola dependem dos fundos da cooperativa e das oportunidades que possam atrair de ONGs, programas do governo.... Para poder validar que serviços implementar, é necessário realizar uma breve análise de custobenefício dos serviços: Custos

Benefícios

• Custos económicos:

• Benefícios económicos:

Gastos de pessoal (deslocações...) Gastos de investimento Gastos de insumos • Custos não económicos: Tempo dedicado Riscos assumidos

Ingressos produzidos Aumentos na produção ... • Benefícios sociais: (benefícios para a comunidade...)

30 minutos

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

3- Oferecer soluções e propostas aos membros: Os dirigentes não podem só esperar a receber propostas dos membros: Os dirigentes têm que propor soluções a problemas analisados.


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Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e caneta. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) O facilitador deve solicitar por adiantado a Ficha 1. 3 Inquérito de necessidades dos membros distribuídos na sessão anterior a pelo menos 25 membros do grupo de trabalho e analisar a informação para poder realizar esta Actividade com êxito. Documentos a entregar ao grupo:

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Cópia em papel para entregar ao grupo Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) até necessidades dos membros.

Actividade 7.6. Análise custo-benefício de um serviço da cooperativa. Exercício prático O facilitador apresenta o exercício prático dum analise de custo-benefício a nível económico e a nível social de um serviço seleccionado pelo grupo (Recurso didático 2.1. Análise custos-benefícios de um serviço). 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2)

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÊS 2 / SEMANA 8

SESSÃO 8. A planificação do serviço

Actividade 8.1. Revisão do aprendido na sessão anterior. Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se é preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: O conceito de serviço.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

10 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2)

Actividade 8.2. Definir o que é a planificação do serviço e as suas fases. Explique,/Pergunte/Ouça Slide `O que itiva cribien´. O facilitador vai fazer uma discussão aberta com todos os participantes, onde cada um dá a sua opinião, em volta do tema, numa linguagem terra a terra, planificar é o que? Porqué o plano? Como tirar do papel para a realidade? Ali vai-se colher mais informações. Explicar o que é planificar: “Planificar é tentar prever o que acontecerá no futuro. Devemos tentar pensar em todas as situações que podem acontecer na prestação dos serviços, para assim minimizar os riscos”. Não basta uma explicação sobre planificar, mas também é necessário dar exemplos práticos para ajudar a clarificar os conteúdos, com exemplos há maior facilidade na percepção: Exemplo: Aconteceu na cooperativa de Sima no Andulo: A cooperativa fez o cultivo de repolho para vender na província de Malanje. Não conciliaram a produção com a procura, inundaram o mercado e foi tudo para o lixo. Se planificassem teriam cultivado numa época que deveria coincidir com a boa venda, mas o grupo não tinha nenhum plano de produção. Como resultado a cooperativa faliu.

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Os membros têm muitas situações sobre os casos práticos por falta de planos, nesta parte eles vão poder falar das suas fraquezas e debilidades, depois o facilitador apresenta o conteúdo apropriado. Apresentar o Índice da sessão: 1) O plano de serviços. 2) As fases de planificação. É importante que o facilitador insista em que os membros devem ser envolvidos directamente na elaboração dos planos de serviço da cooperativa, os dirigentes não podem decidir sozinhos os destinos da cooperativa. Apresentar o conteúdo dos slides de planificação do serviço. 40 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

• Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2). Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel para entregar ao grupo Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) até planificação do serviço.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 8.3. Consolidar a definição de serviços já prestados pela cooperativa e serviços a prestar pelo grupo de trabalho. Exercício prático/Trabalho de grupo Trabalho de grupo: O facilitador trabalhará com o grupo um rascunho de serviços prestados e serviços a prestar pela sua cooperativa com ajuda do Recurso didático 2.2. Exemplo Serviços prestados e a prestar. A continuação o grupo trabalhará dividido em dos grupos, aqueles que trabalharam enumerando os serviços já prestados pela cooperativa nas campanhas anteriores e um segundo grupo que trabalhará nos serviços da cooperativa a prestar nas próximas campanhas. Se expõe em plenária as conclusões obtidas.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

20 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) • Ficha 2.2 Serviços prestados e a prestar. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel em branco a cada um dos grupos da dinâmica do Ficha 2.2. Serviços prestados e a prestar, um grupo preencherá os Serviços prestados, outro Serviços a prestar.

Actividade 8.4. Conhecer as fases e planificar a prestação de serviços da própria cooperativa do grupo de trabalho a partir dum caso prático. Explique/Discussão dos casos/Outras experiências/Exercício prático Com ajuda do Power Point o facilitador explica a Planificação dos serviços: Quando pensamos na planificação de um serviço, devemos pensar em três fases: Fase um: Planificar a prestação do próprio serviço. O primeiro passo é planificar os objectivos que perseguem o serviço. Os objectivos devem ser reais, atingíveis e concretos. Para que prestamos este serviço? Esclarecer aos membros que os objectivos devem ser elaborados em função das capacidades da cooperativa, desde os recursos disponíveis até onde a cooperativa pode.

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O facilitador apresenta o caso prático: CASO PRÁTICO: O BANCO DE SEMENTES de Talamangolo e Cooperativa Quinze: As duas cooperativas têm planejado prestar o serviço do banco de sementes. Os seus objectivos são: 1- Melhorar a qualidade das sementes entre os membros da cooperativa. 2- Melhorar o armazenamento das sementes de outras épocas. 3- Aumentar a produção na cooperativa. 4- Vender sementes de qualidade ao mercado para aumentar os ingressos dos membros e da cooperativa. 1. Exemplo: O banco de sementes 1. OBJECTIVOS DO SERVIÇO: • Dar aos membros acesso a sementes de qualidade para melhorar a produção. • Introduzir novas variedades de sementes e culturas. Trabalho de grupo: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

A continuação o grupo trabalhará sobre os objectivos que busca o serviço da sua cooperativa. Se expõe em plenária as conclusões obtidas. O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Ficha 2.3).

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Ficha 2.3. PLANIFICAÇÃO DE SERVIÇOS DA COOPERATIVA - REGULAMENTO DO SERVIÇO Nome da cooperativa 1. TIPO DE SERVIÇO: 2. OBJECTIVOS DO SERVIÇO

O segundo factor que tem que ser planificado é o organograma e as funções da estrutura (das pessoas que devem prestar o serviço). É muito importante não só enumerar as pessoas e as funções, mas também as suas responsabilidades. CASO PRÁTICO: O Banco de sementes de Sima, Ngove e Chicumbi terá a seguinte estrutura:

Coordenador do Banco de Sementes

Técnico de sementes

Fiel de armazem

Secretário

Tesoureiro

Trabalho de grupo: A continuação o grupo trabalhará sobre as pessoas que devem prestar o serviço, o seu perfil profissional e as suas funções e responsabilidades. Se expõe em plenária as conclusões obtidas. O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Recurso didático 2.3) 3. QUE PESSOAS DEVEM PRESTAR O SERVIÇO? QUAL É O SEU PERFIL PROFISSIONAL, AS SUAS FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES?

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Após da plenária o facilitador ajudado pelo Power Point e as conclusões da plenária, explica:


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4. QUAL É O MECANISMO DE ESCOLHA DAS PESSOAS ENCARREGADAS DE PRESTAR O SERVIÇO?

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Após da plenária e conclusões o facilitador ajudado por o Power Point explica: O terceiro factor que tem que ser planificado são os passos e o processo de prestação do serviço. É muito importante planificar como será executado o próprio serviço. Qual será o processo que os responsáveis farão para poder prestar o serviço. Que Registos serão realizados, que documentos serão assinados. PROCESO DO SERVIÇO, POR PASSOS 1. Aquisição das novas sementes

1. Coordenador do Banco de sementes

2. Registo das novas sementes no caderno de registo

2. Fiel de armazém

3. Convocar Assembleia de sementes

3. Coordenador do Banco de Sementes

4. Pesar sementes, preencher recibo e entregar recibo ao membro. Incluir o crédito no registo

4. Fiel de armazém e Técnico de sementes

5. Convocar Assembleia de devolução de sementes

5. Coordenador do Banco de Sementes

6. Verificar a qualidade de devolução, pesar e entregar recibo de reembolso

6. Técnico de sementes. Fiel de armazém

Trabalho de grupo: A continuação o grupo trabalhará sobre os passos e o processo de prestação do serviço, o seu perfil profissional e as suas funções e responsabilidades. Se expõe em plenária as conclusões obtidas. O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Recurso didático 2.3).

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

2 horas e 50 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel com caneta para cada pessoa. Um cartão ou Flip–chart para cada grupo. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) • Ficha 2.3 Planificação dos serviços. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel em branco a cada um dos grupos da dinâmica do Ficha 2.3 Planificação dos serviços.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

5. QUAL É O PROCESSO PARA PRESTAÇÃO DESTE SERVIÇO? DEFINIÇÃO POR PASSOS


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MÊS 9 / SEMANA 9

SESSÃO 3. Prestação de contas e Avaliação do próprio serviço

Actividade 9.1. Revisão do aprendido na sessão anterior Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se é preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

Como se observa na apresentação Power Point, a planificação de serviços e as suas fases: (1) Prestação do serviço, (2) Prestação de contas e (3) Avaliação do serviço, com objectivos, funções e processos de serviços. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2).

Actividade 9.2. Planificar o serviço através da prestação de contas dos responsáveis e a avaliação da prestação de serviços da própria cooperativa do grupo de trabalho a partir dum caso prático. Explique/Discussão dos casos Com ajuda do Power Point o facilitador explica a fase dois: A planificação do serviço. A prestação de contas. É muito importante planificar a prestação de contas que os responsáveis dos serviços prestam aos membros. Devem ser planificados os métodos pelos quais serão prestadas contas: Assembleias, relatórios e a periodicidade com que esta prestação de contas será realizada. Nesses encontros de prestação de contas deverão ser estabelecidos a alocação de novos fundos relativos à prestação do serviço.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Descrever a Actividade Borboleta Quando é que se dá conta da beleza da borboleta? É para explicar a transparência, para dizer que a beleza da borboleta só aparece quando ela abre as suas asas, quando estiverem fechadas ela não desperta atenção nenhuma sobre a sua beleza. Moral da história: Um líder não pode fazer as coisas sozinho ou mesmo trabalhar às escondidas tem que fazer sempre a prestação de contas aos seus membros explicando o movimento de cada centavo que entra e saí da caixa. Não é ser aquele líder que assim que os membros tocam no assunto de dinheiro fica trombudo, nervoso com todos membros. Trabalho de grupo: A continuação o grupo trabalhará sobre os mecanismos de prestação de contas, destino dos lucros da sua cooperativa. Se expõe em plenária as conclusões obtidas.

Após a plenária e conclusões o facilitador ajudado pelo Power Point explica: Fase três: Planificar a avaliação do próprio serviço 6. QUAIS SÃO OS MECANISMOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO SERVICIO AOS MEMBROS. COM QUÉ PERIODICIDADE? SANÇÕES ESTABELECIDAS?

7. SE EXISTIREM LUCROS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, PARA QUE SERÄO DESTINADOS E QUEM DECIDIRÁ SOBRE ELES?

Finalmente é necessário que os membros e os clientes do serviço tenham a oportunidade de oferecer a sua avaliação sobre os serviços prestados.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Recurso didático 2.3).


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A avaliação do serviço: • • • •

Permite ao membro sentir-se parte da cooperativa Permite conhecer o desempenho do trabalho Permite proposta de melhoria Dá legitimidade na equipa directiva

Por que é importante a avaliação dos serviços?

