Testes Tohatsu em Semi-Rígidos 3D Tender em Palma de Maiorca
Durante o Salão Náutico de Palma de Maiorca que decorreu entre 25 e 28 de abril, o Notícias do Mar foi convidado pela Grow Iberia, o importador exclusivo das marcas para Portugal e Espanha, a testar três semi-rígidos 3D Tender com motores fora de borda Tohatsu.
As três embarcações e os motores prontos para serem testados
Apelidado também de Superyacht Village, o 40º Palma International Boat Show marcou a celebração do 40º aniversário do salão, contou com cerca de 27 mil pessoas na edição deste ano, que marcaram presença num cenário único, o Moll Vell no Porto de Palma, ao pé da Catedral.
A Grow Iberia testou no salão três embarcações da marca francesa 3D Tender, equipadas com motores Tohatsu que o Notícias do Mar teve a oportunidade de testar o seu desempenho no mar.
As embarcações foram os seguintes modelos:
3D Tender Dream 655 tinha um T-Top com Tohatsu BFT 150.
3D Tender Dream 6 com Tohatsu BFT 115.
3D Tender XPRO 535 com Tohatsu MFS 50.
Os Testes
Às embarcações que testámos medimos as rotações desde o Ralenti até à Velocidade Máxima, de 500 rpm em 500 rpm.
Avaliámos qual a Velocidade de Cruzeiro, aquela que uma embarcação faz com o motor entre as 3.000 rpm e as 4.500 rpm, que é quando com o menor consumo o barco faz uma boa velocidade.
3D Tender
O 3D Tender é um estaleiro francês que fabrica os semirígidos com os cascos em fibra de vidro ou alumínio, com os cascos em V muito profundo, para garantir a maior segurança e comodidade a navegar no mar e têm como característica serem barcos
muito rápidos, estáveis e de fácil manobra.
Quanto aos tubos, são fabricados em tecido PVC Valmex. É um tecido de qualidade fabricado na Alemanha pela marca Mehler.
Os tubos podem ser tam-
bém fabricados num tecido Hypalon Orca que é um tecido de qualidade que resiste a temperaturas extremas, aconselhado para as zonas tropicais.
Os semi-rígidos para ficarem mais compactos, têm os
tubos completamente colados por fora ao casco e por dentro à coberta.
3D Tender
Dream 655 com Tohatsu BFT 150
A gama Dream são semi-
rígidos elegantes que o estaleiro desenvolveu com o objetivo de serem barcos rápidos e desportivos para darem o máximo conforto no uso familiar.
0 semi-rígido 3D Tender Dream 655, com 6,55 metros de comprimento, foi criado para navegar no mar com segurança e oferecer o máximo no conforto familiar. Tem dimensões e comporta um equipamento que faz dele um barco imponente. Foi desenhado e equipado para oferecer muito conforto no interior e servir bem os passeis com a família e os amigos com solários para os banhos de sol e mesa para os piqueniques. O modelo 655, devido ao comprimento do casco com 6,55 metros e o V muito profundo, com 34 graus à proa e um ângulo de 24 graus à popa, tem um desempenho que permite navegar no mar com a máxima segurança, faz excelente manobra na condução e o casco corta a água com suavidade, oferecendo grande conforto. Destaca-se neste barco a elegante consola de condução central, com grande arrumação no interior e um assento à frente, o amplo solário à frente, o poço com banco assento do piloto, para a condução de pé, e um banco à popa com três lugares.
Para dar mais diversão, o espaço à frente é convertível num solário ou monta-se uma mesa retrátil de piquenique. A mesa também se pode montar no poço e o solário fica livre.
A entrada para o barco
quando está na água é pela popa a bombordo onde está a escada e um chuveiro de água doce que tem um tanque de 40 litros. Para apoiar mergulho ou caça submarina, a entrada é à frente da consola, onde estão as pe-
Tohatsu BFT 150
Omotor fora de borda Tohatsu BFT
150 é um motor elegante e potente a 4 tempos de 4 cilindros em linha, a potência de 150 HP e a cilindrada de 2.354 cc, com 4 válvulas por cilindro DOHC e o peso de 221kg.
O motor Tohatsu BFT 150 possui injeção de combustível otimizada, que fornece a quantidade precisa de combustível/ar para cada cilindro. Isto proporciona um arranque fácil e uma resposta instantânea do acelerador. Além disso, o sistema de resfriamento de 3 vias oferece proteção adicional contra superaquecimento.
O sistema variável de comando de válvula e controle de elevação fornece potência onde e quando precisar, proporcionando excelente torque final e velocidade máxima. O resultado é uma combinação superior de potência, torque e eficiência de combustível.
Sistema de refrigeração de 3 vias para ajudar a proteger contra superaquecimento.
A injeção de combustível otimizada fornece a quantidade precisa de combustível/ar para cada cilindro.
gas para os mergulhadores se agarrarem.
O piso e as e as passagens laterais sobre os tubos têm revestimento anti-derrapante EVA preto.
Como o poço é auto-drenante, o barco é seco no interior.
Para arrumações de palamenta e equipamentos há um enorme espaço sob o banco da popa. Também existe um grande porão sob o piso, onde cabe um açafate para guardar o peixe, quando há jornadas de pesca.
Na proa está fixado um cabeçote com roldana para o ferro e em baixo encontrase o porão do ferro.
Como acessórios standard, o barco tem também o anti-ragging strip, faixa de proteção dupla, alças de transporte, bomba de enchimento.
Teste do Dream 655 com Tohatsu BFT 150 Fizemos o teste com quatro pessoas a bordo e o motor equipado com uma hélice em aço inox.
Velocidade Máxima 37 nós às 5.900 rpm.
Velocidade de Cruzeiro 24 nós às 4.000 rpm.
A economia de combustível é otimizada em velocidades de cruzeiro, permitindo a combustão com a melhor mistura ar/combustível. Isto oferece até 30% menos consumo de combustível que muitos motores concorrentes.
O Sistema de Aceleração Máxima melhora a aceleração e o desempenho em baixas velocidades. Quando há um movimento rápido do acelerador, o sistema é acionado avançando rapidamente a curva do ponto de ignição. No arranque oferece melhor desempenho e planar mais rápido.
O Sistema de Aceleração Máxima melhora a aceleração e o desempenho em baixas velocidades. Quando há um movimento rápido do acelerador, o sistema é acionado avançando rapidamente a curva do ponto de ignição. No arranque oferece melhor desempenho e planar mais rápido.
Também o bom binário deste motor, com uma Relação de Transmissão 2,14:1, consegue bons arranques.
3D Tender Dream 6 com Tohatsu BFT 115
A gama de barcos semi-rígidos Dream foi projetada para
proporcionar o máximo de conforto em barcos familiares, elegantes e desportivos.
O Dream 6 com 5,90 metros de comprimento, tem
dimensões na linha dos seis metros¸ dos pescadores profissionais da pesca local, com a vantagem de ter a segurança dos tubos que o tor-
3D Tender Dream 6
na inafundável e o seu casco em V profundo proporcionam uma melhor navegação, uma enorme estabilidade e facilidade em fazer manobras.
O design interior foi estudado para oferecer o máximo de conforto e segurança a bordo, com uma otimização dos espaços de arma-
zenamento e dos assentos.
No Dream 6, as plataformas traseiras facilitam a subida e descida a bordo e aumentam e facilitam o espaço
Tohatsu BFT 115
Omotor Tohatsu BFT 115 é um motor elegante e desportivo a 4 tempos, de 4 Cilindros SOHC, com a cilindrada de 1.995 cc, a potência de115 HP e o peso de 178 Kg.
O motor Tohatsu 115 tem a Injeção eletrónica, com um avançado sistema, para minimizar a queima de combustível
O motor apresenta um capô especial, para melhor admissão do ar e maior redução de ruídos.
O Tohatsu 115 obtem um alto desempenho e é fácil de operar. O motor tem um sistema de fácil substituição do filtro de óleo
Como o motor tem a injeção eletrónica, consegue com o sistema de ignição digital, os arranques rápidos.
A fricção da direção e o trim ajustáveis reduzem o esforço nas mudanças de direção.
A Relação de Caixa de 2.08:1 oferece um excelente binário para o motor ter elevada capacidade no arranque.
de circulação.
A consola de condução basculante é protegida por um para-brisas envolvente, para um maior conforto de condução. O piloto tem um assento para a condução de
pé, com espaço para arrumar equipamento.
O poço com o solário transforma-se numa área de banhos de sol para desfrutar de um espaço de relaxamento. A mesa de piquenique é
retrátil e o kit de duche está disponível de série.
O poço tem atrás um banco triplo.
O Dream 6 apresenta várias soluções de armazenamento: um compartimento de arrumação na frente, sob o assento do piloto, e um grande compartimento de arrumação na traseira.
O poço é auto-drenante e tem a grande vantagem de estar sempre seco.
É equipado com bomba elétrica e um tanque de 40 litros para a água doce.
Teste do 3D Tender Dream 6 com Tohatsu BFT 115 Com 4 pessoas a bordo e o motor tinha uma Hélice 17, em alumínio.
Velocidade máxima 35,5 nós ás 5900 rpm.
Velocidade de Cruzeiro 23 nós às 4000 rpm.
Posto de comando
3D Tender XPRO
535 com Tohatsu
MFS 50
A gama XPRO é uma gama completamente modular e adaptável de acordo com os desejos e a necessidade do cliente. O assento do piloto, a consola e os acessórios são colocados onde ele quiser.
Por isso o Semi-rígido 3D Tender XPRO 535 é um campeão de polivalência.
O XPRO 535 caracteriza-
se por ter uma ampla consola de comando central Xpro e uma excelente distribuição dos espaços e circulação, permitindo o acesso fácil para
o poço.
Os tubos têm as pegas laterais bem fixadas para permitir a entrada dos pescadores submarinos no poço ou à frente.
A consola de comando tem um alto para-brisas, um assento à frente e um compartimento com grande espaço para arrumação. O piloto tem o assento reforçado Xpro para a condução de pé com caixa de armazenamento estanque.
Á proa o XPRO 535 tem um porão para o ferro e espaço para guardar palamenta. Junto e em cima tem um cabeçote com a roldana de proa.
