IHGM EM REVISTA, Número 1 - abril a junho 2022

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28 de abril, Dia Mundial da Educação -- há o que comemorar? CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO EDMILSON SANCHES A data de hoje, 28 de abril, é o Dia Mundial da Educação. Pelo menos 164 países reconhecem este Dia. Ele tem origem no Fórum Mundial de Educação, realizado de 26 a 28 de abril do ano 2000, na cidade de Dakar, capital e principal cidade da República do Senegal, país africano. (Em dezembro de 2018, a assembleia da Organização das Nações Unidas - ONU instituiu mais uma data para a Educação: o 24 de janeiro, oficializado como "Dia Internacional da Educação"). *** Imagine dois países. O primeiro, com vulcões ativos, tufões, maremotos, terremotos, solo infértil, irregular, e subsolo pobre. O outro, sem vulcões nem tufões, sem maremotos nem terremotos, solo fértil (onde, “em se plantando, tudo dá”), subsolo riquíssimo. Alguém que tivesse dinheiro disponível iria investir em qual dos dois países? Em princípio, a resposta é a de que se deveria investir no segundo país, que está melhor dotado em termos de características naturais, sem as “asperezas” edafológicas (solo) e sem os sobressaltos climáticos e atmosféricos do primeiro país, onde, aparentemente, o investimento parece não assegurar o retorno. Pois bem. Com todas as pré-condições contrárias listadas no início, o primeiro país atingiu altíssimo nível de desenvolvimento. Aquele país é o Japão. Com as melhores pré-condições naturais, o segundo país — o Brasil — ainda não conseguiu entrar para o clube dos países desenvolvidos. O Brasil, territorialmente, é mais de trinta vezes maior que o Japão. Tamanho é documento? E por que a República Federativa do Brasil ainda não chegou “lá”? Qual foi o elemento diferenciador entre um e outro país, a ponto de o Japão ser considerada uma das três maiores economias do mundo e o Brasil ainda ser tratado como uma nação de terceira categoria, isto é, de Terceiro Mundo (no máximo, um país "em desenvolvimento"? A diferença reside no mesmo elemento, aliás, no único elemento que pode fazer toda e qualquer diferença na face da Terra e em qualquer parte do Universo: a pessoa, o ser humano. Em termos de negócio, a nossa cultura nos remete logo para pensarmos e falarmos a língua do pê (P): Preço, Produto, Patrimônio, Praça (ou Ponto-de-venda), Processo. Não priorizamos o “P” de Pessoa. A Pessoa é o único elemento da natureza que pode criar uma “outra natureza”: a Cultura. Cultura é a intervenção do ser humano na natureza. Por exemplo: quando corta uma árvore e a transforma em móvel, quando lapida uma pedra e a transforma em objeto cortante ou em joia, quando transforma o barro em tijolo, o couro em vestuário ou cobertor, o ser humano está fazendo cultura, pois (inter)feriu (n)a natureza: a pessoa tirou as “coisas” do seu estado natural e, mediante seu conhecimento, sua habilidade, deu a elas uma nova forma, um outro uso ou utilidade, uma diferente característica. No princípio, tudo era “natura”; com o homem, veio a “cultura”. E, com a evolução do fazer cultural, apareceram as relações de Poder. No início, tinha poder quem era forte, fisicamente falando. O poder estava na Fisiologia da pessoa. Isso era natural, melhor, vital: o ser humano primitivo tinha de dispor de boa compleição física e força suficiente para ir à luta, à caça de animais cuja carne lhe fornecesse alimento, a pele, vestimenta, e os ossos, peças de utilidade doméstica ou bélica.


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