Trabalho de grupo: A continuação o grupo trabalhará no mecanismo de avaliação de prestação dos serviços da sua cooperativa. Se expõe em plenária as conclusões obtidas.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 2

O facilitador entregará vias suficientes para que o grupo trabalhe completando a informação no exercício prático 2.3 Planificação do serviço (Ficha 2.3). 8. QUAIS SÃO OS MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DO SERVIÇO POR PARTE DOS MEMBROS?

Com ajuda do facilitador o grupo concluirá a informação da Ficha 2.3 Planificação do serviço (Ficha 2.3) e as informações das Tarefas 1 e 2 do Módulo 1. 3 horas e 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel com caneta para cada pessoa. Um cartão ou Flip-chart para cada grupo. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2) • Ficha 2.3 Planificação dos serviços. Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel em branco a cada um dos grupos da dinâmica do Ficha 2.3 Planificação dos serviços, a parte da avaliação do serviço.

100


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO APRESENTAÇÃO Este módulo tem o objectivo de ensinar as cooperativas a realizar cálculos dos custos de produção. TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA

1

2

3

4 Mês 1

5

6

7

8

Mês 2

9

19

20

6 SEMANAS

11 SEMANAS

Mês 1

REGISTROS Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

SESSÃO 17. Aspectos práticos para a Cooperativa

SESSÃO 16. Troca de Experiências

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/ Revisão dos Estatutos

SESSÃO 14. Registros de Venda

SESSÃO 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios

SESSÃO 12. Registro de destino da produção

SESSÃO 11. Registros de produção

SESSÃO 10. Os conceitos

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 8. A planificação do serviço

SESSÃO 7. O conceito de serviço

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO

10

11 Mês 3

12

13

14 Mês 4

15

16 Mês 4

17

18 Mês 5

Fonte: Elaboração própria

Os resultados de aprendizagem esperados por parte dos participantes deste módulo são: •

O grupo aprende os conceitos de custos e receitas..

O grupo sabe calcular as receitas da produção e venda.

Os membros tem noções ou sabem calcular os custos de produção das culturas recolhidas nas suas lavras, identificando as actividades agrícolas realizadas e insumos utilizados, identificando as perdas de dinheiro e as ganâncias, identificando as mudanças do preço, identificando os benefícios ou perdas que podem ter a introdução duma nova tecnologia (sementes, armazenamento em tambor, incorporação do restolho, adubo orgânico ou fertilizante...)

O grupo sabe ou tem noções de planificação dos custos da próxima campanha ou cultura da sessão.

O grupo sabe fazer os Registos de:

Actividades agrícolas • • •

Insumos Destino da produção de acordo ao tipo de destino De membros activos e as suas quotas

Para isso, se utilizará a apresentação do programa formativo intitulada Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT Nº3). Este módulo contempla três sessões: - Sessão 10. Os conceitos chaves - Sessão 11. Registos de produção - Sessão 12. Registo de destino da produção A continuação, se resume no seguinte quadro, a Guia Plano de Formação Módulo 3, os tempos, as actividades, técnicas e ferramentas para cada sessão formativa.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

MÊS

3 SEMANAS

FASE DE LEGALIZAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SEMANAS OU DIAS

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

DURAÇÃO

FASE DE FORMAÇÃO MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

SESSÕES

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

FASE PREPARATÓRIA

MÓDULOS

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

FASES


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TABELA 7. GUIA PLANO DE FORMAÇÃO MÓDULO 3 MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Mês 2 Semana 7

102

Dia 7

SESSÕES DE FORMAÇÃO SESSÃO 7. O conceito de serviço

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu no Módulo 2, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 2: Saber fazer a planificação dos serviços da cooperativa.

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

10.1 Revisão do aprendido no Módulo 2.

Resumo

20 min

Materiais: Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 2. "A prestação de serviços nas cooperativas" (PPT nº2). Fichas de tarefas do Módulo 1 preenchidas por o grupo de trabalho e exercícios práticos do Módulo 2 (Fichas 2.1,2.2,2.3).

10.2 Aprender os conceitos de custos, receitas, registos duma cooperativa e a sua importância na gestão cooperativa.

Explique/ O facilitador perguntará ao grupo: Como posso 1 hora Pergunte/Ouça saber quanto dinheiro gastei para produzir o milho da minha lavra? E quantos foram os ingressos que me deu a sua colheita? O que são os custos? O que são as receitas? Por quê são importantes os Registos de Produção? Ele explicará os conceitos e o processo de cálculo.

Materiais: Flip-chart e marcadores. Papel com caneta para cada pessoa. Um cartão para cada grupo. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3).

10.3 "Revisar através de jogos a importância dos registos".

Explique/ Jogos Pergunta/ Ouça/Explica

1 hora

Materiais: Flip-chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Documentos a entregar ao grupo: Papel com o rol para cada pessoa.

O facilitador através de 3 dinâmicas de jogo de rol e de perguntas, vai fazer entender a importância dos registos. Em cada uma das dinâmicas, pelo menos 4 ou 5 pessoas vai ter um rol (papel), o facilitador explicará o entregará por escrito o rol de cada pessoa no grupo e ninguém deve partilhar essa informação com os outros membros do grupo para que o jogo de rol possa a funcionar.

10.4 Conhecer Explique quais são os documentos dos Registos da produção e para que servem especificamente o Registo de actividades agrícolas e os conceitos de mão de obra.

O facilitador explicará o que é um registo, o conceito de mão de obra, e explicará como calcular o número de jornadas o custo/jornada.

1 hora

Materiais: Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3).

10.5 Saber fazer um Registo de actividades agrícolas.

O facilitador apresentará um exemplo de Registo de actividades agrícolas na cultura do milho e entregará uma via de Registo de actividades agrícolas (Ficha 3.1) aos membros do grupo.

40 min

Materiais: Flip-chart e marcadores. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Exercício prático de Registo de actividades agrícolas (Recurso didático 3.1) e 3.0. Anexo Exemplos Registos. Documentos a entregar ao grupo: Para que todo o grupo possa seguir a explicação entregaremos: Cópia da PPTnº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”. Cópia do Exemplo de Registo de actividades agrícolas com a cultura do milho do 3.0. Anexo Exemplos Registos. Cópia em branco do Recurso didático Ficha 3.1 Registo de actividades agrícolas para poder fazer o exercício.

Exercício prático


MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

Mês 2 Semana 8

Dia 8

SESSÕES DE FORMAÇÃO

SESSÃO 8. A planificação do serviço

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: Revisar especialmente como fazer um Registo de actividades agrícolas, se poderão trazer como exemplo o Registo de actividades agrícolas da lavra comunitária se tiverem.

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

30 min

Materiais: Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Documentos a entregar ao grupo: Cópia em papel para entregar ao grupo do exercício prático de Ficha 3.1. Registro de actividades agrícolas.

11.1 Revisão do aprendido na sessão anterior.

Resumo

11.2 Saber o que é um insumo e um Registo de insumos.

Explique/ Para refletir sobre os objectivos deste módulo, Pregunte/Ouça o facilitador perguntará ao grupo o que é um insumo e o que é um Registo de insumos.

1 hora

Materiais: Flip-chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, definição de insumo.

11.3 Através de um exemplo saber calcular as quantidades de insumos.

Explique/ Discussão dos casos/Outras experiências/ Exercício prático

1 hora

Materiais: Um cartão para cada grupo, flip-chart, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. nº3). Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPTnº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, a parte de cálculo e Registo de insumos.

11.4 Saber quais são os insumos produzidos em casa.

Explique/ O facilitador pergunta quais são os insumos 30 min Pergunte/Ouça produzidos na casa, explica que existem insumos que não se pagam com dinheiro.

Materiais: Flip-chart, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3) e Ficha 3.1 Registo de actividades agrícolas. Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPTnº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, a parte de insumos de casa.

11.5 Saber fazer um Registo de insumos.

Exercício prático

Materiais: Flip-chart, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Exercício prático de Ficha 3.2. Registo de Insumos e Anexo 3 Exemplos (Exemplo de Registo de Insumos) Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, definição de insumo. Uma cópia em branco do Exercício prático de Ficha 3.2. Registo de Insumos e Do Anexo 3 o Exemplo de Registo de Insumos por pessoa.

O facilitador explica o que é a Quantidade aplicada de Insumo ou Produto e como fazer os cálculos de quantidades de insumos (unidade de medida e custos).

O facilitador apresentará o exercício prático de 1 hora Registo de insumos (Recurso didático 3.2), com o exemplo no Power Point dum Registo de insumos (Anexo Exemplo Registos).

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

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MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia) Mês 3 Semana 9

Dia 9

SESSÕES DE FORMAÇÃO

ACTIVIDADES TÉCNICAS E OBJECTIVO DE FACILITAÇÃO

SESSÃO 9. 12.1 Revisão do Prestação aprendido na de contas e sessão anterior. Avaliação do próprio serviço

Resumo

12.2 Saber o que é o Explique registo do destino da produção.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

12.3 Através de um exemplo saber calcular as receitas da produção.

Fonte: Elaboração própria

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DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: Revisar especialmente como fazer um Registo de insumos

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS TAREFAS AO FIM DA SESSÃO OU MÓDULO

30 min

Materiais: Flip-chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Exercício prático da Ficha 3.2. Registo de Insumos e Anexo 3 Exemplos (Exemplo de Registo de Insumos).

O facilitador explica o que é o Registo do destino 50 min da produção. Ajuda a diferenciar os produtos principais dos secundários e os tipos de destino: consumo, mercado e semente

Explique/ O facilitador apresenta o exemplo de cálculos de Discussão dos quantidades de insumos e receitas. casos/Outras experiências/ Exercício prático

Materiais: Flip-chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3).

1 hora

Materiais: Um cartão para cada grupo, flip chart e marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3). Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, parte de Registo de produção.

12.4 Saber fazer Exercício um Registo prático de destino de produção de acordo ao tipo de destino (consumo em casa, venda no mercado, sementeira).

Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará os exercícios práticos de registo de destino da produção de acordo a seu destino, Semente (Recurso didático 3.3) Consumo em casa (Recurso didático 3.4), Venda no mercado (Recurso didático 3.5) utilizará o Power Point com os exemplos dos Registos de destino da produção (Anexo Exemplo de Registos).

1 hora

Materiais: Flip-chart, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3) e suficientes vias do Exercício prático de Registo de destino da produção de acordo a seu destino: Semente (Ficha 3.3), Consumo em casa (Ficha 3.4) e Venda no mercado(Ficha 3.5). Anexo 3 Exemplos(Exemplo de Registo). Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, parte do Registo de destino da produção e tipo de destino Cópia em branco para entregar por pessoa dos exercícios práticos de: Ficha 3.3. Registo de destino da produção: Semente Ficha 3.4. Registo de destino da produção: Consumo em casa e poupança Ficha 3.5. Registo de destino da produção: Venda no mercado

12.5 Saber fazer um registo dos membros e das suas quotas mensais.

O facilitador perguntará ao grupo: Por quê é 40 min importante fazer um registo dos membros da cooperativa? Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará o exercícios prático de registo de membros da cooperativa (Recurso didático 3.6) utilizará o Power Point com o exemplo de registo de membros (Anexo Exemplo de Registos).

Materiais: Flip-chart, marcadores, papel e caneta para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT. Nº3) e suficientes vias do Registro de membros da cooperativa (Ficha 3.6) Documentos a entregar ao grupo: Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” Uma cópia em branco do Exercício prático para cada pessoa: Ficha 3.6. Registro de membros da cooperativa.