Como acessórios standard o XPRO 535 tem também plataforma antiderra-
pante, faixa dupla, arco de proteção do banco, cobertura integral de inverno,
O XPRO têm pegas laterais para permitir a entrada dos pescadores submarinos no poço e pela frente
Tohatsu MFS 50
Omotor Tohatsu MFS 50 é um motor com um design ultraleve a 4 tempos de 3 cilindros com a cilindrada de 866 cc, a potência de 50 HP e o peso de 102 Kg.
O Tohatsu MFS 50 tem a injeção eletrónica de combustível, com o sistema de ignição digital para arranques rápidos. Também tem o avançado sistema EFI para minimizar a queima de combustível
O motor faz a fricção da direção e o trim ajustáveis, para reduzir o esforço nas mudanças de direção
O motor tem o Trim e Tilt elétricos e um sistema de fácil substituição do filtro de óleo
O Tohatsu MFS 50 tem o escape pelo hélice para uma navegação mais tranquila e faz controlo variável das rotações (entre as 650 e 950) para pesca ao corrico
O Tohatsu MFS 50 tem o compartimento da bomba de água em aço inox para maior durabilidade. Como avisador, este motor tem também a proteção de arranque com mudança engrenada, para aumento da segurança.
Este motor tem um bom binário com uma Relação de Caixa de 2.07: 1 que permite bom arranque e puxar barcos pesados.
pegas duplas, bomba de enchimento, remos e Kit de peças.
Quanto a acessórios op-
Especificações
cionais o XPRO dispõe de diversos bancos e assentos para facilitar e dar maior conforto à atividade do cliente.
XPRO 535 é um campeão de polivalência
Teste do XPRO 535 com Tohatsu MFS 50 Fizemos o teste com três pessoas a bordo.
Velocidade Máxima 25,8 nós às 6.000 rpm. Velocidade de Cruzeiro 18,5 nós às 4.500 rpm.
Categoria
Preços embarcação e motor recomendado
Ambiente
O Oceano Atlântico Está a “Morrer”?
Sempre que se tenta fazer uma projeção dos impactos das alterações climáticas no planeta, a questão mais difícil de prever é o comportamento dos oceanos e mares. Sabe-se pouco sobre os resultados do degelo e as consequências das antropogénicas que estão a transformar o mundo.
Tendo em conta que os oceanos produzem oxigénio e captam um terço das emissões de dióxido de carbono lançadas para a atmosfera, o estado de saúde dos oceanos e mares é uma prioridade. No entanto, apenas uma peque-
na parte destes ecossistemas estão mapeados.
De ano para ano vai crescendo a quantidade de poluição despejada no mar e a pesca industrial multiplica-se. Juntamente com as emissões de gases com efeitos de estufa e o aquecimento global, são
fatores que quase de forma invisível estão a modificar os sistemas marinhos, incluindo as rotas de muitas espécies de animais, assim como a sobrevivência de florestas marinhas e recifes de corais.
Recentemente, um grupo de cientistas divulgou um
A corrente do golfo
estudo que mostra um “indicador de alerta precoce para a quebra da circulação meridional do Atlântico (Amoc), um vasto sistema de correntes oceânicas que é uma componente chave na regulação climática global. Os alertas não são de agora. Este sistema, que abrange parte da Corrente do Golfo e outras correntes poderosas, “é uma correia transportadora marítima que transporta calor, carbono e nutrientes dos trópicos em direção ao Círculo Polar Ártico, onde esfria e afunda nas profundezas do oceano. Esta agitação ajuda a distribuir energia pela Terra e modula o impacto do aquecimento global causado pelo homem”, como refere a notícia do jornal britânico. À medida que a atmosfera aquece, a superfície do oceano abaixo dela retém mais calor. Por outro lado, o aumento das chuvas e o degelo
As rotas de muitas espécies estão a ser modificadas
na Groenlândia e no Ártico tornam o clima mais fresco. Estes efeitos antagónicos reduzem a função do Amoc. A água doce dos glaciares está a obstruir o afundamento das águas mais salgadas e mais quentes que vêm do sul do Atlântico. A migração de animais marinhos também sofre alterações e a cadeia trófica fica desmantelada, criando verdadeiros desertos no mar. A poluição, a pesca industrial multiplica-se, as emissões de gases com efeitos de estufa e o aquecimento global estão a modificar os sistemas
marinhos, incluindo as rotas de muitas espécies de animais, assim como a sobrevivência de florestas marinhas e recifes de corais. Sobre um outro ponto do Oceano Atlântico, existe um alerta recente, acionado por dois geólogos investigadores portugueses, João C. Duarte e Filipe Rosas (juntamente com mais dois autores). Em fevereiro deste ano, o estudo foi publicado na revista “Geology” e incide sobre um fenómeno entre duas placas tectónicas situadas no estreito de Gibraltar.
Sabe-se pouco sobre os resultados do degelo
Ao que tudo indica, uma placa vinda do Mediterrâneo está a “mergulhar” para de-
baixo de outra em direção ao manto da Terra – a camada da estrutura interna que
fica entre a crosta e o núcleo do astro em que habitamos -, o que pode culminar num
anel de fogo.
É um encontro de titãs no local onde o Mediterrâneo se funde com o Atlântico, que muito provavelmente resulta numa subducção – ou invasão geológica – que nos remete para sismos como aquele que aconteceu em 1755.
O movimento detetado pelos cientistas é lento, mas existe, avança uns milímetros por ano, ao contrário de outras placas, mais facilmente observáveis porque se movem alguns centímetros por ano.
Durante muito tempo, julgou-se que esta zona estava adormecida e não havia razão para projetar um fenómeno de subducção no estreito de Gibraltar. Os novos dados mostram que, afinal, aquela zona do mundo está a sofrer uma profunda mudança geológica.
O estudo revela que sob o aumento do forçamento de água doce, verifica-se uma diminuição gradual da força AMOC
Notícias Yamaha
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Écom muito orgulho que apresentamos um Roteiro Náutico desenhado à medida das necessidades dos consumidores Yamaha Marine, para que os nossos estimados clientes desfrutem da beleza do nosso Portugal e do melhor que o Turismo Nacional tem para oferecer.
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Pesca Lúdica
Mar de Monstros - Cap V Garoupa Grande!
Alguns de vós, sobretudo os mais próximos e que pescam comigo regularmente, recordam-se de eu ter perdido uma garoupa muito grande o ano passado, em Angola, por rotura de linha. Era um monstro!
Emonstruosa foi a decepção que sofri. Os peixes grandes deixam muito mais marcas negativas que as namoradas que perdemos, porque peixes bons não há muitos.
Aquele peixe mordeu o jig, deu uma cabeçada para baixo e com isso dobrou-me os joelhos. Eu só pensava se teria força suficiente para continuar a segurar a cana nas mãos. Digo-vos que a pres-
são era brutal!
Os motivos pelos quais a linha cedeu foram escalpelizados, entendidos, e ficou a promessa de uma futura tentativa, marcada para Março deste ano. Desistir nunca, até
porque eu tinha a firme convicção de que seria capaz de concretizar uma captura daquele nível.
A questão é que nunca é fácil encontrar peixes grandes, nunca sabemos se e quando vamos ter uma nova oportunidade. Em geral, o peixe é cada vez mais escasso, e por isso teremos cada vez menos possibilidades, mesmo ali, em Benguela.
Mas eu estava motivado e preparado procurar muito, para sofrer, dias e dias se preciso fosse. O objectivo era declaradamente um peixe grande e esses, por definição, são sempre difíceis.
Não precisamos de peixes fáceis. O que empresta dignidade e excelência a um lance de pesca é precisamente a enorme dificuldade em conseguir encontrar e pescar um peixe raro.
E, já se sabe, nunca são os fáceis que nos interessam, são os outros.
Os que mais nos ensinam são precisamente os que nos escapam, acreditem. É com eles que aprendemos a como não fazer.
Depois de cometermos erros, de perdermos peixes, jigs, linhas... passamos a saber mais, embora fiquemos com insónias para uma semana.
Se em Portugal eu já deixei ir embora mais pargos bons que vezes passou na TV o “Sozinho em casa” e sempre enchi o peito de ar e nunca desisti, não seria agora que iria deixar cair os braços.
Um peixe destes marca uma vida. Obrigado Luís!
Por vezes as coisas correm
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com mal por culpa nossa, outras nem tanto, são apenas as circunstâncias que não ajudam. Foi aquele caso em 2023. Mas dê um passo em frente aquele que nunca perdeu um peixe por aselhice própria, por deixar que o coração bata mais que o devido.
As falhas acontecem aos melhores e não são mais do que o resultado de uma actividade tão aleatória quanto o ataque a uma peça metálica por parte de um predador.
Podemos controlar parte (apenas parte) daquilo que acontece depois de o peixe estar preso, mas até aí, o antes de contacto, tudo depende apenas dele.
Um ataque bem sucedido, uma ferragem boa, em equipamento bom, significa quase sempre uma recolha pacífica. Mas por vezes o peixe crava mal, o anzol entra por uma pele fina, uma zona de cartilagem, ou nem entra, se encontra osso forte, e a seguir a violência do combate ou o peso do animal, ou a força aplicada, podem fazer com que algo de
O jig utilizado foi um Namu 185 gramas. São feitos à mão, absolutamente perfeitos, e dado que a produção é muito escassa, bastante difíceis de conseguir. Os assistes foram feitos por mim, com anzóis japoneses da marca Suteki
ruim ocorra. E o peixe sai… Aquilo que está nas nossas mãos é zelar pela qualidade dos equipamentos, e por uma boa aplicação da técni-
ca de pesca. Mais que isso é querer ir demasiado longe, é pretender transformar o acto de pesca em procedimentos mecânicos e programados, e
isso já não é só pesca.
Gosto assim, sentir o coração bater do princípio ao fim. Por vezes ganhamos e outras perdemos. Um pouco de sorte ajuda, porque a fronteira entre o sim e o não é muitas vezes fina como uma folha de papel.
E era isso que procurava, um momento de melhor sorte. Ali estava eu de novo, em Benguela, preparado física e mentalmente para um novo e duro combate.
Contar com o apoio do Luís Ramos já é meio caminho an-
dado para ter sucesso. Para quem segue a sua carreira de pescador profissional, resulta fácil perceber que a quantidade de êxitos supera em muito aquilo que é normal. Não que ele não tenha de se esforçar, e por vezes muito, para encontrar peixes. Nem sempre as coisas acontecem, pese o seu empenhamento.
