TCC1 | Vida no Campus: habitação multigeracional para idosos e estudantes universitários

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vida no campus :

habitação multigeracional para idosos e estudantes universitários

Marianne Tomaz Porto

Seminário de Projeto

Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal de Goiás

Orientadora:

Prof. Dra. Christine Ramos Mahler

Goiânia, 2023.

resumo

O presente trabalho tem como principal objetivo elucidar perspectivas teóricas a respeito da habitação multigeracional entre idosos e estudantes universitários e seus benefícios, bem como transmitir todo o processo de análise, investigação e reflexão do tema para a parte prática do projeto. A investigação teórica recai em uma temática fundamental a se estudar quando se tem em vista dois dos problemas sociais urgentes no Brasil: o crescimento da população idosa e a acessibilidade à moradia estudantil. Duas realidades que se encontram em uma esfera populacional notoriamente mais vulnerável. O caso prático envolve a realização de um projeto de habitação multigeracional para idosos e estudantes universitários, com o objetivo de criar uma moradia acessível em todas as complexidades - física, social e economicamente, oferecer qualidade espacial com base na biofilia, gerar a possibilidade de trocas de experiências e vivências e proporcionar uma relação com a natureza, a cidade e a universidade, fomentando assim um envelhecimento ativo para o idoso e um apoio para o estudante. A proposta se localiza no Campus 1 - Prof. Colemar Natal e Silva, no Setor Universitário, Goiânia - Goiás. Um local centralizado, com infraestrutura capaz de assegurar as necessidades de ambos os grupos.

Palavras-Chave: Habitação Multigeracional, Pessoa Idosa, Estudante Universitário, Envelhecimento e Universidade Federal de Goiás - UFG

p. 03 abertura

APRESENTAÇÃO DO TEMA

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p . 10 p . 12

Introdução

Justificativa

Objetivos

Metodologia

ESTUDO DE CASO

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p . 40 p . 44

DISCUSSÃO TEÓRICA

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p . 16

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A solidão

Melfield gardens

Habitação intergeracional

Moradia estudantil unb colina

A pessoa idosa e o esquecimento social

O universitário de baixa renda e seus desafios

Benefícios da coabitação entre idosos e universitários

Modelos e conceitos de moradia para idosos

Moradia estudantil

Qualidade de vida na velhice, conforto ambiental e biofilia

Design universal

Direitos das pessoas idosas no brasil

Ações e programas de assistência à pessoa idosa no brasil

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sumário
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19 p . 20 p . 21 p . 23 p . 26 p . 29 p . 30 p . 31

PARTIDO ARQUITETÔNICO

Diretrizes

Pré-dimensionamento

Contexto do bairro Entorno Terreno Legislação pertinente p . 60 p . 62 p . 67 p . 69
necessidades
volumétrico REFERÊNCIAS
. 74 p . 76 p . 78 p . 80 p . 86 Caracterização do público Perfil do usuário Moodboard do publico p . 48 p . 48 p . 54 ANÁLISE
INDIVÍDUO .
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Programa de
Estudo
p
DO
ESTUDO DO LUGAR
. sumário

APRESENTAÇÃO DO TEMA

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A sociedade pós-industrial se caracteriza, em sua complexidade, por um notável individualismo e isolamento entre as gerações. As trocas sociais, à medida que as tecnologias avançaram, tornaram-se escassas, insuficientes e, por vezes, mediadas por aplicativos e situações que geram poucos vínculos e muita solidão. No caso da população idosa, que naturalmente é conduzida a um isolamento gradativo, devido aos comprometimentos funcionais e - desse modo, sendo ônus para muitas famílias - além de sua condição economicamente inativa, torna-se um peso social, em uma cultura alimentada pelo culto à juventude, que coloca o idoso à mercê dos interesses das demais gerações. Na pós-pandemia, esse quadro se tornou ainda mais evidente, ao mesmo tempo em que os problemas emocionais atingiram a sociedade como um todo. Estudantes universitários, que já apresentam um índice de propensão ao estresse foram acometidos por transtornos de diversas ordens. Muitos desses estudantes, de baixa renda, tiveram acesso à Universidade saindo do interior e vindo para Goiânia, ficando, desse modo, isolados de seus núcleos familiares. Desse modo, nossos estudantes estão à procura de moradia, e poderiam contar com o convívio de idosos durante o seu período de afastamento familiar.

Ao analisar as diferentes formas de morar e as categorias de moradias de idosos fora do Brasil, observa-se uma diversidade de tipologias que atendem a diversos objetivos, a depender da situação funcional dos idosos, inclusive inserindo a intergeracionalidade. Com esse estudo, foi possível indagar porque não oferecemos mais alternativas para essa camada social crescente, uma vez que os avanços da ciência, a divulgação da cultura de exercícios físicos, tem contribuído com a longevidade e aumentado

a expectativa de vida. Ambas as polaridades - idosos e estudantes - teriam muito a contribuir mutuamente, sendo desejável a possibilidade de contato social mais intenso, explorando o potencial da Universidade em oferecer diferentes programas e serviços aos idosos, estimulando sua vida cultural, sua educação continuada, sua parceria na vida cotidiana. Os jovens apresentam força física para tarefas cotidianas difíceis e os idosos apresentam experiência de vida, eventualmente podem oferecer um retorno financeiro ao estudante que puder “adotá-lo” para fazer companhia e ajudá-lo nas suas necessidades. Com essa perspectiva, veio a oportunidade de dedicar o TCC do curso de Arquitetura e Urbanismo a esse estudo, uma vez que é um tema inédito, complexo e que tem um viés social bastante importante e pouco explorado. Assim, a moradia será um espaço que englobará vários usos complementares e que terá como diretriz a possibilidade de intensificar trocas sociais, oferecer qualidade espacial com base na biofilia, proporcionando relação com a natureza e bem-estar aos usuários.

introdução justificativa

No Brasil, a transição demográfica vivenciada nas últimas décadas vem indicando uma situação que já desperta preocupação: a população está ficando mais velha. O crescimento dos estudos direcionados ao tema envelhecimento estão associadas a um aumento gradativo das pessoas com mais de 60 anos de idade. A elevação dessa taxa de longevidade é resultado de alguns fatores como: o grande desenvolvimento da medicina neste século, principalmente no que se refere a prevenção de doenças, a melhoria na alimentação e a queda na taxa de fecundidade observado nos últimos 30 anos. Atualmente, a população idosa, com 60 anos ou mais de idade,

p. 08 apresentação do tema

representa um contingente de 32,6 milhões de pessoas, ou seja, 15% dos brasileiros. Estima-se que, em 2050, os idosos corresponderão a 28,4% da população total, ou seja, quase o dobro da quantidade atual (IBGE, 2022).

O cenário em que a pessoa idosa vive, na sociedade brasileira, é marcada por inúmeras discriminações em diferentes aspectos, como familiar, econômico, social, no mercado de trabalho, entre outros. Este paradigma preconceituoso da velhice, que foi solidificado e cultivado por anos na sociedade brasileira, levou o afastamento social do idoso, fazendo com que o sentimento de solidão chegasse à grande maioria desse grupo.

A população mundial de idosos está crescendo continuamente e a solidão interfere na qualidade de vida da pessoa, que se priva do convívio, empobrecendo o conhecimento adquirido no contato social e afetando as atividades de vida diária. (LITVOC; BRITO, 2004; PAPALÉO NETTO, 2002, apud LOPES, R.; LOPES, M.; C MERA, 2009).

A discussão a respeito desse tema, no Brasil, está aos poucos ganhando espaço. Em 2017, de acordo com a Agência Câmara de Notícias, do site da Câmara dos Deputados, especialistas se reuniram para uma audiência pública conjunta das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Seguridade Social e Família para discutir sobre o envelhecimento da população brasileira. Segundo a reportagem, escrita por Cláudio Ferreira, “especialistas sugerem interação entre jovens e idosos como política para um envelhecimento saudável”. Ele citou falas de especialistas que afirmaram que a população brasileira pede por políticas públicas para estimular a chamada “solidariedade intergeracional”. Cláudio Ferreira ainda descreve:

“O convívio dos idosos com as camadas mais jovens, principalmente no ambiente familiar e no meio profissional, pode diminuir o isolamento social dos mais velhos, afirmaram os participantes do debate. O representante da Confederação Nacional das Entidades de Família, Pedro Hollanda, listou os benefícios dessa interação. ‘Isso gera maior bem estar no idoso, diminui a sensação de solidão, aumenta a expectativa de vida, e aumenta a noção de sentido para vida desse idoso, porque ele passa a se sentir alguém ativo na sociedade.’"

Nessa audiência, participantes citaram exemplos de como outros países investem na solidariedade intergeracional: “Na Itália, uma residência pública destina os dois primeiros andares a estudantes, e os dois últimos aos idosos. Os jovens prestam serviços aos mais velhos como pagamento pela moradia.“

O crescimento populacional da terceira idade é um acontecimento recente em países subdesenvolvidos, ao contrário dos países desenvolvidos, onde a taxa de longevidade é crescente há décadas, e estudos a respeito do tema já estão em fases avançadas, produzindo re exos positivos para a sociedade mundial. Ao analisar esses avanços, foi possível identicar, no que se refere à arquitetura, uma gama de conceitos e modelos de habitações que tem como principal objetivo integrar o idoso com a sociedade, principalmente com os mais jovens e a universidade - local que possui infraestrutura incentivadora e capacitadora para qualquer geração.

“[...] quanto mais se estimular os adolescentes ao convívio social com idosos maior possibilidade se tem de fazer circular elementos que possam modificar as imagens negativas do velho, nesse grupo, e, assim, propiciar boas relações sociais entre ambos, as quais, aliadas ao fato de ter companhia e sentir-se querido são elemen-

p. 09 apresentação do tema

tos que contribuem para uma boa qualidade de vida dos idosos (SÖDERHAMN, LINDENCRONA, GUSTAVSSON, 2001, apud FREITAS M.; FERREIRA M., 2013, p. 7)

No Brasil, a universidade pública tem um compromisso social inquestionável e de grande relevância, diante da desigualdade social. Dentre as tarefas que se sobrepõe à produção de conhecimento, subsidiar os idosos em sua saúde física, inserção social e aporte de conhecimentos, pode auxiliar a motivar essa geração no difícil processo de adaptação ao envelhecimento.

Atualmente, o grupo dos estudantes universitários de baixa renda da universidade pública, padecem sobre o déficit de moradia estudantil. A UFG conta com cinco Casas de Estudantes Universitários (CEUs), que oferecem ao todo 307 acomodações. De acordo com o site oficial da UFG, a universidade possui, aproximadamente, 27.000 estudantes ativos, sendo que, entre os anos de 2018 a 2023, aproximadamente, 59% dos estudantes se enquadram na categoria de baixa renda. O total de vagas oferecidas, no entanto, corresponde apenas a 1,93% dos estudantes de baixa renda. Nesse valor, ainda é preciso considerar a quantidade de pessoas oriundas de outro estado, na qual o programa é destinado, porém, a UFG não disponibiliza esses dados em suas plataformas de transferências. No Relatório de Gestão de 2020, disponibilizado pelo PRAE-UFG, na Tabela 1 na pág. 98, aponta o total de inscritos e deferidos no programa (PMECEU - Regional Goiânia), que corresponde a 104 e 27, respectivamente. A vista disso, é possível concluir que a quantidade de vagas oferecidas está longe de ser a ideal para atender todos os estudantes que necessitam desse amparo. Nesse contexto, é importante ressaltar que as casas dos estudantes mantidas pelo governo, representam um caminho que possibilita garantir a concretização dos estudos de muitos estu-

dantes. Estes, que precisam sair das casas de seus pais, das suas cidades, para morarem sozinhos e distantes do seu lar. Vale destacar que o direito à educação e à igualdade de acesso e permanência na universidade estão expostos, respectivamente, nos artigos 205 e 206 da Constituição Federal de 1988.

OBJETIVO

O objetivo principal deste trabalho é desenvolver um projeto de arquitetura de habitação multigeracional, que valorize e destaque a inserção do idoso no conjunto da sociedade, e que gere moradia para estudantes de baixa renda, de modo a trazer a público uma forma de moradia colaborativa, onde possam interagir, auxiliar e explorar valores e potenciais de cada geração em dinâmicas cotidianas e diárias. Para tanto, na primeira etapa do projeto, busca-se estruturar um estudo teórico para subsidiar a elaboração de um projeto de habitação multigeracional para pessoas idosas com autonomia funcional e estudantes universitários,de baixa renda, da Universidade Federal de Goiás, no Setor Universitário, ao lado do Campus Colemar Natal e Silva (UFG). Um espaço que propicie qualidade de vida, convivência, trocas de experiências e conexão com a vida/estrutura da universidade e da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Implantar uma Habitação Multigeracional próximo ao Campus Colemar Natal e Silva - UFG, e da Praça Universitária, no Setor Universitário, em Goiânia - Goiás;

Incentivar a continuidade dos projetos de extensão das faculdades da UFG, voltadas para dar assistência às pessoas idosas em diferentes áreas do conhecimento;

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Incentivar a elaboração de novos projetos de assistências para os idosos, a fim de garantir amparo no desenvolvimento físico, mental e social.

