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Sonia Fernandez 37 a

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Katia Brito 75 e

Katia Brito 75 e

busca de aventuras (La Mancha). Eis a questão. Sempre haverá uma nova saída. A literatura está aí para ajudar. Desta vez, agarrou-se a Instrucciones para salvar el mundo, da escritora espanhola Rosa Montero. Coincidência ou não, o romance se abre com a epígrafe “Si ya no te quedan más lágrimas, no llores, ríe.”, de Shlomit Levin (abuela de Amos Oz). Rir passou, então, a ser senha de virada. As epígrafes quase sempre dão uma maõzinha. Não foram poucos os textos de humor pelos quais passou nos últimos anos. Afinal, sua vida passava pela literatura ou não passava. “Batracomiomáquia”, de Homero foi providencial, pois tratava de alma e, ainda por cima, à moda grega, porém e, talvez, por isso, o riso não lhe foi facultado. Mesmo diante do insólito e de episódios relativamente cômicos, o grego Homero não lhe proporcionou o riso desejado. Talvez fosse culpa da tradução... Com Boccacio foi diferente. Riso garantido. Seus contos preferidos, têm a ver com fingimento, o de Masseto de Lamporecchio, por exemplo, é hilário. Vale a pena percorrer toda a narrativa. Assim como “O casamento enganoso”, de Cervantes. Na mesma linha, “História daquele que se fez mudo para obedecer sua dama e afinal a desposou” garantiu-lhe boas risadas. Contudo, boas risadas mesmo garantem sempre “Uma das de Pedro Malas-Artes”. Séculos de literatura de humor não oferecem um cardápio tão rico de risadas como o velho Malazarte. Rir tanto também cansa e o bom humor tem seus desafios, a “Teoria do medalhão”, do velho Machado de Assis, é excelente exemplo. “Jeff Peters e a hipnose magnética”, de O. Henry é outra excelência, em termos de humor trabalhoso. A lista é infinita. Os 100 melhores contos de humor da literatura universal (2001) funcionam bem como guia para o leitor curioso que quiser disfrutar desses textos estimulantes e lições de imaginação. A mulher conhecia muitas e variadas fontes. Eu optei por sugerir apenas uma. Depois de mil e uma noites de leitura ininterrupta de contos, a mulher também cansou de viver de rir e achou que deveria encarar um romance, algo mais denso, algo que contemplasse a família, que lhe desse uma noção de conjunto das relações humanas, encontrou na pilha de livros que estavam à espera o Relato de um certo Oriente (2004) de Milton Hatoum. Contentou-se de contente de observar aquela gente toda se engalfinhando tipicamente como família e pensou que o ser humano é muito parecido, todos aqueles descendentes de libaneses em plena Amazônia não se diferenciavam dos brasileiros do sul e sentiu um ímpeto de escrever. Assim como as romancistas que, mudando de atitude e sem amargura, passaram a escrever sem protesto e sem defender nenhuma causa, ainda que com resíduos de indignação, tentou encontrar uma voz que fosse fiel a si mesma. Vida e ficção se entrelaçando, mas o que a mulher tentará reivindicar na medida que sua escrita feminina for se impondo? Um olhar particular para o silenciamento das mulheres, fato ainda presente na vida em família, mesmo depois de tantas conquistas, no âmbito social era esperado. Uma visão mais intelectual, mais política e, não apenas emocional, como se configurava a princípio, também. Assim, todo um trajeto de leitura com vistas à fuga e depois à consciência e à posse de si resultaria numa obra de ficção, pensou entusiasmada. Anos depois, passando por uma mesa de lançamento em uma livraria, deparei-me com o título Adesão incondicional na capa de um livro. Tomei-o nas mãos cheia de curiosidade. Folheei-o e, surpresa, constatei que não se tratava de um romance e sim de uma coletânea de contos humorísticos. Procurei na multidão, o rosto conhecido da mulher e não encontrei. Na busca de informação, me indicaram a autora. Não era uma mulher e sim uma pessoa trans. Eta vida besta, meu Deus! Diria Drumond. Eu não direi mais nada

Malu Navarro Gomes

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Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia Atenção, concentração e memória. Práticas psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso.

blog: https://blogdafelizidade.blogspot.com + 55 11 93481 1109 email: qualidadedevidaidosos@gmail.com

Condominio Valorização do Condominio, o que fazer?

Lawrence Gomes Nogueira Advogado sócio da Advocacia Aurichio Sindico morador e Sindico Profissional

Quais os aspectos que valorizam o condomínio e o que o Síndico pode fazer para que o condomínio se valorize.

Todo proprietário de uma unidade autônoma do condomínio sempre pergunta, COMO PODEMOS VALORIZAR NOSSO CONDOMÍNIO?? Segurança, organização, pintura, área de lazer, piscina, academia, espaço kids, área verde, entre outros aspectos sempre valorizam o condomínio, mas como fazer para as obras e ações valorizem o condomínio. O primeiro aspecto que alguém procura em um condomínio é a segurança, assim é muito importante que os condomínios demonstrem e estejam seguros, com instalações de câmeras, cercas elétricas, alarmes e especialmente treinamento constante dos funcionários da portaria para que se evite entrada indesejada de assaltantes pela portaria. Estão cada vez mais frequentes notícias de marginais que invadem os condomínios, especialmente pela portaria, onde jovens se passam por visitantes para entrar no local, se passando por parentes que “estavam aí dentro” e o funcionário desatento abre o portão do condomínio para os marginais se aproveitarem dos apartamentos vazios. Outra forma que os vândalos entram são pelos portões das garagens, tirando-os dos trilhos e fazendo furtos de bicicletas e outros itens nas garagens. Assim, o síndico deve tomar todas as medidas de implantação de segurança no condomínio, contratando empresa especializada para levantamento dos pontos vulneráveis e implantar medidas para segurança de todos. Outro aspecto que valoriza o condomínio é a pintura da fachada e das áreas comuns, devendo o síndico realizar as manutenções necessárias para que o condomínio esteja sempre em ordem e bonito. A fachada deve ser pintada a cada 5 anos e, sempre que possível, deve ser lavada com empresa especializada. Por óbvio, quanto mais organizado e com opções de lazer no condomínio, maior sua valorização, tais como: piscina, brinquedoteca, salão de festas, salão de jogos, parquinho, churrasqueira, academia, paisagismo, etc... sendo dever do síndico, nos termos do 1.348, V do Código Civil, fazer as manutenções das áreas comuns. Mas até onde o síndico pode fazer as manutenções do condomínio sem a necessidade de aprovação e/ou participação dos demais moradores? As manutenções básicas e emergenciais o síndico pode tomar a decisão de realiza, já que é de sua responsabilidade, contudo sempre levando

lawrencegnogueira@adv.oabsp.org.br

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