Para aqueles que não sabem, ele tem um “roteiro” de pontos GPS marcados que me faz lembrar as campas dos cemitérios: a cada momento estamos a passar sobre um
sítio com uma cruz onde ele já fez qualquer coisa.
Seguir uma linha sobre o seu mapa é passar sobre um cenário de guerra onde já aconteceram muitas “baixas”, é percorrer caminhos pejados de lápides com sucessivos “aqui jaz uma garoupa”...
Os dias estavam difíceis, a instabilidade de tempo retivera-o em terra por cinco dias, sem o deixar sair ao mar. E, por sua vontade, no meu primeiro dia de pesca deu-se ao sacrifício supremo: ir comigo à pesca, sem sequer montar a sua cana.
Passou todo o dia a espreitar os seus locais favoritos, os seus melhores spots, a procurar horas e horas, para que eu conseguisse um bom peixe. Fez tudo por isso!
Muito sinceramente não me senti propriamente confortável, porque ninguém merece passar por tamanha provação. Estou seguro de que ele queria e precisava de pescar, até porque essa é a sua vida profissional.
Se atendermos ao seu estatuto enquanto pescador, ter o Luís de meu “barqueiro” faz
tanto sentido quanto eu sentar-me no cockpit de um Fórmula 1 e ter o Max Verstappen na box a apertar e desapertar porcas para a minha mudança de pneus.
E se eu rolava a uns decepcionantes 80 km/h, (e até sabia que o estava a fazer porque o jigging pesado não é de todo o meu estilo de pesca), da boca dele saiu sempre um: “estás a ir muito bem, mantém o ritmo, não saias da pista”…
Quanto sacrifício, para que eu pudesse concretizar os meus sonhos!
E aconteceu. Uma garoupa de bom porte apareceu e foi ao jig no local onde o Luís achava que podia estar. Não foi sorte. Ele logo a seguir fez o mesmo numa zona de corvinas e mais tarde uma outra vez, com uma garoupa preta.
Ele sabe onde os bichos estão. Mora ali com eles…
Quando o peixe chega à superfície é o descarregar de muita adrenalina, muitas dúvidas e incertezas. É o podermos finalmente respirar fundo, porque do princípio ao fim do lance muita coisa pode correr mal.
É também o momento de pensarmos nos nossos amigos, naqueles que gostaríamos de ter a nosso lado a partilhar estes momentos.
A alegria é indescritível. Admito que a satisfação que sentimos seja proporcional aos anos que esperámos pela oportunidade de travar um combate destes.
Digo-vos que, no fim, fiquei na dúvida se seria eu quem estava mais satisfeito.
O Luís trabalhou arduamente toda a manhã para me dar esta possibilidade. Sei que ele ficou muito feliz por mim, (mesmo muito feliz!), por eu finalmente ter conseguido este ansiado peixe. O que ele lutou por isso!
O mérito desta captura é obviamente todo dele!
Pesca Lúdica Embarcada
Mar de Monstros - Cap VI O Aluno... Empertiga-se
Eu, aluno, queria ser melhor que o Luís Ramos, mestre. Queria pescar mais e melhores peixes que ele.
Absolutamente incrível! Estas seriam as garoupas de uma vida para milhões de pessoas por esse mundo fora. Para mim também. Para ele são apenas o resultado de mais um dia de trabalho. Que técnica, que capacidade física, que conhecimento, que …tudo. Parabéns, Luís!
Qual lutador de sumo, resolvi desafiá-lo batendo com os dois pés no chão, à vez, para um choque frontal.
Esqueci por breves instantes, num momentâneo e perfeito lapso de razão, que estava a fazer uma pesca profunda que não é a minha, com linhas grossas e jigs pesados que raramente utilizo, num ambiente que não é o meu, a peixes que não são os meus.
E que estava com alguém que faz aquela pesca como
profissional, naquela zona, naquele ambiente, àqueles peixes, …todos os dias.
Repito: …profissional…todos os dias.
Até comecei bem!
Logo no primeiro dia de pesca e num curto espaço de tempo consegui concretizar todos os meus objectivos para a viagem: um mero dentão com 29,180 kgs, uma garoupa preta com 14,100 kgs e uma corvina, essa sim mais modesta, de 6,200 kgs. Em três peixes, cinquenta quilos de peso.
Fora isso, uma resma de
peixes bonitos, o habitual bycatch que, garanto-vos, só por si seria uma pescaria de estalo nas nossas águas.
Como ele não pescou, apenas andou comigo a passearme ao colo pelos seus melhores sítios de pesca, as coisas correram bem para o meu lado. Nitidamente eu estava a ganhar.
Vantagem de cá.
Relatei-vos aqui no último número do blog a minha captura de um peixe grande, concretamente um mero dentão de bom porte.
Durante o combate, apliquei-me a sério, fiz força, mas senti o corpo a reagir bem. Estava bem treinado e até muito longe do esgotamento físico total, só que aquele era apenas o primeiro de muitos dias de esforço. No fim da semana confesso que já não tinha a mesma frescura. Levantar dos fundos longínquos adversários daquele calibre deixa-nos exaustos.
Durante a noite, quando seria pressuposto estarmos a descansar, acordamos sobressaltados porque os ossos do corpo estalam!
No último dia de pesca estava física e mentalmente arrasado, mas já tinha comigo fotos comprovativas do êxito da viagem. O peixe de bandeira fora conseguido e para mim isso era importante. Primeiro porque queria muito um mero dentão daqueles, segundo porque não tinha dúvidas de que a captura daquela garoupa me daria assento nas reuniões do Conselho de Estado, à direita de Sua Excelência o sr. Presidente da República. E a chave da cidade de Lisboa. E presença garantida em todos os outdoors do país. Do tipo da segunda imagem!
Estas coisas, quando resultam bem, fazem-nos pensar que somos capazes de fazer tudo. Que somos imbatíveis. E daí até levarmos uma sova a sério é um passo curto. O Luís, logo no dia seguinte, suavemente, com a sua pesca pausada, aparentemente
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com sem esforço, mostrou que ainda há quem mande ali.
Fez uma sequência de peixes de faltar o ar…
Vantagem de lá. Senti que me faltava um pouco de peso para me poder bater de igual para igual...
O desgaste de tentarmos copiar o que ele faz, da forma como o faz, é tremendo. Pagamos a ousadia com músculos cansados, esgotados, a pedir clemência pelo atrevimento.
Quando se tenta competir sem que o oponente sequer o perceba, a ressaca ainda é pior. Perdemos de forma inglória e sentimo-nos desolados por dentro.
Ficamos a precisar de muitas caixas de chocolates, uma massagem a duas mãos suaves e delicadas, e um divã macio onde, deitados de costas, queremos falar horas e horas sobre os nossos traumas.
Que peixe! A sua captura foi uma coisa tão estranha que Cristo não hesitou, desceu à Terra e veio ver com os seus próprios olhos
Vocês já viram isto nos filmes de poker: o jogador está convicto de que tem a jogada
perfeita e é imbatível. Enche o peito de ar, abre um sorriso largo e lança as cartas sobre
o pano verde para que todos vejam o seu Full House. A seguir, lentamente, sem
esboçar qualquer emoção, o outro jogador estende o braço e da sua mão calma e experiente saltam quatro cartas com um Royal Straight Flush, a jogada máxima. E ganha. Ele trouxe do fundo várias garoupas bonitas, eu nem por isso, andei enrolado com as
“iscas” que as garoupas dele comem. Apareceram-me apenas peixes “miúdos” considerando o potencial da zona.
Assunto arrumado, de momento.
Na verdade, apenas por esse dia, …o espírito competitivo leva-nos de novo ao
tapete de luta e lançamos mais sal no ringue, a desafiar o mestre.
Assim que recuperamos o fôlego, estamos prontos para outro combate de sumo. A sorte muda sempre no dia seguinte.
Sabendo da minha vontade de conseguir uma corvina, levou-me a um dos spots onde elas costumam aparecer. Ele controla a sua movimentação de acordo com a hora do dia e da maré e só passa na zona se as condições estiverem perfeitas.
O conhecimento vai ao ponto de poder definir locais de permanência em função da época do ano. Na verdade, sabe sempre que cartas temos na mão porque está a vê-las, joga com o baralho todo… é tudo dele.
Aqueles que acham que podem fazer o mesmo que ele levantem o braço. Estou
seguro que a maior parte daqueles que me leem estão seguros e convictos de que o poderiam fazer. Talvez não. Estar no mesmo local, com o mesmo equipamento de pesca, a dois metros dele, não significa necessariamente obter os mesmos resultados.
A distância que vai de um amador para um profissional não é só a medida em centímetros que os separa no barco. A quantidade de detalhes que ele controla ao mesmo tempo é um absurdo, e muitos deles, para alguém menos observador, podem até ser invisíveis.
A começar por ser capaz de posicionar o barco sobre o pesqueiro da forma que mais lhe convém. Foca a sua atenção na deriva do jig, muito mais que na corrente ou no vento. Parece estranho, mas na verdade ele não considera mais que o posicionamento do peixe e a descida do jig. Marca o peixe na sonda, (chegou-me a mostrar o peixe encostado ao fundo a 140 metros, e a nuvem de comedia fina que estava sobre ele, a rodeá-lo…), e manobra de forma a ter o barco na melhor posição para o jig descer exactamente sobre a sua cabeça.
Se muitos de nós somos capazes de garantir a colocação do barco sobre um ponto, a nossa margem de tolerância relativamente a esse ponto poderá ser de “uns metros”. A dele é de “uns centímetros”. Poucos.
Haverá muitos de vós que acham que seriam capazes … porque sim. Parece-vos que aos comandos do barco dele, naquele sítio, fariam igual, ou melhor. Pois, …talvez não. Não basta querer porque isso querem todos. Não basta saber algo sobre coordenadas e manobras de barcos. E ser bom a lançar jigs. Ainda não é isso, é muito mais….
Há todo um processo de aprendizagem, de aperfeiçoamento, que leva anos.
E se um pescador quiser queimar etapas, o resultado final não será diferente de alguém que acaba de tirar a carta de condução e quer arrancar …em quinta.