Exercício prático


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MÊS 3 / SEMANA 10

SESSÃO 10. Os conceitos

Actividade 10.1. Revisão do aprendido no Módulo 2 Resumo

- Conhecer o que é a planificação dos serviços. Identificar quais são os serviços da cooperativa (ou futura cooperativa). - Resumo e revisão dos conceitos: Serviços, planificação, fases da planificação dos serviços, objectivos. - Saber fazer a Planificação dos serviços da cooperativa. Recomendações ao facilitador: O facilitador deve ter presente em todo momento a situação real do grupo de trabalho com o que está a trabalhar, e utilizar exemplos reais deste grupo nas explicações e Actividades a realizar. 20 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 2. “A prestação de serviços nas cooperativas” (PPT nº2). O facilitador revisará as Fichas de tarefas do Módulo 1 preenchidas pelo grupo de trabalho e exercícios práticos do Módulo 2 (Fichas 2.1,2.2,2.3).

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu no Módulo 2, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso, pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 2.


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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

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Actividade 10.2. Aprender os conceitos de custos, receitas, Registos de uma cooperativa e a sua importância na gestão cooperativa Explique/Pergunte/Ouça Para refletir sobre os objectivos deste módulo, antes de começar o facilitador perguntará ao grupo: Como posso saber quanto dinheiro gastei para produzir o milho da minha lavra? E quantos foram os ingressos que me deram a sua colheita? Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará o Índice do Programa formativo do Módulo 3. O facilitador apresentará a primeira parte do Módulo 3 - Os Conceitos e realizará uma série de perguntas relacionadas com os distintos conceitos: O que são os custos? E o que são os as receitas? Depois o facilitador explicará a definição desses conceitos.

O facilitador perguntará: por que é importante ter Registos de Produção é explicará as 10 razões e benefícios de esses registos para os produtores. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel com caneta para cada pessoa. Um cartão ou Flip-chart para cada grupo. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3).

Actividade 10.3. Revisar através de jogos de rol e a importância dos Registos Explique/Jogos/Pergunta/Ouça O facilitador através de 3 dinâmicas de jogo de rol e de perguntas, vai fazer entender a importância dos Registos. Em cada uma das dinâmicas, pelo menos 4 ou 5 pessoas vão ter um rol (papel), o facilitador explicará ou entregará por escrito o rol de cada pessoa no grupo e ninguém deve partilhar essa informação com os outros membros do grupo para que o jogo de rol esteja a funcionar. Primeiro grupo Dinâmica de jogo (teatro). O grupo imagina que tem a gestão de uma moagem. Pelo menos 5 pessoas, mulheres e homens, vão fazer o rol dos membros da moagem e cada um dos membros vai jogar um rol (papel) que o facilitador vai fornecer.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

O facilitador deve insistir em ter uns bons Registos de Produção significa anotar todos os custos e as receitas que produz a produção de uma cultura para o camponês.


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O facilitador vai fornecer o rol (papel) escrito ou vai explicar um por um (independentemente) o que tem que fazer, o seu papel em este jogo (teatro). Por exemplo: Um membro participante no jogo: Vai pedir dinheiro por adiantado dos benefícios da moagem porque precisa pagar o material para a escola dos seus filhos. Outro membro sabe que não pagou a quota de membro da moagem, mas está a exigir a sua parte de benefícios. Outro membro: Está a pedir dinheiro dos benefícios para comprar sementes e não é membro da moagem. Outro membro faz o papel do operário da moagem: Ele está a pedir dinheiro para a compra duma peça da moagem (só ele e a Tesoureira sabem que já compraram a peça o mês passado), outro membro está a pedir gasóleo da moagem para a sua motorizada. Uma mulher vai fazer o rol (papel) da Tesoureira da moagem: A única informação que tem é que já compraram a peça da moagem, mas não está registado em nenhum lugar. Depois de 5 minutos de jogo, onde todos os membros têm que fazer o seu rol (papel) o facilitador vai perguntar: Qual é o problema principal na gestão desta moagem? O que podem fazer para resolver? Identificação do problema com o grupo 1. Uma mala gestão na moagem: A Tesoureira é a responsável na cooperativa de registar os benefícios da moagem. Ela não está a escrever quanto dinheiro está a sair e quanto dinheiro está a entrar na caixa da moagem. FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

A cooperativa de moagem não tem Registo dos membros que estão a pagar quotas, não tem Registo das vendas, ou não tem Registo dos custos de manutenção da moagem (gasóleo, peças da moagem). Segundo grupo Exemplo Comercialização agrupada do feijão: Dinâmica de jogo - O grupo imagina que tem uma cooperativa que agrupa a produção de feijão para a sua venda. Pelo menos 4 pessoas, mulheres e homens, vão fazer o rol de membros da cooperativa para a comercialização do feijão e cada um dos membros vai jogar um rol (papel) que o facilitador vai fornecer. O facilitador vai fornecer o rol (papel) escrito ou vai explicar um por um (independentemente) o que tem que fazer, o seu papel em este jogo (teatro). Por exemplo: Um membro vai ser o Chefe de Vendas da cooperativa de que tem registada a quantidade em Kg que se vende a um intermediário. Depois temos 3 membros: - Um dos membros regista a quantidade de feijão que entregou à cooperativa e quer os benefícios dessa venda. - Outros dos membros não registou a quantidade de Kg que entregou, mas sabe que entregou um saco de feijão. - Outro dos membros não entregou a produção, mas está a pedir os benefícios da venda da cooperativa. Identificação do problema com o grupo 2. Uma má gestão na comercialização agrupada de feijão: Problema: Não tem registados os membros que entregaram a produção e as quantidades entregues pelo membro. Não tem um processo de pesagem e registo da quantidade entrega. Também não tem os preços da venda e por tanto o total de dinheiro recebido pela sua venda.

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Terceiro grupo Exemplo: Cooperativa para a aquisição de insumos (tambores para o armazenamento de sementes ou fertilizantes) Dinâmica de jogo - O grupo imagina que tem uma cooperativa que se agrupa para a compra de insumos. Pelo menos 4 pessoas, mulheres e homens, vão fazer o rol de membros da cooperativa para a compra de insumos e cada um dos membros vai jogar um rol (papel) que o facilitador vai fornecer. O facilitador vai fornecer o rol (papel) escrito ou vai explicar um por um (independentemente) o que tem que fazer, o seu papel em este jogo (teatro). Por exemplo: O chefe de compras dos insumos tem só uma lista dos membros que fizeram uma solicitação para a compra de tambores. Um membro comprou dois tambores e só entregou uma parte do custo, mas agora está a pedir um saco de fertilizante.

Um membro que não é da cooperativa (não paga quota) comprou pelo menos 5 tambores e de novo está a solicitar um saco de fertilizantes. Identificação do problema com o grupo 3. Uma má gestão na compra de insumos: Problema: Não têm registados os insumos (barris, sacos de fertilizantes) que os membros compraram nem as quantidades entregadas, não tem registo dos membros da cooperativa. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se fora possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3). Documentos a entregar ao grupo: • Papel (rol) para cada pessoa.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Um membro pagou por adiantado 1 tambor, mas ainda não recebeu e o Chefe de compra e distribuição de insumos diz que já entregou.


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Actividade 10.4. Conhecer quais são os documentos dos registos da produção e para que servem especificamente o registo de actividades agrícolas e os conceitos de mão de obra. Explique O facilitador explicará ao início com o exemplo do registo de nascimento, por que é importante fazer registos. Depois explicará os documentos para isso: Registo de Actividades Agrícolas, Registo de Insumos, Destino da Produção e Registo de membros e cota mensal. REGISTO DE ACTIVIDADES AGRÍCOLAS: O que significa Registo de Actividades Agrícolas? O registo de actividades agrícolas mostra todos os custos da mão de obra utilizada nos diferentes trabalhos que se realizam em uma cultura. Os principais trabalhos onde é necessário utilizar mão de obra são: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

• Preparação do terreno • Sementeira • Adubação • Colheita • Limpeza e seleção da semente A mão de obra utilizada nos diferentes trabalhos ou labores pode ter diferente origem e ser de diferente tipo: • Origem: • Familiar • Assalariada • Tipo: • Homens • Mulheres • Crianças O facilitador explica a importância das crianças não trabalharem nas lavouras no período escolar. É a nossa obrigação ser consciente que as crianças não deveriam de trabalhar nas lavras no período escolar, devem guardar energia para o estudo, é importante para a sua educação e para o futuro da família. O facilitador também explicará a importância de partilhar o trabalho no lar quando homem e mulher trabalham na lavra todo o dia. Temos que ter em conta que as mulheres têm tarefas na lavra e depois tem tarefas no lar, na alimentação e com as crianças, por tanto temos que ter em conta uma boa repartição dos trabalhos também no lar.

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O facilitador explica: Mão de Obra Assalariada: Refere-se à mão de obra utilizada a câmbio duma compensação económica. A mão de obra assalariada subdivide-se em número de jornadas e custo por jornada: • Jornada: Dia de Trabalho • Número de Jornadas: Número de dias de trabalho • Custo por Jornada: Salário ou pagamento de um dia de trabalho Para melhorar a compreensão o facilitador mostrará o seguinte exemplo sobre o cálculo de número de jornadas e custo por jornada: O senhor João semeou a minha lavra de soja. Trabalhou durante uma semana, e paguei a ele 1400 Akz. Como posso saber o Número de Jornadas e o Custo por Jornada do senhor João? O facilitador indica como fazer o registo de tarefas do campo. 1º Conto o número de dias trabalhados pelo senhor João 2ª Divido o salário que o senhor João recebeu entre o número de jornadas ou dias trabalhados.

=

1400 Akz 7 dias

O senhor João recebeu 200 Akz por dia de trabalho. O Custo por Jornada corresponde a 200 Akz

=

200 Akz por jornada ou dia de Trabalho

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

TOTAL SALÁRIO NÚMERO DE JORNADAS

O senhor João trabalhou 7 dias. Ou seja, o Número de Jornadas corresponde a 7

Para melhorar a compreensão o facilitador mostrará outro exemplo sobre o cálculo de número de jornadas e custo por jornada de acordo a diferentes tipos de mão de obra: Na colheita da minha o senhor João precisou de ajuda da senhora Rosália e da senhora Natalia. O João trabalhou durante a primeira semana e recebeu 1400 Akz. Depois, a Rosália e a Natalia trabalharam juntas durante quatro dias e receberam 2000 Akz. Como posso saber o Número Total de Jornadas ou dias de trabalho utilizados para a colheita na minha lavra? E o Custo por Jornada? 1º. Conto o número de dias que trabalharam todos os homens e depois todas as mulheres. 2º Divido o salário que receberam os homens entre o número de jornadas ou dias de trabalho dos homens. 3º Divido o salário que receberam as mulheres entre o número de jornadas ou dias de trabalho das mulheres.

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Mão de Obra Familiar: Refere-se à força de trabalho proveniente da família A mão de obra familiar não acostuma a ser paga com dinheiro, e considera-se sem custo Para melhorar a compreensão o facilitador mostrará o seguinte exemplo Eu com a minha mulher semeei a nossa lavra de soja. O nosso trabalho não foi pago como dinheiro. Nosso Custo por Jornada corresponde a 0 Akz? Não fale isso! Vocês dedicaram tempo na sementeira, e aquilo tem um custo de trabalho. Do contrário, vocês poderiam ter utilizado esse tempo na realização de outro trabalho remunerado. A mão de obra familiar, ainda não sendo paga ou não sendo registada nos registos de actividades agrícolas, deve ser contabilizada para que a pessoa ou associação seja consciente das jornadas de trabalho que a família está a fazer. Deve-se anotar o número de jornadas ou dias de trabalho e o custo por jornada ou por dia de trabalho, em função do salário que receberia o membro da sua família se o mesmo trabalho fosse feito fora da sua lavra.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3). Documentos a entregar ao grupo: • Para que todo o grupo possa seguir a explicação entregaremos uma cópia da PPT Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3) a parte dos cálculos da mão de obra assalariada.

