gestão A importância da Gestão Financeira em tempos de crise A Gestão Financeira de uma Empresa pode ser dividida em ferramentas, cada uma delas com um objetivo, de modo a levar ao pleno conhecimento do negócio e, possibilitar assim, um olhar mais crítico sobre o andamento das coisas e visualizar o ambiente de oportunidades. A primeira das ferramentas, sem dúvida nenhuma, é o Planejamento. O sucesso de uma empresa tem início antes mesmo de entrar em operação. Pois é imprescindível que todo o negócio seja devidamente planejado. É necessário planejar o capital a ser aportado, as receitas, as despesas, os investimentos, o lucro, a geração de caixa e a lucratividade das vendas por produto a ser vendido e/oupor serviço a ser prestado. Além disso, é fundamental conhecer o segmento de atuação. Quem são os clientes, qual o público-alvo, os fornecedores, a concorrência, o preço a ser praticado e também o local de instalação da Empresa. Todos esses pontos são importantes independentemente do tamanho da empresa. Pode ser pequena, média ou grande. Planejar é visualizar o negócio antes. E os negócios exigem o aporte de recursos, que é o Capital e que se trata de um investimento. E só devemos levar em frente investimentos que tragam retorno, a palavra investimento exige retorno. Não podemos promover investimentos que só tragam despesas. Portanto, o empresário deve procurar conhecer antes a viabilidade econômica do seu investimento e, uma vez vislumbrada tal viabilidade, aí sim, colocar em prática o que foi planejado. Com o negócio em operação, a boa gestão financeira alcança outra ferramenta de gestão, que é o controle do fluxo de caixa. Ter uma previsão de gastos e receitas dos próximos três, seis ou doze meses é importante demais. É imperioso ter um fluxo de caixa diário, com a previsão de gastos e receitas dos próximos 30 dias. Assim, é altamente recomendável que se trabalhe com um fluxo de caixa mensal com um determinado período à frente e um fluxo de caixa diário com 30 dias de previsão. E outra ferramenta que merece toda a atenção é a gestão do capital de Giro, que fundamentalmente, revela o prazo de recebimento das vendas que vai se dar aos clientes e o prazo para pagamento aos fornecedores.E quando a empresa é comércio ou indústria, a gestão dos estoques é especial, porque estoque parado é dinheiro parado. Devemos sempre buscar o ideal que é receber antes e pagar depois. Esses conceitos formam a gestão do capital de giro, que é uma das principais razões de as pequenas empresas terem uma sobrevivência curta. Se a característica do segmento de atuação é vender a prazo e comprar à vista, ou por um prazo menor, é necessária a formação de uma reserva financeira comprometida com a operação da empresa. A essa reserva financeira se dá o nome de Necessidade de Capital de Giro, que é o Contas a Receber + Estoques - Contas a pagar. E esse é o ponto - é necessário enxergar isso antes. Além do capital a ser empregado na empresa, é necessária a formação da reserva financeira para o capital de giro. Assim sendo, uma eficaz gestão financeira passa pelas ferramentas do planejamento, pela gestão do capital de giro e pelo controle do fluxo de caixa. JULIO DINIZ JUNIOR Consultor da Minder 16 - Revista Pizzaria & CIA