O que nos mata nem são os peixes, muitas vezes com muito mais força que nós. Esses são o motivo que nos leva a ir lá, a aguentar firme
quando o mais fácil seria desistir. Esses são a parte boa da questão.
Não é isso. São os pequenos detalhes, quase sempre invisíveis, que nos matam. Um deles é perfeitamente insuspeito: a humidade.
Transpiramos em abundância, continuamente, e isso enfraquece-nos, deixa-nos sem forças. A solução é hidratar, ingerindo muitos líquidos, tentando assim perder o mínimo
Isto naquelas águas é andar de “missanga em missanga”
possível de energias.
Em terra, quando se diz que estamos perto de um sítio, a não mais de quinze minutos a pé, isso quer dizer que a distância pode fazer-se em cinco minutos mas que devemos ir devagar….
O problema é que quando pescamos muito facilmente olvidamos a água, a comida. São as temperaturas altas, o sol directo, a humidade, o peso dos jigs, as correntes, a
quase abstinência de água e comida. Nem nos lembramos de comer!
Os nossos anseios são direcionados para uma picada de um daqueles monstros, e pouco mais.
A quantidade de informação que ele nos passa é de tal ordem que olvidamos coisas “mundanas” como…alimentos.
É outro o tipo de alimento que procuramos...
Notícias do Porto de Setúbal
Para Crescer Mais o Porto de Setúbal
O Secretário de Estado das Infraestruturas em visita ao Porto de Setúbal deu conta dos Investimentos previstos que vão projetar o Porto de Setúbal a nível internacional. Notícias
OSecretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, realizou no dia 9 de julho, uma visita ao Porto de Setúbal, que contemplou uma passagem via marítima por todos os terminais portuários.
A visita, em que participaram todos os membros do Conselho de Administração
do Porto de Setúbal e Sesimbra, começou pelo canal sul, junto a Tróia, para conhecer os projetos de investimento e expansão.
O percurso seguiu depois até ao canal norte, percorrendo os restantes terminais instalados naquela zona da baía do rio Sado, na área de jurisdição do Porto de Setúbal. Hugo Espírito Santo salien-
tou no decorrer da visita que: «os investimentos industriais para a península de Setúbal, que incluem projetos na área dos biocombustíveis, energias verdes e da reparação naval sustentável, entre outros, vão contribuir para posicionar o porto como um parceiro imprescindível para a melhoria da competitividade e
internacionalização da economia nacional».
Por seu lado, Carlos Correia, presidente da APSS, salientou: «a relevância da continuidade da estratégia designada por Hub2Green Setúbal. Uma estratégia que visa transformar o Porto de Setúbal num Hub Económico de Desenvolvimento Sustentável diferenciador a nível, regional, nacional e europeu, integrante de cadeias logísticas sustentáveis e infraestrutura determinante para a atração dos novos clusters da reindustrialização, das energias verdes e da economia circular».
O Porto de Setúbal
Esta visita do Secretário de Estado das Infraestruturas ao Porto de Setúbal, insere-se num périplo que Hugo Espírito Santo está a realizar pelos portos nacionais, seguindo -se o Porto de Lisboa.
Notícias Nautel
Novo 5G onBoard Compact
A Nautel apresenta o novo sistema 5G onBoard Compact da Scout. Conetividade avançada 5G/WiFi com ampliação de alcance.
O5G onBoard Compact é um sistema completo de reforço de cobertura Internet para barcos, com velocidade super rápida, e que fornece conectividade 5G para até 150 utilizadores simultaneamente.
Reúne todos os recursos técnicos do 5G onBoard Plus numa única redoma de 25cm de diâmetro, que fornece si-
nal de Internet com e sem fios e é ativada remotamente pelo Scout SIM Extender. Graças ao SIM Extender não importa onde a cúpula esteja localizada, a conexão com o cartão SIM é garantida por um cabo Ethernet padrão RJ45 que pode atingir até 100 metros fornecendo as informações dos dados do SIM sem qualquer perda de sinal. Além disso, a cúpula fornece um cabo
LAN Ethernet adicional para construir uma rede física dentro do barco (sugerido para barcos maiores e barcos de alumínio).
O 5G onBoard Compact é um sistema plug&play, requer apenas um cabo de alimentação de 12V para funcionar (incluído), enquanto a unidade interna do SIM Extender (injetor SIM) é alimentada diretamente pelo cabo Ethernet que o liga à redoma.
O 5G onBoard Compact equipa 4 antenas 5G, tecnologia MIMO, agregação de operadora, Cat 20 até 3,3 Gbps, WiFi dual-band a 2,4/5 GHz e é gerido em modo wireless por uma aplicação de fácil utilização disponível tanto para
iOS ( Apple) e Android (ou em modo com fios através do cabo LAN Ethernet).
Graças às 4 potentes antenas 5G contidas no interior da redoma, o 5G onBoard Compact permite-lhe manter-se ligado à rede 5G até 32 quilómetros de distância da costa. No caso de falha do sinal 5G, o sistema é também totalmente compatível com versões anteriores da tecnologia 4G e 3G.
O SIM Extender pode ser colocado numa posição conveniente para o utilizador inserir o cartão SIM e não requer nenhum cabo de alimentação, pois obtém energia diretamente através do cabo Ethernet. Graças ao Scout
SIM Extender não é mais necessário aceder ao router integrado para gerir o cartão SIM, e esta é uma vantagem particularmente útil especialmente quando a redoma está localizada em um local de difícil acesso.
Além disso, graças a ele é possível substituir rapidamente o cartão SIM nas viagens ao estrangeiro, utilizando sempre o cartão SIM mais adequado para o consumo de dados e para uma conectividade ideal. Com o Scout SIM Extender é possível um planeamento mais eficiente e de alto desempenho do sistema de Internet a bordo, graças à eliminação dos cabos de radiofrequência onde ocorrem as maiores perdas de sinal.
Com o 5G onBoard Compact o barco transforma-se num centro profissional de conectividade à Internet, graças à rede sem fios dedicada de alta velocidade (Dualband WiFi 5) e a uma rede com fios ultrarrápida (LAN
1000 Mbps). Todos os dispositivos eletrónicos de nova geração podem ser ligados à rede Internet: chartplotters, rádios, smart TVs, câmaras IP, tablets, smartphones, etc.
Bem como serviços de streaming de música como o Spotify e muitos outros.
O desempenho de alta velocidade e o método de instalação revolucionário fazem do 5G onBoard Compact o sistema de conectividade à Internet mais adequado e conveniente para embarcações do mercado. Também disponível em preto.
Sines e Brasil na Global Gateway
O Porto de Sines e Complexo Industrial e Portuário do Pecém, assinam Memorando de Entendimento no âmbito da Global Gateway.
OConselho de Administração dos Portos de Sines e do Algarve assinou, no passado 28 de junho, um Memorando de Entendimento com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no âmbito da iniciativa Global Gateway.
Cerimónia da assinatura do Memorando de Entendimento no âmbito da Global Gateway
O documento foi assinado pelo presidente da APS, José Luís Cacho, e pelo presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Hugo Figueiredo Júnior, numa cerimónia que decorreu no Porto de Sines, contando com a presença de Hugo Espírito Santo, Secretário de Estado das Infraestruturas do MIH. Estiveram ainda presentes
um representante da Secretaria para o Desenvolvimento Económico do Estado do Ceará, do Brasil, e António Vicente, por parte da representação da Comissão Europeia em Lisboa.
Enquadrado na Global Gateway, e no sentido de cumprir os objetivos primordiais desta iniciativa no que diz respeito à conectividade digital, sustentabilidade energética e ambiental, e desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis que promovam a eficácia e resiliência da cadeia logística, o Porto de Sines tem vindo a estabelecer parcerias estratégicas para o desenvolvimento de Corredores Verdes, nomeadamente com Angola (Barra do Dande) e o Brasil (CSN – Companhia Siderúrgica Nacional). Esta nova parceria com o Porto do Pecém vem alargar o espectro de colaboração com o Brasil, nomeadamente ao nível do
agronegócio e das matériasprimas siderúrgicas, bem como enquanto HUB de Hidrogénio Verde (H2V). Neste enquadramento, o Porto de Sines reafirma o seu papel enquanto hub atlântico privilegiado para os tráfegos entre o Brasil e a Europa, reforçando a conectividade com o mercado sul americano, e oferecendo serviços competitivos ao serviço da
cadeia de abastecimento. Na sua intervenção, Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas do MIH, frisou: «a relevância do Memorando na promoção do desenvolvimento de infraestruturas portuárias, de transporte e materialização de corredores logísticos sustentáveis, verdes e digitais, com foco na transição energética e na conectividade Global».
Já o Presidente da APS, José Luis Cacho, realçou que: «as parcerias estratégicas, como as que hoje estabelecemos, trazem vantagens competitivas para o Porto de Sines e para o país, uma vez que promovem o comércio do Brasil para a Europa, destacando Sines como porta de entrada das exportações brasileiras para a Europa, particularmente no negócio agroalimentar e matérias-primas críticas».
Por seu lado, o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Hugo Figueiredo Júnior, assumiu: «a importância deste Memorando para o reforço do relacionamento entre os dois portos, bem como entre os dois países, vincando a necessidade da sua implementação abrangendo as áreas energéticas e também a área do agronegócio».
Por sua vez, António Vicente, Representante da Comissão Europeia em Lisboa, salientou que: «para chegar aqui houve muito trabalho envolvido, mas ainda há muito trabalho pelo caminho.
A importância da conectividade entre os países e continentes, principalmente na cadeia alimentar e à luz dos dias de incerteza que vivemos hoje, é fundamental para promover a autonomia estratégica da União Europeia».
O Tejo Merece Ser Mais Conhecido
Protegido e Valorizado
O reconhecimento do valor do Rio Tejo é mais que necessário, trata-se de uma artéria de vida para o nosso país, não só ao nível de fauna e flora, mas também como um motor para a nossa economia.