Actividade 10.5. Saber fazer um Registo de actividades agrícolas Exercício prático O facilitador apresentará o exercício prático de Registo de actividades agrícolas (Recurso didático 3.1 Registo de actividades agrícolas), com o exemplo no Power Point da cultura do milho (Anexo Exemplo - Registro de labores). A continuação mostra-se a estrutura e o procedimento do Registo de actividades agrícolas: 1. Na coluna 1 anota-se os trabalhos que se realizam no desenvolvimento da cultura, desde a preparação do terreno até as actividades depois da colheita. 2. Na coluna 2 anotam-se as datas quando se realizam os trabalhos ou labores. 3. Na coluna 3 anota-se a superfície praticada para cada trabalho ou labor. 4. Na coluna 4 regista-se a mão de obra assalariada. Anota-se o número de jornadas (número de dias trabalhados por homens, mulheres ou crianças para cada trabalho) e o custo por jornada ou dia de trabalho. 5. Na coluna 5 regista-se a mão de obra familiar. Anota-se o número de jornadas (número de dias trabalhados por homens, mulheres e crianças para cada trabalho ou labor) e o custo por jornada ou dia de trabalho. 112


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Ficha 3.1. REGISTRO DE LABORES Nome:__________; Cultura:__________; Aldeia:___________; Município:___________; Variedade:_______________; Cooperativa:___________________________________; Província:______________; Período de produção:________________;

Data

Superfície (passos x passos)

Mão de obra assalariada Observações Nº de jornais H M

Custo por jornal H M

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Trabalhos ou labores agrícolas

40 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3) e suficientes vias do exercício prático de Registo de actividades agrícolas (Ficha 3.1) e Anexo 3 Exemplos. Documentos a entregar ao grupo: • Para que todo o grupo possa seguir a explicação entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, uma cópia do Exemplo de Registo de actividades agrícolas com a cultura do milho do Anexo 3 e uma cópia em branco da Ficha 3.1 para fazer o exercício.

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MÊS 3 / SEMANA 11

SESSÃO 11. Registos de produção

Actividade 11.1. Revisão do aprendido na sessão anterior. Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior:

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Revisar especialmente como fazer um Registo de actividades agrícolas, se poderão trazer como exemplo o Registo de actividades agrícolas da lavra comunitária se tiverem. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3) • Suficientes vias do Exercício prático de Registo de actividades agrícolas (Ficha 3.1)

Actividade 11.2. Saber o que é um insumo e um Registo de insumos. Explique / Pergunte e Ouça Para refletir sobre os objectivos desse módulo, o facilitador perguntará ao grupo: Vocês podem me explicar o que significa um insumo? O facilitador explica que o insumo é todo produto utilizado no processo produtivo durante o desenvolvimento de uma cultura. Ou seja, na produção do milho é necessário utilizar os seguintes insumos: Sementes, Adubos, Insecticidas e demais produtos que têm custo durante o desenvolvimento do milho, o aluguer do terreno também. O facilitador explica o que significa Registo de Insumos e a necessidade de anotar o nome, a data e a marca ou origem dos mesmos, e apresenta os exemplos com ajuda do PPT.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Estou preocupada porque tenho uma praga de lagartas na minha lavra de milho! Eu me lembro que o senhor Valentino teve a mesma praga no passado, mas Valentino comprou e utilizou um produto que solucionou o problema!

Não se preocupe! Eu fiz o Registo de Insumos o ano passado. Vou procurar o nome do produto. Com o Registo é muito fácil identificar os insumos

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Senhor Valentino! Vôce pode me ajudar? Você se lembra de qual é o nome do produto e onde posso comprà- lo?

1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3) • Exercício prático de Registo de actividades agrícolas (Ficha 3.1) Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, definição de insumo.

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Actividade 11.3. Através de um exemplo saber calcular as quantidades de insumos. Explique/Discussão dos casos/Outras experiências/Exercício prático O facilitador explica a quantidade aplicada de Insumo ou Produto e as medidas para expressá-lo. Com ajuda do Power Point o facilitador apresenta o exemplo de cálculos de quantidades de insumos. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

• Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, a parte de cálculo e Registo de insumos.

Actividade 11.4. Saber quais são os insumos produzidos em casa. Explique/Pergunta/Ouça. O facilitador explica que existem insumos produzidos em casa que se podem utilizar e apresenta um exemplo. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” e suficientes vias do Exercício prático de Registo de actividades agrícolas (Ficha 3.1). Documentos a entregar ao grupo: • Cópia em papel da apresentação do Programa PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, insumos de casa.

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Actividade 11.5. Saber fazer um Registro de insumos. Exercício prático O facilitador apresentará o exercício prático de Registo de insumos (Ficha 3.2) com o exemplo no Power Point de um Registo de insumos (Anexo Exemplo Registos). A continuação mostra-se a estrutura e o procedimento do Registo de Insumos: 1. Na coluna 1 anotam-se os insumos utilizados no desenvolvimento da cultura. 2. Na coluna 2 anota-se a data de aplicação do insumo, sempre de maneira ordenada. Ou seja, à medida que os insumos ou os produtos são aplicados na cultura. 3. Na coluna 3 anota-se a superfície praticada para a qual o insumo é aplicado. 4. Na coluna 4 regista-se o tipo ou marca dos insumos utilizados. 5. Na coluna 5 regista-se a origem (loja, praça, instituição...) dos insumos utilizados. 7. Na coluna 7 anota-se a unidade de medida, ou seja, a unidade utilizada na aplicação dos insumos: Canecas, Sacos, Quilogramas, etc. 8. Na coluna 8 regista-se o custo unitário de todos os insumos. Ou seja, o custo ou preço por unidade de medida dos insumos utilizados: Preço por Caneca, Custo por Saco, etc. 9. Na coluna 9 anotam-se as observações, onde se escreve a informação necessária para registrar correctamente os custos. O facilitador também apresentará um exemplo de registro de insumos/consumo de casa. REGISTO DE INSUMOS Nome:__________; Cultura:__________; Aldeia:___________; Município:___________; Variedade:_______________; Cooperativa:___________________________________; Província:______________; Período de produção:________________; Insumo ou Produto Semente

Data

Superfície (passos x passos)

Tipo ou Marca

Origem

Quantidade Unidade Custo aplicada de Medida Unitário

Observações Da colheita do ano passado

Adubo NPK Adubo orgánico Amônio Enxada Sacos Tambor armazenamento Lona

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

6. Na coluna 6 anota-se a quantidade total aplicada do insumo ou produto.


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1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3. • Exercício prático de Registo de Insumos (Ficha 3.2). • Anexo 3 Exemplos (Exemplo de Registo de Insumos). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, definição de insumo. • Uma cópia em branco do Exercício prático de Registo de Insumos (Ficha 3.2). FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

• Do Anexo 3 o Exemplo de Registo de insumos por pessoa.

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MÊS 3 / SEMANA 12

SESSÃO 12. Registo de destino da produção

Actividade 12.1. Revisão do aprendido na sessão anterior. Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior:

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Revisar especialmente como fazer um registo de insumos. 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3) • Exercício prático de Registo de Insumos (Ficha 3.2) • Anexo 3 Exemplos (Exemplo de Registo de insumos)

Actividade 12.2. Saber o que é o registro do destino da produção. Explique O facilitador explica o objectivo: O registo de destino da produção permite calcular os as receitas ao final de cada período de produção. Os produtos que se obtém da colheita podem ser: Produtos principais e Produtos secundários. • Produtos Principais: Constituem o objectivo da cultura: Na cultura de milho os produtos principais são a semente e o grão de milho. • Produtos Secundários: Obtém-se como subprodutos: Na cultura de milho os produtos secundários são folhas, restolhos, etc.

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Os produtos que se obtém da colheita podem ter três destinos: Consumo, mercado e semente. • Consumo familiar: A colheita ou produção agrícola consumida em casa pela família • Venda ou mercado: A colheita ou produção agrícola vendida no mercado formal ou informal. • Semente: A colheita (semente) que guarda o produtor para semear na próxima temporada. Existem Destinos da Produção que não se pagam com dinheiro: Refere-se à àqueles produtos da colheita que se destinam para o consumo familiar ou para próxima sementeira. O grão que se obtém na colheita não se vende no mercado. A família consome em casa. A semente que se obtém na colheita não se vende no mercado. A familiar armazena e utiliza na sementeira do próximo ano. Estes produtos da colheita não são pagos com dinheiro, mas consideram-se uma poupança.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

O facilitador apresenta um exemplo com ajuda do PPT:

Eu não vendo a semente de soja obtida na colheita. Utilizo para semear no próximo ano.

Você sabe que essa semente tem um preço na praça. O fato de ter semente na sua casa e não comprar para a próxima sementeira é uma poupança! É importante que você saber que é uma poupança.

Os produtos que se obtém da colheita e não se vendem no mercado, ainda não serão pagos, tem uma poupança que deveria ser contagiada num Registro de Destino. Esta poupança corresponde ao preço pelo qual este produto poderia ser vendido no mercado.

50 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3).

120


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 12.3. Através de um exemplo saber calcular as receitas da produção. Explique/Discussão dos casos/Outras experiências/Exercício prático. Desenvolvimento da técnica de facilitação: O facilitador explica: Com ajuda do Power Point o facilitador apresenta o exemplo de cálculos de quantidades de insumos:

Na minha lavra de milho, eu colhi 40 canecas de milho para comer em casa, 30 canecas para vender e 10 canecas que vou utilizar na sementeira do próximo ano. Também obtive 4 sacos de restolhos que vou dar aos cabritos da casa.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

O Registro de Destino da Produção permite calcular as rendas (entradas de dinheiro) ao final do período de produção.

Não se preocupe... É muito fácil...! Eu vou te mostrar!

Como posso saber a Receita Total?

Com ajuda do Power Point o facilitador apresenta o exemplo de cálculos de quantidades de insumos: 1º Identifico os destinos da produção obtida, já sejam produtos principiáis ou produtos secundários:

Para Consumo Familiar: 40 canecas de milho e 4 sacos de restolhos

Para Venda: 30 canecas de milho

Esto está repetido.Entiendo que debería ser 10 canecas de milho como semente

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2º Calculo a Renda ou Ingresso de dinheiro e a poupança:

Para os produtos vendidos: A renda corresponde ao preço de venda no mercado.

Para os produtos não vendidos (consumidos e semente): A poupança corresponde aos preços pelos quais estes produtos poderiam ser vendidos no mercado

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

3º É importante conhecer que os preços não são sempre os mesmos e que variam em função da época ou momento do ano

Das 30 canecas de milho para vender, não todas forma vendidas ao mesmo preço. Das canecas vendidas no mês de dezembro obtive um maior preço

Das canecas não vendidas, não todas teriam o mesmo preço de venda no mercado

As canecas para comer tem qualidade de grão. O preço ao qual o grão poderia ser vendido no mercado corresponde a 30 kwanzas uma caneca

As canecas para semear tem qualidade de semente. O preço ao qual semente poderia ser vendida no mercado no momento da sementeira corresponde a 120 kwanzas uma caneca

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se fora possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3) Documentos a entregar ao grupo:

Actividade 12.4. Saber fazer um registro de destino de produção de acordo ao tipo de destino (consumo em casa, venda no mercado, sementeira). Exercício prático Desenvolvimento da técnica de facilitação: Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará os exercícios práticos de Registro de destino da produção de acordo a seu destino, Semente (Recurso didático 3.3), Consumo em casa (Recurso didático 3.4), Venda no mercado (Recurso didático 3.5). Utilizará o Power Point com os exemplos dos Registros de destino da produção (Anexo 3. Exemplo de Registros):

REGISTRO DE DESTINO DA PRODUÇÃO: SEMENTE Nome:__________; Cultura:__________; Aldeia:___________; Município:___________; Variedade:_______________; Cooperativa:___________________________________; Província:______________; Período de produção:________________; Producto/ Subproducto Semente milho

Semente Data 30/10/2014

Quantidade

Unidade de medida

Preço Unitário

TOTAL

10

Canecas

120 kwanzas

1200

TOTAL POUPANÇA DE DINHERO PRODUTOS DA COLEHEITA PARA SEMENTE

1200 kwanzas

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

• Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”, parte de Registro de produção.