Inserir o idoso como colaborador e/ou participante das atividades acadêmicas ou administrativas, por meio dos programas de extensão e pesquisa da UFG.

“Feliz é quem olha para os idosos e vê neles uma oportunidade de enriquecer seu conhecimento com a sabedoria que eles transmitem.”

autor desconhecido

p. 11 apresentação do tema

revisão bibliográfica

artigos dissertações

reportágens

revistas relatórios

normas leis

estudos

estudo de casos estudo do lugar perfil dos usuários

estatísticas levantamentos

coleta de dados

. . . p. 12 metodologia

diretrizes

critérios

pré-dimensionamento

programa de necessidade

desenvolvimento do projeto

fluxograma estudo volumétrico

partido arquitetônico

. . . p. 13 metodologia primeira etapa segunda etapa
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DISCUSSÃO TEÓRICA

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a solidão

A solidão, de acordo com o Dicionário Michaelis Online, é a "Sensação ou condição de pessoa que vive isolada do seu grupo", ou seja, é um sentimento gerado a partir da desconexão do indivíduo com o meio social em que o cerca. Nem sempre quem sofre com a solidão está sozinho, pois há uma diferença entre solidão e solitude. A solitude é uma ação consciente de isolamento a fim de interiorizar-se em um momento de reflexão.

A solidão provoca um sentimento de vazio interior, que pode estar presente no ser humano nas diferentes fases da vida, e tende a ser mais frequente com o envelhecimento. Fatores psicológicos e sociais parecem estar relacionados com o seu surgimento, como a depressão, o luto, o isolamento social e o abandono. (GOLDFARB, 1998; GUIDETTI; PEREIRA, 2008; PEDROZO; PORTELLA, 2003; PORTO; KOLLER, 2006; WORDEN, 1998 apud LOPES, R.; LOPES, M.; C MERA, 2009, p. 373 e 374).

Os impactos da solidão na saúde humana são significativos e requerem atenção, pois é um sentimento que afeta a saúde mental e física. Esse sentimento pode até mesmo indicar algum outro problema de saúde, como depressão e ansiedade.

Nesse contexto, Rodrigues (2018, p. 4 ) destaca:

A solidão é um problema social e de saúde relevante, pois associa-se à morbimortalidade significativa e é, por si só, fonte de sofrimento e de redução da qualidade de vida. Não existem planos assistenciais, normas ou documentos que nos ajudem a abordar a solidão eficazmente.

Tendo em isso vista, torna-se indispensável a reflexão crítica sobre este assunto, a sensibilização da população e dos profissionais, para saberem lidar com essa adversidade, e o desenvolvimento de soluções que propiciem uma sociedade mais integradora.

a pessoa idosa e o esquecimento social

A população que mais cresce, atualmente, é a de pessoas idosas. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil, em 2016, tinha a quinta maior população idosa do mundo, e, em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos (gráfico 01)

A Organização das Nações Unidas (ONU), considerou a idade de 60 anos para classificar a pessoa no grupo da Terceira Idade, e para que, a partir daí, ações administrativas sejam tomadas e executadas.

Para Denise Tiberio Luz, em seu livro “A Terceira Idade”, os idosos podem ser classificados em três grupos diferentes:

|| Independentes: pessoas idosas sadias e que vivem sem a necessidade de qualquer ajuda;

|| Parcialmente dependentes: pessoas idosas que apresentam algum problema físico ou emocional e que não possuem um sistema de suporte social, tornando incapazes de manter uma total independência sem uma assistência continuada;

|| Totalmente dependentes: pessoas idosas que têm suas capacidades físicas comprometidas devido a problemas crônicos e emocionais, impossibilitando a autonomia e gerando a necessidade de ajuda permanente.

O crescimento da expectativa de vida que vem aumentando ao longo das décadas, fez com que os programas e projetos sociais e governamentais, e a sociedade em geral, cada vez mais se direcionasse para a terceira idade. Determinados fatores colaboraram para que uma nova visão sobre o processo do envelhecimento fosse possível, no entanto, até o momento, vemos a imagem da pessoa idosa sendo vítima de isolamento e descumprimento de direitos e, cada vez mais, demandando assistências no que refere-se aos aspectos psicológicos, físicos e, principalmente, sociais (MACHADO, 2015).

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pirâmide etária brasil

2050
90+ 85-89 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 homens 00 5 5 mulheres 90+ 85-89 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 homens 00 5 5 mulheres
2022
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Gráfico 01 | pirâmide etária. Fonte: IBGE, 2010. Modificado pela autora

Para Angerami-Canom (1999, apud ALENCAR, 2005, p. 32),

O envelhecimento torna o isolamento individual uma realidade das mais agudas. As perdas sucessivas –físicas, emocionais, sociais, dentre outras –, que acompanham o processo de envelhecimento, forçam o idoso a adaptar-se a essa nova realidade, num enfrentamento para o qual, na maioria das vezes, não se preparou ao longo da vida. Isso é caracterizado primariamente por idosos que coabitam, esquecidos pela sociedade e pelas outras gerações, como é o caso dos “asilos para velhos”.

O idoso, ao identificar a terceira idade batendo em sua porta, se vê como um mero espectador da sua própria vida, acostumando-se, geralmente, a depender de outros, não se percebendo mais como o proprietário da sua vida, onde suas preferências não são levadas em consideração. E, em meio a essa instabilidade da velhice, onde o idoso vive em isolamento e perde sua identidade, cada vez mais distancia-se da condição de cidadão e da sociedade, que deveria ser mantida pela família e construída pelo corpo social, cujos relacionamentos foram construídos nas fases pretéritas da vida. Dentro dessa percepção, Barreto (1992) descreve sobre essa realidade social: “na velhice que as interações e os vínculos sociais tendem a ser reduzidos. Não é apenas um sentimento; é um estado, uma maneira de ser – a solitária maneira de “ser velho” em nossa sociedade.”

Atualmente, a imagem do idoso e da velhice estão associados a uma visão negativa. Rosa (2012) afirma que a velhice é:

[…] uma fase em que os sinais de deterioração física (cansaço, perda de memória ou diminuição da mobilidade e das capacidades de visão e de audição) se impõem sobre tudo o resto. O desalento, a frustração e a

infelicidade são sentimentos que frequentemente caracterizam esta fase, surgindo muitas vezes associados à impressão de uma perda de protagonismo e de importância relativa face a um passado mais glorioso [...]

Muitas vezes, essas conclusões são baseadas no senso comum, em virtude das limitações ocasionadas pela velhice e o processo de contínuas perdas. Devido a isso, muitos idosos ficam relegados ao abandono e ausentes de papéis sociais. Isso, de certa forma, vem colaborar cada vez mais para o esquecimento social da pessoa idosa e a perpetuação de estereótipos, discriminações e preconceitos em relação à velhice. Portanto, o entendimento sobre dependência, velhice e idoso assumem papel relevante, visto que esses aspectos podem determinar o modelo das interações pessoais e sociais, bem como os modos de cuidar dos idosos.

É preciso perceber os vínculos com a sociedade e relacionamentos pessoais, como chave do fim do abandono. Pois é dentro desse núcleo de valores que são construídas as relações que se expressarão mundo afora.

Tendo em vista essa discussão, meu trabalho visa projetar uma habitação direcionada aos idosos independentes, a fim de dar meios facilitadores de acesso a um convívio social, integrando a pessoa idosa a um ciclo ativo, na qual, gere estímulos e iniciativas voltadas à integração, tentando evitar qualquer possibilidade de afastamento social.

p. 18 discussão teórica

o universitário de baixa renda e seus desafios

Com a crescente expansão do ensino superior no Brasil, as ações afirmativas recentemente implantadas e a grande demanda por profissionais qualificados, a inserção na faculdade se torna, cada vez mais, um sonho para a maioria dos jovens.

A vida universitária para indivíduos provenientes do grupo de baixa renda, é um acontecimento relativamente recente no Brasil. E nessa perspectiva, nota-se que ingressar em uma universidade pode proporcionar o sentimento de dever cumprido para muitos estudantes. No entanto, para um amplo grupo de jovens de baixa renda, adquirir uma vaga na universidade é apenas o começo, pois o maior problema desses universitários, não se encontra, em alguns casos, somente na aprendizado, mas, também, na dificuldade de se manter na faculdade com as despesas que se sucedem no início da vida universitária, surgindo, assim, a necessidade de praticar outras atividades para sustentar os gastos que surgem, como compras de livros, transporte, alimentação e também moradia. A proposta do governo em prol desses gastos ainda é insuficiente para amparar as necessidades destes acadêmicos. Um exemplo disso, é o grande déficit de moradias estudantis, que está longe de serem o suficiente para atender todos os que necessitam desse amparo. As atribulações vivenciadas pelos estudantes, muitas vezes, impossibilitam sua permanência na faculdade e dificultam a moradia na cidade onde se situa a universidade. Diante disso, são comuns reprovações constantes e um alto índice de desistências, em virtude da falta de meios para custear suas despesas.

de é difícil e marcada por uma série de ajustes e ações práticas empreendidas por ele e por sua família em resposta aos diferentes obstáculos que vão surgindo ao longo do percurso. Em grande medida, são essas ações práticas, entendidas aqui como estratégias de sobrevivência na universidade, que garantirão ao estudante transpor a barreira universitária. (PORTES, 1993, 2001 apud SOARES, 2014, p. 127)

Em vista disso, é necessário que o governo, no debate sobre a assistência estudantil como parte das políticas públicas, garanta o aumento da oferta de casas estudantis e auxílios financeiros, a fim de minimizar os índices de desigualdades sociais e contribuir para a permanência e formação dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

É preciso entender a educação e a assistência estudantil como um direito social e fazer com que a assistência seja, não apenas uma ajuda financeira, mas que articulada ao ensino, à pesquisa e à extensão e promovam a transformação dos assistidos. E eles possam dar sustentação a sua carreira estudantil, submetendo a divisão do tempo aos estudos e ao trabalho (SOARES, 2014, p. 130).

Além disso, é nesse cenário de vulnerabilidade e dificuldade que o sentimento de solidão se estabelece na vida de muitos estudantes, pois, mesmo cercado por pessoas, o afastamento do seu refúgio, somado com as exigências da graduação, resultam, na maioria das vezes, no sentimento de desamparo e, consequentemente, na solidão. Sentimento, este, comum no grupo da terceira idade, como mencionado anteriormente.

A permanência do estudante das camadas populares na universida-
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benefícios da convivência entre idosos e universitários

Antes de discutir os benefícios gerados pela coabitação entre essas gerações, é preciso entender a importância das relações humanas, independente de qualquer idade. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social, pois é da sua natureza viver em sociedade. Isso quer dizer que, como seres humanos, está intrínseco em nosso ser a necessidade de ter companhia, de ter alguém para conversar, rir, trocar experiências e compartilhar a vida. Quando isso se reduz ou se faz inexistente, influência em todos os aspectos da vida, principalmente na saúde física e mental.

O significado das relações humanas repousa nos vínculos afetivos que se estabelecem entre as pessoas em diferentes circunstâncias e épocas da vida. É preciso estar sempre em relação com o outro, desenvolvendo nessas relações novos laços e desempenhando diferentes papéis. Por isso, a capacidade de desenvolver vínculos está intimamente relacionada com a experiência vivida ao longo da vida. (HERÉDIA, CASARA, CORTELLETTI, 2007, p. 15)

Nas últimas décadas, o aumento da expectativa de vida da população mundial vem proporcionando algumas mudanças significativas nas formas de organização e funções sociais. As particularidades dessas mudanças – a transição demográfica – apresentam uma nova configuração etária e de longevidade como um acontecimento novo na história da humanidade, fazendo com que os temas relacionados ao envelhecimento ganhem relevância, incentivem estudos e pesquisas e alcancem destaque no cenário mundial atual.

Desse modo, é possível destacar o desenvolvimento crescente dos estudos relacionados à habitação multigeracio-

nal ou intergeracional, que visa oportunizar moradia provedora de saúde e bem-estar para a pessoa idosa. O conceito pressupõe duas ou mais gerações residindo na mesma casa ou residência unifamiliar, a fim de garantir moradia segura e oportunidade de interagir, colaborar e explorar valores e potenciais de cada geração em dinâmicas cotidianas e diárias. Há diferentes tipos de lares multigeracionais e possibilidades de arranjos familiares, interfamiliares e/ou comunitários. Fora do Brasil, diversos projetos estão tentando encorajar a coabitação intergeracional, principalmente entre idosos e jovens. Alguns estudos direcionados a esse tema confirmam aspectos benéficos para ambos os grupos.