Nós cidadãos Amigos do Tejo, reconhecemos que este nosso maior Rio desde a sua geografia natural aos acontecimentos históricos de que foi sendo beneficiário mas também protagonista, quer como os registos literários que lhe foram sendo dedicados, quer à fixação e desenvolvimento das comunidades urbanas ribeirinhas e à importância deste Rio como via navegável, quer também o papel relevante que teve sempre como via fluvial de primordial importância para o desenvolvimento económico e a conservação da natu-
reza até às diferentes formas de cultura e tradições regionais a ele associadas, com destaque para sua relevância histórica quer nas suas relações transfronteiriças como património com uma riqueza e diversidade enormes, que merece ser mais conhecido, protegido e valorizado.
Em boa verdade o rio Tejo, entendido como uma geografia que inclui o rio e a área de influência do seu vale na bacia hidrográfica que o estrutura, apresenta uma diversidade de paisagens culturais de grande relevância em diferentes âmbitos históricos e patrimoniais.
A paisagem cultural do Tejo, como seja, resultante da relação íntima entre a natureza e o próprio Rio, pode ser reconhecida como uma paisagem que contempla um papel social ativo na sociedade contemporânea, intimamente associado ao modo de vida tradicional das suas comunidades ribeirinhas, para além do processo evolutivo que ainda continua em desenvolvimento.
Temos consciência de que se trata do rio mais extenso da Península Ibérica, com um percurso total de cerca de 1100 km, sendo a sua bacia hidrográfica a terceira maior desta Península, relativamente às bacias dos rios por-
tugueses Douro em Portugal e do Ebro em Espanha. O Tejo constitui como que uma artéria central de uma extensa região que só em Portugal vai desde a cordilheira da Serra da EstrelaGardunha até às planícies Alentejanas, para além de ser um Rio com um regime hidrológico de características mediterrânicas, mas que nos habituou a assistir a uma alternância irregular entre caudais relativamente baixos e os caudais de cheias por vezes devastadoras, que provocam as inundações dos campos do Ribatejo que ao mesmo tempo podem ser por um lado uma causa de desolação e
prejuízos, mas por outro lado, também historicamente uma fonte de fertilidade e riqueza dos campos marginais, como reza a história do rio Nilo no Egipto.
Reconhecemos que o crescimento económico que ocorreu a seguir à segunda guerra mundial veio implicar num aumento da produção de energia elétrica, que ainda hoje se mantém, mas teve como consequência a construção de diversas barragens hidroelétricas que contribuíram para a modificação do regime hidrológico do rio, sem ser, necessariamente para pior.
Mais tarde, algumas destas infraestruturas passaram também a ser aproveitadas para o abastecimento de água às populações, como é o caso da barragem de Castelo do Bode e outras.
No princípio dos anos ses-
senta do século XX, foram iniciados os estudos do Plano Geral de Regularização do Rio Tejo, que foram desenvolvidos com grande profundidade numa perspetiva de regularização e sistematização fluvial, com as componentes de defesa contra cheias, criação de sistemas de regadio ou de enxugo, aproveitamento hidroelétrico, controlo da poluição e abastecimento urbano da sua água, que ainda não foi concluído.
Este Plano nunca teve plena continuidade em termos de realização de investimentos, estando hoje a necessitar de uma revisão à luz de novas hipóteses condicionantes, tais como a componente económica, a dependência do regime de escoamento proveniente de Espanha, ou ainda a possibilidade da melhoria da navegabilidade no Rio Tejo.
Como parte de um sistema integrado, a utilização da sua água deverá ser socialmente controlada através de procedimentos e de instituições apropriadas e competentes, como por exemplo, o modo como devem ser regulamentados numa determinada sociedade
o abastecimento de água e os aspetos de qualidade dessa água e da sua reutilização, e poupança também, que deve depender da natureza do próprio sistema hídrico que deve estar em consonância quer com o ambiente sociocultural quer com as características
ecológicas específicas de cada região.
Uma gestão partilhada e responsável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas partilhadas por Portugal e Espanha, obriga a uma estreita articulação do plano da bacia do Tejo, elaborado em consonância por cada um dos países que atravessa, no
quadro dos acordos vigentes e dos Tratados dos Convénios específicos a celebrar ou a rever, salvaguardando as condições limites de cada Estado no que respeita aos aspetos mais importantes, como a variabilidade da distribuição temporal dos recursos hídricos, a qualidade da água, a manutenção dos ecossiste-
mas fluviais ribeirinhos e a conservação das zonas estuarinas e costeiras.
Em suma, o desenvolvimento económico, a exploração de barragens e os cenários possíveis decorrentes das alterações climáticas que estão a sofrer alterações preocupantes, constituem aspetos que devem merecer a maior
atenção tendo em vista um aproveitamento integrado e sustentável das potencialidades das águas do rio Tejo, para as diversas utilizações, atuais e futuras.
O Estado deve dotar-se dos instrumentos tecnológicos e institucionais que assegurem a viabilidade destes objetivos.
O Tejo a Pé
Palmela - Arrábida
OTejo vem de norte, o Sado de sul, encontram – se no Atlântico; não sem antes desenharem a península de Setúbal e mais alguma coisa. O Tejo a pé veio a esta magnífica e ímpar geografia encerrar a temporada. As nativas, e amigas, Sandra e Isaura garantiram o enorme sucesso
e a vontade de sempre voltar. Boas ideias não faltam. Antes das serras, vales, ribeiros e caminhos, o fabuloso castelo de Palmela recebeu-nos. As pedras do castelo não precisam de nos contar a sua múltipla e diversificada importância, todos nós o sentimos. Num percurso circular, de cerca de 8 ou 9 quilómetros,
Para além da sempre boa conversa, às vezes, também se anda. Excelentes amigos que o Tejo a pé nos trouxe
O encontro com o Engº Carlos Frescata foi um dos momentos altos do dia. Vimos e ouvimos imenso saber. Depois do grande incêndio de julho de 2022 a regeneração do ecossistema é uma evidência
viemos por ali abaixo sempre com grandes motivos de interesse seja a impressionante arriba, entre calcários, arenitos e argila, as vistas ou a luxuriante e rica vegetação, apesar do fogo que por ali andou recentemente. Sempre com uma abordagem diversificada e multidisciplinar, em função dos vários saberes presentes, no vale dos Barris contaram-se histórias do passado recente e da relação das pessoas com o fascinante mundo do barro. Foi a seguir, um pouco mais à frente, que nos esperava o Professor Carlos Frescata, um mestre
do campo, onde agora anda a aprender e a ensinar o que estudou na Universidade. É ver para crer. E assim se prova que o campo se quer com pessoas, vivo e vivido, mesmo, ou sobretudo, se for um Parque Natural como é o caso. Depois foi boa conversa até ao Miradouro em Palmela onde o Vítor e o incontornável filho João nos esperavam. Excelente esplanada, bons petiscos e o melhor vinho do mundo para aquela ocasião, o vinho do lugar – Vale de Barris. Tudo justo e perfeito, até o puto Gil, inicialmente revoltado por a mãe o tirar da
As árvores também fazem a sua parte
cama no sábado de manhã, terminou em beleza com as bifanas do Vítor.
O Tejo a pé volta em setembro. O Tejo a pé é um grupo infor-
mal de amigos que se junta, desde há 16 anos, uma vez por mês, para andar no campo, cada vez mais um passeio tertuliante. Para participar, sem custos, basta enviar um email: cupeto@uevora.pt
Nada melhor que o vinho do lugar (Vale de
acresce a adequada qualidade para o momento
Notícias do Fórum Oceano Textos Fórum Oceano
É Preciso Navegar
Por vezes calmo, outras incerto e turbulento, por cá continuamos a navegar no mar de oportunidades que a Economia Azul oferece. Há novos projetos a emergir, parcerias que muito nos honram e a fiel convicção de ser sempre um caminho inacabado. Notícias
Agora que os dias grandes deram à costa e os níveis de energia estão revigora-
dos, aceite o convite e façanos companhia na leitura que se segue, uma verdadeira expedição de descoberta,
compromisso, ambição.
Parafraseando Adélia Prado, poeta brasileira que foi distinguida com o mais ce-
lebrado galardão literário em Língua Portuguesa (Prémio Camões): Para os nossos desejos, o mar é uma gota.
Portugal Blue Digital Hub em Destaque
Financiado pelo PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, o Portugal Blue Digital Hub
(PBDH) é um polo de inovação, com selo de excelência Europeu, que visa catalisar a transformação digital da
economia azul nacional, nos seus diversos setores (desde os maduros aos emergentes, de natureza pública ou privada), estimulando o empreendedorismo e a atração de investimento estrangeiro para o setor, assim como a qualificação e a formação em competências digitais.
Entre as principais valências do PBDH, destaque para:
• 6 programas de aceleração;
• 1,3M€ para financiar serviços digitais inovadores;
• disponibilização de dados para criação de valor nas novas soluções digitais;
• acesso a locais de teste únicos (ZLT da Marinha Portuguesa preparada para soluções Dual Use);
• apoio aos pilotos e financiamento para validação e scale-up;
• rede de contactos internacionais do FO para afirmação internacional.
O projeto, liderado pelo Fórum Oceano, teve início oficial em abril, sendo que o evento de kick-off aconteceu a 3 de maio.
O PBDH tem marcado presença em vários eventos nacionais e internacionais, e terminou em uma sessão pública de apresentação no dia 10 de julho, no âmbito do Digital With Purpose, que decorreu em Cascais.
Portugal
Blue Digital Hub
Consórcio liderado pelo Fórum Oceano com o objetivo de acelerar a transformação digital e ecológica das PME e organizações do setor público do setor da economia azul portuguesa, acelerando a utilização de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial que não só digitalizam, mas também descarbonizam e “circularizam” os processos e modelos de negócio das PME e organizações do setor público.
O que temos para oferecer
Para Start-ups e PME: Aceda a dados oceânicos e costeiros portugueses, participe em programas de inovação, receba apoio para pilotos, utilize a Blue Tech Test Network e conecte-se com investidores internacionais.
Para VCs e entidades de financiamento: Engage com as melhores soluções Blue Tech testadas no Atlântico e conecte-se com empreendedores em sessões exclusivas para investimentos privados diretos.
Para I&D e Academia: Forneça recursos laboratoriais para apoiar start-ups, licencie PI para PME e participe em programas para reduzir riscos no lançamento de start-ups usando PI inexplorada.
Para Administração Pública: Promova formação digital avançada para RH e participe em programas para encontrar soluções inovadoras e expandir a sua lista de fornecedores.