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REGISTRO DE DESTINO DA PRODUÇÃO: CONSUMO EM CASA POUPANÇA Nome:__________; Cultura:__________; Aldeia:___________; Município:___________; Variedade:_______________; Cooperativa:___________________________________; Província:______________; Período de produção:________________; Producto/ Subproducto Semente milho

Semente Data

Quantidade

Unidade de medida

Preço Unitário

TOTAL

10

Canecas

120 kwanzas

1200

4

Sacos

100 kwanzas

400

30/10/2014

Retolhos

TOTAL POUPANÇA DE DINHERO PRODUTOS DA COLEHEITA PARA SEMENTE

1200 kwanzas

REGISTRO DE DESTINO DA PRODUÇÃO: VENDA NO MERCADO FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Nome:__________;

Cultura:__________;

Variedade:_______________; Província:______________; Producto/ Subproducto

Aldeia:___________;

Município:___________;

Cooperativa:___________________________________; Período de produção:________________; Semente

Data

Quantidade

Unidade de medida

Preço Unitário

TOTAL

Grão de Milho

20/09/14

10

Canecas

30 kwanzas

450

Grão de Milho

10/10/14

4

Canecas

40 kwanzas

400

Grão de Milho

6/12/14

5

Canecas

55 kwanzas

275

TOTAL POUPANÇA DE DINHERO PRODUTOS DA COLEHEITA PARA SEMENTE

1125 kwanzas

A continuação o facilitador mostra a estrutura e o procedimento do registro de destino da produção: 1. Na coluna 1 anotam-se os produtos principais e os produtos secundários que se obtêm da colheita. 2. Na coluna 2 anota-se a data, principalmente no destino para venda e para Semente, sempre de maneira ordenada. Ou seja, à medida que os produtos são vendidos e quando a semente guardada é semeada. 3. Na coluna 3 registra-se a quantidade de produto consumido, vendido ou semeado. 4. Na coluna 4 anota-se a unidade de medida, ou seja, a unidade utilizada no consumo ou venda dos produtos: Canecas, Sacos, Quilogramas, etc. 5. Na coluna 5 registra-se o preço unitário de cada produto. Ou seja, o preço de cada unidade de medida: Preço por Caneca, Preço por Saco, Preço por Quilograma, etc. Na coluna 6 anota-se o valor total. Ou seja, o resultado de multiplicar a quantidades pelo preço unitário. POR ÚLTIMO, SOMAR OS VALORES TOTAIS DA POUPANÇA DOS DESTINOS DA PRODUÇÃO PARA SEMENTES E CONSUMO PARA CASA. A RENDA É O DESTINO DE PRODUÇÃO PARA VENDA NO MERCADO

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se fora possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3). • Suficientes vias do Exercício prático de registro de destino da produção de acordo a seu destino, Semente (Ficha 3.3). • Consumo em casa (Ficha 3.4). • Venda no mercado (Ficha 3.5). • Anexo 3 Exemplos (Exemplo de Registro).

• Cópia em papel da apresentação do Programa (PPT nº 3) e “Cálculo dos custos de produção”, parte do Registro de destino da produção e tipo de destino. • Uma cópia em branco dos Exercícios práticos: fichas 3.3, 3.4, 3.5 e do Anexo 3 o Exemplo de Registro, por pessoa.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

Documentos a entregar ao grupo:


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Actividade 12.5. Saber fazer um registro dos membros e das suas cotas mensais. Pergunte/Ouça/Exercício prático. Desenvolvimento da técnica de facilitação: O facilitador perguntará ao grupo: Por que é importante fazer um registro dos membros da cooperativa? Com o resultado das respostas explicará: Por que é importante? Assim poderemos estar ao tanto de quem está em dia com o pagamento das cotas mensais dentro da cooperativa. Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará o exercício prático de Registro de membros da cooperativa (Ficha 3.6) utilizará o Power Point com o exemplo de Registro de membros (Anexo Exemplo de Registros):

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 3

REGISTRO DE MEMBROS DA COOPERATIVA Cooperativa:_________________________; Nome

Província:_________________________; Assinatura

Telefone

Mes:________________; Data

Cota mensal

TOTAL DE COTAS MENSAIS NA COOPERATIVA

O facilitador explicará o processo: Faz-se um registro mensal de membros da cooperativa com o correspondente custo da cota mensal. Segundo os membros vão abonando a cota mensal, os mesmos serão registrados para que fique constância e posteriormente terão que assinar para verificar e demonstrar sua conformidade com o registro. A cada mês o registro será renovado, arquivando o anterior num lugar seguro. Finalmente poderemos registrar o total dos rendimentos mensais que se obteve com o pagamento da cota mensal de todos os membros da cooperativa e saber quem está pendente de pagamento. 40 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se fora possível retroprojector e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3). • Suficientes vias do Registro de membros da cooperativa (Ficha 3.6). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº3 Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção”. • Uma cópia em branco do Exercício prático do Registro de membros da cooperativa (Ficha 3.6) para cada pessoa.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO APRESENTAÇÃO Este módulo ajuda a dar a conhecer as vantagens e desafios da comercialização em cooperativa e ensina aos membros a levar os registros de contatos e de vendas. TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA

Mês 1

Mês 1

SESSÃO 17. Aspectos práticos para a Cooperativa

11

12

13

14

15

16

17

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SESSÃO 16. Troca de Experiências

9

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/ Revisão dos Estatutos

10

19

20

6 SEMANAS

11 SEMANAS 3

REGISTROS Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

SESSÃO 14. Registros de Venda

8

SESSÃO 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios

7

SESSÃO 12. Registro de destino da produção

6

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA

SESSÃO 11. Registros de produção

5

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO

SESSÃO 10. Os conceitos

SESSÃO 8. A planificação do serviço

2

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 7. O conceito de serviço

4

3 SEMANAS 1

FASE DE LEGALIZAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Mês 2

Mês 3

Mês 4

Mês 4

18 Mês 5

Fonte: elaboração própria

Os resultados do aprendizado esperados por parte dos participantes desse módulo são: RESULTADOS ESPERADOS DO MÓDULO 4 •

O grupo aprende os objetivos da comercialização vantagens e desafios.

O grupo reduz a desconfiança na comercialização agrupada e compreende que sem confiança não existe a cooperativa.

O grupo sabe a importância de selecionar produtos.

O grupo sabe as vantagens do armazenamento.

O grupo sabe fazer um registro:

de contatos (para compra de insumos, venda...).

de venda dos produtos.

O grupo elabora uma lista com os potenciais clientes e contatos necessários para a comercialização.

Para isso, se utilizará a apresentação do programa formativo intitulada Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) Este módulo contempla duas sessões: • Sessão 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios •

Sessão 14. Registos de Venda

A continuação, se resume no seguinte quadro, a Guia Plano de Formação Módulo 4, os tempos, as actividades, técnicas e ferramentas para cada sessão formativa.

127

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

MÊS

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SEMANAS OU DIAS

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

DURAÇÃO

FASE DE FORMAÇÃO MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

SESSÕES

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

FASE PREPARATÓRIA

MÓDULOS

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

FASES


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TABELA 8. GUIA PLANO DE FORMAÇÃO MÓDULO 4 MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

Mês 4 Semana 13

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Dia 13

SESSÕES DE FORMAÇÃO

TÉCNICAS ATIVIDADES E DE FACILIOBJETIVO TAÇÃO

SESSÃO 13. O 13.1 Revisão do objetivo da coaprendido no mercialização. Módulo 3 Vantagens e Desafios

Resumo

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

No resumo, alguns participantes formando 20 min pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu no Módulo 3, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 3: - Conhecer o que são custos e ingressos e saber calcular os custos de produção. - Saber registrar insumos, custos de produção, registro dos membros. - Revisar as tarefas a realizar do Módulo 3 (Registros da Cooperativa)

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS Materiais: - Flip chart e marcadores. Se fora possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3)

13.2 Aprender os objetivos da comercialização vantagens e desafios

Explique/ O facilitador explica o objetivo da comercialização 1 hora Pergunte/Ouça através da cooperativa. Vai perguntar ao grupo: Quais são as vantagens da comercialização em cooperativa e não de forma individual? O facilitador escutará as opiniões dos membros e depois explicará as vantagens. O facilitador explicará os desafios.

Materiais: - Flip chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4)

13.3 Aprender a importância de selecionar produtos

Explique/ O facilitador pregunta: Como podemos evitar Pergunte/Ouça preços baixos na venda de nossos sacos com a produção? Explica as vantagens da seleção por qualidades e faz uma revisão dos tipos de embalagens.

40 min

Materiais: - Flip chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) Documentos a entregar ao grupo: - Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização”

13.4 Conhecer quais são as vantagens do armazenamento para a comercialização

Explique/ O facilitador pergunta: Quais são os objetivos 1 hora Pergunte/Ouça do armazenamento? Explicar as vantagens do armazenamento e fazer cálculos prévios ao armazenamento. Como planificar nosso armazém de acordo aos nossos recursos?

Materiais: - Flip chart e marcadores Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) Documentos a entregar ao grupo: - Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização”

13.5 Ter uma lista de contatos para a comercialização

Explique/ O facilitador perguntará: Por quê é útil ter uma 40 min Pergunte/Ouça boa lista de contatos? Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará o exercício prático de livro de contatos da cooperativa (Recurso didático 4.1) utilizará o Power Point com o exemplo

Materiais: - Flip chart, marcadores e canetas para cada pessoa Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e suficientes vias do Exercício prático de Ficha 4.1. Registro de membros da cooperativa Documentos a entregar ao grupo: - Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização” e para cada pessoa uma cópia do Exercício prático de Ficha 4.1. Livro de contatos


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Mês 4 Semana 14

Dia 14

SESSÕES DE FORMAÇÃO SESSÃO 14. Registros de Venda

TÉCNICAS ATIVIDADES E DE FACILIOBJETIVO TAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS

14.1 Revisão do aprendido na sessão anterior

Resumo

No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: Revisar especialmente como fazer, seleção de produtos por qualidade, as vantagens e como planificar um armazenamento e como fazer um livro de contatos

30 min

Materiais: - Flip chart, marcadores e canetas para cada pessoa Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e suficientes vias do Exercício prático de Ficha 4.1. Registro de membros da cooperativa

14.2 Saber fazer um Registro de venda

Explique/ Exercício prático

O facilitador pergunta o porquê da necessidade dum Registro de vendas. Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará o exercício prático de Livro de contatos da cooperativa (Recurso didático 4.2) utilizará o Power Point com o exemplo

1 hora

Materiais: - Flip chart, marcadores e canetas para cada pessoa Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e suficientes vias do Exercício prático de Ficha 4.2. Registro de vendas da cooperativa Documentos a entregar ao grupo: - Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPTnº4) - Uma cópia para cada pessoa do Ficha 4.2. Livro de Registro de vendas e - Uma cópia do exemplo de Registro de vendas do Anexo 3.0. Exemplo de Registros

Fonte: elaboração própria

129

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)


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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÊS 4 / SEMANA 13

SESSÃO 13. O objectivo da comercialização. Vantagens e Desafios

Actividade 13.1. Revisão do aprendido no Módulo 3. Desenvolvimento da técnica de facilitação: No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu no Módulo 3, com ajuda do caderno e das anotações do Módulo anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se é preciso pode apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes do Módulo 3: • Saber registar insumos, custos de produção, registo dos membros. • Revisar as tarefas a realizar do Módulo 3 (Registos da Cooperativa). Recomendações ao facilitador: O facilitador deve ter presente em todo momento a situação real do grupo de trabalho com o que está a trabalhar, e utilizar exemplos reais deste grupo nas explicações e actividades a realizar. 20 minutos Materiais: · Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: · Power Point Módulo 3. “Cálculo dos custos de produção” (PPT nº3).