Nesse contexto, Herédia, Casara e Cortelletti (2007, p. 17), afirmam que:

Conviver com outras gerações é também uma forma de educação, é co-educação, que supõe convívio de gerações em movimento, legados que se renovam numa alternância em que os sujeitos se refazem e se reconstituem mutuamente. Idosos, jovens e adultos interagem na vida em comum e se modificam reciprocamente. É uma possibilidade que se inaugura a partir da coexistência de gerações, numa dada situação social.

Unir duas gerações, sem nenhum laço consanguíneo, parece ser uma ideia radical. Questionamentos sobre a funcionalidade dessa junção são inevitáveis. De um lado, temos as pessoas idosas que estão em uma fase da vida onde suas relações sociais se padecem em meio ao preconceito que existe no seu grupo etário e do crescente sentimento de solidão e isolamento. Do outro lado, temos os estudantes universitários de baixa renda que sofrem com o déficit de vagas em moradias estudantis e altos preços de aluguel, e que carecem de moradia acessível para garantir sua permanência e graduação na faculdade. Quando paramos para analisar cada

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grupo e suas problemáticas, percebemos que ambos são capazes de proporcionar reparos na lacuna social e até mesmo econômica existente em cada grupo. Portanto, a habitação multigeracional associada à vida no campus, oportuniza para os jovens a chance de receber uma moradia acessível, próxima à faculdade e, ao mesmo tempo, propicia para o idoso a possibilidade de conviver com os jovens, a fim de sentir-se integrado e valorizado, estimulando a busca pelo convívio social. Além disso, o idoso também desfruta de toda estrutura existente no campus universitário, que se faz totalmente apto para recebê-lo, ampará-lo e envolvê-lo nas atividades que a universidade proporciona, como programas culturais, palestras, consultas médicas e acesso à bibliotecas, restaurantes, teatros, hospitais e entre outros. Os benefícios dessa coabitação, tange os aspectos da saúde física, mental e social dos idosos e estudantes universitários, possibilitando experiências que estão acima da nossa compreensão, devido às diversas vivências possíveis que isso pode proporcionar, mas que, no geral, impactam direta e positivamente a sociedade.

Todo ser humano – infante, jovem ou idoso – para um bem-estar biopsicossocial necessita conviver com outras pessoas. A prática de atividades em grupo traz mudanças positivas na comunicação dos idosos. Nesse sentido, as relações sociais entre mais velhos estimulam a mente e o pensamento, tendo múltiplos efeitos benéficos sobre a saúde e bem-estar, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. (PEDROZO; PORTELLA, 2003 apud LOPES, R.; LOPES, M.; C MERA, V. 2009, p. 378).

A convivência entre idosos e estudantes universitários pode contribuir para amenizar dois dos problemas sociais urgentes no Brasil: a acessibilidade de moradia estudantil e o cuidado com a população que está envelhecendo.

No mundo, diversos conceitos e modelos de moradia são estabelecidos para atender a terceira idade. Para o estudo, foram selecionados os mais populares e procurados modelos e conceitos de moradia. Dentro da variedade de tipologias, muitos deles ainda não existem no Brasil, ou até mesmo seu conceito é desconhecido.

modelos e conceitos de moradia para idosos lares com idosos

Moradia que abrange apenas o idoso.

Moradia compartilhada ou home sharing

A moradia compartilhada, conhecida também por home sharing, é um modelo de moradia que combina idosos que têm espaço extra em suas casas com idosos que procuram moradia segura e acessível. Grande parte dos usuários desse modelo são pessoas que possuem dificuldade em se adaptar morando sozinhos e que precisam de suporte para prosseguir vivendo de maneira independente, além de oferecer compa -

Board and care é um conceito amplo que abrange uma gama de opções de alojamento em grupo. As vantagens são custo, suporte e uma atmosfera caseira mais íntima. Com comida e cuidados, as pessoas podem dividir um quarto ou ter seu quarto privado. Um banheiro pode ser compartilhado e as refeições são servidas em conjunto na sala de jantar do grupo. Esse tipo de moradia é para pessoas que gostam da estrutura de supervisão e assistência, mas numa casa com outros idosos. O custo de uma pensão e casa de repouso é geralmente menor do que a vida assistida.

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Board and care homes

Os lares e as casas de repouso são moradias em bairros residenciais equipados e com assistência de um profissional para cuidar de um pequeno número de residentes, geralmente entre dois e 10. Essas casas fornecem cuidados comparáveis aos oferecidos em comunidades de vida assistida, mas geralmente são menos do que um lar de idosos oferece. Isso significa que as casas de repouso podem ajudar nas rotinas diárias, mas normalmente não fornecem assistência de enfermagem qualificada 24 horas por dia.

Vida assistida (Assisted living)

A vida assistida proporciona alojamento e cuidados a longo prazo para os idosos. É ideal para aqueles que precisam de ajuda em algumas atividades da vida diária mas estão interessados em levar um estilo de vida social e ativa. Sua diferença com a Board and Cares Homes é a quantidade de serviços prestados. Na vida assistida esses serviços são mais abrangentes. Porém, tanto a Vida Assistida como Board and Cares Homes oferecem menos cuidados do que os lares de idosos.

Os lares de idosos, também conhecidos como asilos ou instalações de enfermagem especializadas, oferecem cuidados de enfermagem e alojamento a longo prazo para idosos. São destinados aos idosos com condições de saúde física ou mental significativas e que requerem cuidados de enfermagem e cuidados pessoais 24 horas por dia.

Além disso, também prestam cuidados de reabilitação a curto prazo após uma alta hospitalar. Programas de reabilitação nas instalações dos lares de idosos ajudam os idosos a recuperar de uma doença ou acidente a recuperar a mobilidade, força e função até poderem regressar às atividades normais.

Unidades habitacionais acessórias (ADUs)

As unidades habitacionais acessórias, são unidades habitacionais menores e independentes localizadas no terreno de uma casa unifamiliar. A vantagem é que o idoso tem seu espaço privado e se mantém muito perto de sua família, caso queira passar um tempo com eles ou caso precise de ajuda. O principal impedimento para uma ADU são as leis, pois esse tipo de habitação só é permitida em alguns países, esta -

Cohousing

Cohousing é um conjunto de residenciais desenvolvidos intencionalmente para acolher uma comunidade diversificada de pessoas, geralmente em moradias privadas separadas e com espaços de uso coletivo e comunitário, onde o grupo conduz processos participativos de tomada de decisão.

Em resumo, é uma comunidade projetada para promover a conexão. Os espaços físicos permitem que os vizinhos interajam facilmente com outras pessoas fora de residências particulares. As áreas comuns, incluindo cozinha, espaço para refeições e jardins, unem as pessoas. A tomada de decisão colaborativa constrói relacionamentos.

O conceito também abrange a terceira idade, com a proposta de cohousing sênior, que se distancia por completo do modelo de casas de repouso para a terceira idade ou hotéis especializados em receber esse público. O projeto consiste em um grupo que opta por abrir mão dos modelos de residência tradicionais para unir moradia individual a um espaço comunitário. Há, nesse ideal, pequenas habitações de uso particular

p. 22 discussão teórica
.
Lar de idosos (nursing homes)
lares multigeracionais
Moradia que abrange o idoso e outras gerações.

(dormitório, minicozinha e banheiro) e uma área de uso comum com espaços de lazer, refeitório, salas de TV e lavanderias coletivas, por exemplo. Tudo em um mesmo terreno ou condomínio, projetado para estimular o convívio, a sustentabilidade e a solidariedade.

College life (vida universitária)

Vida universitária, ou comunidades de idosos baseadas em universidades, são empreendimentos habitacionais localizados em campus universitários. As universidades disponibilizam terrenos para a construção de empreendimentos habitacionais para idosos, e com o retorno do locação dos imóveis, fornecem renda para as universidades, ao mesmo tempo em que proporcionam aos idosos um ambiente de vida com todas as comodidades da vida universitária. Esses empreendimentos são condomínios, residências unifamiliares, apartamentos em edifícios ou sobrados.

Os custos de aquisição podem ser altos, portanto, há uma oportunidade de compartilhar o espaço com uma ou mais pessoas para torná-lo mais acessível.

Os benefícios são atraentes para idosos ativos e que buscam integração. Muitas universidades permitem que os idosos tenham aulas universitárias sem crédito, usem as instalações de academia, acessem artes e atividades culturais, incluindo música, apresentações teatrais, galerias de arte e bibliotecas.

Além disso, como a maioria das grandes universidades fica em cidades maiores, essa pode ser uma configuração ideal graças à proximidade de centros médicos. Além disso, a energia de um ambiente intergeracional pode ser estimulante para alguns adultos mais velhos.

Seniors and college students (idosos e universitários)

Esse tipo de moradia propõe coabitação entre estudantes e idosos. Nas cidades universitárias, os idosos alugam quartos em suas casas para estudantes que necessitam de moradia mais acessível economicamente. As vantagens se direcionam tanto para o estudante quanto para o idoso, que recebe uma renda extra e ganha uma companhia em casa para conversar. Para que o modelo seja bem sucedido, algumas cidades maiores possuem empresas que combinam idosos com pessoas mais jovens e fazem todas as verificações de

A moradia estudantil, em resumo, é um local destinado a abrigar estudantes universitários durante os anos da graduação ou pós-graduação. Há diferentes tipos de organização desse tipo de moradia, tanto em layout quanto em programas. Diferente das repúblicas estudantis, existe uma empresa ou instituição responsável por trás, que gerencia e coordena.

No Brasil, a moradia estudantil costuma ser ofertada por Universidades ou Instituições Públicas, e é voltada para o público de baixa renda e/ ou que resida fora da cidade.

As configurações espaciais desse tipo de moradia costumam ser compactas, por se tratar de um público mais jovem e com períodos de baixa permanência no local - costumam passar o dia na faculdade e no trabalho. Seus usos complementares se fazem coerentes com o estilo de vida do estudante universitário (usos esportivos, de lazer coletivo, serviços e pequenos comércios). Normalmente são edifícios verticalizados e bem localizados, para atender média densidade populacional.

A proposta da moradia estudantil, é oferecer um ambiente seguro e tranquilo, que possa acolher o estudante em suas demandas cotidianas.

p. 23 discussão teórica
moradia estudantil

Atualmente, a Universidade Federal de Goiás (UFG) disponibiliza o Programa de Moradia Estudantil (PME). De acordo com o site oficial da UFG, o programa de moradia estudantil é definido como:

Atendimento à estudantes, em graduação presencial, de famílias de baixa renda, que não residam ou que não possuam família na Grande Goiânia O Programa de Moradia Estudantil (PME) tem como objetivo atender a necessidade de moradia de estudantes, em graduação presencial na UFG, oriundos/as de famílias de baixa renda que não residam ou que não possuam família na Região Metropolitana de Goiânia (RMG), durante o período do curso.

A PME tem duas modalidades de atendimento:

|| Casa de Estudantes Universitários (CEU): A UFG, atualmente, tem 05 CEU's ativas (I, III, IV e V e VI), com capacidade de atendimento de até 307 estudantes. Nas casas, o/a estudante divide o quarto com mais dois/duas moradores/as e os outros espaços (cozinha, lavanderia, sala de estudos, banheiro etc) são divididos com os/as demais moradores/as. Não há despesas com água, energia, gás e internet e em cada quarto o/a estudante tem uma cama, colchão e guarda-roupa. Os/as moradores/as podem receber a Bolsa CEU, que atualmente tem o valor de R$500,00.

|| Bolsa Moradia: Consiste no repasse financeiro mensal em conta bancária do/a estudante para contribuir com despesas de moradia (seja sozinho/a, em república, pensão, etc). Atualmente, a Bolsa Moradia atende cerca de 400 estudantes e tem o valor de R$ 700,00.

Desse modo, verifica-se um déficit entre o número de moradias oferecido em relação à demanda, visto que a UFG possue, aproximadamente, 27.000 estudantes ativos e 59% são de baixa renda (UFG, 2022). Assim, justifica-se a possível ampliação desse atendimento aos estudantes, com a proposta de inserir uma moradia universitária no Campus I da UFG. Ressalta-se que a moradia proposta, terá um objetivo diferenciado em relação aos demais CEUs, como já dito, de promover a interação multigeracio -

localização

Mapa 01 |

localização das casas de estudantes da UFG

Fonte: UFG Modificado pela autora

legenda sem escala

moradia estudantil na ufg tabela 01 Capacidade e Vagas nas CEU’s para 2021 CEU’s CEU I CEU III CEU IV 104 48 08 135 15 fechada 307 17 15 02 19 01 0 54 CEU V CEU VI CEU VII TOTAL capacidadevagas
Fonte: PRAE- UFG/ Relatório 2020 Modificado pela autora
p. 24 discussão teórica
campus samambaia setor universitário setor universitário setor sul CEU I E III CEU VI CEU IV CEU V p. 25 discussão teórica

qualidade

de vida na velhice, conforto ambiental e biofilia

Quando se pensa em projetar uma habitação destinada a pessoas idosas, é indispensável o estudo do impacto que a arquitetura causará na saúde e bem-estar dessas pessoas. É preciso planejamento e adequação dos ambientes para serem capazes de satisfazer adequadamente às necessidades específicas dessa idade, pois se trata de um período em que o idoso sofre limitações gradativas na audição, visão, estatura, força, locomoção, metabolismo e entre outros, e que podem comprometer o conforto e a qualidade de suas vidas. Para definir qualidade de vida, o escritor Lawton (1992, p.6) descreve:

Qualidade de vida na velhice é uma avaliação multidimensional, referenciada a critérios socionormativos e intrapessoais, a respeito das relações atuais, passadas e prospectivas, entre o indivíduo maduro ou idoso e o seu ambiente.