Para Sociedade Civil, ONGs e Associações: Acompanhe as atividades do projeto
para garantir a conformidade ESG e mantenha-se atualizado sobre soluções inovadoras para enfrentar os desafios atuais.
Empresas: Colaborar com start-ups interessantes e aceder a serviços de inovação aberta que aceleram a implementação de novos modelos de negócio digitais e azuis, prontos a serem expandidos.
Estação Náutica de Moura-Alqueva Inaugura
Novas Infraestruturas
N o dia 19 de junho, a Praia Fluvial e o Centro Náutico da Estação Náutica de Moura-Alqueva foram inaugurados com a presença de Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo.
O projeto, coordenado pela Câmara Municipal de Moura e desenvolvido em parceria com a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), é composto por uma plataforma central de lazer, uma praia fluvial e um
parque para autocaravanas. Nesta jornada de inauguração, teve lugar também a cerimónia pública de renovação da Certificação da Estação Náutica de MouraAlqueva. Certificada desde outubro de 2018, pelo Fórum Oceano – Cluster da Economia Azul de Portugal, viu aprovado o seu pedido de renovação até novembro de 2026.
O momento contou com cerca de 150 participantes.
Lançamento do “Guia Boa Cama, Boa Mesa | Estações Náuticas do Centro de Portugal”
Oguia das Estações Náuticas do Centro de Portugal chegou aos leitores do Expresso no dia 31 de maio.
Foram mais de 60 mil exemplares para um universo de mais de 80 mil leitores.
A Turismo Centro de Portugal promoveu o lançamento do “Guia Boa Cama Boa Mesa | Estações Náuticas do Centro de Portugal” a bordo do Navio Museu San-
to André. Este guia é integralmente dedicado às 11 Estações Náu-
ticas do Centro de Portugal: Aveiro, Estarreja, Murtosa, Município de Ílhavo, Ovar, Va-
gos, Oeste, Castelo de Bode, Pedrógão Grande, Penamacor e Alto Côa – Sabugal.
Governo do Rio de Janeiro e Fórum Oceano
Assinam Acordo de Cooperação
OAcordo de Cooperação é visto como um passo significativo para o Brasil na promoção da defesa dos oceanos e na aceleração do ecossistema da Economia Azul no Rio de Janeiro. “O acordo de cooperação representará um marco importante para o nosso país em prol da defesa dos oceanos, reafirmando o nosso compromisso com a preservação do meio ambiente e fortalecendo ainda mais os nossos laços internacionais”, afirmou Ana Asti, sub-secretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Secreta-
ria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) do Governo do Rio de Janeiro. Para Carlos Costa Pina, Presidente do Fórum Oceano, “Portugal e Brasil são nações dominantes em área marítima nos seus hemisférios, com imenso potencial de geração de riqueza no negócio azul sustentável. Este protocolo permite dar um passo estratégico na internacionalização dos ecossistemas de inovação da Rede Hub Azul Portugal, do Portugal Blue Digital Hub e da Rede Estações Náuticas.”
Notícias Nautiradar
Hidrogerador Wave 3 da Remoran Energia Pura para o Seu Veleiro
A Nautiradar traz até si o novo Hidrogerador Wave 3 da Remoran, a solução para carregar as baterias a bordo da sua embarcação sem gastar combustível e sem poluição.
Se utiliza o seu gerador a diesel ou motor para carregar as baterias a bordo, então o Remoran Wave 3 é a solução alternativa perfeita para si. Com o Remoran
Wave 3, velejar é sinónimo de energia limpa, pura e a acima de tudo – gratuita. Até 300 watts a 10 nós, significa que vai chegar ao seu destino com as baterias completamente carregadas. A uma velocidade mais típica de 6 nós vai receber 150 watts, o que é suficiente para o ajudar a evitar gastar combustível para carregar as baterias.
Conveniência sem Paralelo
O Remoran Wave 3 não necessita de manutenção. É prático, simples e eficiente. Deixe-o trabalhar enquanto veleja livremente. Utilizar o hidrogerador Remoran Wave 3 é muito simples. Basta encaixar no carril exterior do painel, conectar a ficha e está pronto a usar. O carregador Remoran Charger de 300W irá carregar as suas baterias e ao mesmo tempo evitar sobrecargas. A
unidade fora de bordo pode manter-se na água durante toda a sua viagem. O Remoran Wave 3 também funciona em paralelo com painéis solares e outras soluções de carga, sem problemas.
Energia solar, eólica e hídrica são as principais fontes de energia limpa para os velejadores. Todas têm as suas vantagens e desvantagens. O Remoran Wave 3 gera energia sempre que o veleiro se mova e em qualquer altura do dia ou condições atmosféricas, tendo a vantagem nesse aspeto face aos painéis solares ou aerogeradores.
Indicado para todo o tipo de Veleiros O Remoran Wave 3 começa a gerar energia a partir aos 3 nós de velocidade, sendo indicado para embarcações mais pequenas e velocidades inferiores também. Skippers de embarcações mais rápidas, poderão tirar partido da variante Remoran Wave 3 GD que permite uma velocidade máxima de 20 nós.
A sua construção robusta, testada em laboratório e em mar, garante a sua capacidade de lidar com todos os desafios e stress de velejar mesmo em mais elevadas velocidades.
Operação
Silenciosa
O funcionamento completamente silencioso do hidrogerador Remoran Wave 3 garante que pode desfrutar do seu tempo a velejar, em completo conforto. A sua operação silenciosa em conjunto com o avançado carregador Remoran, leva a que não ocorra qualquer problema com sobrecarga das baterias e garante a sua utilização durante toda a duração da sua viagem. Além de tudo, não existe a necessidade de estar constantemente a erguer e a descer o gerador. Instale-o e deixe-o funcionar, para capturar 100% da energia disponível no mar!
App Móvel
Remoran
A aplicação móvel Remoran funciona como painel de controlo do sistema através do seu smartphone ou tablet ou PC e permite-lhe monitorizar todo o sistema. Disponível para Android, iPhone e Web App para Chrome.
Sobre a Remoran
Empresa Finlandesa fabricante de hidrogeradores da mais elevada tecnologia, fiáveis e duráveis e que surge agora como nova representada da
Nautiradar para o mercado português.
O objetivo da Remoran é tornar a geração de energia verde acessível a todos os marinheiros, torná-la tão conveniente e confortável que possa ser usada em todos os momentos. Navegar é liberdade de escolher o destino e a viagem. Não se limite ao seu fornecimento de eletricidade.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
O que é fornecido na embalagem com Remoran Wave 3
Notícias do Mar
Notícias da Universidade de Coimbra
Os Tsunamis do Mar do Norte
Investigadores determinam a evolução da curva do nível do mar e registo de tsunamis no Mar do Norte nos últimos 10 mil anos.
Uma equipa de investigadores internacionais está a estudar a evolução da curva do nível do mar e o registo de tsunamis no Mar do Norte nos últimos 10 mil anos. Pedro Costa, docente do De-partamento de Ciências da Terra (DCT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
(FCTUC) é o coordenador do projeto NORSEAT, na UC.
Este projeto visa melhorar a compreensão do risco de tsunami no Mar do Norte, identificando assinaturas geológicas de tsunami em zonas costeiras e seguindo em direção aos fundos submarinos.
«O objetivo é compilar evidências de eventos,
agrupar os arquivos terrestres e marinhos para estabelecer a dinâmica dos principais eventos e, por fim, estabelecer a evolução da curva do nível relativo do mar das Ilhas Shetland. Estes dados são essenciais para o desenvolvimento de avaliações de risco e projeções de inundações mais rigorosos», considera Pedro
Costa. Os tsunamis são relativamente raros na bacia do Mar do Norte. O exemplo mais conhecido é o tsunami de Storegga, causado por um grande deslizamento de terra subaquático na plataforma continental norueguesa, há 8200 anos atrás, e que deixou uma marca sedimentar desta grande inundação em vários locais costeiros no Atlântico Norte e no Mar do Norte (Canadá, Ilhas Faroé, Ilhas Shetland, Islândia, Noruega, Reino Unido, entre outras). Algumas das áreas costeiras das Ilhas Shetland também contêm depósitos de tsunamis que ocorreram há 5500 anos AP e 1500 anos AP.
«As evidências, recentemente determinadas, sugerem uma taxa de recorrên- Algumas das áreas costeiras das Ilhas Shetland contêm depósitos de tsunamis
Ondas provocadas pelo deslizamento de terra subaquático
cia realmente baixa, à escala geológica, de eventos de tsunami na região. No entanto, devido à natureza da bacia do Mar do Norte e das suas costas, caracterizadas por um espaço de alojamento sedimentar limitado, à má preservação de depósitos de eventos extremos e à
erosão ou retrabalhamento antropogénico, temos assistido a uma provável subestimação do risco de tsunami para toda a bacia atlântica», explica o docente.
De acordo com os investigadores, em contraste com
os depósitos de tsunamis em terra, os depósitos de tsunamis no mar têm recebido significativamente menos atenção, embora sejam muito mais propensos a serem preservados no registo sedimentar e a conterem assinaturas
deposicionais de tsunamis originais, especialmente os que estão depositados em ambientes marinhos suficientemente profundos. «Esses arquivos sedimentares de tsunamis detetados nos fundos submarinos são
de vital importância para a melhoria da nossa compreensão do perigo de tsunami no Mar do Norte», acredita o investigador. Além disso, conclui, «o conhecimento da posição do nível relativo do mar, no momento em que os tsunamis inundaram as zonas costeiras, é crucial para a modelação e transporte de sedimentos para a cenarização das inundações, o que permitirá o desenvolvimento de melhores avaliações de risco».
Desta forma, os investigadores estão a realizar um rastreamento dos depósitos de tsunami, a estudar a sua extensão e características em detalhe, e a verificar se, possivelmente, o registo offshore contém provas de mais eventos, fornecendo novos conhecimentos sobre os intervalos de ocorrência. Por outro lado, procuram reconstruir a cursa relativa do nível do mar para o Holocénico, que até agora foi pouco restringida para as Ilhas Shetland, avaliando, assim, com mais precisão as alturas dos paleotsunamis.
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Missão Trident
O Navio de Investigação Mário Ruivo do IPMA regressou, a 3 de julho, a Lisboa, após a conclusão da missão TRIDENT. O IPMA coordenou esta missão internacional com sucesso, tendo esta sido a mais longa missão dos últimos anos com o Navio de Investigação Mário Ruivo.