Actividade 13.2. Aprender os objectivos da comercialização, vantagens e desafios. Explique/Pergunte/Ouça Desenvolvimento da técnica de facilitação: O facilitador explica: O objectivo da comercialização através da cooperativa: Com o comércio através da cooperativa se oferece um serviço de comercialização aos membros de forma: eficaz, eficiente, rentável e sustentável. Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará o índice do Programa formativo do Módulo 4. Para refletir sobre os objectivos deste módulo, antes de começar o facilitador perguntará ao grupo: Quais são as vantagens da comercialização em cooperativa e não de forma individual?

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

• Conhecer o que são custos e receitas, e saber calcular os custos de produção.


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O facilitador escutará as opiniões dos membros e depois explicará as vantagens. Individualmente, todos estes processos seriam mais onerosos e implicariam mais tempo para gerir. Com a cooperativa é menos oneroso e não dedico o meu tempo a tais fins. O facilitador explicará os desafios e condições necessárias. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador:

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

• Com ajuda do Power Point o facilitador apresentará o índice do Programa formativo do Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4).

Actividade 13.3. Aprender a importância de seleccionar produtos Explique/Pergunta/Ouça O facilitador pergunta: Como podemos evitar preços baixos na venda de nossos sacos? Muito fácil! Devemos separar o produto por qualidades. Vou te mostrar como. O facilitador explica: Normalmente os produtores inserem todo o produto no mesmo saco. Isso virá a ter consequências porque sem uma separação do produto por qualidades o comprador oferecerá um preço mais baixo depois de conferir a qualidade. O facilitador explica: Para evitar esta situação será necessário fazer uma selecção do produto, este deverá ser dividido em dois (ou mais) segundo a sua qualidade. Com este processo vamos poder ter acesso a dois preços diferentes. Saco de qualidade A: Neste saco vamos inserir o produto de alta qualidade, que não estará misturado com o de baixa qualidade e que o comprador vai comprar a um preço mais alto e vamos a obter assim um maior lucro. Saco de qualidade B: Em este saco vamos inserir o produto de baixa qualidade, este produto será vendido a um preço menor. Não vamos tirar muito lucro pela sua venda, mas não vai ter consequências no produto de alta qualidade. O facilitador perguntará aos grupos quais são as vantagens de fazer a selecção do produto.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Após as conclusões vai fazer um resumo das vantagens de fazer uma separação do produto por qualidades: • Dois produtos distintos: Alta qualidade e baixa qualidade • Dois possíveis mercados distintos e usos diferentes do produto • O produto de baixa qualidade não afecta ao produto de alta qualidade. • Poder ter dois preços distintos. O facilitador deveria explicar que tem que existir embalagens para a qualidade A e a qualidade B, e descrever as melhores embalagens para os produtos mais comuns, por exemplo: • Para a batata de semente a sua transportação deve ser feita com os sacos (embalagens) de rede com a capacidade máxima de 25 kg, se for mais que isso pode prejudicar a semente, criando ferimentos nos tubérculos ou mesmo sufocar a semente.

• Nas sementes de cereais ou leguminosas, é aconselhável usar sacos (embalagens) de ráfia, mas antes de colocar a semente nos sacos deve ser tratada com insecticida, este tratamento deve ser feito em uma lona com um intervalo de segurança que vai de 15 a 25 dias. Outro meio de conservação mais eficiente e barato é o uso de tambores herméticos, com capacidade de 200 kg, para além de não precisar de insecticida para tratar a semente também defende bem as sementes as pragas roedoras. 40 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização”.

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FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

• Para a qualidade B essa é posta simplesmente nas embalagens de papel, sacos (embalagens) de rede ou caixas plásticas, esta batata serve para o consumo.


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Actividade 13.4. Conhecer quais são as vantagens do armazenamento para a comercialização. O facilitador pergunta: Quais são os objectivos do armazenamento? E depois explica com ajuda do Power Point: O objectivo do armazenamento consiste em aproveitar a melhor ocasião para vender o nosso produto a um melhor preço. Se não há necessidade de vender o produto imediatamente após a colheita, o armazenamento do produto é um factor a ter em conta. Vender o produto imediatamente após a colheita pode provocar que este seja vendido quando há uma maior oferta e que o produto esteja a um menor preço no mercado, portanto, o lucro a obter será menor. Se armazenamos o produto vamos poder esperar e obter informação de como vai evoluindo a oferta e preço do produto. Quando vejamos que a oferta do produto é escassa, significa que poderá haver uma maior procura do produto e vamos poder vender o mesmo a um preço mais elevado e vamos poder obter assim um maior lucro.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

Lei da oferta e da procura:

PRODUTO

PRODUTO

+

Uma maior procura

=

Preço de venda mais elevado

+

Uma menor procura

=

Preço de venda mais baixo

Necessário: Excelentes sistemas de armazenamento que não deteriorem o produto. Sem uns excelentes sistemas de armazenamento não será possível reservar o produto para poder vender em um outro momento. Os sistemas de armazenamento devem evitar as perdas e deterioração da qualidade do produto. Exemplo Sistemas de armazenamento de soja: É importante ter em conta que se podem partilhar as despesas de armazenamento com outros membros da cooperativa. Não é apenas um único membro que terá que acarretar todos os gastos e será assim mais barato para todos. O facilitador deve explicar as etapas prévias ao armazenamento. Como planificar nosso armazém de acordo aos nossos recursos? Sozinhos ou pedir o crédito com a ajuda de alguma organização? Alguns tipos de armazém por cultura: Exemplo Armazém com tambores de milho: Um tambor para armazenar custa 3000,00 kz. Tempo de conservação: 6-9 meses. Capacidade do tambor: 190 kg. Perdas possíveis: 5 kg à 8 kg.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Exemplo Armazém de luz difusa de batata: Para o sistema de armazenamento da batata é aconselhável construir um armazém de luz difusa, onde circula o ar em todos os cantos. Este armazém constrói-se com paus, chapas de zinco, redes metálicas ao redor, cimento para chumbar os paus. A batata é colocada nas prateleiras até grelhar. Cálculos Despesas para material de construção de um armazém de luz difusa de 72 metros quadrados DESIGNAÇÃO

QUANTIDADE

PREÇO UNITÁRIO

TOTAL Kz

1

Pau de eucaliptos ou pinheiros

2

Cimento

600

1.000,00

600.000,00

30sacos

1.500,00

45.000,00

3

Pedra

1 carrada

45.000,00

45.000,00

4

Areia

1 carrada

38.000,00

38.000,00

5

Madeiras

6

Blocos

7

Chapas de Zinco

8

Redes metálicas

9

Esteira para as prateleiras

10

Pregos de tamanhos- 7,9,12,15 e 20

11 12

40

2.000,00

80.000,00

400

100,00

40.000,00

40

5.000,00

200.000,00

180m

2.000,00

360.000,00

100

600,00

60.000,00

20kg

1.200,00

24.000,00

Tinta antiferrugem ou asfalto

4 baldes

7.500,00

30.000,00

Grampos para fixar as chapas do teto

200 pcs

250,00

50.000,00

Total Geral

1.572.000,00

O armazém ocupa uma área de 72 metros quadrados, tem a capacidade de suportar 40 toneladas de sementes de batata rena. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização”.

135

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4


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Actividade 13.5. Ter uma lista de contactos para a comercialização. Exercício prático. O facilitador perguntará porquê é útil ter uma boa lista de contactos. O facilitador apresentará: O objectivo de ter uma boa lista de contactos será o de partilhar e ter acesso a informação quando for necessário. Temos que guardar todos os contactos que sejam úteis, para saber onde procurar, como como quem contatar e a quem preguntar quando chegue o momento. São muitas as vantagens de ter uma boa lista de contactos. É importante lembrar que um melhor acesso a informação significa ter um melhor acesso ao mercado. Vamos poder realizar as distintas tarefas de uma maneira mais eficaz e eficiente.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

Para elaborar uma lista de contactos será necessário ter um caderno bem organizado e que esteja bem elaborada. • Caderno: Ficaram guardados os diferentes contactos de vendedores nos mercados das principais capitais e cidades, transportadores, clientes, fornecedores e outros contactos úteis. • Organização: É fundamental porque vai dar um melhor acesso a informação. • Ter o caderno bem guardado: É muito importante a sua conservação em bom estado para evitar a perda de informações, à salvo de vermes, água, etc. Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará o exercício prático de livro de contactos da cooperativa (Ficha 4.1) utilizará o Power Point com o exemplo (Anexo 3 Exemplo de Registos): LIVRO DE CONTACTOS CONTACTO

TELEFONE

OCUPAÇÃO

ALDEIA

MUNICIPÍO

Transportador Vendedor

Com um bom caderno de contactos, se neste momento, por exemplo, estamos no Andulo e queremos saber a que preço está o kg de milho em Huambo, deveremos enviar um sms a um dos nossos contactos que temos no mercado da Alemanha em Huambo. Este processo vai facilitar muito a consulta que queremos fazer e as operações. Dentro da cooperativa, o responsável para a comercialização: Esta pessoa vai se dedicar a estabelecer as relações com contactos de interesse (transportadores, fornecedores, vendedores...) e ajudaria a manter estas relações de uma maneira mais estável. Uma pessoa dedicada a este fim dentro da cooperativa facilitaria muito aos membros no acesso a informação.

136


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

40 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). • Suficientes vias do exercício prático de livro de contactos (Ficha 4.1). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point Módulo 4. “Comercialização”.

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

• Uma cópia do exercício prático de Livro de contactos (Ficha 4.1) para cada pessoa.

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MÊS 4 / SEMANA 14

SESSÃO 14. Registos de Venda

Diana Actividade 14.1. Revisão do aprendido na sessão anterior. Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu na sessão anterior, com ajuda do caderno e das anotações da sessão anterior e com ajuda do flip-chart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes da sessão anterior: FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

- Revisar especialmente como fazer, selecção de produtos por qualidade, as vantagens e como planificar um armazenamento e como fazer um livro de contactos. 30 minutos Materiais: • Flip - chart e marcadores. Se for possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). • Suficientes vias da exercício prático da Ficha 4.1. Registo de membros ou livro de contactos.

Diana Actividade 14.2. Saber fazer um registo de vendas. Explique/Exercício prático. O facilitador pergunta o porquê da necessidade de um registo de vendas e explica: O livro de registo de vendas é necessário para ter registadas todas as vendas realizadas e saber com que preço, conseguimos acessar ao mercado com nosso produto em todo momento. Poderemos registar os diferentes preços dos diferentes mercados e meses. É importante lembrar que o preço do produto pode variar segundo a qualidade, portanto, temos que incluir também a qualidade do produto para evitar futuras confusões.

