PALAVRAS DA PRESIDENTE Quantos significados tem uma mesma palavra? quantas interpretações produz uma mesma palavra? quantas palavras usamos para não dizermos nada? e pior - quantas tantas empregamos para não sermos entendidos -? Dilercy Adler
Embora já tenha iniciado com essas mesmas palavras “Palavra da Presidente” em uma revista de outra Instituição, no trimestre “julho a setembro de 2017”, optei por inicialmente reproduzir essas mesmas interrogações e breve constatação da gênese da palavra, considerada mais no sentido da origem e do desenvolvimento dos processos mentais ou psicológicos (da mente e da personalidade), exatamente por entender que em mim e para mim ainda persistem e me inquietam essas questões. Como asseverei, naquela ocasião, a palavra tem força de construção e concomitante e ambivalentemente de destruição; força de aproximação/aceitação e força de afastamento/rejeição... E então me indago: Como estão sendo pronunciadas, hoje, as nossas palavras?... Em continuação recorro à Bíblia Sagrada (Eclesiastes Cap,3:1-2) para expressar o que as palavras, já pronunciadas, me dizem: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou ...
Assim, essas sábias palavras de Salomão, já idoso, revelam que tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: ... Só dará certo se for no tempo certo! É, pois, com base nessas premissas, as quais, de certo modo, dão alento ao meu coração, que aceito ser este o tempo certo para o retorno desta Revista, que ficou um tempo fora do ar, e o tempo para que esta Diretoria assumisse efetivamente a direção desta Casa de Antônio Lopes, o qual sabiamente nos diz que “O IGHM foi criado para cultuar a tradição, venerar o passado, estudar o Maranhão. O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão-IHGM, Casa de Antônio Lopes, é uma Instituição da sociedade civil, de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos. A sua fundação data do dia 20 de novembro de 1925, logo, no primeiro quartel do século XX, e apresenta como finalidades primordiais, entre outras: “Estudar, debater e divulgar questões sobre História, Geografia e Ciências afins, referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão; e ainda cooperar com os poderes públicos que visem ao engrandecimento científico e cultural do Estado.” A Casa de Antônio Lopes traz ainda como desígnio declarado no seu Estatuto, no início do art. 42: “O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão é obra perene que se sucede no tempo, é órgão que se insere na vida histórica do estado do Maranhão...” Assim, faz-se mister reconhecer o empenho de todos os intelectuais que apoiaram a ideia do Prof. Antônio Lopes da Cunha e fundaram, há 97 anos, este sodalício e, igualmente, os que vêm, sendo fiéis, ao longo desses anos, no cumprimento da missão da Casa de Antônio Lopes, engrandecendo, por sua vez, a história e a cultura do estado do Maranhão. Esta Diretoria está convicta da necessidade do cumprimento das finalidades desta Casa e espera que progrida e se afirme cada vez mais, como um marco de referência positiva no Maranhão, no Brasil e no mundo. Nessa perspectiva, é imprescindível o estabelecimento de alianças e entendimento especial com o estado do Maranhão, com suas instituições da esfera pública e privada e com a sociedade em seu conjunto.