Amissão TRIDENT decorreu entre os dias 13 e 30 de junho, numa área marinha cerca de 500 km a sul do arquipélago das Canárias. Esta missão internacional, cujo responsável científico é o Doutor Pedro Terrinha do IPMA, contou com 24 investigadores de cinco instituições europeias: o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), o IPMA, a Universidade de Cork (UCC), na Irlanda, o Centro de Investigação Tecnológica da Universidade do Algarve (CINTAL) e o Instituto Geológico e Mineiro de Espa-
Veículo autónomo subaquático (AUV, na sigla inglesa) EVA, do INESC TEC, a ser lançado
nha (IGME-CSIC).
Imagem de cefalópode (Vampyroteuthis infernalis), captada pelo AUV EVA a cerca de 1000 m de profundidade
O projeto TRIDENT é coordenado pelo INESC TEC e tem financiamento europeu, através do Programa Horizonte Europa, de cerca de 16 milhões de euros, reunindo 25 instituições públicas e privadas, entre as quais seis portuguesas.
Nesta missão foram adquiridos dados que permitem
“Little Monsta” (Propriedade do University College of Cork, Irlanda) prestes a ser lançado ao mar. É uma estação de fundo (Lander) equipada com armadilhas de sedimentos, um perfilador acústico de correntes (ADCP, na sigla inglesa) para medição de velocidade das correntes na coluna de água, um equipamento CTD (na sigla inglesa) para medição de condutividade, temperatura, pressão e turbidez no fundo do mar
um melhor conhecimento das características oceanográficas locais, da morfologia e natureza do fundo do mar, da biologia do fundo marinho, da velocidade das correntes oceânicas, contribuindo para a monitorização de longo prazo das propriedades da água próxima do fundo do mar, bem como da biogeoquímica dos sedimentos do
CTD do IPMA equipado com mais vários sensores ambientais para além de condutividade, temperatura e pressão, a saber: clorofila-turbidez, pH, Oxigénio dissolvido, matéria particulada, e matéria orgânica fluorescente
Sparse Vertical Array (SVA) do CINTAL, no convés, prestes a ser lançado. O SVA é um dispositivo de medição do som na coluna de água com hidrofones posicionados a 40m, 500 m e 900m de profundidade, para caracterização do som ambiental incluindo o ruído de origem antropogénica
Lançamento do planador (glider) do ALSEAMAR para caracterização do som ambiental incluindo o ruído de origem antropogénica num percurso de 40 km (far field), equipado com vários sensores incluindo turbidez, oxigénio dissolvido e fluorímetro
fundo. Para este efeito foram usados equipamentos operados a bordo do Navio, amarrações fixas e derivantes com hidrofones para escuta de ruído ambiental, estações de monitorização automatizadas e equipamentos autónomos robotizados de mapeamento submarino.
O projeto Trident visa desenvolver sistemas de monito-
rização do ambiente marinho, tendo em vista a sua proteção dos impactos que possam ser gerados pelas atividades de prospeção e exploração no mar profundo.
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Encerramento do Projeto Educoast
Este projeto, em execução entre janeiro de 2022 e abril de 2024 teve por objetivo a promoção de aprendizagem de campo e de laboratório na área da Geologia Marinha e Costeira.
OProjeto EDUCOAST, promovido pelo IPMA e financiado pelas EEA Grants, fez a
sua Sessão de Encerramento no passado dia 26 de junho de 2024, com apresentações sobre os resultados do projeto
no Centro de Ciência Viva de Tavira, seguido de uma visita à Estação do IPMA em Tavira e uma saída de campo à Ria
Formosa, no sapal adjacente à Estação.
A sessão de abertura contou com a participação da Dra.
Maria Ana Martins, Vogal do Conselho Diretivo do IPMA, Dra. Sandra Silva, Diretora de Serviços de Programas e Financiamentos da DGPM (Operador do programa de financiamento), Dra. Sónia Pires, Vereadora da Câmara Municipal de Tavira, e Professor Doutor Francisco Fatela, em representação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O projeto superou largamente as expetativas iniciais. Em 2 anos alcançou um total de 2275 pessoas, desde alunos do ensino básico e secundário, alunos do ensino universitário e politécnico, professores, e profissionais do setor marítimo-turístico.
O projeto promoveu ações de formação e divulgação na área das Geociências Costeiras, usando a localização privilegiada do IPMA junto à Ria Formosa, como sala de aula e laboratório a céu aberto. As atividades assumiram uma forte componente prática, recorrendo a uma abordagem pedagógica baseada na natureza e na aprendizagem experimental, apostando em atividades “mãos na massa”, que não podem ser adquiridas no ambiente típico de sala de aula.
As ações de formação beneficiaram dos laboratórios da Estação do IPMA em Tavira que, através da coorde-
nadora do Projeto, Doutora Teresa Drago, têm vindo a ser reequipados para estudos na área da geologia marinha. O projeto contou com uma equipa de especialistas nas ciências costeiras e marinhas, geólogos, biólogos e
oceanógrafos, e promoveu a colaboração e parceria com universidades e centros de investigação de todo o país, escolas e associações. Para além do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. (promotor), são parceiros neste
projeto a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. e o Centro de Ciência Viva de Tavira.
O projeto EDUCOAST foi financiado pelo Programa Crescimento Azul das EEA Grants ao abrigo da Call #5 – Educação, que permitiu
a implementação das várias ações de formação, assegurando as despesas relacionadas com a frequência dos formandos, incluindo participantes de um dos países doadores, a Noruega. Parabéns a toda equipa e parceiros que muito se dedicaram ao projeto!
Notícias
Pipadouro Explora o Lado mais Selvagem do Douro em Viagem de Charme
até Barca D’Alva
Empresa de turismo fluvial de luxo lança programa Vintage Wild Travel, propondo uma incursão no aclamado Douro Superior a bordo de um barco histórico que servia a Marinha Inglesa.
APipadouro redefiniu o conceito de turismo fluvial no rio Douro e conquistou fama mundial ao longo dos últimos
17 anos, com propostas de luxo que obedecem aos elevados padrões de exigência de um mercado que privilegia a qualidade superior, o
conforto e a exclusividade.
A empresa continua a diversificar a sua oferta e acaba de lançar um novo programa clássico, o Vintage Wild
Travel, que proporciona uma incursão única e autêntica no aclamado Douro Superior, explorando o lado mais selvagem e virgem do rio a
bordo do Friendship I, um Wooden Yacht Classic com 66 pés de comprimento que foi construído em 1957 para servir a Marinha Inglesa.
Especialista em desenhar experiências que perdurem no tempo e na memória, a Pipadouro sugere uma viagem imersiva, entre o cais privado no Pinhão e Barca D’Alva, belíssima aldeia que faz fronteira com Espanha.
A proposta contempla a passagem por estreitos icónicos da mais antiga Região Demarcada e Regulamentada do Mundo, incluindo o famoso Cachão da Valeira, palco do trágico naufrágio do barco rabelo em que seguiam D. Antónia Ferreira, eternizada como Ferreirinha, e o Barão Forrester, que desapareceu nas outrora revoltosas águas do Douro, nesse dia, em 1861.
Entre as eclusas da Valeira e do Pocinho, etapas memoráveis do percurso, o Douro Superior apresentase a quem o visita com as suas imponentes e majestosas escarpas, cortes dramáticos num cenário pincelado por encostas preenchidas com vinhas, olivais e amendoais, despertando todos os sentidos para uma verdadeira conexão com a natureza.
O Vintage Wild Travel tem início às 9h00, no Pinhão, e termina às 17h00, em Barca D’Alva, com o almoço a ser servido a bordo do Friendship
A Pipadouro privilegia a qualidade superior, o conforto e a exclusividade
I, um superiate clássico que se destaca da concorrência pela imponência, beleza e caraterísticas únicas, aliando os traços originais às garantias de conforto, charme e exclusividade.
O conforto é uma prioridade para o operador e, nesse sentido, o cliente tem à disposição um leque de opções para completar o programa clássico. Assim, o regresso pode ser realizado no próprio dia, de carro ou de comboio, ou no dia seguinte, após pernoita em alojamento selecionado ou no barco da Pipadouro, classificado como Gentleman’s Vintage Boat, que apresenta duas suites com uma ocupação máxima de quatro pessoas.
“Sendo uma proposta full day, consideramos impor-
tante aliar o programa clássico a um leque de opções que se adeque às pretensões de cada cliente. O Vintage Wild Travel reforça o estatuto da Pipadouro como especialista em viagens ao Douro Superior, a bordo de um barco único, repleto de charme, que tem o confor-
to, espaço e decoração ao nível de um Boutique Hotel, garantindo por outro lado a exclusividade e o atendimento personalizado que os nossos clientes valorizam e que não encontram num barco hotel”, frisa Ana Clara Silva, diretora de Operações da empresa.
A Pipadouro, que conquistou recentemente o prémio Best Luxury Vintage River Cruise Company 2024 – Ibe-
rian Peninsula nos Travel & Tourism Awards, da revista britânica LUXLife Magazine, apresenta igualmente pro-
postas exclusivas de Um Dia no Douro, Almoço Vintage, Bed & Breakfast, Fim de Tarde, Jantar de Charme, Vinta-
ge Breakfast ou Wine with a View, para além das inúmeras possibilidades dos programas feitos à medida, e de partidas regulares entre o Pinhão e o Tua.
Sobre a Pipadouro
A Pipadouro iniciou a atividade em 2007, apresentando o conceito inovador de turismo fluvial de luxo no rio Douro (Vintage Wine Travel), com um serviço de qualidade, em dois barcos (Friendship I, de 1957, e Pipadouro II, de 1967) classificados como Gentleman’s Vintage Boats. Gonçalo Correia dos Santos (sócio fundador), Tomás Roquette (Quinta do Crasto), Pedro Silva Reis (Real Companhia Velha) e Fernando Pereira (GLD, grupo de investimento) integram a estrutura acionista da empresa.