Regnier e Pynoos (1992, apud ROJAS, 2005, p. 22) descrevem recomendações quanto à essenciais adequações para assegurar qualidade de vida aos idosos:

a) assegurar a privacidade; b) dar oportunidades de interação social; c) dar oportunidades para exercício de controle pessoal, liberdade de escolha e autonomia; d) facilitar a orientação espacial; e) assegurar a segurança física; f) facilitar o acesso a equipamentos da vida, do dia-a-dia; g) propiciar um ambiente estimulador e desafiador; h) facilitar a discriminação de estímulos visuais, táteis e olfativos, permitindo às pessoas se orientar; i) incluir objetos e referências da história passada dos idosos, de modo a aumentar a sua familiaridade com ele; j) planejar ambientes, na medida do possível, bonitos e,

quando se tratar de instituições, que não tenha a aparência de asilo; k) dar oportunidades para a personalização de objetos e locais; l) tornar o ambiente flexível para o atendimento de novas necessidades.

O conforto ambiental é um fator que promove a qualidade da edificação e a consequente qualidade de vida do usuário (MOORE, 1993, apud ROJAS, 2005, p. 22).

Existem três pilares principais dentro do conforto ambiental: conforto térmico, conforto acústico e conforto lumínico. A união de todos esses três devem estar em harmonia para propiciar condições ideais aos usuários.

Atingir um desempenho ambiental satisfatório envolve um correto planejamento arquitetônico, diante das diferentes condições climáticas que influenciarão nas condições térmicas (temperatura, vento e umidade), na qualidade acústica (proteção de ruídos intrusivos, [...]) e, ainda, nas condições ideais de visão e iluminação, natural ou artificial, proteção contra poluição e qualidade interna do ar, estabilidade estrutural da edificação, salubridade e higiene, segurança e outros. (OCHOA, J.; ARAÚJO, D.; SATTLER, M. 2012, p. 92)

Tendo em vista o idoso, o planejamento arquitetônico deve receber ainda mais atenção a esses critérios, devido às doenças comuns da terceira idade que são intensificadas caso haja o desequilíbrio no conforto ambiental. A tabela 2 apresenta os principais problemas e doenças e como a arquitetura influência em cada tipo.

p. 26 discussão teórica

tabela 02

Doenças comuns da terceira idade e os principais aspectos arquitetônicos

problemas/ doenças

elementos da arquitetura

incontinência e urgência programa; espaço e função

quedas acidentais

pele (alterações diversas) osteoporose

espaço e eficiência visual insolação; aberturas insolação; aberturas; espaço

hipotermia e hipertermia

perda gradual dos sentidos e percepções

relação/ preocupação

melhorar a acessibilidade do idoso na ida aos ambientes e o seu conforto

espaços bem dimensionados com exclusão dos obstáculos físicos, iluminação para a segurança

evitar a radiação nociva com dispositivos de proteção e prevenção do câncer de pele

janelas e espaços abertos que proporcionem: radiação adequada para a fixação do cálcio e o exercício

conforto hidrotérmico

diminuição da adaptação às variações de temperatura; revisão do padrão de conforto

audição

visão olfato tato e equilibrio

sistema respiratório

depressão

conforto e eficiência

conforto acústico ventilação e qualidade do ar programa; espaço e função

ventilação; qualidade do ar manutenção da construção

conforto visual e lumínico

alterações na visão geram novas necessidades luminicas e visuais

requer um estudo adequado para melhorar a inteligibilidade do idoso

o olfato menos apurado pode mascarar as condições reais do ar

perda da sensibilidade às variações térmicas; diminuição do equilíbrio, reflexos e percepções dos objetos

ambientes bem arejados, limpos, bem conservados, contribuem para a saúde do sistema respiratório

ambientes acolhedores com estímulos visuais

p. 27 discussão teórica
Fonte: BARBOSA, 2002 apud ROJAS, 2005, p.33 Modificado pela autora

Quando se trata de qualidade de vida e conforto ambiental, o tema biofilia se alinha com esses conceitos, compartilhando do mesmo princípio: buscar criar um ambiente confortável para as pessoas, proporcionando mais saúde e bem-estar físico e mental através dos espaços (KELLERT & CALABRESE, 2015.) Além disso, em resumo, o design biofílico consiste em conectar o ser humano à natureza - texturas, padrões, cores e outroscriando ambientes que acalmam, confortam e orientam.

De acordo com Kellert e Calabrese (2015, p. 6), uma aplicação efetiva do design biofílico resulta em benefícios fundamentais para o ser humano. São

Promover um envolvimento constante e sustentável com a .

Concentrar-se nas adaptações humanas ao mundo natural que, ao longo do tempo evolutivo, melhoraram a saúde, a forma física e o bem-estar das pesso-

Incentivar uma ligação emocional a configurações e lugares específicos; .

Promover interações positivas entre as pessoas e a natureza que incentivam um senso ampliado de responsabilidade e gestão para as comunidades humanas e naturais;

Incentivar soluções de design ecologicamente conectadas, mutuamente fortalecidas e integradas.

O design biofílico apresenta, de acordo com Kellert e Calabrese (2015, p. 6), “três tipos de experiências da natureza”. Eles incluem: “a experiência direta da natureza, a experiência indireta da natureza e a experiência do espaço e do lugar.”

experiências diretas da natureza

• Luz

• Ar

• Água

• Plantas

• Animais

• Clima

• Paisagens e experiências indiretas da natureza

• Materiais naturais

• Cores naturais

• Simulação de luz e ar naturais

• Formas e formatos naturais

• Evocar a natureza

• Riqueza de Informações

• Idade, mudança e a pátina do tempo

• Geometrias naturais

• Biomimética experiências de espaço e lugar

• Perspectiva e Refúgio

• Complexidade organizada

• Integração das partes ao todo

• Espaços de transição

• Mobilidade e wayfinding

• Conexão cultural e ecológica ao lugar

p. 28 discussão teórica
.
.
.

design universal

É necessário entender o que é o design universal e quais são os seus conceitos básicos. Sabe-se que “design para todos” é descrito como a intervenção sobre espaços, produtos e serviços com a finalidade de permitir a todos o acesso com igualdade de condições, independente da idade, gênero, capacidade e nível cultural, então é, na maior parte dos casos, sinônimo de design universal. (FRANCISCO; MENEZES, 2011, p. 25)

O design universal começou a se desenvolver a partir da necessidade de acessibilidade e inclusão social, ou seja, a ideia se iniciou com o intuito de oferecer condições de acesso para todos, sem qualquer restrição e/ou obstáculos. Para Guimarães (2013 apud PORTO C.; REZENDE, 2016, p. 159) o Design Universal é “um nível mais amplo da acessibilidade, pois considera as necessidades dos usuários tanto nas circunstâncias mais extremas quanto nas mais comuns.”

design universal

De acordo com o Manual de Desenho Universal do Governo do Estado de São Paulo (2010), o conceito se originou na década de 1990, com um grupo de pesquisadores arquitetos, engenheiros, designers e defensores de uma arquitetura e design mais focados na diversidade do ser humano. O grupo se reuniu no Center for Universal Design, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a fim de estabelecer sete princípios do desenho universal. São eles:

uso equitativo

• Propor espaços, objetos e produtos que possam ser utilizados por usuários com capacidades diferentes;

• Evitar segregação ou estigmatização de qualquer usuário;

• Oferecer privacidade, segurança e proteção para todos os usuários;

• Desenvolver e fornecer produtos atraentes para todos os usuários.

uso flexível

• Criar ambientes ou sistemas construtivos que permitam atender às necessidades de usuários com diferentes habilidades e preferências diversificadas, admitindo adequações e transformações;

• Possibilitar adaptabilidade às necessidades do usuário, de forma que as dimensões dos ambientes das construções possam ser alteradas.

uso simples e intuitivo

• Permitir fácil compreensão e apreensão do espaço, independente da experiência do usuário, de seu grau de conhecimento, habilidade de linguagem ou nível de concentração;

• Eliminar complexidades desnecessárias e ser coerente com as expectativas e intuição do usuário;

• Disponibilizar as informações segundo a ordem de importância.

informação de fácil percepção

• Utilizar diferentes meios de comunicação, como símbolos, informações sonoras, táteis, entre outras, para compreen-

p. 29 discussão teórica

são de usuários com dificuldade de audição, visão, cognição ou estrangeiros;

• Disponibilizar formas e objetos de comunicação com contraste adequado;

• Maximizar com clareza as informações essenciais;

• Tornar fácil o uso do espaço ou equipamento.

tolerância ao erro (segurança)

• Considerar a segurança na concepção de ambientes e a escolha dos materiais de acabamento e demais produtoscomo corrimãos, equipamentos eletromecânicos, entre outros - a serem utilizados nas obras, visando minimizar os riscos de acidentes.

esforço físico mínimo

• Dimensionar elementos e equipamentos para que sejam utilizados de maneira eficiente, segura, confortável e com o mínimo de fadiga;

• Minimizar ações repetitivas e esforços físicos que não podem ser evitados.

dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente

• Permitir acesso e uso confortáveis para os usuários, tanto sentados quanto em pé;

• Possibilitar o alcance visual dos ambientes e produtos a todos os usuários, sentados ou em pé;

• Acomodar variações ergonômicas, oferecendo condições de manuseio e con-

tato para usuários com as mais variadas dificuldades de manipulação, toque e pegada;

• Possibilitar a utilização dos espaços por usuários com órteses, como cadeira de rodas, muletas, entre outras, de acordo com suas necessidades para atividades cotidianas.

direitos das pessoas idosas no brasil

Com o impacto do envelhecimento na sociedade brasileira, o governo federal tem buscado implementar políticas públicas voltadas para o envelhecimento ativo e saudável, que garantam a preservação da saúde física, mental, moral, intelectual, espiritual e social da pessoa idosa.

política nacional do idoso

A Política Nacional da Pessoa Idoso é uma Lei Federal, de n° 8.842, de 04 de janeiro de 1994. Sua finalidade, de acordo com o Art. 1°, é “[...] assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.”

estatuto da pessoa idosa

O Estatuto do Idoso é uma Lei Federal, de n° 10.741, de 1º de outubro de 2003. É uma Lei destinada a regulamentar os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos que vivem no país.

O documento veio ampliar direitos que já estavam previstos em na Lei Federal, de nº 8.842 (Política Nacional do Idosos) e também na Constituição Federal de 1988. Dessa maneira, o estatuto se fortalece como mecanismo eficiente na defesa dos cidadãos e cidadãs da ter-

p. 30 discussão teórica

ceira idade, concedendo ampla proteção jurídica para viverem com dignidade e autonomia.

política nacional de saúde da pessoa idosa

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é uma Portaria, do Ministério da Saúde, de n° 2.528, de 19 de outubro de 2006. Sua finalidade primordial “[...] é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde.” (BRASIL, 2006)

tentável.”

Ainda na esfera federal, existem os programas assistenciais e de atendimento ao idosos ofertados pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Grande parte deles se estabelecem a partir de projetos de extensão das faculdades, principalmente na área da saúde. São

60+ conect@dos .1

Ele visa a inserção de estudantes com 60 anos ou mais no mundo digital.

vida ativa .2

O Projeto de extensão é destinado prioritariamente às pessoas da terceira idade, e como público secundário desde crianças a adultos jovens. Tem como objetivo construir parcerias com a comunidade e unidades básicas de saúde das famílias locais, favorecendo ações de promoção da saúde integral.

