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Edson Covic 25 e

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Cida Castilho 79 e

Cida Castilho 79 e

Analisando os dados no site do IBGE, observamos que a população trabalhadora conforme pesquisa é de 108,1 milhões na Força de Trabalho mais 8,1 milhões de pessoas na Força de Trabalho Potencial que corresponde a 100% da População com Força Potencial de Trabalho. Destes 116,2 milhões, contamos com 90,9 milhões Ocupados, ou seja 78,2% da População da Força de Trabalho Potencial. Resulta que o desemprego total é de 18,5% formado por 10,6 milhões de desocupados mais 6,6 milhões de subocupados e mais 4,3 milhões de desalentados, restando 3,3% equivalente a 3,8 milhões da Força de Trabalho Potencial na categoria de Não Desalentados por não desejarem trabalhar. O índice de desemprego divulgado é de apenas 9,8% correspondente ao grupo de desocupados. Esta análise superficial não considera a qualidade da correlação que se vale das respostas do questionário da pesquisa. A população que está fora da Força de Trabalho não significa necessariamente que desistiu de trabalhar, mas que desistiu de procurar emprego por não o encontrar. O mesmo acontece com a distribuição entre os Ocupados em quantidade suficiente e não suficiente de horas. Fosse considerado o trabalho formal, o nível de ocupação seria de apenas 47,2 milhões de pessoas equivalente a 40,6% formado por 35,6 milhões de trabalhadores formais na iniciativa privada e 11,6 milhões no Serviço Público. A distribuição de Ocupação pesquisada pelo IBGE no trimestre móvel citado e divulgada no mês de junho é a seguinte: 1. Trabalhadores na Iniciativa Privada a. Trabalhadores com Registro em Carteira 35,6 milhões 36,5% b. Trabalhadores sem Registro em Carteira 12,8 milhões 13,1% c. Trabalhadores por conta própria 25,7 milhões 26,4% d. Domésticas 5,8 milhões 5,9% e. Empregadores 4,2 milhões 4,4% f. Outros 1,8 milhões 1,8% Total 85,9 milhões 88,1% 2. Trabalhadores no Serviço Público 11,6 milhões 11,9% Total Geral de Ocupados 97,5 milhões 100,% Da distribuição de grupos de trabalhadores apresentados pelo IBGE podemos entender que 13,1% dos Ocupados são trabalhadores diretamente informais ou bico; que 26,4% buscam uma alternativa de renda como trabalhador autônomo, trabalhador de aplicativos ou na forma de uma MEI em serviços de cabelereiro, manicure, comércio de alimentos ou revenda por internet, chegando a 40% o exército de subemprego. O resultado da busca de alternativas de trabalho e renda é a queda do rendimento médio real conforme fonte no site do IBGE.

Voto Veterano

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Fábio Faria de Sá

Diretor do Instituto de Orientação Previdenciária

A primeira eleição no Brasil ocorreu em 1532, apenas 32 anos após a descoberta oficial do Brasil. São Vicente, a primeira Capitania por aqui, foi o palco onde tudo aconteceu. Os moradores locais escolheram seis representantes que, eleitos, escolheram o Conselho Municipal. Assim, começou o voto no Brasil, fundamentado pela legislação de Portugal que, determinava a conduta em terras tupiniquins. Um marco importante!

A independência do Brasil em 1882, determinou a criação de uma legislação nacional pelas mãos de D. Pedro I. Mas, logo surgiram as fraudes, pois haviam muitas formas de votar como manobras de manter o controle. Por exemplo, era possível dar a alguém uma procuração para representá-lo na urna. Foto: Brasil Escola Outra manobra de controle foi a instituição do voto censitário, permitindo que apenas homens livres, maiores de 25 anos e com bom poder aquisitivo, pudessem votar, em meio a uma população rural e repleta de escravos pobres. Uma manobra, claramente, elitista! Direitos políticos exercidos por mulheres, sequer eram mencionados ou discutidos. Elas estavam destinadas às tarefas domésticas e criação da prole. Somente em 1932, o Código Eleitoral assegurou o voto feminino. Feito importante e, a partir de 2015, o dia 24 de fevereiro é celebrado como o Dia Prudente de Maoraes da Conquista do Voto Feminino no Brasil, via Lei n° 13.086, assinada pela, 1º Presidente eleito no então Presidenta, Dilma Roussef. Brasil em 1894 Hoje, 2022, no Brasil, o voto é para todos! Ou seja, é obrigatório para os cidadãos brasileiros ou naturalizados, maiores de 18 anos e facultativo para analfabetos, jovens ente 16 e 18 anos e maiores de 70 anos. Quero falar sobre essa parcela, enorme, de nossa sociedade que está acima dos 70 anos, o chamado voto veterano. Mas, por que veterano? Veterano é um termo muito usado no serviço militar, portanto, emprestado aqui, para significar alguém que exerce um cargo, função, etc. por longas temporadas. Alguém antigo, maduro, com muita experiência. Resumindo, alguém capacitado e calejado pelas longas experiências que a vida lhe proporcionou. Algo que se conquista pela métrica do tempo! Logo, os idosos possuem o privilégio de serem veteranos em qualquer cenário, inclusive o político. Tal cenário implica em voto mais consciente por parte desse eleitorado. Muitos viveram a experiência de não conseguirem votar, viveram a impossibilidade de exercer sua visão política e social, tendo sua contribuição restrita. Isso, fortalece e valoriza seu direito ao voto! E, no Brasil, hoje, estima-se que são 32 milhões de votos veteranos acima dos 70 anos. A parcela de jovens gira em torno de 7 milhões. Ou seja,

magazine 60+ #37 - Agosto/2022 - pág.27

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