Notícias da Marinha
Comandante Naval Visita as Ilhas Selvagens
A Marinha Portuguesa esteve de visita ás Ilhas Selvagens para aprofundar o conhecimento destes espaços e contactar com as várias entidades que garantem a sua proteção e segurança, no exercício da autoridade do Estado no mar. Notícias
OComandante Naval, Vice-Almirante Nuno Chaves Ferreira, deslocou-se no dia 9 de julho, às Ilhas Selvagens a bordo do NRP Zaire, onde teve oportunidade de contactar com os agentes da Polícia Marítima, do Troço-de-mar da Marinha e Vigilantes da Natu-
reza do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, IP-RAM, que de forma ininterrupta, garantem a vigilância e a segurança daquela Reserva Natural.
Esta visita pretendeu também assinalar a presença efetiva da Marinha Portuguesa naquele arquipélago. Na oca-
O Comandante Naval teve oportunidade de contactar com os agentes das várias entidades que garantem a vigilância e a segurança daquela Reserva Natural A Ilha Selvagem Pequena
sião, o Vice-Almirante Nuno Chaves Ferreira teve ainda possibilidade de verificar os vários investimentos realizados nos últimos anos nas áreas da capacitação operacional, vigilância e bem-estar.
Durante a sua deslocação, o Comandante Naval visitou ainda a Selvagem Pequena, ilha onde Portugal dispõe de meios de vigilância integrados no Sistema Costa Segura, os quais permitem, em tempo real, observar a ilha e toda a área marítima contígua, garantindo que não são realizadas atividades ilícitas nos espaços marítimos associados.
No âmbito do exercício da
soberania e jurisdição espaços marítimos nacionais, Portugal aprofunda diariamente o conhecimento destes espaços e reforça as capacidades que garantem a proteção e segurança, no exercício da autoridade do Estado no mar, nomeadamente nas áreas do salvamento marítimo, combate às atividades ilegais, proteção ambiental e resposta a ocorrências no âmbito da poluição marítima.
A abertura do Posto Marítimo das Ilhas Selvagens e da Extensão da Repartição Marítima da Capitania do Porto do Funchal, em 2017 e o incremento da capacidade de
Este arquipélago possui hoje as melhores condições de trabalho e de habitabilidade para aos profissionais que garantem a sua vigilância, segurança e preservação
fiscalização que lhe está associado asseguram, de forma mais efetiva, a defesa dos interesses de Portugal nas ilhas Selvagens e dos seus espaços marítimos circundantes.
As Ilhas Selvagens constituem-se como a maior área marinha protegida da Europa e de todo o Atlântico Norte, com proteção total. Este arquipélago possui hoje as condições necessárias para proporcionar aos profissionais que diariamente garantem a sua vigilância, segurança e preservação,
as melhores condições de trabalho e de habitabilidade, designadamente aos vigilantes da natureza, polícias marítimos e troços de mar que ali trabalham 365 dias por ano.
Todo o investimento efetuado nestes últimos anos nas Ilhas Selvagens são o garante da continuidade da presença de Portugal naquelas ilhas, da sua preservação e da manutenção das suas responsabilidades nos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional.
Mirpuri Foudation, 5º Mirpuri Sailing Trophy
5ª Edição Proporciona Regatas Espectaculares em Cascais
Este é um evento de referência para a cidade de Cascais
O 2024 Mirpuri Foundation Sailing Trophy anual, que decorreu de 5 a 7 de julho, em Cascais, Portugal, chegou ao fim no domingo à noite, após dois dias de regatas intensas e renhidas.
Ofestival de vela foi disputado em condições emocionantes por 700 velejadores que competiram em sete classes, incluindo NHC, ORC, SNIPE, SB20, FINN, J70 e OPTIMIST.
Reconhecido pela UNESCO como um evento da “Ocean Decade” pelo trabalho da regata na promoção e angariação de fundos para iniciativas de saúde dos oceanos, o evento está a ser considerado um dos pontos altos do calendário europeu de vela de verão e um evento de referência para a cidade de Cascais e para os organizadores do Clube Naval de Cascais. As condições de navegação foram emocionantes
Criada em 2020 para ajudar a angariar fundos importantes para a conservação marinha, as taxas de inscrição para a regata orientada para a sustentabilidade são doadas a projetos de saúde dos oceanos pelo fundador do evento, a Mirpuri Foundation.
A ação dos três dias do evento arrancou na sextafeira, dia 5, com a conferência sustentável Mirpuri Foundation Conservation Forum, em parceria com o Explorers Club - Portugal Chapter.
No sábado, dia 6 de julho, a frota completa de 170 barcos alinhou para dois dias de regatas e foi apoiada por um navio da Marinha Portuguesa, que disparou o canhão de partida cerimonial a partir do seu convés às 12:05 horas locais.
As condições de navegação foram emocionantes, com ventos constantes de mais de 17 nós e fortes rajadas de noroeste. A brisa forte tornou o dia na água emocionante mas difícil, com as condições desafiantes a permitirem à organização completar apenas algumas das regatas planeadas, devido a ventos demasiado fortes para algumas classes.
No domingo, os velejadores experimentaram condições de navegação ideais com uma brisa constante de 15 nós de noroeste, criando condições perfeitas e com o
O VO65 “Racing for the Planet”, tendo ao leme o atleta
sol a brilhar.
Na categoria de cruzeiros, duas classes competiram tanto pelo troféu perpétuo da regata, atribuido ao vencedor em tempo real, como pelos títulos de divisão com base no tempo corrigido.
Na regata em tempo real da classe NHC, o vencedor foi o impressionante super iate “Green Eyes”, de 106 pés,
O Evento foi criado em 2020 para ajudar a angariar fundos importantes para a conservação marinha
de Paulo Mirpuri e comandado pelo Comodoro Honorário Patrick Monteiro de Barros.
Na classe ORC, a equipa profissional da Mirpuri Foundation Racing Team, sediada em Cascais, venceu a bordo do seu VO65 “Racing for the Planet”, tendo ao leme o atleta olímpico português Bernardo Freitas.
Em tempo corrigido, o “XEKMATT” levou para casa
o prémio máximo na divisão ORC, enquanto o “BAMAK” venceu a ORC B.
Na divisão NHC o “FUNBEL - NACEX” ficou em primeiro lugar e o “Alta Pressão” classificou-se como o mais rápido no tempo corrigido na divisão Mini Cruzeiros.
A classe estreante no Mirpuri Foundation Sailing Trophy, a J70, foi ganha pela equipa portuguesa “Solyd
Property Developers”.
Na antiga classe olímpica Finn, Fernando Bello garantiu o primeiro lugar no pódio, enquanto a AP HOTELS conquistou a vitória na classe SB20.
Na classe Snipe os grandes vencedores foram a dupla Pedro e Sofia Barreto.
Na popular classe Optimist júnior, com mais de 60 barcos a competir, a categoria sub-
15 foi ganha por Leo Gosling. Lena Müller obteve o primeiro lugar na categoria feminina de sub-15, Johan Peitersen Højland venceu a categoria de sub-12 e Aislyn Flynn obteve o primeiro lugar na categoria de sub-12 feminina. Para além dos prémios de competição, foi anunciado o Mirpuri Foundation Ocean Award, em parceria com a International Union for Con-
servation of Nature (IUCN). Este ano, o prémio vai para uma iniciativa liderada pela IUCN intitulada “Strengthening Community Engagement and Improvement of Communitybased Waste Management at Baan Koh Mook, Koh Libong Sub-district, Thailand”.
A 6ª edição do Mirpuri Foundation Sailing Trophy terá lugar nos dias 5 e 6 de julho de 2025 em Cascais, Portugal.
Sobre a Fundação
Mirpuri
A Fundação Mirpuri é uma organização sem fins lucrativos sediada em Portugal, fun-
dada pelo empresário Paulo Mirpuri com o objetivo de contribuir para um mundo melhor para as gerações futuras. Acreditando que liderar pelo exemplo é a melhor forma de mudar mentalidades, a Fundação Mirpuri promove a cooperação entre legisladores, empresas, comunidades e indivíduos. A Fundação Mirpuri actua em seis áreas distintas: Conservação Marinha, Conservação da Vida Selvagem, Artes Performativas, Responsabilidade Social, Investigação Médica e Investigação Aeroespacial. O compromisso da fundação com a sustentabilidade é transversal e reflecte-se em todas as suas
actividades. A Fundação Mirpuri é sinónimo de tecnologia, investigação, informação e inovação. Aliados a estas ca-
racterísticas estão os valores de integridade, perseverança e altruísmo para melhor impactar o planeta.
cerimónia de entrega dos prémios de competição
Pode ver os resultados completos em: https://regatas.cncascais.com/en/default/races/race-resultsall/text/mirpuri-foundation-sailing-trophyen/menuaction/race-inscriptions www.mirpurifoundation.org - www.mirpurisailingtrophy.com
Economia do Mar
Sines Sempre a Crescer nos Primeiros 6 Meses de 2024
A crescer exponencialmente na primeira metade do ano 2024, o Porto de Sines atingiu um elevado movimento na carga contentorizada.
OPorto de Sines encerrou o primeiro semestre de 2024 com um crescimento homólogo de 14% no total global de carga movimentada, destacandose a carga contentorizada, com um crescimento homólogo de 25%, a que corresponde uma movimentação da ordem dos 989.000 TEU (1TEU = 1 Contentor de 20 pés).
No que diz respeito à movimentação por terminal, o Terminal de Contentores de Sines - Terminal XXI, reclama para si 50% do volume total de carga do porto, seguido pelo Terminal de Granéis Líquidos com 43%. De
referir ainda o Terminal Multipurpose, que começa a dar os primeiros passos no sentido da recuperação da perda
dos volumes associados ao carvão, com um crescimento de 74%, face ao mesmo período de 2023, corresponden-
do a 303.000 toneladas. De referir que este terminal tem movimentado cargas como minério de ferro, diferentes cargas de projeto, gesso, ureia ou granulado de madeira.
Destaque ainda para as Exportações, com um crescimento homólogo de cerca de 7%, com o maior crescimento a notar-se na carga destinada a Países Terceiros.
Espera-se que 2024 seja um ano de franco crescimento no Porto de Sines, principalmente ao nível da carga contentorizada, onde se prevê que o porto registe a marca dos 2 Milhões de TEUs. Exportações com um crescimento homólogo de cerca de 7%
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00
Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22
Publicidade: publicidade@noticiasdomar.pt
Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing