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João Aranha 13 a

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Cida Castilho 79 e

Cida Castilho 79 e

A Sétima Praga – John Martin – www.mfa.org pesticidas. O governo francês reagiu e estabeleceu um prêmio de 320 mil francos para quem desse uma solução para o grave problema que já estava causando falências e sérias ameaças à economia francesa. Eis que dois viticultores franceses descobriram que a praga poderia ter vindo dos Estados Unidos através de experimentos feitos com enxertos de videiras provenientes da América. Estas experiências, feitas anteriormente, não causaram nenhum problema. Hoje acredita-se que as viagens marítimas anteriores à descoberta das máquinas a vapor demoravam longo tempo o que acabava por matar os insetos. Com os novos navios as viagens ficaram bem mais rápidas e os insetos se hospedavam e sobreviviam imperceptíveis em raízes de plantas e mesmo em outros materiais botânicos, além de máquinas, terra, e até mesmo em pessoas e roupas. Os dois viticultores franceses acreditavam que a solução estaria nas próprias vinhas americanas que eram resistentes à praga, a qual seria eliminada através de vinhas enxertadas em porta enxertos provenientes de cepas americanas resistentes aos danos da Filoxera. Nova discussão surgiu entre os químicos e os defensores dos enxertos que acabaram com a vitória desses últimos. No total foram 15 anos de estagnação da produção de vinhos, notadamente na França e Portugal, atacando mais de 40% das vinhas. Hoje o mundo do vinho continua a temer a Filoxera que reapareceu na Califórnia (1980) e na Nova Zelândia e parte da Austrália (1990). A Filoxera ainda é uma ameaça presente na produção de vinhos em todo o mundo com exceção de alguns países e regiões como dizem que é o caso do Chile (por seu isolamento) e áreas com solo vulcânico e arenoso. O uso de enxertos se propagou e curiosamente a técnica de enxertos daria origem a novos procedimentos que visavam aumentar a produtividade e a produção de melhores vinhos. Com a junção de uvas diferentes criaram-se vinhos diferentes como é o caso, entre outros, do vinho Pinotage, cruzamento das uvas Pinot Noir e Cinsault (também conhecida como Hermitage). De qualquer forma há um estado de alerta constante para não se contrariar os deuses e ver sua ira transformada em pragas, pois viver sem vinho já ficou algo inconcebível em nossa sociedade.

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Divã Cuidado, Cuidador e cuidados com a relação! (parte III)

Sandra Regina Schewinsky

Psicóloga - Neuropsicóloga

Estou extremamente agradecida com a ativa participação dos leitores em relação ao tema Cuidado e Cuidador, em que estou tecendo informações de minha vida profissional de 34 anos acompanhando pessoas que necessitam de cuidados especiais e em várias situações intermediei relações e agora consigo concretizar as vivencias com as falas de vocês.

Na coluna anterior coloquei as dificuldades dos cuidadores, agora trago as falas dos familiares e a próxima, darei voz a quem mais precisa ser ouvido, os próprios pacientes.

Transcrevo algumas colocações, peço desculpas por não poder colocar todas:

1) Sandra, tenho mais um assunto para você. Percebo que as cuidadoras são bacanas, mas há um limiar muito tênue entre cuidado no sentido de evitar quedas e uma antecipação que impede que minha mãe se esforce. Minha mãe é muito viva. Ela quer andar. O corpo às vezes ajuda outras não. Mas percebo que as cuidadoras tiram um pouco esse ânimo. Beijo 2) Sandra, texto para reflexão, obrigada. Que sejamos sempre carinhosos com as pessoas acamadas, vejo a necessidade do cuidador intercalar a permanência com a pessoa doente, para dar espaço de liberdade ,ao cuidador, de viver sua vida e quando estiver com o doente esteja disponível e alegre. O cuidador, no meu entendimento, não deve permanecer o tempo integral com a pessoa acamada.

homeangels.com.br - Divulgação 3) Bem interessantes às reflexões, Sandra!!! Principalmente, pelo olhar da vivência, não da teoria apenas! Me vi, na época em que era a principal cuidadora dos meus pais... reconhecer a impotência e a frustração e raiva diante dela e diante da morte, é muito difícil, mesmo! E nossa comunicação é mesmo tão truncada, né?! Quanta coisa seria, se não mais fácil, ao menos menos difícil se aprendêssemos a nos comunicar! Que bom que sua amiga sugeriu esse tema!! 4) Seu texto é ótimo. Ele me lembrou de algumas coisas que passamos com a minha mãe quando ela também precisou de cuidadoras. Já faz 10 anos isso e ainda me lembro bem o quanto ela tratava mal as cuidadoras na frente dos filhos. Ela se irritava com tudo e era muito grossa. Eu estava sempre pedindo desculpas pela falta de educação da minha mãe. Uma delas me disse que eu não precisava me desculpar, pois o comportamento da minha mãe era muito comum. Que muitos idosos não conseguem aceitar a dependência em que passam a viver. Eu acho que também não ia gostar de depender de cuidadoras. Só que não me imagino sendo mal educada. 5) Já passamos por este momento difícil de conciliar cuidadoras não tão preparadas, as únicas disponíveis para dividir a intimidade da família. Os primeiros meses parecia estarem invadindo nossas vidas. Depois veio o carinho e a gratidão aprendida e dividida lado a lado. Três anos depois ainda agradeço essas mulheres que dividiram conosco o carinho e a atenção da nossa mãe, que esteve consciente até o final da vida.

6) Alguns cuidadores vão embora do nada! Ou faltam sem avisar! 7) Sandra, você acredita que a cuidadora fala de assuntos íntimos na frente do meu marido, como se ele fosse uma planta!!!!! 8) Não é porque a pessoa não fala que não precisa de dignidade, pegam qualquer roupa, sem combinar, colocam no meu filho! Logo ele que sempre foi tão vaidoso! 9) Temos três cuidadores, um é proativo demais, quer dar ordens para todos, outro não tem iniciativa só faz se mandar, o terceiro é bruto com meu irmão e adora uma fofoca e fazer intriga.

10) Não sei o que faria da minha vida sem a cuidadora! Querido leitor, como percebemos as queixas são pertinentes aos relacionamentos humanos. Algumas falas poderiam ser dirigidas ao cunhado, à empregada, à medica, ao motorista, à professora, ao marido, ao colega de trabalho, enfim pessoas que convivemos quase que diariamente conosco. Já outras colocações devem-se as peculiaridades do ato de

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