O Governo Federal, além de oferecer políticas públicas que garantem os direitos dos idosos, incentiva ações e programas - no âmbito federal, estadual e municipal - que visam dar assistência e proteção em diversas esferas, como ambiente físico; transporte e mobilidade urbana; moradia; participação; respeito e inclusão social e comunicação e informação; oportunidades de aprendizagem e apoio, saúde e cuidado.

programa do governo federal

Para fortalecer a proposta, o Governo Federal criou a "Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa (EBAPI)”. De acordo com o site do Governo, na página do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o programa se destina “a incentivar as comunidades e as cidades a promoverem ações de caráter intersetorial e interinstitucional para a efetivação da Política Nacional da Pessoa Idosa de forma a garantir o envelhecimento ativo, saudável e sus-

projeto de atendimento ao idoso (PAI) .3

O projeto conta com professores e alunos da Ed. Física e desenvolvem atividades como: dança, hidroginástica, natação, recreação, jogos e passeios turísticos. E tem como objetivo: proporcionar uma melhor qualidade de vida ao idoso.

volte a sorrir .4

É um projeto de extensão que oferece tratamento odontológico para idosos de Goiânia.

programa do governo estadual

Na esfera Estadual, cabe ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social –SEDS, um papel planejado na administração da política de desenvolvimento social do Estado: definir rumos, diretrizes e proporcionar mecanismos de apoio às instâncias municipais, ao terceiro setor e à iniciativa privada. Para isso, o Estado

p. 31 discussão teórica
ações e programas de assistência à pessoa idosa no brasil

instituiu o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) - assim como o Sistema Único de Saúde (SUS) - como sistema único para “promover e ofertar às famílias de qualquer parte do Brasil os mesmos serviços em conformidade com a Política Nacional de Assistência Social” (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020). Tem como objetivo a proteção social à família, à infância, à adolescência, à velhice (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020).

O SUAS compreende serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, dentro deles existe o serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, que contribui para a promoção do acesso de pessoas com deficiência e pessoa idosa aos serviços e a toda rede socioassistencial, prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento. O serviço chega a comunidade através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), fazendo-se presente em locais de difícil acesso, como áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas, assentamento, dentre outras comunidades e povos tradicionais.

Dentro do Estado de Goiás, existe a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) - entidade sem fins lucrativosque oferece programas sociais e atendimentos voltados à comunidade em situação de vulnerabilidade social, especialmente os idosos.

A OVG, em assistência ao idoso, propõe o programa de Casa-lares, destinado a instituir unidades residenciais que prestem cuidados à terceira idade que se encontram no grupo de baixa renda e com maior necessidade de cuidados. Em Goiânia, existem duas instituições de Casa-Lar: Vila-Vida e Sagrada Família. Na Vila-Vida, os moradores da unidade são assistidos por profissionais de enfermagem, assistência social, odontologia e psicologia, que desenvolvem atividades de promoção da saúde do corpo e da mente. Já na Sagrada Família, considerada como uma Instituição de Longa Permanência (ILPI), é voltada para idosos dependentes ou semidependentes.

p. 32 discussão teórica

ESTUDOS DE CASOS

.

melfield gardens

local: Londres, Inglaterra data do projeto: 2022

área: 3.400 m²

arquitetos: levitt bernstein

Melfield Gardens é um esquema habitacional intergeracional altamente sustentável, no bairro londrino de Lewisham. Ele fornece 30 casas flexíveis e acessíveis para residentes com 55 anos ou mais, e duas casas de quatro quartos para oito estudantes de pós-graduação da Goldsmiths, University of London. Em troca de serem 'bons vizinhos', os alunos pagam um aluguel mais baixo. Na dinâmica, cada um passa algumas horas auxiliando os residentes mais velhos,

e a colocação das janelas de vidro triplo foram cuidadosamente considerados em relação à orientação, e as persianas reduzirão o superaquecimento nas fachadas voltadas para o oeste.

O projeto é dividido em dois edifícios levemente dobrados, que envolvem parcialmente um espaço verde central, priorizado para pedestres, mantendo as rotas públicas através do local até a Estação Beckenham Hill. Os novos moradores acessam suas casas a partir deste espaço, aumentando o senso de comunidade. Uma 'sala de jardim' compartilhada fica ao pé do edifício oeste, envolvendo um jardim protegido para os residentes e seus visitantes.

O programa de necessidades possui espaços de integração para idosos e estudantes, como jardins comunitários, pátios, cozinha e refeitório compartilhados, além de espaços destinados ao serviço e manutenção.

O pátio central funciona como uma rua compartilhada, permitindo a passagem de veículos e pedestres. Para os apartamentos, há três tipologias, sendo uma destinada aos estudantes e duas

A orientação leste-oeste do terreno é menos ideal para o conforto térmico (norte-sul é preferível), portanto, era essencial otimizar o 'fator de forma' mantendo a massa simples. O tamanho

Imagem 01 | perspectiva da proposta do projeto Fonte: people design, levitt bernstein Imagem 02 | perspectiva da proposta do projeto Fonte: people design, levitt bernstein Imagem 03| planta tipologias de apartamentos Fonte: levitt bernstein
p. 36 estudos de casos

área verde

jardins p. 37 estudos de casos

espaço verde central

espaço comunitário dos moradores

jardim de biodiversidade entrada

estacionamento

Imagem 04 | planta de locação e diagrama de setorização

Fonte: levitt bernstein modificado pela autora

rotas públicas foram mantidas

dois edifícios sutilmente angulares formam um espaço verde central com prioridade para pedestres

Os princípios Passivhaus alimentaram o desenvolvimento do edifício desde uma fase inicial.

Um fator de forma simples, uma angulação subtil da massa a sul, sombreamento solar flexível e colocação de janelas reativas contribuíram para que o edifício atingisse os objetivos de Passivhaus num local desafiante Leste-Oeste.

Ganho solar

Imagem 05 | concepção da forma e diagrama de setorização

Fonte: levitt bernstein modificado pela autora

Ganho solar x privacidade

Ganhos solares úteis

Ganho de Inverno / sobreaquecimento de verão

Ganho solar útil limitado

Perda de calor

Perda de calor

Modelos de desenvolvimento de formas iniciais

Maiores aberturas

Aberturas com sombreamento acima

Aberturas com obturadores

Janelas mais pequenas

Janelas Mínimas

fachada privada
traseiros
jardim dos moradores
praça

Para tornar os apartamentos tipo 1 e 2 o mais atraentes possível, foi adotado um modelo flexível de aspecto duplo e 'mais um quarto'. Isso incorpora uma 'sala de estudo/hobby' adicional, proporcionando aos moradores maior flexibilidade para adaptar suas casas às suas próprias necessidades à medida que envelhecem no local.

apto. tipo 1 apto. tipo 2 casa de escada dép. bicicleta dép. de lixo cozinha comp. plantação baixa jardim comunitário plantação alta estacionamento

Imagem 07| materialidadde

Fonte: levitt bernstein

Imagem 08| Elevação A-A

Fonte: levitt bernstein

O projeto contempla o conceito de biofilia: uso de materiais naturais, como o tijolo de barro, cores terrosas, iluminação natural, vegetação no interior e exterior, formas assimétricas e ventilação cruzada a partir de elementos vazados.

1 1 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 8 11 11 11 8 10 9 3 3 3 3 3 3 3 5 5 7 6 6 4 4 1 1 2 2 9
p. 38 estudos de casos

Massa básica de blocos

Imagem 09| concepção da forma e forma final

Fonte: levitt bernstein modificado pela autora

Imagem 10| isométrica de fluxos

Fonte: levitt bernstein

Corte em massa para atender edifícios adjacentes: 'sala de jardim'

Canto de enquadramento para obter vistas chave, colunata e varandas

p. 39 estudos de casos

zwei+plus vida

local: Viena, Áustria

data do projeto: 2018

área: 15.033 m²

arquitetura: trans city TC

Zwei+plus é um conceito inovador e recente de habitação intergeracional, que oferece unidades subsidiadas de moradia social alugadas em pares para duas famílias que cooperam e apoiam uma à outra, independentemente da idade. Essas famílias podem ser compostas por parentes ou amigos, mas precisam se mudar simultaneamente e comprometer-se com a cooperação e o suporte mútuos. Em um momento em que a independência é valorizada, mas as redes de apoio social são cruciais, o zwei+plus possibilita que as famílias em tandem compartilhem uma propriedade, com unidades separadas próximas o suficiente para interação e ajuda, mas distantes o suficiente para preservar a privacidade. (ArchDaily, 2020)

A estrutura arquitetônica foi desenvolvida para acomodar um ambicioso programa social. Quatro edifícios com formato em L delimitam pátios verdes, criando espaços ideais para encontros dos moradores. No térreo, há diversos espaços de uso coletivo, tais como um café comunitário aberto para toda a vizinhança, uma lavanderia equipada com brinquedoteca para as crianças, um jardim de infância e um centro de convivência para idosos, todos agrupados em proximidade. (ArchDaily, 2020)

Por meio de uma parceria colaborativa, os idosos são capazes de oferecer suporte aos pré-escolares, unindo essas duas gerações de forma especialmente construtiva. Os andares superiores do edifício possuem zonas de circulação que são altamente frequentadas socialmente. As unidades de um quarto que têm vista para as galerias abertas são dotadas de uma interpretação inovadora da clássica varanda frontal: uma área de estar elevada com grade aberta, permitindo que os residentes se vejam e conversem enquanto circulam.

Há uma vasta seleção de plantas baixas disponíveis nos conjuntos habitacionais. A maioria das unidades são apartamentos independentes, no entanto, existem algumas opções de unidades chamadas de "totalmente inteligentes", que oferecem uma residência flexível capaz de acomodar diferentes famílias. (ArchDaily, 2020)

Imagem 11 | fotografia fachada frontal Fonte: archello. Autora: Hertha Hurnaus Imagem 12 | fotografia fachada lateral e frontal Fonte: archello. Autora: Hertha Hurnaus
p. 40 estudos de casos
Imagem 13| isométrica de setores Fonte: levitt bernstein

Imagem

| fotografia fachada interna

Imagem

| fotografia do refeitório e cozinha

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| fotografia corredor de acesso aos aptos. Fonte:

Hertha Hurnaus

| fotografia da área de lazer externa Fonte:

Imagem

14 Fonte: archello. Autora: Hertha Hurnaus 17 archello. Autora: 15 Fonte: archello. Autora: Hertha Hurnaus 18 archello. Autora: Hertha Hurnaus Imagem 16 | fotografia detalhe de fachada Fonte: archello. Autora: Hertha Hurnaus
p. 41 estudos de casos
Imagem 19 | fotografia fachada lateral e praça Fonte: archello. Autora: Hertha Hurnaus

A combinação precisa dos edifícios individuais juntamente com a proporção adequada dos pátios da propriedade resulta em espaços exteriores bem estruturados e vibrantes. A utilização de madeira em detalhes das varandas e dos pisos térreos proporciona um ambiente acolhedor e intimista. Além disso, a arquitetura ganha um toque único e altamente tátil graças ao acabamento em vidro metálico de suas super fícies finamente aplainadas. (ArchDaily, 2020)

Imagem 20| planta proposta térreo

apto. hóspedes depósito de lixo bicicletário jardim meditação garagem hall de entrada foyer sala comunitária cozinha salas de escritório 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 apto. do caseiro carrinhos de bebê passagem brinquedoteca lavanderia vestiário foyer guarda-roupa hall sala de aula 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 banheiros depósito espaço de atividades diretoria pessoas cozinha carrinhos de bebê playground 21 22 23 24 25 26 27 28
modificado pela autora escada e corredor galeria apartamento varanda frontal privada 1 1 1 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 p. 42 estudos de casos
Fonte: archello

Imagem 21| planta de implantação

p. 43 estudos de casos
Fonte: archello

moradia estudantil colina

da UNB

local: Brasília, Brasil data do projeto: 1963

arquitetura: João Filgueiras Lima

O Conjunto Residencial da UnB, também conhecido como Bloco F, foi projetado por um grupo de arquitetos brasileiros liderados por João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé. Segundo a arquiteta e urbanista Helena Aparecida Ayoub Silva (2003), o conjunto habitacional "é uma das obras mais expressivas de João Filgueiras Lima, que se destacou na produção de edifícios de uso coletivo, tanto na área da saúde quanto na habitacional".

O Conjunto Residencial da Colina foi planejado para atender à demanda de moradia estudantil na Universidade de Brasília, que se consolidava como uma das principais instituições de ensino superior do país na época. O projeto previa a construção de diversos blocos habitacionais, sendo o Bloco F o primeiro a ser erguido. O Conjunto Residencial foi construído em 1963 como parte do projeto original da UnB, que previa a construção de moradias para professores e estudantes no campus universitário. Ele é composto por quatro prédios de seis pavimentos cada, interligados por passarelas suspensas, e possui capacidade para abrigar até 1.200 estudantes.

O Bloco F é composto por apartamentos que oferecem "conforto, privacidade e um ambiente favorável ao estudo e convivência entre os estudantes" (UNB, s/d). Os apartamentos são divididos em dois tipos: unidades de um quarto, com cerca de 24 metros quadrados; e unidades de dois quartos, com cerca de 36 metros quadrados. Todos os apartamentos contam com banheiro, cozinha e área de serviço. Além dos apartamentos, o conjunto habitacional conta com diversos espaços de uso comum, como refeitório, lavanderia, salas de estudo e espaços de convivência e lazer, que foram projetados para promover a interação entre os estudantes.