138


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Para trabalhar com o grupo, o facilitador apresentará o exercício prático de Livro de Registro de vendas (Ficha 4.2) utilizará o Power Point com o exemplo (Anexo 3 Exemplo de Registos): REGISTO DE VENDAS

Producto/ Subproducto

Data

Grao de milho 15/09/2015 Restolhos

15/09/2015

Quantidade (a/B)

Quantidade

Unidade de medida

Preço unitário

TOTAL

Município

A

40

Canecas

30 kwanzas

1200 kwanzas

Huambo

A

4

Sacos

100 kwanzas 400 kwanzas

Huambo

A continuação o facilitador mostra a estrutura e o procedimento do Registo de vendas: 1. Na coluna 1 anotam-se os produtos principais e os produtos secundários que se vendem. 2. Na coluna 2 anota-se a data da Venda, sempre de maneira ordenada. Ou seja, à medida que os produtos são vendidos. 3. Na coluna 3 regista-se a qualidade do produto vendido, qualidade A ou qualidade B. 4. Na coluna 4 anota-se a quantidade. 5. Na coluna 5 anota-se a unidade de medida, ou seja, a unidade utilizada na venda dos produtos: Canecas, Sacos, Quilogramas, etc. 6. Na coluna 6 regista-se o preço unitário de cada produto. Ou seja, o preço de cada unidade de medida: Preço por Caneca, Preço por Saco, Preço por Quilograma, etc. 7. Na coluna 7 anota-se o valor total. Ou seja, o resultado de multiplicar a quantidade pelo preço unitário. 8. Na coluna 8 anota-se o nome do mercado onde se faz a venda, o nome do intermediário. O livro de registo de vendas vai permitir: • Ser transparente: O registo de todas as vendas proporciona que não exista perdas de informação e poder consultar de onde foram obtidas as receitas com total transparência. • Consultar directamente os lucros ou prejuízos: Vamos conhecer em que momento anda bem e quando não, vamos tratar de aprender dos erros realizados e vamos debater as mudanças necessárias 1 hora

139

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

Nome:__________; Cultura:__________; Aldeia:___________; Município:___________; Variedade:_______________; Cooperativa:___________________________________; Província:______________; Período de produção:________________;


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Materiais: • Flip-chart e marcadores. Canetas para cada pessoa. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point módulo 4. “Comercialização”: e suficientes vias do Exercício prático de Registo de vendas da cooperativa (Ficha 4.2). Documentos a entregar ao grupo: • Entregaremos uma cópia da PPT nº4 Power Point módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). • Uma cópia para cada pessoa do Livro de Registo de vendas da cooperativa (Ficha 4.2).

FASE DE FORMAÇÃO • Módulo 4

• Uma cópia do exemplo de Registo de vendas do Anexo 3 Exemplo de Registos..

140


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

• FASE DE LEGALIZAÇÃO • MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA APRESENTAÇÃO Este módulo tem o objectivo de consolidar as cooperativas e acompanhar as mesmas no processo de formalização e no cumprimento dos aspectos formais. TABELA 2. PROGRAMA DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO: CONTEÚDOS E CRONOGRAMA

MÊS

1

2

3

4 Mês 1

5

6

7

8

9

Mês 2

19

20

6 SEMANAS

11 SEMANAS

Mês 1

REGISTOS Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

SESSÃO 17. Aspectos práticos

SESSÃO 16. Troca de experiências

MÓDULO 5. CONSOLIDAÇÃO DA COOPERATIVA SESSÃO 15. Elaboração e aprovação dos estatutos/ Revisão dos estatutos

SESSÃO 14. Registros de Venda

MÓDULO 4. COMERCIALIZAÇÃO SESSÃO 13. O objetivo da comercialização. Vantagens e Desafios

SESSÃO 12. Registro de destino da produção

SESSÃO 11. Registros de produção

SESSÃO 10. Os conceitos

SESSÃO 9. Prestação de contas e avaliação do próprio serviço

SESSÃO 8. A planificação do serviço

SESSÃO 7. O conceito de serviço

SESSÃO 6. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

SESSÃO 5. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

3 SEMANAS

FASE DE LEGALIZAÇÃO

MÓDULO 3. CÁLCULO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

SEMANAS OU DIAS

MÓDULO 2. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS COOPERATIVAS

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

DURAÇÃO

FASE DE FORMAÇÃO MÓDULO 1. ENTENDENDO UMA COOPERATIVA SESSÃO 4. O por quê duma cooperativa

SESSÕES

SESSÃO 3. As estruturas da cooperativa, as funções dos membros e os perfis profissionais

MÓDULO 0. SENSIBILIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO COOPERATIVO DO GRUPO SESSÃO 2. Os membros da Cooperativa e os tipos de cooperativas

FASE PREPARATÓRIA

MÓDULOS

SESSÃO 1. O por quê duma cooperativa

FASES

10

11 Mês 3

12

13

14 Mês 4

15

16 Mês 4

17

18 Mês 5

Fonte: Elaboração própria

O grupo tem os Estatutos da futura cooperativa.

O grupo consegue iniciar o processo de legalização como cooperativa.

Os membros estão preparados para dar os seus primeiros passos como cooperativa; já têm abertos os olhos (fundamental com a troca de experiências).

Os membros têm uma visão futura no longo prazo para trabalhar gradualmente como cooperativa.

Este módulo contempla três sessões: - Sessão 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/Revisão dos Estatutos - Sessão 16. Troca de Experiências - Sessão 17. Aspectos práticos para a Cooperativa A continuação, se resume no seguinte quadro, a Guia Plano de Formação Módulo 5, os tempos, as actividades, técnicas e ferramentas para cada sessão formativa.

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FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Os resultados de aprendizagem esperados por parte dos participantes deste módulo são:


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TABELA 9. GUIA PLANO DE FORMAÇÃO MÓDULO 5 MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Mês 4 Dia 15 Semana 15

SESSÕES DE FORMAÇÃO

SESSÃO 15. 15.1 Revisão das Elaboração aprendizagens e Aprovação dos Módulos dos Estatutos/ 0,1,2,3 e 4 Revisão dos Estatutos

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS Materiais: - Flip chart e marcadores. Se fora possível retroprojector e gerador. Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e exercícios práticos anteriores realizados pelo grupo

15.2 Como fazer os Resumo/ Estatutos da Explique Cooperativa o Revisar os Estatutos para que cumpram com a lei e poder fazer o Registro da Cooperativa.

Apoiar-se do modelo de Estatutos (Recursos 1h30min didáticos 5.1) o com os Estatutos da Cooperativa apresentação em Power Point resumo dos pontos mais importantes para fazer os Estatutos

Materiais: - Flip chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e recurso didático 5.1. Exemplo Estatutos cooperativa Chitumalo Hundo Tarefa: Fazer os Estatutos da Cooperativa

15.3 Revisar todos os aspectos mais importantes para a Legalização da Cooperativa

Explique

A continuação, se mostra aos membros do grupo a descrição dos passos do processo de legalização (note-se que, após as sessões de formação se trabalhará a este respeito com os responsáveis da futura cooperativa. Se entrega uma cópia aos membros (Recurso didático 5.2).

Materiais: - Flip chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: - Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e recurso didático Ficha 5.2. Etapas e custos para a legalização de uma cooperativa em Angola

16.1 Conhecer de forma prática o trabalho de cooperativas já criadas (experiências de organização, comercialização ou outras para replicar

Troca de Experiências

O facilitador previamente terá que selecionar a 1 dia cooperativa com experiência de comercialização em algum município próximo aos membros participantes deste grupo de trabalho. Considerando que o facilitador semanalmente tem pelo menos 4 o 5 grupos de trabalho o máximo número de pessoas serão de 4 pessoas por grupo de trabalho: 2 membros da Directiva da Cooperativa e 2 membros simples da cooperativa. O máximo recomendável de participação para a Troca de Experiências é 20 pessoas visitantes 4 pessoas por grupo no caso de ter 5 grupos semanais).

Cadernos e esferográficas Transporte Alimentação

Apoiar-se do flip-chart o apresentação em Power Point resumo dos pontos mais importantes da lições aprendidas da troca de experiências

Materiais: - Flip chart e marcadores. - Fotografias da Troca

SESSÃO 16. Troca de Experiências

Mês 4 Dia 17 Semana 17

SESSÃO 17. 17.1 Aspectos práticos para a Cooperativa

Resumo

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

Alguns participantes formando pequenos grupos 1h30min de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu nos diferentes Módulos, com ajuda do caderno e das anotações - Revisar a planificação dos serviços da cooperativa, o organograma e as funções dos membros - Revisar o Registro de membros da Cooperativa e suas cotas mensais - Se a Cooperativa tiver a experiência duma lavoura comunitária, como previamente sinalou-se em sessões anteriores revisar o Registro de labores, de insumos, de destino da produção e registro de venda se tiverem.

Mês 4 Dia 16 Semana 16

142

TÉCNICAS ATIVIDADES E DE FACILIOBJETIVO TAÇÃO

Os membros Resumo participantes na Troca de Experiências tem que fazer o resumo e réplica da experiência a todos os membros, sinalando as lições aprendidas e aspectos a replicar pela sua cooperativa

1h

1h30 min


MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÊS/ DIA SEMANA (4h/dia)

SESSÕES DE FORMAÇÃO

TÉCNICAS ATIVIDADES E DE FACILIOBJETIVO TAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA DE FACILITAÇÃO

TEMPO

MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS

17.2

Revisar e lembrar Explique todos os aspectos mais importantes para o processo de Legalização da Cooperativa (onde fazer, custos, etc...) já iniciado.

Revisão das etapas do processo de legalização 30 min (note-se que, após as sessões de formação, se trabalhará a este respeito com os responsáveis da futura cooperativa (Recurso didático 5.2)

Materiais: - Flip chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: - Recurso didático Ficha 5.2.

17.3

Saber como organizar uma Assembleia Ordinária de Cooperativa e aprender a preencher a Ata

Os membros organizaram uma Assembleia Geral 2h fictícia em presença do facilitador e com ajuda dum Modelo de Ata de Assembleia (Recurso didático 5.3) aprenderam a realizar este trabalho.

"Materiais: Flip chart e marcadores.

Explique/ Exercício prático

Recursos didáticos para o facilitador: 5.3. Modelo de Ata de Assembleia Geral"

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Fonte: Elaboração própria

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MÊS 4 / SEMANA 15

SESSÃO 15. Elaboração e Aprovação dos Estatutos/Revisão dos Estatutos

Actividade 15.1. Revisão da aprendizagem dos Módulos. Resumo No resumo, alguns participantes formando pequenos grupos de trabalho vão falar daquilo que cada um aprendeu nos diferentes módulos, com ajuda do caderno e das anotações e com ajuda do flipchart e marcadores, o facilitador vai estar maior parte do tempo a ouvir do que a falar mas se for preciso pode se apoiar com a apresentação em Power Point para fazer o resumo dos pontos mais importantes: - Revisar a planificação dos serviços da cooperativa, o organograma e as funções dos membros. - Revisar o Registo de membros da Cooperativa e suas quotas mensais. - Se a Cooperativa tiver a experiência de uma lavra comunitária, como previamente sinalou-se em sessões anteriores revisar o registo de actividades agrícolas, de insumos, de destino da produção e registo de venda se tiverem. 1 hora e 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador:

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

• Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4) e exercícios práticos anteriores realizados pelo grupo.

Actividade 15.2. Como fazer os Estatutos da Cooperativa ou Revisar os Estatutos para que cumpram com a lei e para que possam fazer o Registo da Cooperativa. Resumo/Explique Apoiar-se do modelo de Estatutos (Recurso didáctico 5.1) ou dos Estatutos da Cooperativa. Apresentação em Power Point resumo dos pontos mais importantes para fazer os Estatutos. Tarefa: Fazer os Estatutos da Cooperativa.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

1 hora e 30 minutos Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). • Recurso didáctico 5.1. Exemplo Estatutos cooperativa Chitumalo Hundo.

Actividade 15.3. Revisar todos os aspectos mais importantes para a Legalização da Cooperativa (Onde fazer? Custos, etc...). Explique A continuação mostra-se aos membros do grupo a descrição dos passos do processo de legalização (Note-se que, que após as sessões de formação se trabalhará a este respeito com os responsáveis da futura cooperativa. Se entrega uma cópia aos membros (Recurso didático 5.2). Ficha 5.2. ETAPAS, CUSTOS E REGISTOS PARA A LEGALIZAÇÃO DE UMA COOPERATIVA EM ANGOLA (CUSTOS ACTUALIZADOS A ABRIL DE 2017 NA SIAC HUAMBO) ETAPAS

DIAS

INSTITUIÇÃO

VIAS

CUSTO

1

Obtenção da certidão de admissibilidade na Conservatória do Registo Comercial

1

Conservatória do Registo Comercial

Adquirir uma ficha de cadastro de empresa, preencher as 3 denominações sociais de preferência, anexar a cópia do BI do requerente

2500 kz + 500 kz (Taxa SIAC)

2

Obtenção da certidão de constituição

10

Cartório Notarial

Entregar as cópias dos BI dos membros dos órgãos sociais, pelo menos 10 membros de acordo ao artigo 10 da Lei 23/15, a Certidão de admissibilidade, estatuto, acta da assembleia e a lista dos membros que não deve ser menos de 10 pessoas

Gratuito - para as cooperativas - + 4500 kz (Taxa SIAC)

3

Reconhecimento das assinaturas dos membros fundadores

1

Cartório Notarial

1050 kz + 750 kz (taxa SIAC) por assinatura. Mínimo 10 assinaturas, por conseguinte, (18000 kwanzas)

4

Obtenção do extrato de publicação no Diário da República

1

Cartório Notarial

Gratuito - para as cooperativas -

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FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5


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5

Obtenção do Registo Comercial

1

Conservatória do Registro Comercial

Entregar a cópia do BI do Presidente, cópia do Estatuto e da Certidão de Constituição

Gratuito - para as cooperativas - + 4200 kz (Taxa SIAC)

6

Obtenção do NIF

1

Repartição Fiscal

Cópia do BI do Presidente

Gratuito

7

Publicação no Diário da República

45

Imprensa Nacional

Entregar extrato de Publicação, cópia do estatuto e da certidão de constituição

1000 kz (+ 600 kz para a compra do DR onde a Cooperativa está publicada)

8

Obtenção do Alvará Comercial

240

Direcção Provincial do Comércio (único passo que deve ser realizado fora do SIAC)

Cópia do BI dos Sócios Fundadores, Cópia da certidão do Registo Comercial, cópia da certidão de constituição, cópia do número de contribuinte

Gratuito

Total Geral

31.300,00 kz

A tabela em questão faz referência as etapas e os gastos inerentes ao processo de legalização de uma cooperativa em Angola. Os membros a fazerem parte dos órgãos sociais directiva da cooperativa devem ser no mínimo dez (10) e estes devem dispor de bilhetes de identidade para facilitar o Registo das assinaturas. Foi escolhido o SIAC para a realização do processo sendo um estabelecimento com mais brevidade na resolução deste processo e isso evita de certa medida deslocações dos membros a todo lado. Os prazos do processo de legalização estão referenciados na tabela anterior de forma sequencial, tem um dia para adquirir a certidão de admissibilidade, duas semanas para obtenção da certidão de constituição, reconhecimento das assinaturas membros fundadores fundador leva um dia, a obtenção do extrato do Diário da República e o Registo comercial são dois dias, a publicação no Diário da República são aproximadamente dois meses, a obtenção do alvará comercial demora quase oito meses com custos avaliados em 31.300,00 kz como está escrito na tabela acima. É recomendável que os grupos de agricultores escolham 3 denominações sociais por ordem de preferência para evitar a problemática de ter que organizar uma nova Assembleia para escolher uma nova denominação social se a escolhida já estiver registrada.

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Infelizmente, o notário apenas vai reconhecer as assinaturas daqueles membros que tenham BI. É fundamental alargar a concessão do BI nas comunidades rurais para uma maior inclusão das mulheres nos órgãos de decisão das cooperativas agrícolas. Pessoas que não disponham de BI devem e podem formar parte da cooperativa, mas não devem constar na lista de 10 membros signatários porque isto iria impedir a legalização da cooperativa. É recomendável combinar com o Notário a data para a realização do reconhecimento das assinaturas com antecedência. 1 hora Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos para o facilitador: • Power Point Módulo 4. “Comercialização” (PPT nº4). • Ficha 5.2. Etapas e custos para a legalização de uma cooperativa em Angola.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

MÊS 4 / SEMANA 16

SESSÃO 16 Troca de Experiências

Actividade 16.1. Conhecer de forma prática o trabalho de cooperativas já criadas (experiências de organização, comercialização ou outras para replicar). Troca de Experiências O facilitador previamente terá que seleccionar a cooperativa, o grupo de trabalho ou experiência de comercialização em algum município próximo aos membros participantes deste grupo de trabalho. Considerando que o facilitador semanalmente tem pelo menos 4 ou 5 grupos de trabalho o máximo número de pessoas será de 4 pessoas por grupo de trabalho: 2 membros da Directiva da Cooperativa e 2 membros simples da cooperativa. O máximo recomendável de participação para a Troca de Experiências é 20 pessoas visitantes (4 pessoas por grupo no caso de ter 5 grupos semanais). Recomendações para o facilitador • Fazer a Troca de Experiências o mais próximo possível das sedes de trabalho dos distintos grupos, minimizar o tempo de transporte. • Preparar com antecipação aos participantes visitantes e visitados, e explicar bem os objectivos da troca de experiências. Na seguinte sessão os membros participantes na troca de experiências (4 como máximo por grupo de trabalho) terão que apresentar ao resto o que aprenderam e o que pode ser de utilidade para o seu grupo cooperativo. Por tanto é necessário que um membro da Directiva da Cooperativa de cada grupo escreva uma Acta da visita. 1 dia

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Materiais: • Flip-chart e marcadores. Se for possível retroprojectos e gerador. Papel e canetas. Recursos didáticos para o facilitador: • Cadernos e esferográficas. • Transporte. • Alimentação.

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MÊS 5 / SEMANA 17

SESSÃO 17 Aspectos práticos para a Cooperativa

Diana Actividade 17.1. Os membros participantes na Troca de Experiências têm que fazer o resumo e replica da experiência a todos os membros, sinalando as lições aprendidas e aspectos a replicar na sua cooperativa. Resumo Apoiar-se do flip-chart ou da apresentação em Power Point resumo dos pontos mais importantes das lições aprendidas da troca de experiências. Recomendações ao facilitador: O facilitador deve ter presente em todo momento a situação real do grupo de trabalho com o que está a trabalhar, e orientar ao grupo sobre os aspectos mais importantes da troca de experiências e possibilidades de réplica no grupo, durante este processo é possível que seja preciso revisar alguns aspectos já tratados nos módulos anteriores. 1 hora e 30 minutos Materiais: • Flip - chart, marcadores. • Fotografias da Troca de Experiências.

Actividade 17.2. Revisar e lembrar todos os aspectos mais importantes para o processo de Legalização da Cooperativa (Onde fazer, Custos, etc...) já iniciado. FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Explique Revisão das etapas do processo de legalização (Note-se que, que após as sessões de formação se trabalhará a este respeito com os responsáveis da futura cooperativa (Recurso didático 5.2). 30 minutos Materiais: • Flip - chart, marcadores. Recursos didáticos: • Ficha 5.2. Etapas e custos para a legalização de uma cooperativa em Angola.

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MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

Actividade 17.3. Saber como organizar uma Assembleia Geral da Cooperativa e aprender a preencher a Acta. Explique/Exercício prático Os membros organizarão uma Assembleia Geral fictícia em presença do facilitador e com ajuda de um Modelo de Acta de Assembleia (Recurso didático 5.3) aprenderão a realizar este trabalho. 2 horas Materiais: • Flip-chart e marcadores. Recursos didáticos:

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

• Modelo de Acta da Assembleia Geral.

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CODESPA - Programa de fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar. GUIA PARA O FACILITADOR COM BASE NA EXPERIÊNCIA DA CODESPA EM ANGOLA. COMPATÍVEL COM A METODOLOGIA DA ESCOLA DE CAMPO

MÊS 5 / SEMANA 18

Registos

Nas três últimas semanas do programa de fortalecimento cooperativo, a metodologia contempla o acompanhamento da cooperativa para a obtenção dos registros necessários para a consolidação formal da cooperativa. Tal e como se mostra na tabela anterior Ficha 5.2. Etapas, custos e Registos para a Legalização de uma cooperativa em Angola, os registos que se formalizam nesta etapa são: •

Obtenção da certidão de admissibilidade e preparação da certidão de constituição

Obtenção da certidão de constituição e do extrato de publicação no Diário da República

Obtenção do Registro Comercial, obtenção do NIF, pedido de publicação no Diário da República e pedido do Alvará Comercial

FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

Como já se revisou previamente, em dita tabela, se indica o número de dias que demora cada registo, a instituição no que se apresenta, assim como seu custo.

150


FASE DE LEGALIZAÇÃO • Módulo 5

MÓDULOS DE FORMAÇÃO EM FORTALECIMENTO COOPERATIVO - CODESPA

151


AGRICULTURA FAMILIAR

152


ANGOLA

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CODESPA é uma organização não lucrativa que possui 35 anos de experiência na cooperação internacional para o desenvolvimento. Partindo da confiança na capacidade humana para a construção de um mundo mais equitativo e justo, a sua missão consiste em proporcionar oportunidades às pessoas para que possam, através do trabalho, desenvolver as suas capacidades e ser protagonistas do seu próprio desenvolvimento. Desde o seu início até hoje, a CODESPA geriu cerca de 1000 projectos em 33 países da América Latina, do Médio Oriente, de África e da Ásia, e contribuiu para que milhões de pessoas tenham conseguido melhorar as suas condições de vida. Actualmente possui 11 delegações internacionais e nacionais. O respectivo Presidente Honorário é S. M. o Rei Don Felipe VI. A CODESPA aposta no desenvolvimento económico e social como motor para conseguir um desenvolvimento humano ao trabalhar em várias linhas: micro finanças para o desenvolvimento, criação de tecido empresarial, desenvolvimento rural agropecuário, turismo de gestão comunitária, formação profissional e integração profissional, migração e desenvolvimento, e alianças com o sector privado para o desenvolvimento. Para além disso, a CODESPA realiza um intenso trabalho de gestão do conhecimento, assim como de investigação, inovação e formação para profissionais do desenvolvimento, empresas e a sociedade em geral, desde a visão de que o trabalho conjunto é fundamental para a erradicação da pobreza.

Dpto. Investigação, Inovação Social e Consultoria c/ Rafael Bergamín, 12 28043 MADRID Tel.: +34 91 744 42 40 Fax: +34 91 744 42 41 innovacion@codespa.org - www.codespa.org

Com o financiamento de:

Esta publicação foi concebida com o apoio financeiro da Fundação REPSOL. O conteúdo desta publicação é da responsabilidade da Fundação CODESPA e não reflete necessariamente a opinião da FUNDAÇÃO REPSOL.


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