O projeto do Bloco F se dá pela sua arquitetura moderna e funcional, que privilegia a integração entre os espaços e as pessoas. O conjunto habitacional foi projetado para oferecer conforto e praticidade aos estudantes da UnB, e se tornou um ícone da arquitetura moderna brasileira. Segundo a arquiteta e urbanista Helena Ayoub Silva (2003), o Conjunto Residencial da Colina "representa a preocupação de Lelé em produzir uma arquitetura que levasse em conta as necessidades dos usuários, especialmente no que se refere às questões ambientais". Para isso, o projeto foi pensado para aproveitar ao máximo a ventilação e a iluminação natural, de forma a criar espaços confortáveis e saudáveis para os moradores.

Imagem 22 | fotografia fachada Fonte: Gabriel Fernandes Imagem 23 | fotografia fachada posterior Fonte: Gabriel Fernandes
p. 44 estudos de casos

Apesar de ser considerado um marco na história da arquitetura brasileira, o Conjunto Residencial do Bloco F passou por diversas reformas ao longo dos anos para adequar-se às necessidades dos estudantes. O projeto original, no entanto, ainda é lembrado como um exemplo de arquitetura moderna que valoriza a funcionalidade e a integração entre as pessoas e os espaços. Segundo a professora Maria Alice Junqueira Bastos (2002), "a obra de Lelé evidencia a busca de uma arquitetura que, em vez de seguir modelos preestabelecidos, fosse capaz de se adaptar às necessidades reais das pessoas e dos lugares".

Imagem 25 | fotografia fachada posterior Fonte: Gabriel Fernandes Imagem 26 | fotografia conjunto dos blocos Fonte: Gabriel Fernandes
p. 45 estudos de casos
Imagem 24 | fotografia fachada frontal Fonte: Gabriel Fernandes

ANÁLISE DO INDIVÍDUO

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caracterização do público

A habitação multigeracional será destinada para: idosos independentes de baixa renda, com 60 anos ou mais;

estudantes universitários da graduação ou pós-graduação de baixa renda entre 18 e 40 anos.

análise do indivíduo

Definir o público-alvo de uma construção é um aspecto crucial do processo de projeto. Isso ocorre porque um espaço construído precisa ser adequado para as atividades previstas e também para as necessidades das pessoas que irão utilizá-lo. Se a construção é destinada a idosos, por exemplo, deve ser projetada para ser segura e acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Por outro lado, se a construção é destinada a estudantes universitários, deve ser projetada para atender às suas necessidades específicas de estudo e convivência.

A definição do público-alvo também pode orientar as decisões tomadas ao longo do processo de projeto, desde a escolha do programa até a seleção dos materiais de construção. Por exemplo, se a construção é destinada a pessoas idosas, é importante escolher materiais que não ofereçam riscos à segurança, como pisos antiderrapantes e corrimãos seguros.

Ao responder à pergunta de quem a construção pretende atender, é possível desenhar o perfil de alguns usuários. Isso pode incluir informações como idade, gênero, renda, nível educacional e necessidades específicas. Essas informações podem ser usadas para criar um espaço que seja adequado para os usuários específicos da construção, resultando em um ambiente mais confortável, seguro e funcional para as pessoas que o utilizam.

p. 48 análise do indivíduo

Personalidade: João é uma pessoa extrovertida, sempre gostou de conversar com as pessoas e é muito comunicativo. Ele é uma pessoa bem-humorada e adora contar histórias de sua juventude. Já Isaura é uma pessoa mais reservada e tímida, mas muito dedicada à família. Ela é carinhosa e gentil com todos ao seu redor.

Estilo de vida: O casal leva uma vida simples e tranquila. Eles gostam de passar o tempo juntos, assistindo televisão e conversando. João adora jogar baralho com os amigos e Isaura gosta de cozinhar para a família. Eles não têm muitos recursos financeiros e vivem com o dinheiro da aposentadoria, então precisam ser bastante econômicos em suas despesas.

João Oliveira e Isaura Gomes

Idade: 69 e 74 anos

Estado civil: Viúvo

Profissão: Costureira e Pedreiro aposentado Situação financeira: Baixa renda

Objetivos: O principal objetivo do casal é manter-se saudável e feliz juntos. Eles não têm grandes ambições em relação a bens materiais, mas gostariam de poder ajudar mais os filhos e netos. Além disso, João gostaria de poder voltar a tocar violão e participar de um grupo musical de idosos.

Saúde: João tem problemas de saúde devido à idade, como hipertensão e diabetes, mas consegue controlá-los com a ajuda de medicamentos e uma dieta balanceada. Isaura tem algumas dores nas articulações, mas nada que a impeça de cuidar da casa e dos netos. Eles fazem consultas regulares no posto de saúde e cuidam da saúde com muito carinho para poderem aproveitar a vida juntos por muito tempo.

p. 49 análise do indivíduo

Personalidade: Antônio é um idoso amigável e sociável, que adora conversar com as pessoas e fazer novas amizades. Ele tem um senso de humor bem desenvolvido e gosta de contar histórias engraçadas sobre sua vida. Antônio é um pouco teimoso e pode ser resistente a mudanças, mas está sempre disposto a aprender coisas novas. Ele é uma pessoa muito religiosa e frequenta a igreja regularmente.

Estilo de vida: Antônio é um idoso independente e gosta de realizar suas atividades diárias sozinho. Ele gosta de cozinhar e de assistir televisão. Ele gosta de caminhar no parque próximo à sua casa, mas tem dificuldades em subir e descer escadas. Ele não tem filhos e seus parentes mais próximos moram em outra cidade.

Antônio Gonçalves

75 anos

Estado civil: Viúvo

Profissão: Marceneiro aposentado

Situação financeira: Baixa renda

Objetivos: Antônio deseja envelhecer com saúde e independência, permanecendo ativo e conectado com as pessoas ao seu redor. Ele gostaria de encontrar maneiras de se manter socialmente engajado e de ter acesso a atividades que possam ajudar a melhorar sua saúde física e mental. Ele também gostaria de receber ajuda para fazer compras e tarefas domésticas, já que tem dificuldades de locomoção.

Saúde: Antônio tem alguns problemas de saúde, como artrite, hipertensão e diabetes, mas toma seus medicamentos regularmente e faz acompanhamento médico com frequência. Ele tem dificuldade de locomoção e precisa de uma bengala para se locomover.

p. 50 análise do indivíduo

Personalidade: Ruth Maria é uma mulher simpática e gentil, que gosta de ajudar as pessoas ao seu redor. Ela é um pouco tímida, mas gosta de conversar e fazer amizades. Ela é bastante organizada e gosta de manter sua casa limpa e arrumada. Ruth é uma pessoa bastante religiosa e frequenta a igreja regularmente.

Ruht Maria Melo

Idade: 62 anos

Estado civil: Divorciada

Profissão: Diarista aposentada

Situação financeira: Baixa renda

Estilo de vida: Ruth Maria é uma pessoa independente e gosta de realizar suas atividades diárias sozinha. Ela gosta de cozinhar, costurar e assistir televisão. Ela não dirige, mas gosta de caminhar no bairro e visitar amigos e familiares próximos. Ela tem duas filhas, uma delas mora em outra cidade e a outra trabalha em período integral.

Objetivos: Ruth Maria deseja envelhecer com saúde e manter sua independência, mas sabe que precisará de ajuda em alguns momentos. Ela gostaria de ter acesso a atividades que a mantivessem ativa e saudável, como caminhadas em grupo e aulas de ginástica adaptada. Ela também gostaria de receber ajuda para tarefas domésticas e fazer compras, já que tem dificuldades de locomoção. Ruth gostaria de encontrar maneiras de se conectar com outras pessoas da sua idade e se envolver em atividades comunitárias que a ajudem a se sentir útil e engajada.

Saúde: Ruth Maria tem algumas condições de saúde crônicas, como hipertensão, mas toma seus medicamentos regularmente e faz acompanhamento médico com frequência.

p. 51 análise do indivíduo

Desafios: Cristiano vem de uma família humilde e foi o primeiro a ingressar em uma universidade, o que o torna muito orgulhoso, mas também enfrenta desafios financeiros para se manter estudando. Um dos principais desafios de Cristiano é o custo de vida na cidade, que é alto, e suas despesas de moradia e alimentação, que consomem a maior parte de sua renda. Ele não tem carro e se desloca pela cidade de ônibus, o que limita um pouco a sua mobilidade e pode ser um problema em dias de chuva ou quando precisa se deslocar em horários mais tardios.

Estilo de vida: Por causa de sua rotina de estudos e trabalhos da faculdade, Cristiano tem pouco tempo livre. No entanto, sempre que tem uma folga, ele gosta de ler e passar um tempo ao ar livre, em contato com a natureza, já que é uma grande paixão dele.

Cristiano Soares

Idade: 22 anos

Estado civil: Solteiro

Curso: Engenharia Florestal na UFG Situação financeira: Baixa renda

Objetivos: Seus objetivos são se formar com excelência e conseguir um estágio ou emprego na área de Engenharia Florestal, para assim poder aplicar tudo o que aprendeu e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região. Também tem a meta de ajudar financeiramente a sua família no interior e poder proporcionar-lhes uma vida melhor no futuro. Para isso, ele sabe que precisa se esforçar muito e busca sempre aproveitar as oportunidades que a universidade lhe oferece, como bolsas de estudo e projetos de pesquisa.

Personalidade: Cristiano é uma pessoa introvertida, porém muito atencioso e prestativo com seus colegas. Ele costuma ser mais reservado em sua vida pessoal, mas é bastante participativo nas atividades acadêmicas e eventos da universidade.

p. 52 análise do indivíduo

Desafios: Como estudante universitária de baixa renda, Juliana enfrenta vários desafios em sua rotina. Ela precisa conciliar seus estudos com trabalho em meio período para poder se sustentar e arcar com as despesas básicas, além de lidar com o fato de morar longe de sua cidade natal e família.

Idade: 25 anos

Estado civil: Solteira

Curso: Pedagogia na UFG

Situação financeira: Baixa renda

Estilo de vida: Como mora em uma moradia estudantil, Juliana tem uma vida muito agitada e está sempre envolvida em diversas atividades. Ela tem uma rotina muito ocupada com as aulas e as atividades extracurriculares, mas ainda encontra tempo para fazer amizades e se divertir. Juliana gosta de ler e ver filmes, e quando pode, gosta de sair com amigos para conhecer novos lugares e experimentar novas comidas.

Objetivos: Juliana tem o objetivo de se formar em Pedagogia e trabalhar na área de educação, com foco em educação infantil. Ela acredita que a educação é a chave para transformar a sociedade e tem muita vontade de contribuir para esse processo. Além disso, ela quer conseguir uma bolsa de estudos para ajudar a financiar seus estudos e tornar mais fácil a sua vida financeira.

Personalidade: Juliana é uma pessoa amigável e extrovertida, gosta de fazer amizades e se conectar com outras pessoas. Ela é empática e tem uma boa capacidade de comunicação, o que a ajuda muito em suas atividades acadêmicas. É uma pessoa criativa, e adora encontrar soluções inovadoras para os problemas que encontra no dia a dia.

p. 53 análise do indivíduo
p. 54 análise do indivíduo | moodboard idoso

estudante universitário

p. 55 análise do indivíduo | moodboard

ESTUDO DO LUGAR

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contexto do bairro

localização p. 58 estudo do lugar N brasil goiás goiânia st. leste universitário quadra 67a lote 1 Diagrama 01 | localização do terreno sem escala Fonte: Elaborado pela autora, 2023.

justificativa

Por sua localização estratégica e facilidades de acesso, o Setor Universitário é uma região propícia para a implementação do projeto. A proximidade do campus da UFG, por exemplo, torna o bairro uma opção atraente para estudantes que buscam uma moradia próxima à universidade, enquanto a presença de idosos pode contribuir para uma convivência intergeracional rica em trocas de experiências e aprendizados.

Além disso, a localização no Setor Universitário pode ajudar a incentivar o envolvimento dos estudantes em projetos de pesquisa e extensão voltados para a terceira idade, bem como facilitar a participação dos idosos em eventos e atividades realizados na universidade.

Uma das principais vantagens do Setor Universitário em relação ao Campus Samambaia - segundo campus da UFG - é a sua localização central. O bairro está situado próximo ao centro da cidade, o que facilita o acesso a serviços, comércio e transporte público.

Outra vantagem do Setor Universitário é a sua infraestrutura, que inclui diversos restaurantes, bares, cafés e locais de convivência, tornando o bairro mais movimentado e com mais opções de lazer para os idosos e outros moradores. Além disso, o bairro é considerado seguro e tranquilo, o que pode ser um fator importante para aqueles que buscam um ambiente mais calmo para viver e conviver.

p. 59 estudo do lugar

localização

O terreno escolhido para o projeto está localizado na cidade de Goiânia, no Setor Leste Universitário, ao lado do Campus Prof. Colemar Natal e Silva, Campus 1 da UFG, no encontro da 5° Avenida com as ruas 227 e 227-A, próximo ao centro da cidade..

contextualização

O bairro é conhecido por abrigar diversas instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e a Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).

Além das universidades, o bairro também conta com uma ampla variedade de serviços, comércios e opções de lazer, como bares, restaurantes, praças e parques. A região é bastante movimentada, especialmente durante o período letivo, com a presença de muitos estudantes, professores e demais profissionais ligados ao meio acadêmico.

O Setor Universitário é considerado um dos bairros mais valorizados de Goiânia, devido à sua localização privilegiada e à alta concentração de instituições de ensino superior. Além disso, o bairro também é muito bem servido por transporte público, com diversas linhas de ônibus que ligam a região a outras partes da cidade.

O bairro é caracterizado por sua arborização, suas amplas avenidas e suas casas e edifícios de arquitetura clássica.

p. 03 apresentação do tema
estudo do lugar
Diagrama 02 | localização macro do terreno sem escala Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
5ª AVENIDA
R 227-A R 227 p. 61 estudo do lugar 500 m
PRAÇAUNIVERSITÁRIA

entorno

Analisando a área circundante da intervenção em um raio de cerca de 500 metros, é possível estudar a região em detalhes e entender suas características específicas, utilizando diferentes tipos de estudos, como uso do solo, infraestrutura, transporte, vias, entre outros, para obter uma análise mais aprofundada.

infraestrutura

O Setor Universitário possui uma boa infraestrutura, com diversos serviços e comércios disponíveis para a população local. A região conta com agências bancárias e lotéricas de diversas instituições financeiras, além de supermercados, farmácias e padarias.

Uma das vantagens do bairro é a presença do Restaurante Universitário, que é administrado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e oferece alimentação de qualidade a preços acessíveis para estudantes e funcionários da universidade. Além disso, existem diversas opções de restaurantes, bares e lanchonetes no entorno, proporcionando uma grande variedade de escolhas para quem vive ou frequenta a região.

O Setor também é conhecido por abrigar diversas faculdades públicas e privadas, além de escolas de ensino fundamental e médio, o que torna a região bastante movimentada durante o dia.

Por fim, a Praça Universitária é um ponto de referência bastante conhecido na cidade, e oferece alternativas para lazer e atividades físicas, com pista de corrida, quadras esportivas e aparelhos de ginástica ao ar livre.

uso e ocupação

Ao analisar o uso e a ocupação da região, é possível observar que o terreno está localizado em uma transição de áreas predominantemente residenciais e institucionais, sendo estas, em sua grande maioria, universidades. Além disso, o comércio e serviços estão bem presentes no entorno, proporcionando estrutura tanto para o setor quanto para a cidade em geral.

p. 62 estudo do lugar
farmácia banco/lotérica correios hospital faculdade restaurante supermercado academia lazer feira aberta área de intervenção p. 63 estudo do lugar 50 100 200 500 0
Diagrama 03 | mapa de infraestrutura (raio 500 m)
50 100 200 500 0
Fonte: Fonte: Google Maps, 2022. Elaborado pela autora, 2023. Diagrama 04 | mapa de uso e ocupação do solo Fonte: Google Maps, 2022. Elaborado pela autora, 2023.
residencial comércio serviço institucional sem uso terreno

entorno imediato

vias : tipo

De acordo com o mapa apresentado ao lado, a região possui importantes vias que conectam diversos setores da cidade, incluindo a Avenida Anhanguera, que é uma via arterial e abriga o Eixo Anhanguera, um dos principais eixos de transporte da cidade. As vias coletoras, 1ª Avenida e 5ª Avenida, conectam as áreas mais atrativas da região, como as universidades, os comércios e as áreas verdes, como a Praça Universitária e Boa Ventura.

vias : fluxo, sentido e paradas de ônibus

A região da área de intervenção é bem centralizada, possui infraestrutura completa e diversos usos, o que a torna bastante movimentada, com alto fluxo de carros em suas vias principais e locais do entorno. O fluxo de carros nas avenidas principais permanece intenso durante todo o dia e moderado durante a noite, enquanto nas vias locais, o trânsito se intensifica no período de maior movimento na cidade. A maioria das vias são de mão dupla, exceto as vias paralelas à área de intervenção, que são de sentido único e têm direções opostas entre si.

p. 64 estudo do lugar
5 10 20 0
iluminação pública árvores Diagrama 05 | entorno imediato Fonte: Google Maps, 2022. Elaborado pela autora, 2023.

Fonte:

Diagrama

Fonte:

p. 65 estudo do lugar
arterial via coletora via local terreno fluxo
moderado leve
ônibus
terreno Rua235 PraçaUniversitária Av.Universitária Rua227 Rua227 AvenidaAnhaguera Rua227A Rua236 Rua227 Rua227A Rua236 Rua235 Rua 226 Rua 260 Rua 225 1ª Avenida 5ª Avenida 5ª Avenida
via
intenso
ponto de
sentido da via
Diagrama 06 | mapa de vias, sem escala. Fonte: Google Maps, 2022. Elaborado pela autora, 2023. 07 | mapa de fluxo, sentido das vias e ponto de ônibus, sem escala. Google Maps, 2022. Elaborado pela autora, 2023.

mobilidade

A partir de uma análise de mobilidade, é possível perceber que o terreno está em uma localização privilegiada, permitindo acessos rápidos por diferentes meios de transporte:

|| Veículos particulares: a região possui vias de acesso rápido para importantes avenidas articuladoras, como a Avenida Anhanguera, 1ª Avenida e 5ª Avenida.

|| Bicicletas: o terreno está próximo ao eixo de ciclovias que liga a Praça Universitária ao centro da cidade, permitindo trajetos curtos e médios.

|| Transporte público terrestre: o projeto será implantado próximo a duas avenidas que possuem diversas linhas e corredores de ônibus, o que faz do local um grande terminal de ônibus que conecta diferentes setores da cidade.

|| Pedestre: a área do entorno do lote oferece condições favoráveis para o pedestre, com calçadas adequadas e com piso tátil, sinalização vertical e horizontal e rampas. Além disso, o microclima local é agradável devido à intensa arborização presente na região.

p. 66 estudo do lugar
Imagem 27 | vista da ciclovia na av. universitária Fonte: Google Maps, 2022. Imagem 28 | vista do eixo anhanguera Fonte: Google Maps, 2022. Imagem 29 | vista da sinalizações e acessibilidade Fonte: Google Maps, 2022.

O terreno escolhido é amplo, com uma área de 6.603 m² e uma topografia relativamente plana, apresentando um desnível de aproximadamente 10 metros. O lote está localizado paralelamente às ruas 227, 227-a e 5ª avenida.

terreno insolação e ventos

Os ventos predominantes na cidade sopram do leste e sudeste, variando de acordo com a estação do ano. Em relação à insolação, a fachada voltada para a rua 227, na direção noroeste, terá maior exposição solar, tornando-a mais quente. Já a vista para a 5ª avenida, na direção sudoeste, receberá maior incidência solar no meio e fim da tarde. A fachada voltada para o lote vizinho, na direção nordeste, receberá apenas raios solares no período da manhã. A fachada voltada para a rua 227-a, direcionada para o sul e sudeste, apresenta menor incidência solar, sendo a mais adequada.

ETRON LESTE SUL ETSEO
°AVENIDA
R 227-A 5
R 227
p. 67 estudo do lugar
6.603 M²
Diagrama 08 | área, topografia, vias e acessos Fonte: Elaborado pela autora, 2023. Diagrama 09 | insolação e ventos Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
p. 68 estudo do lugar
norte l e s t e lus o e s t e
área de intervenção sentido da vista
vista
Diagrama 10 | mapa com indicações de vistas referente ao terreno Fonte: Elaborado pela autora, 2023.
vista norte vista leste vista sul
oeste
Imagem 30 | Fonte: Google Earth, 2022 Imagem 32 | Fonte: Google Earth, 2022 Imagem 31 | Fonte: Google Earth, 2022 Imagem 33 | Fonte: Google Earth, 2022

lei complementar n° 171, 29 de maio de 2007 - plano diretor goiânia

Art. 110. Para efeito de dar tratamento urbanístico à Macrozona Construída ficam instituídas as seguintes unidades territoriais:

I - Áreas Adensáveis, para as quais serão incentivadas as maiores densidades habitacionais e de atividades econômicas, sustentadas pela rede viária e de transporte, subdividindo-se em duas naturezas:

a) aquelas áreas de maior adensamento, ao longo dos Eixos de Desenvolvimento Exclusivos e nas áreas caracterizadas como vazios urbanos;

b) aquelas áreas de médio adensamento, ao longo dos Eixos de Desenvolvimento Preferenciais.

Art. 122. Os parâmetros urbanísticos admitidos na Macrozona Construída, referentes ao Índice de Ocupação, à altura máxima e aos afastamentos frontal, lateral e de fundo resultarão da aplicação de uma progressão matemática gradual por pavimentos, conforme estabelecido na Tabela de Recuos, constante do Anexo X, desta Lei.

§ 1º Fica estabelecido o Índice de Ocupação máximo de 50% (cinqüenta por cento) para todos os terrenos da Macrozona Construída, a partir de 6m (seis metros) de altura da edificação, contados a partir do final de sua laje de cobertura, garantindo o índice de ocupação de 90% para os sub-solos, salvo o caso de excepcionalidade previsto em regulamento próprio.

Art. 124. As unidades territoriais identificadas como Áreas Adensáveis e Áreas

de Desaceleração de Densidades não sofrerão limitações quanto a altura máxima das edificações, sendo esta resultante da aplicação dos afastamentos e índice de ocupação máximo previstos nesta Lei.

Parágrafo único. Para efeito de aplicação desta Lei considera-se 3m (três metros) a altura padrão do pavimento da edificação, medida entre os eixos de lajes.

Art. 126. Garantidos os espaços de iluminação e ventilação dos compartimentos da edificação, estabelecidos em lei própria, ficam liberados os recuos laterais e de fundo das edificações com até 6m (seis metros) de altura, contados até sua laje de cobertura, excetuados os casos de subsolos aflorados que deverão estar de acordo com o que disporá regulamento próprio.

Art. 128. Fica estabelecido o Índice de Controle de Captação de Água Pluvial, por meio de estruturas de infiltração e de recarga do lençol freático, a ser calculado em relação a área impermeabilizada do terreno, nos termos dos seguintes critérios técnicos:

I - para cada 200,00m² (duzentos metros quadrados) de terreno impermeabilizado, 1m³ (um metro cúbico) de caixa de recarga ou por caixa de retenção;

II - superfície mínima de 1,00m² (um metro quadrado) de caixa; (Redação conferida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 246, de 29 de abril de 2013.)

III - profundidade máxima de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros).

Art. 128-A. Fica estabelecido o Índice Paisagístico Mínimo, calculado sobre a área dos terrenos da Macrozona Construída,

legislação
p. 69 estudo do lugar

conforme uma das seguintes exigências:

I - 15% (quinze por cento) da área do terreno, garantindo no mínimo 5% (cinco por cento) de cobertura vegetal em solo natural e o restante podendo ser utilizado concregrama; (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei Complementar nº 246, de 29 de abril de 2013.)

II - 15% (quinze por cento) da área do terreno, garantindo no mínimo 5% (cinco por cento) de cobertura vegetal em solo natural e o restante com utilização de cobertura vegetal não permeável; (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei Complementar nº 246, de 29 de abril de 2013.)

III - 25% (vinte e cinco por cento) da área do terreno quando com utilização de cobertura vegetal não permeável.

Art. 148. Fica instituído um Coeficiente de Aproveitamento Básico não Oneroso, para todos os imóveis contidos na Macrozona Construída equivalentes a:

I - todas as áreas edificadas cobertas, construídas até a laje de cobertura, na cota máxima de 6,00m (seis metros) de altura da edificação;

legislação

lei complementar n° 177 de 09 de janeiro de 2008 - código de obras

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

Art. 50 Os afastamentos estabelecidos pela legislação urbanística não poderão receber nenhum tipo de edificação ou elemento construtivo, exceto os casos previstos neste Código.

I. os afastamentos serão medidos perpendicularmente ao alinhamento do terreno e deverão atender a Tabela I;

II. será permitida a implantação e a execução de saliências complementares à edificação que deverão atender a Tabela II;

§ 1º No caso da altura máxima da edificação, se situar nos intervalos da Tabela I, serão utilizados os critérios de arredondamento matemático.

§ 2º Entre edificações, com altura superior a 6,00m (seis metros), será garantido um afastamento mínimo igual ao dobro do respectivo afastamento lateral, entre edificações na mesma área, conforme Tabela I e Anexos 1 e 2.

p. 70 estudo do lugar

Tabela 03 |

afastamentos referente a altura da edificação Fonte: Código de Obras. Elaborado pela autora, 2023.

PAVIMENTOS AFASTAMENTOS Lateral(m) Fundo(m) Frente(m) (altura da lage de cobertura) 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 18,00 21,00 24,00 27,00 30,00 33,00 36,00 39,00 42,00 45,00 48,00 51,00 54,00 57,00 60,00 63,00 66,00 69,00 72,00 75,00 78,00 81,00 84,00 87,00 90,00 93,00 2,00 3,00 3,20 3,40 3,60 3,80 4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 3,00 3,20 3,40 3,60 3,80 4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80 6,00 6,20 6,40 6,60 5,00 6,00 6,00 6,00 6,00 5,80 6,00 6,20 6,40 6,60 6,80 7,00 7,20 7,40 7,60 6,00 6,00 6,00 6,00 8,00 680 7,00 7,20 7,40 7,60 7,80 8,00 8,20 8,00 8,00 8,00 10,00 7,80 8,00 8,20 8,40 8,40 Acima de 93,00 10,00 -p. 71 estudo do lugar

PARTIDO ARQUITETÔNICO

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diretrizes

CONEXÃO COM A UNIVERSIDADE

promover conexões intergeracionais na universidade

ESPAÇOS DE INTEGRAÇÃO

propor espaços de convivências e trocas de experiências

PROMOÇÃO DO BEM ESTAR E DA SAÚDE

utilizar de estratégias arquitetônicas para promover espaços que contribuem para melhoraria da qualidade de vida.

PAISAGISMO FUNCIONAL E BIOFILIA

propor vegetações frutíferas e sensoriais

RELAÇÃO INTERIOR E EXTERIOR

trazer conexão das áreas verdes externas e iluminação natural para dentro do edifício.

CONFORTO AMBIENTAL

garantir ambientes saudáveis e confortáveis para todos os usuários

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p. 74 partido arquitetônico

BAIXA OCUPAÇÃO

projetar terrenos com baixa ocupação, afim de proteger a paisagem e prevervar a natureza

DESIGN UNIVERSAL

busca promover acessibilidade e inclusão total por meio de parâmetros universais e normativas

PERMEABILIDADE URBANA

promover conexão do edifício com a cidade

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.
p. 75 partido arquitetônico

pré-dimensionamento

76.32 m² SALA DE ESTUDOS 1286 747 REFEITÓRIO 7.21 m² DEP 747 1474 12.00 m² COZINHA COLETIVA 62.44 m² SALA DE YOGA/MEDITAÇÃO 1111 562 75.77 m² SALÃO MULTIUSO 1111 682 54.44 m² SALÃO DE JOGOS 1111 490 66.37 m² SALA DE INFORMÁTICA 1080 616 23.63 m² VEST. E SANIT. FEM 20.98 m² VEST. E SANIT. MASC 2.81 m² PCD BH 621 180 544 381 99.19 m² A ACADEM M A 1270 781 105.49 m² SALA DE ESTAR COLETIVA 1370 770 40.00 m² SALA MULTIUSO 587 682 social interno p. 76 partido arquitetônico

social externo serviço

15.27 m² LIXO DEP 14.01 m² GÁS 3.51 m² ANTE CÂMERA 590 241 18 302 561 2.36 m² BH 149 158 4.39 m² PCD BH 172 255 5.07 m² GUARITA 1.83 m² BH 331 13 120 463 154 9.60 m² ADMINISTRAÇÃO 320 300 43.26 m² LAVANDERIA COLETIVA 742 583 6.79 m² DML 289 235 20.07 m² AMBULATÓRIO 408 492 193 15 991 1198 578 59.81 m² O COMÉRC 36.35 m² HALL DE ENTRADA 547 665 80.54 m² HORTA COMUNITÁRIA 1136 709 171.29 m² ÁREA PISCINA 2318 739 105.11 m² CAFETERIA 1136 925 125.93 m² RESTAURANTE 786 1078 16 508 1602
p. 77 partido arquitetônico

programa de necessidades

ambientes setores qntd. usuários área área total academia sala de informática sala de estudos sala de estar coletiva salão de jogos sala multiuso salão multiuso refeitório cozinha compartilhada social interno social externo apto. idoso piscina solário cafeteria restaurante quadra poliesportiva espaço sociocultural jardim de meditação quarto suíte banheiro cozinha sala de jantar sala de tv praça pública jardim mirante jardim sensorial horta comunitária espaço para yoga 1 2 1 1 1 1 1 variável 1 52 4 4 12 m² 681 m² 1.512 m² 67 m² 90 m² 75 m² 40 m² 55 m² 105 m² 76 m² 66 m² 100 m² 20 25 variável 45 22 30 1 1 1 1 1 1 1 variável 1 variável 1 15 62 m² 80 m² 200 m² variável 200 m² 150 m² 432 m² 50 m² 170 m² variável variável variável variável 15 40 80 variável 1 1 36 1 40 125 m² 105 m² variável 10 m² 6 m² 16 m² 10 m² 15 m² 5 m² 2 6 2 1 2 1 área de serviço 5 m² 1 p. 78 partido arquitetônico
ambientes setores qntd. usuários área área total sanit. e vest. feminino hall de entrada portaria lavanderia ambulatório banheiro copa quarto/cama sala de estudos apto. estudante serviços bicilhetário caixa de escada DML estacionamento visitante estacionamento morador central de gás central de lixos depósito administração sanit. e vest. masculino 60 de 1 cama e 30 de 2 cama 1 2 1 1 1 1 1 e 2 1 7 m² 36 m² de 1 cama e 42 m² de 2 cama 244 m² 12 m² 12 m² 5 m² 20 m² 44 m² 7 m² 37 m² 25 m² 1 3 20 2 variável 5 2 1 1 1 5 1 75 1 1 2 1 5 20 m² 10 m² 8 m² 15 m² 15 m² 11 m² 11 m² 12 m² 2 m²variável variável variável variável 3 1 7 m² p. 79 partido arquitetônico
pré-dimensionamento Fonte: Elaborado pela autora
Tabela 03 |

O projeto a ser elaborado levará em consideração alguns princípios norteadores para garantir que a edificação seja adequada ao terreno e ao entorno. Entre eles, destaca-se a análise da topografia do terreno, de modo a aproveitar as suas características e minimizar a necessidade de movimentação de terra.

Além disso, serão estudados os acessos ao terreno, a fim de garantir a melhor integração com a malha urbana e as diferentes formas de transporte utilizadas pela população. A insolação também será considerada, buscando-se aproveitar ao máximo a luz solar e garantir conforto térmico aos usuários.

As áreas verdes serão outro ponto importante do projeto, de modo a contribuir com o meio ambiente e oferecer espaços de lazer e convivência para os usuários da edificação. Por fim, a permeabilidade visual será estudada, para garantir que a edificação se integre harmoniosamente ao entorno e contribua para a valorização da paisagem urbana. Com todos esses aspectos em mente, o projeto buscará oferecer um ambiente de alta qualidade para os usuários e para a cidade como um todo.

p. 80 partido arquitetônico
Diagrama 11 | princípios norteadores Fonte: Elaborado pela autora
princípios
t o pografi a acessos insol a çã o área verd e permeabilidad e
norteadores

estudos volumétricos

O estudo volumétrico do projeto foi realizado com o objetivo de definir a forma e a distribuição espacial dos elementos construtivos. A partir das restrições impostas pelo programa de necessidades e pelos condicionantes urbanísticos, foram propostas diferentes alternativas para a disposição dos volumes e a organização das áreas internas.

Foram exploradas diversas opções de implantação do edifício no terreno, levando em consideração a topografia, os acessos, a insolação e a permeabilidade visual. Foram também consideradas as necessidades de iluminação natural e ventilação cruzada, bem como a relação do edifício com o entorno imediato e as áreas verdes existentes na região.

A volumetria final do projeto foi definida a partir da escolha da solução que melhor atendia às demandas do programa de necessidades, da análise dos aspectos funcionais e construtivos, e da busca por uma estética contemporânea e coerente com o contexto urbano.

p. 81 partido arquitetônico
Diagrama 12 | estudos volumétricos Fonte: Elaborado pela autora

concepção formal

A concepção formal da volumetria do projeto tem como objetivo criar uma edificação harmoniosa e funcional, que se integre de forma adequada ao entorno. A partir da análise das necessidades e especificidades do terreno, serão definidos os parâmetros que nortearão a concepção do projeto arquitetônico.

Será considerada a volumetria, que inclui o estudo das formas, das proporções e dos volumes que a edificação assumirá. O projeto buscará uma linguagem arquitetônica contemporânea, com traços limpos e sofisticados, sem abrir mão da funcionalidade.

A edificação será composta por um conjunto de volumes interligados, com diferentes alturas e formatos, que se relacionam de forma harmônica e equilibrada. Será dada atenção especial à fachada principal, buscando criar uma identidade marcante e impactante.

A concepção formal da volumetria do projeto será um processo criterioso e minucioso, que levará em conta todas as necessidades do empreendimento e do entorno, para garantir uma edificação que seja funcional, harmoniosa e que valorize a paisagem urbana.

Diagrama 13 |

concepção formal Fonte: Elaborado pela autora

p. 82 partido arquitetônico

decisões de projeto

A proposta pretende oferecer moradia para 120 estudantes (levou-se em conta a média da quantidade de vagas que a UFG disponibiliza em cada casa de estudante) e 80 idosos . Tendo em vista isso, e sabendo que os apartamento dos estudantes terá duas tipologias: apto. com 1 cama e apto. com 2 camas, o proposta consiste em 60 apto. de 1 cama, 30 apto. de 2 camas. e 80 apto. para os idosos.

Para chegar na quantidade de pavimentos e nas dimensões dos blocos, foi feito o seguinte raciocínio:

estudantes:

apto. 1 cama = 36 m²

apto. 2 cama = 42 m²

36 m² x 60 estudantes = 2.160 m²

42 m² x 30 estudantes = 1.260 m²

TOTAL = 3.420 m²

Para alcançar um volumetria mais vertical , foi estabelecido uma projeção de 190 m² para o bloco dos estudantes . Logo, para obter a quantidade de pavimentos necessários, seguiu-se a seguinte lógica:

3.420 m²/ 190 m² = 18 pavimentos destinado aos estudantes

idosos:

1 apto. = 67 m²

67 m² x 80 idosos = 5.360 m²

T OTAL = 5.360 m²

Para alcançar um volumetria mais horizontal , foi estabelecido uma projeção de 1.072 m² para o bloco dos idosos . Logo, para obter a quantidade de pavimentos necessários, seguiu-se a seguinte lógica:

5.360 m²/ 1.072 m² = 5 pavimentos destinado aos idosos

p. 83 partido arquitetônico
p. 84 partido arquitetônico
Diagrama 14 | isométricas proposta inicial Fonte: Elaborado pela autora
nível natural do terreno 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 4 4 4 3 3 2 2 2 2 5 5 2 1 3 4 5 apto. estudante apto. idoso social externo social interno serviço corte esquemático
Diagrama 15 | corte esquemático, sem escala Fonte: Elaborado pela autora
h= 64 m h= 22 m

A proposta mantém os blocos habitacionais na parte mais baixa do terreno, visando minimizar a movimentação de terra e criar áreas verdes amplas. O bloco que abriga o restaurante e a cafeteria está localizado mais próximo à rua, facilitando o acesso tanto para os residentes quanto para visitantes. O bloco em forma de L é destinado aos idosos, com uma tipologia mais adequada às suas necessidades. Já o bloco retangular e mais vertical é voltado para os estudantes. O bloco central fica em pilotis, favorecendo a permeabilidade visual e espacial e permitindo a conexão direta com a praça. O acesso ao estacionamento é pela rua 227, com direcionamento para o subsolo do bloco principal, enquanto as vagas para visitantes estão no espaço de recuo da rua 227. Parte da área verde é destinada a uma praça pública, enquanto a outra é reservada para uso privativo dos moradores.

acesso pedestres acesso veículos

p. 85 partido arquitetônico
Diagrama 16 | planta proposta inicial, sem escala Fonte: Elaborado pela autora Diagrama 17 | proposta de acessos Fonte: Elaborado pela autora
corte corte rua 227-a rua 227 5° avenida

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Relatório de Gestão 2020. PRAE-UFG: Goiás, 2020.

p. 88

Marianne Tomaz Porto

Orientadora: Prof. Dra. Christine Ramos Mahler Arquitetura e Urbanismo

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concepção formal

6min
pages 82-84, 86-88

estudos volumétricos

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programa de necessidades

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diretrizes

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mobilidade

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localização

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justificativa

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ANÁLISE DO INDIVÍDUO

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pages 48-54

moradia estudantil colina

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zwei+plus vida

1min
pages 40-43

melfield gardens

1min
pages 36-37

o universitário de baixa renda e seus desafios

22min
pages 19-24, 26-32

DISCUSSÃO TEÓRICA

4min
pages 16-18

introdução justificativa

5min
pages 8-13

APRESENTAÇÃO DO TEMA

1min
page 8

resumo

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pages 3-5

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