TCC | A arquitetura no nascimento - Casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

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TCC 2021-2022 Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU-CTC) Universidade Estadual de Maringá (UEM)

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO Casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

Milena Vicentim da Silva Acadêmica Mother with long black hair and Baby Óleo sobre tela | Lovetta Reyes-Cairo

Prof. Dra. Cláudia Donald Pereira Orientadora


MILENA VICENTIM DA SILVA

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO Casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.

APROVADO EM: ____/____/____


DEDICATÓRIA A todas as mulheres que não tiveram suas vontades e direitos respeitados durante o parto. A todos que lutam pela humanização da assistência à gestante e ao recém-nascido. Que o processo de dar à luz seja humanizado, respeitoso e qualificado!


AGRADECIMENTOS À minha família, por nunca ter medido esforços para que eu pudesse estar onde estou hoje, pelo apoio, incentivo e por me entender nos dias estressantes de entregas durante a graduação. A todos os professores que participaram da minha jornada acadêmica e que contribuíram para minha formação. Em especial à minha orientadora prof. Cláudia Donald, por passar comigo por esse processo final de curso, me instruindo e compartilhando seus conhecimentos. Ao meu namorado e aos meus amigos, que vibraram comigo pela vaga na universidade e agora vibram pela aguardada formatura. Que se fizeram presentes compartilhando momentos, histórias e crescimento. Aos colegas de curso, que dividiram esses últimos cinco anos de aprendizado comigo. Por fim, a todas as mulheres que me inspiraram a desenvolver esse trabalho, com uma temática sensível e de extrema importância, que é o ato de parir com dignidade.


“Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira. Que a arquitetura pode mudar a vida das pessoas e que vale a pena tentar.” ZAHA HADID


SUMÁRIO

4.

DESENVOLVIMENTO PROJETUAL................................. 48

4.1 O Terreno..................................................................... 48 4.1.1 A escolha do terreno.......................................................... 48

INTRODUÇÃO .............................................................. 11

4.1.2 Análise do terreno escolhido............................................. 51

1.1 Justificativa .................................................................. 11

4.2 Programa De Necessidades...................................... 55

1.2 Objetivo geral ............................................................. 12

4.3 Processo De Projeto ................................................... 59

1.3 Objetivos Específicos ................................................. 12

4.3.1 Conceito .............................................................................. 59

1.

2.

EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................... 13

2.1 O Parto Na História...................................................... 13 2.2 Panorama Do Parto No Brasil ..................................... 14 2.2.1 Cenário atual ...................................................................... 14 2.2.2 Programas de incentivo ao parto humanizado ............. 18

2.3 Centros de parto normal e casas de parto .............. 19 2.4 O acolhimento nos períodos pré e pós parto .......... 21 2.5 O Papel Da Arquitetura .............................................. 22 2.5.1 Arquitetura da saúde e o processo de humanização .. 22 2.5.2 Conforto, sensações e percepções ................................. 24

2.6 O Parto Em Maringá ................................................... 26 2.6.1 Contextualização ............................................................... 26 2.6.2 Um novo espaço................................................................. 29

2.7 Aspectos Normativos E Legislações Pertinentes ...... 29 3.

REFERENCIAIS DE PROJETO ......................................... 32

3.1 Casa Ângela ............................................................... 32 3.2 Hospital Rede Sarah Brasília Lago Norte ................... 36 3.3 Centro Para Gestantes ............................................... 42

4.3.2 Diretrizes ............................................................................... 60 4.3.3 Organograma ..................................................................... 60 4.3.4 Plano de implantação ....................................................... 62 4.3.5 Materialidade ...................................................................... 63 4.3.6 O projeto arquitetônico ..................................................... 64 4.3.7 O paisagismo ....................................................................... 70 4.3.8 Projeto de interiores quarto PPP ........................................ 73

5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................ 79

6.

REFERÊNCIAS ............................................................... 80

7.

APÊNDICES .................................................................. 85

Apêndice A - Desenhos técnicos anteprojeto arquitetônico.............................................................................. 85 Apêndice B - Desenhos técnicos projeto de interiores quarto PPP................................................................................... 91


LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - O NASCIMENTO DE HÉRCULES .................................. 13 FIGURA 2 – PARTO OPERATÓRIO / CESÁREA ............................... 14 FIGURA 3 - TAXAS DE PARTO CESÁREA NO MUNDO EM 2015 ........ 15 FIGURA 4 - TAXAS DE PARTO NORMAL X CESÁREA NO BRASIL ....... 16 FIGURA 5 - RELATO DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA ........................... 17 FIGURA 6 - MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO EM SÃO PAULO ........................................................................... 18 FIGURA 7 - LOGO REDE CEGONHA .......................................... 19 FIGURA 8 - GESTANTE EM TRABALHO DE PARTO EM CP ................ 20 FIGURA 9 - GRUPO DE ACOLHIMENTO EM CP ............................ 22 FIGURA 10 – HOSPITAL SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE ................. 23 FIGURA 11 - TIRINHA ARMANDINHO .......................................... 24 FIGURA 12 - LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ ............ 26 FIGURA 13 - QUARTO PPP AMBIÊNCIA NO HOSPITAL SANTA CASA ..................................................................................... 28 FIGURA 14 - PARTO EM QUARTO PPP DO HOSPITAL BOM SAMARITANO .................................................................. 28 FIGURA 15 - OFICINA MINISTRADA PELO GRUPO GESTA .............. 29 FIGURA 16 - CARTILHA DE ORIENTAÇÕES MINISTÉRIO DA SAÚDE ... 31 FIGURA 17 - CASA ÂNGELA..................................................... 32 FIGURA 18 – PLANTA DO TÉRREO CASA ÂNGELA........................ 33 FIGURA 19 – PLANTA DO PAVIMENTO SUPERIOR CASA ÂNGELA ... 33 FIGURA 20 - SALA DE ESPERA CASA ÂNGELA ............................. 34 FIGURA 21 - DEAMBULAÇÃO CASA ÂNGELA ............................. 34 FIGURA 22 - ÁREA EXTERNA CASA ÂNGELA ............................... 34 FIGURA 23 - QUARTO PPP CASA ÂNGELA ................................ 35 FIGURA 24 - FACHADA CASA ÂNGELA ..................................... 35 FIGURA 25 - HOSPITAL REDE SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE ......... 36 FIGURA 26 - CORTE ESQUEMÁTICO SARAH LAGO NORTE............. 37 FIGURA 27 - ESQUEMA SETORIZAÇÃO SARAH LAGO NORTE ......... 37

FIGURA 28 – IMPLANTAÇÃO COM SETORIZAÇÃO SARAH LAGO NORTE ........................................................................... 37 FIGURA 29 - SETOR 1 SARAH LAGO NORTE ................................ 38 FIGURA 30 - SETOR 2 SARAH LAGO NORTE ................................ 38 FIGURA 31 - SETOR 3 SARAH LAGO NORTE ................................ 38 FIGURA 32 - SETOR 4 SARAH LAGO NORTE ................................ 38 FIGURA 33 - SETOR 5 SARAH LAGO NORTE ................................ 39 FIGURA 34 - CORTE ESQUEMÁTICO SHEDS ................................. 39 FIGURA 35 - SHED NO ESPAÇO DE FISIOTERAPIA E HIDROTERAPIA .. 39 FIGURA 36 - ETAPA DE CONSTRUÇÃO SARAH LAGO NORTE ......... 40 FIGURA 37 - VISTA DO EIXO ORDENADOR SARAH LAGO NORTE ... 40 FIGURA 38 - VISTA DO ESPAÇO INFANTIL .................................... 41 FIGURA 39 - VISTA ESPAÇOS DE CONVÍVIO / ESPERA ................... 41 FIGURA 40 - CENTRO PARA GESTANTES ..................................... 42 FIGURA 41 - ESQUEMA CONCEITO PROJETUAL DO CENTRO ......... 42 FIGURA 42 - VISTA AÉREA DO CENTRO ...................................... 43 FIGURA 43 - PLANTA BAIXA CENTRO PARA GESTANTES ................ 43 FIGURA 44 - VISTA PÁTIO ......................................................... 44 FIGURA 45 - VISTA DAS EDIFICAÇÕES ........................................ 44 FIGURA 46 - CORTE CENTRO PARA GESTANTES .......................... 44 FIGURA 47 - VISTA INTERNA DA COZINHA COMUNITÁRIA .............. 45 FIGURA 48 - VISTA EXTERNA DORMITÓRIOS E SERVIÇO ................. 45 FIGURA 49 - VISTA INTERNA DO DORMITÓRIO ............................. 45 FIGURA 50 - MASSA VEGETATIVA .............................................. 46 FIGURA 51 - MÃE E BEBÊ NO CENTRO PARA GESTANTES .............. 46 FIGURA 52 - LIMITES PARA A BUSCA DO TERRENO EM MARINGÁ ... 48 FIGURA 53 - EIXOS DE COMÉRCIO E SERVIÇO CENTRAL ............... 49 FIGURA 54 - TERRENOS SELECIONADOS PARA O PROJETO ............ 50 FIGURA 55 - ESQUEMA DE LOCAÇÃO DO TERRENO..................... 51 FIGURA 56 - USOS DO ENTORNO .............................................. 52 FIGURA 57 - TOPOGRAFIA E DIMENSÕES DO TERRENO ................. 53 FIGURA 58 - VISTA DO TERRENO E DA EDIFICAÇÃO EXISTENTE AO LADO ............................................................................. 53


FIGURA 59 - CARTA SOLAR DE MARINGÁ .................................. 54 FIGURA 60 - ROSA DOS VENTOS DE MARINGÁ............................ 54 FIGURA 61 - ESQUEMA CONDICIONANTES DO TERRENO ............... 55 FIGURA 62 - ILUSTRAÇÃO DO CONCEITO ................................... 59 FIGURA 63 - ORGANOGRAMA ................................................. 61 FIGURA 64 - PLANO DE IMPLANTAÇÃO ...................................... 62 FIGURA 65 – PRINCIPAIS ACABAMENTOS DE FACHADA ................ 63 FIGURA 66 – FACHADA FRONTAL .............................................. 64 FIGURA 67 - SETORIZAÇÃO E NÍVEIS ........................................... 64 FIGURA 68 – ACESSO PRINCIPAL............................................... 65 FIGURA 69 – FACHADA DOS FUNDOS ........................................ 65 FIGURA 70 - PLANTA BAIXA ...................................................... 66 FIGURA 71 - ELEVAÇÕES FRONTAL E POSTERIOR DO PROJETO ....... 67 FIGURA 72 – TELHADO BORBOLETA PROPOSTO ........................... 67 FIGURA 73 – CORTES COM ESQUEMAS DE VENTILAÇÃO NO PROJETO ..................................................................................... 68 FIGURA 74 – VISTA DA ESQUINA PRINCIPAL ................................ 68 FIGURA 75 - PÁTIO CENTRAL .................................................... 69 FIGURA 76 - VISTA DO PÁTIO PARA O ESPAÇO DE ESPERA ............ 69 FIGURA 77 – JARDIM PRIVATIVO QUARTOS PPP .......................... 69 FIGURA 78 – VEGETAÇÃO FACHADA ........................................ 71 FIGURA 79 – PÁTIO CENTRAL .................................................... 71 FIGURA 80 – JARDIM PRIVATIVO QUARTOS PPP .......................... 72 FIGURA 81 – ESTAR EXTERNO FUNCIONÁRIOS.............................. 72 FIGURA 82 – ESPÉCIES NAS CALÇADAS ...................................... 70 FIGURA 83 – ESPÉCIES NOS JARDINS .......................................... 70 FIGURA 84 – ISOMÉTRICA QUARTO PPP ..................................... 73 FIGURA 85 – PLANTA DO QUARTO PPP EM PERSPECTIVA ............. 74 FIGURA 86 - MOODBOARD QUARTO PPP .................................. 74 FIGURA 87 – PERSPECTIVA 1 QUARTO PPP................................. 75 FIGURA 88 – PERSPECTIVA 2 QUARTO PPP................................. 75 FIGURA 89 – PERSPECTIVA 3 QUARTO PPP................................. 76 FIGURA 90 – PERSPECTIVA 4 QUARTO PPP................................. 76

FIGURA 91 – PERSPECTIVA 5 QUARTO PPP ................................ 76 FIGURA 92 – PERSPECTIVA 6 QUARTO PPP ................................ 77 FIGURA 93 – PERSPECTIVA 1 BANHEIRO QUARTO PPP ................. 77 FIGURA 94 – PERSPECTIVA 2 BANHEIRO QUARTO PPP ................. 78


LISTA DE TABELAS TABELA 1 - PARTOS NORMAIS POR HOSPITAL EM MARINGÁ EM 2020 ............................................................................................ 27 TABELA 2 - REQUISIÇÕES QUANTO AO USO DO SOLO................... 52 TABELA 3 - PARÂMETROS DA OCUPAÇÃO DO SOLO .................... 52 TABELA 4 - SETORIZAÇÃO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES ....... 56

LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 - TAXA DE TIPOS DE PARTO EM MARINGÁ EM 2020 .... 27

LISTA DE SIGLAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CEPNM – Comitê de Estímulo ao Parto Normal de Maringá CP – Casa de Parto CPN – Centro de Parto Normal CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah EAS – Estabelecimento Assistencial de Saúde IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística OMS – Organização Mundial da Saúde OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde PHPN – Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento PPP – Pré-parto, parto e puerpério RC – Rede Cegonha RDC – Resolução da Diretoria Colegiada SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos

SUS – Sistema Único de Saúde UBS – Unidade Básica de Saúde UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância


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parte I Mother and child fine Óleo sobre tela | Lovetta Reyes-Cairo

referencial teórico


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1. INTRODUÇÃO 1.1

JUSTIFICATIVA

A cada ano acontecem por volta de 3 milhões de nascimentos no Brasil, sendo que em 2019, 98,5% desses aconteceram em hospitais (BRASIL, 2019). O nascimento no ambiente hospitalar, atualmente enraizado em nossa cultura, conta com a utilização de variados tipos de tecnologias e procedimentos que visam transformá-lo em um meio mais seguro, tanto para mãe quando para o bebê (BRASIL, 2017). Porém, a hospitalização do parto, vista a partir do final do século XVIII, trouxe mudanças significativas tanto à equipe médica quando à parturiente, que passou de sujeito ativo a objeto (VENDRÚSCOLO; KRUEL, 2015). Grande parte dos profissionais de saúde passou a ver o período gestacional e o parto como um processo onde as patologias são mais enfatizadas, o que culminou em técnicas intervencionistas não necessárias. Tem-se como exemplo os partos operatórios, que colocaram o Brasil, até há pouco, na liderança do ranking mundial de operações cesarianas (BRASIL, 2001). Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2017), esse excesso de intervenções deixou de considerar os aspectos emocionais, humanos e culturais envolvidos no processo, esquecendo que a assistência ao nascimento se reveste de um caráter particular que vai além do processo de adoecer e morrer.

O mesmo órgão aponta que como resultado de movimentos recentes e da aparição de novas

evidências científicas, o campo da obstetrícia tem recebido críticas e apelos por mudanças que buscam o estímulo e o resgate dos aspetos naturais e fisiológicos do parto. A partir desses movimentos, busca-se um novo olhar sobre a saúde da mulher, colocando-a de volta como a protagonista do cenário de parto (BRASIL, 2001). Em 2011, foi instituída a Rede Cegonha pelo Governo Brasileiro, com o intuito de garantir à mulher atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério e incentivar a implementação de Centros de Parto Normal e Casas de Parto, de forma a reduzir o drástico número de cesarianas no país (BRASIL, 2017). Ao olhar para os números, tem-se hoje, apenas 40 estabelecimentos do tipo espalhados pelo país e que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – quantidade pouco expressiva se comparada à de habitantes e cidades brasileiras (BRASIL, 2020). Vale ressaltar que o município de Maringá, no Paraná, faz parte das cidades que não apresentam esse tipo de unidade de saúde em seu território. A arquitetura entra para atender ao projeto desses espaços e, principalmente, aos anseios dos usuários na busca pelo bem-estar, conforto e segurança, além de colaborar com o caráter da humanização do atendimento prestado. Ao se utilizar do conforto ambiental, ela é responsável por possibilitar o ajuste dos variados aspectos sensoriais, com base em critérios térmicos, acústicos, visuais, químicos e, também, emocionais e psicológicos (BESTETTI, 2014). Frente ao cenário atual, faz-se necessária a implantação e pulverização de espaços assistenciais de saúde que prestem serviço humanizado ao processo do parto. Por meio das Casas de Parto/Centros de Parto Normal, no âmbito público, há a oferta do serviço a uma


P á g i n a | 12 parcela da população que, provavelmente, não teria condições de acessá-lo de forma privada. Cabe ressaltar a relevância da arquitetura e de um projeto arquitetônico baseado nos conceitos humanos, que proporcionem um ambiente acolhedor e seguro. A recente mudança de abordagem em direção à promoção da saúde não somente amplia os horizontes da assistência, mas traz uma nova responsabilidade para a arquitetura, que é a de expressar estas novas propostas, na medida em que se reconhece o ambiente físico como uma das dimensões da vida e que vão sendo investigados e comprovados os seus efeitos sobre a saúde do homem (FONTES, 2007.)

1.3

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Como objetivos específicos busca-se: •

• • • •

1.2

OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho é a concepção de um anteprojeto arquitetônico de uma Casa de Parto, de caráter público, na cidade de Maringá – PR, bem como a concepção do projeto de interiores de um dos ambientes, denominado quarto PPP.

Entender o histórico do parto e a contextualização atual no Brasil e na cidade de Maringá, bem como as políticas públicas e programas de incentivo ao parto humanizado; Compreender os aspectos de humanização ligados à arquitetura e sua função; Estudar referenciais de projetos como embasamento para a proposta arquitetônica; Definir o local de implantação do projeto no território de Maringá; Desenvolver um estudo de projeto humanitário e confortável, com base em um programa de necessidades que dê suporte a mulheres em processo gestacional, trabalho de parto normal e pós-parto; Satisfazer às normas técnicas que regem o projeto de uma edificação assistencial à saúde.


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2. EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1

O PARTO NA HISTÓRIA

O parto, momento que marca o nascimento de uma criança, é tratado na história como um evento natural e culturalmente, desde as antigas civilizações, visto como um episódio instigante e repleto de significados culturais (BRASIL, 2001). Ao longo dos séculos, a forma de parir e a assistência ao parto passaram por intensas modificações. Até o século XVII, o parto era considerado uma temática feminina (Figura 1), baseado na presença da parteira, que na maioria dos casos se deslocava até a casa da parturiente e auxiliava na criação de um ambiente emocionalmente benéfico para a mesma (MALDONADO, 1991). Já a presença de homens durante o parto atendia a situações pontuais, quase sempre quando algo não acontecia de acordo com o esperado (OSAVA,1997). Aos poucos, com o conhecimento teóricoprático, fruto do Renascimento, a obstetrícia passou a ser reconhecida como um método científico, majoritariamente com domínio do homem (VELHO; SANTOS; COLLAÇO, 2014). Dessa forma, começou a aparecer a figura do médico-cirurgião, corroborando para que o parto deixasse de ser tratado como um assunto feminino e passasse a ser um feito médico repleto de complexidades (MALDONADO, 1991).

1

Disponível em: <https://mitologiahelenica.wordpress.com/2015/06/15/onascimento-de-heracles-parte-iii-nascem-os-gemeos/>. Acesso em: 09 set. 2021.

Figura 1 - O nascimento de Hércules Fonte: Mitologia Helênica1, 2015. (Pintura de Jean Jacques François Le Barbier)

Assim, várias mudanças foram sendo desenvolvidas e aplicadas. A posição do parto, antes vertical (sentada, em pé, de joelhos, de cócoras), utilizada em sociedades de variadas épocas anteriores (ATWOOD, 1980 apud MALDONADO, 1991), foi substituída pela posição deitada, por ser melhor para o


P á g i n a | 14 manuseio do médico. Mais além, a utilização apenas das mãos da parteira, deu lugar ao uso de utensílios médicos, como o fórceps (MALDONADO, 1991). Ligas sociais e disputas entre os profissionais, foram progressivamente levando à transferência da realização de partos no ambiente familiar para espaços hospitalares de atenção ao nascimento, que passaram a consolidar-se ao final do século XVIII, como o Pavilhão de Isolamento da Maternidade de Paris, na França, construído em 1875, um dos pioneiros da arquitetura ligada à obstetrícia (BITENCOURT; COSTA, 2003). Segundo Osava (1997), a ideia de que o nascimento só seria seguro se contasse com a presença e a intervenção de médicos começou a se difundir e ganhar visibilidade entre mulheres de classe alta no início do século XX. Tal evento da hospitalização do parto ocorreu de maneira universal, ganhando mais força nos países do Ocidente (LEISTER; RIESCO, 2013). Com isso, um dos episódios mais visíveis dessa mudança foi o aumento das taxas de partos operatórios – cesarianas – (Figura 2), somado a uma crescente desumanização da assistência à parturiente (OSAVA, 1997). Tais fatos causaram perda de autonomia da mesma e do seu poder de escolha, levando a, recentemente, o surgimento de movimentos a favor da humanização do parto, que buscam melhorar e garantir assistência de qualidade nesta área (VENDRÚSCOLO; KRUEL, 2015).

2

Disponível em: <https://www.babiczfotografias.com.br/portfolio/nascimento/639559nascimento-isabela-santa-casa-maringa>. Acesso em: 17 set. 2021.

Figura 2 – Parto operatório / cesárea Fonte: Babicz Fotografias2, 2020.

2.2

PANORAMA DO PARTO NO BRASIL

2.2.1 Cenário atual O parto realizado em hospitais tornou-se frequente no Brasil na década de 1960, aliado à ampliação da assistência hospitalar (LEISTER; RIESCO, 2013). Se por um lado, essa hospitalização contribuiu para quedas nas taxas de mortalidade materna e neonatal, por outro, de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001), o cenário do parto foi subitamente alterado e transformouse em uma incerteza para as mulheres e mais


P á g i n a | 15 conveniente aos profissionais da saúde. O mesmo ministério aponta que um grande exemplo dessa situação se refere ao uso desmedido de cesarianas a partir de meados da década de 1970, que, inclusive, consomem altos recursos do sistema de saúde. Frente a esse cenário, não só no Brasil, mas em diversas regiões do mundo, em 1985, a Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), reuniuse em Fortaleza, no Brasil, para estipular e emitir alertas e recomendações sobre a temática (OMS, 1996). Assim, a partir desse evento, a comunidade médica internacional passou a utilizar como base uma “taxa modelo” para o número de procedimentos cesáreos, sendo de 10% a 15% dos partos. Porém, o que se observa é que esse tipo

de técnica de parto cirúrgico se tornou cada vez mais habitual (OMS, 2015). Segundo publicações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, 2017), o Brasil ocupa a 2º posição no ranking mundial de cesarianas, ficando atrás somente da República Dominicana. Com base nos dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC – (BRASIL, 2019), disponíveis em relação ao ano de 2019, o número total de nascimentos foi de 2.849.146. Destes, 1.243.104 ocorreram de forma normal (vaginal), 1.604.189 foram do tipo cesariana e 1.853 não tiveram a via de parto informada. Desconsiderando esses últimos, tem-se como resultado 43,7% de partos normais contra 56,3% de partos cesariana, número muito maior que a taxa recomendada pela OMS (Figura 3).

Figura 3 - Taxas de parto cesárea no mundo em 2015 Fonte: Adaptado de OMS e PERASSO (2015)


P á g i n a | 16 Partindo ainda dos dados do SINASC (BRASIL, 2019), é possível fazer uma comparação entre as taxas de cesarianas das cinco regiões brasileiras, ilustradas na Figura 4. A região centro-oeste lidera o ranking, seguida da região sul. A terceira da lista é a região sudeste, enquanto as duas últimas são a região nordeste e a norte. Para Patah e Malik (2011), o aumento nos índices de cesarianas no Brasil destaca o quão importante é observar e guiar as variantes ligadas à escolha pelo tipo de parto, já que em todo esse percurso há a presença de diferentes agentes que geram influência no processo assistencial.

Grande parte da população do Brasil depende e utiliza os serviços do SUS (Sistema Único de Saúde), ou seja, do sistema de saúde público. De certa forma, na maioria das vezes o parto é realizado por um profissional diferente daquele que acompanhou a gestante durante o pré-natal. Isso se torna fator contribuinte para a realização de cesáreas, já que não se tem informações anteriores sobre a gestação e nem um vínculo entre médico e paciente para decidirem, em conjunto, sobre a melhor alternativa. Por outro lado, encontram-se as pacientes do sistema de saúde suplementar, ou seja, da rede privada. Nesse caso, a gestante geralmente é atendida e acompanhada pelo mesmo médico desde o pré-natal até o parto, estreitando os laços entre eles (PATAH; MALIK, 2011). Mas então, o que justificaria a taxa de 84,6% de partos cesáreos na rede privada divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (BRASIL, 2019)? De acordo com Faúndes e Cecatti (1991), tem-se por parte das mulheres o medo da dor no trabalho de parto, aliado à ideia de que uma cesárea eletiva às permite não sofrer com dores por conta das medicações recebidas, além de manter íntegra a anatomia da vagina. Por outro lado, há o favoritismo dos médicos por esse tipo de procedimento, já que este pode ser programado e rápido, enquanto um parto normal pode demorar de seis a doze vezes mais. Além disso, tem-se uma falsa associação de que aumentar as taxas de cesarianas implica necessariamente em diminuição da mortalidade perinatal, bem como a comprovação de casos de violência obstétrica (Figura 5), principalmente nos partos naturais (BRASIL, 2001).

Figura 4 - Taxas de parto normal x cesárea no Brasil Fonte: Adaptado de SINASC (BRASIL, 2019)


P á g i n a | 17 níveis de cesarianas não estão conectados efetivamente ao predomínio de condições patológicas nos países onde os índices são elevados -, mas sim ligados de forma diretamente proporcional à renda das mulheres (BRASIL, 2001).

Figura 5 - Relato de violência obstétrica Fonte: Sentidos do Nascer3, 2015. (Foto por Carla Raiter)

Em conformidade com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001): É importante, ainda, considerar que os determinantes médicos, ou melhor, biológicos, para a indicação das cesáreas de fato existem e são realmente mais frequentes em populações de menor nível de desenvolvimento. Desconhecer esta característica seria permanecer alheio ao problema.

Utilizar desse argumento, explica porque a taxa no Brasil é maior que em países desenvolvidos, mas não justifica o porquê de a região sul ter taxas maiores que norte e nordeste, por exemplo. Estudos mostram que os 3

Disponível em: <http://www.sentidosdonascer.org/blog/2015/05/violenciaobstetrica-carla-raiter-14/>. Acesso em 09 set. 2021.

Assim, as intervenções no parto, que segundo as recomendações dos órgãos de saúde, deveriam ser utilizadas de forma pontual, em momentos de necessidade, acabaram tornando-se corriqueiras, abrangendo um elevado número de gestantes e seus bebês. Os partos operatórios, quando sem necessidade médica, geram riscos desnecessários à mulher e ao bebê, já que o parto antes da hora aumenta as chances de problemas respiratórios ao recém-nascido e triplica o risco de morte materna (GREVE, 2017). Com isso, de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2017), essa superabundância de intervenções deixou de lado as noções humanas, emocionais e culturais abrangidas no processo, não considerando que a assistência ao parto envolve uma condição particular. Em oposição a esse cenário, vem se popularizando no país um modelo de assistência, recomendado pela OMS, que visa a mudança de olhar do profissional da saúde sobre a gestante. São os chamados Centros de Parto Normal, que atendem a normas geridas pelo Ministério da Saúde e configuram-se como ambientes de atendimento ao parto normal fora do centro cirúrgico. Esses espaços visam trazer de volta a privacidade e a dignidade da parturiente ao dar à luz em um ambiente mais familiar e, ao mesmo tempo, seguro (MACHADO; PRAÇA, 2004).


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2.2.2 Programas de incentivo ao parto humanizado Nos últimos tempos, o modelo de assistência ao parto tem vivido, no Brasil, um conflito. A aceitabilidade do modelo tecnocrático de parturição tem sido contraposta pelo modelo humanístico (MAIA, 2010), principalmente pela aparição do movimento pró humanização (Figura 6), que luta a favor de uma melhor assistência à mulher ao dar à luz (VENDRÚSCULO; KRUEL, 2015). Segundo Maia (2010), como resultado desse movimento, desde 2000, a assistência humanizada ao parto e ao nascimento vem se legitimando no país por meio de políticas públicas, portarias e normativas do governo.

Em junho de 2000, foi instaurado pelo Ministério da Saúde o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), cujo principal objetivo era melhorar a acessibilidade e o alcance do acompanhamento prénatal, da assistência no momento do parto e no pós parto. No PHPN, a humanização engloba duas visões básicas. A primeira refere-se ao fato de que é obrigação das unidades de saúde acolher com integridade a mulher, seus familiares e o recém-nascido, ao passo que a segunda diz respeito ao emprego de métodos corretos para acompanhamento do parto e nascimento, de forma que se evitem práticas de intervenção desnecessárias. De modo a estimular a adesão dos municípios ao programa, o Ministério da Saúde repassa incentivos financeiros, a fim de garantir acompanhamentos pré-natais de qualidade e partos efetivos (BRASIL, 2002). Aos poucos, novas normativas foram concretizadas. Em julho de 2005, foi instituída a Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal, que trouxe o direito à gestante de ter um acompanhante, fator visto como um marco no campo da obstetrícia moderna. A política de 2005 veio, em partes, conectada ao PHPN, ao reforçar seus princípios e revisar itens como o aumento nos valores de incentivos fiscais (SILVA; SIQUEIRA, 2020).

Figura 6 - Marcha pela humanização do parto em São Paulo Fonte: Revista Crescer4, 2013. (Foto por Raoni Maddalena).

4

Disponível em: <https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Parto/noticia/2013/ 10/marcha -pela-humanizacao-do-parto-mobiliza-300-participantes-em-sp-entremulheres-e-profissionais-da-saude.html>. Acesso em 09 set. 2021.

O programa mais recente estabelecido no Brasil foi a Rede Cegonha (RC), em junho de 2011 (Figura 7). Os objetivos da RC englobam: I - o estímulo à efetivação de um novo modelo de atenção à saúde materna e neonatal por meio da implantação de Centros de Parto Normal (CPN) e Casas de Gestantes; II - a estruturação da Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil, a fim


P á g i n a | 19 de que garanta acesso e acolhimento qualificados; III – a redução das taxas de mortalidade materna e neonatal (BRASIL, 2011).

Figura 7 - Logo Rede Cegonha Fonte: CONASEMS5, 2011.

Dessa forma, a implementação dos programas de incentivo, são, de acordo com Faria (apud. MAIA, 2010): marcos normativos e legais da tentativa de consolidação no país de um paradigma de humanização da assistência à parturição, que possa se sobrepor ao modelo hoje prevalecente, calcado em uma excessiva medicalização, e minimizar os impactos negativos da hospitalização do parto.

5

Disponível em: <https://www.conasems.org.br/saude-institui-grupo-condutorpara-rede-cegonha-em-alagoas/>. Acesso em 09 set. 2021.

2.3

CENTROS DE PARTO NORMAL E CASAS DE PARTO

Os centros de partos normais (CPN), foram, de acordo com Bitencourt e Krause (2004) legalmente criados pelo Ministério da Saúde em 1999, porém só registraram avanços a partir de 2011, com a implementação da Rede Cegonha, que estimula a concretização desse sistema (DUARTE, 2021). Os CPNs podem ser do tipo intra e peri-hospitalares e configuramse como espaços de atenção ao parto que prestam serviços humanizados e de qualidade, com atendimento exclusivo de parto normal, sem interferências no curso natural. São, dessa forma, unidades que favorecem a privacidade e a autonomia da gestante ao dar à luz em um ambiente mais receptivo (BRASIL, 2011). Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), o centro de parto normal intra-hospitalar localiza-se dentro de uma maternidade ou hospital, enquanto o perihospitalar situa-se em suas proximidades, de modo que tenha uma ligação funcional a estes locais de referência médica. Além disso, são espaços que ficam sob gestão de enfermeiros (as) obstetras. Tais unidades peri-hospitalares, passaram a ser popularmente conhecidas como “casas de parto” (BITENCOUT; KRAUSE, 2004). Por não ser um centro obstétrico hospitalar, a casa de parto (CP) mostra-se como um meio de reassumir a visão do parto e do nascimento como um acontecimento fisiológico, ao desligar-se da ideia de patologia vinculada à imagem do hospital. Dessa forma, nesses espaços é possível observar os métodos profissionais inclusivos e o ambiente projetado para criar sensações mais íntimas e familiares


P á g i n a | 20 (MATOS, 2016), que resultam em liberdade (Figura 8) e, consequentemente, em uma melhor conclusão no parto natural (DUARTE, 2021).

forma, esses ambientes devem transportar sensações de acolhimento e qualidade, utilizando-se de propostas ligadas ao conforto luminoso, térmico, acústico e visual que favoreçam a autonomia da gestante a todo momento (BRASIL, 2011). Nas casas de parto, o pré-natal é conduzido com a mesma equipe que irá acompanhar o momento do parto, ao passo que são realizadas consultas concomitantes com mãe e bebê no pós parto e suporte para eventuais dúvidas. Além disso, tem-se uma rede de apoio durante todo o processo gestacional, que oferece aos pais momentos de aprendizado. Esse modelo tornouse habitual em países europeus, onde os partos de baixo risco são usualmente realizados pelas midwives, que atuam de forma similar às parteiras (DUARTE, 2021).

Figura 8 - Gestante em trabalho de parto em CP Fonte: Casa Ângela6, 2019.

Na CP, todo o período de trabalho de parto, parto e pós parto é assistido no mesmo ambiente, os chamados quartos PPP. Esse tipo de solução é baseado em evidências cientificas, de forma que não ocorram interferências no entrosamento entre mãe e filho. Os móveis e objetos dos quartos PPP precisam estar dispostos em um layout que possibilite à parturiente a escolha das posições durante o trabalho de parto, além de integrar ao ambiente métodos não farmacológicos que auxiliam no alívio das dores, como bola de bobath, escada de ling, cavalinho obstétrico, entre outros. Dessa 6

Disponível em: <https://www.instagram.com/p/B2QFGRtnaJv/>. Acesso em 09 set. 2021.

Conforme explica Duarte (2021), apesar da maior flexibilidade das casas de parto quanto a códigos e formalidades, essas devem acatar às normativas da Vigilância Sanitária do estado e/ou município, dispor do alvará de funcionamento e ter regulamentos de atendimento bem delineados frente às autoridades de saúde pública. Mais além, os estabelecimentos precisam possuir estrutura e materiais para eventuais contratempos, ambulância 24 horas e serviço de transferência para emergências em hospitais a até 20 minutos de distância. Dessa forma, as casas de parto atendem exclusivamente a mulheres com gravidez de baixo risco. Ou seja, quando a gestante apresenta doenças que induzem a risco elevado no parto, o bebê apresenta baixo peso, o trabalho de parto acontece fora do tempo normal ou o bebê está em posição


P á g i n a | 21 cefálica o nascimento não pode ocorrer na casa de parto, a fim de evitar complicações. Com isso, as casas de parto funcionam como um meio termo entre a maternidade e o domicílio, de modo a atender àquelas gestantes que não querem o parto hospitalar, mas que também não se sentem confiantes no domiciliar (DUARTE, 2021). Atualmente, ao considerar o momento de pandemia do Covid-19, muitas mulheres passaram a buscar as casas de parto como uma saída para se protegerem do ambiente hospitalar e não terem contato com pacientes contaminados pelo vírus, colaborando para a maior popularização desse modelo de atenção à saúde materna e neonatal (SÃO PAULO, 2021).

2.4

O ACOLHIMENTO NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS PARTO

Um cuidado especial, humanizado e com propriedade desde o período do pré-natal até pós parto, também chamado de puerpério, é de extrema importância tanto para a saúde da mãe, quanto a do bebê. Para isso, é fundamental a compreensão dos aspectos particulares de cada mulher, considerando suas características físicas, psicológicas, sociais, econômicas e culturais (BRASIL, 2006), fazendo-se necessária uma preparação adequada desde o início da gestação. Essa preparação envolve orientações sobre: “processo gestacional, mudanças corporais e emocionais durante a gravidez, trabalho de parto, parto e puerpério, cuidados com o recém-nascido e amamentação” (BRASIL, 2001). Uma das principais intenções da atenção no prénatal é realizar o acolhimento da mulher, de forma que

ela se sinta confortável e segura para levantar suas dúvidas e preocupações, bem como proporcionar, ao final da gestação, o bem-estar de mãe e filho. Além disso, é interessante acolher também um acompanhante da gestante, deixando-o livre para participar do início ao fim do processo, já que há evidências favoráveis quanto à presença de uma companhia. (BRASIL, 2006). Guedes et al. (2017) afirmam que a oferta de ações educativas como palestras, mesas-redondas e grupos de gestantes contribuem para debates e trocas de experiências e sentimentos entre as mulheres e suas famílias (Figura 9). Essas atividades possibilitam maior entendimento de como encarar a experiência da gestação e da chegada de uma nova criança, estimulam hábitos saudáveis e realizam a integração com a equipe de profissionais. Assim como a importância do acolhimento no pré-natal, o pós-parto é um período que merece atenção especial (BRASIL, 2013). O puerpério caracteriza-se como um momento de mudanças físicas e principalmente emocionais, que podem desencadear episódios de sensibilidade, ansiedade e desequilíbrio à puérpera (OLIVEIRA; QUIRINO; RODRIGUES, 2012). Almeida e Silva (2008), defendem como primordiais os cuidados qualificados com essas mulheres, que buscam prevenir complicações, garantir conforto físico-emocional e propor ações educativas – assim como na fase do pré-natal – que ofereçam métodos para que possam conseguir cuidar de si mesmas e de seus bebês. Essas ações devem ser realizadas de forma sensível, levando em conta as especificidades de cada mulher e suas expectativas quanto à maternidade,


P á g i n a | 22 proporcionando um ambiente favorável à troca de cuidados e informações.

da convivência social. Foi a partir do século XVIII, com a busca pelo conhecimento científico e o melhor entendimento sobre doenças e noções sanitárias, que o hospital passou a servir como meio de tratamento. Nesse período, as edificações ligadas à saúde não apresentavam suporte adequado para atenderem a superlotações e não contavam com esquemas apropriados de renovação de ar, o que acarretava no mal funcionamento das mesmas. Com isso, houve uma identificação de que a arquitetura seria crucial para a construção de ambientes propícios à recuperação dos pacientes, que resultou, no século XIX, na preocupação com a salubridade e o conforto ambiental nos ambientes médicos (LUKIANTCHUKI, 2010).

Figura 9 - Grupo de acolhimento em CP Fonte: Casa

2.5

Ângela7.

O PAPEL DA ARQUITETURA

2.5.1 Arquitetura da saúde e o processo de humanização Para Lukiantchuki e Souza (2010), até os dias atuais, existe um senso comum de que os edifícios ligados à área da saúde estão associados a locais de patologias, aflições e preocupações. Ainda segundo as autoras, durante o período da Idade Média, as instalações de hospitais, por exemplo, funcionavam para abrigar enfermos e necessitados, de forma a afastá-los 7

Disponível em: < http://www.casaangela.org.br/grupo-de-acolhimento.html>. Acesso em 09 set. 2021.

Mais além, o século XX, veio acompanhado de avanço científico e especializações médicas, que trouxeram consigo um distanciamento entre profissionais e pacientes, ao deixar de lado princípios humanísticos a favor da medicalização da saúde e da tecnologia (FONTES, 2007). A partir desse acontecimento, no final do século, começam a surgir apontamentos para que esse espaço de cura se transformasse também em um local mais humano (LUKIANTCHUKI, 2010). Nos últimos anos, a temática da humanização ganhou força na área da saúde e tornou-se presente nos debates da arquitetura contemporânea, no que diz respeito à necessidade de maior cuidado com os princípios humanos e sociais. Busca-se propor e implantar um novo modelo de assistência e visão de projeto que englobe o poder do ambiente em relação ao usuário, de forma que o auxilie em sua autonomia, conforto e


P á g i n a | 23 recuperação (FONTES, 2007). Segundo Martins (2004), tal humanização do espaço, que contribui para o bemestar do paciente, é responsável, também, por alavancar a qualidade dos serviços fornecidos pelos profissionais da saúde envolvidos.

usuários, tendo como foco a qualidade do atendimento e a atenuação das experiências, em geral, angustiantes e de ansiedade nos espaços de assistência à saúde (FONTES, 2007).

Com a finalidade de entender melhor o que seria esse processo de humanização do espaço da saúde, Lukiantchuki e Souza (2010) relatam que alguns arquitetos usam da analogia para definir esse conceito. As autoras destacam como mais recorrentes as analogias dos centros de saúde ao hotel, à relação com a natureza e obras de arte, ao lar e ao espaço urbano de convívio. Ao seguir esse raciocínio, a analogia com o hotel deveria levar a uma maior atenção e cuidado com as alas de internação; a natureza e a arte conduziriam à articulação do projeto a jardins e à integração deste com obras de arte; o uso da metáfora do lar permitiria a redução da escala dos ambientes hospitalares e a busca da possibilidade de personalização destes espaços; e, por último, a referência à cidade direcionaria o projeto a uma maior integração do espaço privado ao público (LUKIANTCHUKI; SOUZA, 2010).

No Brasil, a notável figura de uma combinação entre arquitetura, saúde e humanização é representada pelo arquiteto João Filgueiras Lima – Lelé – em suas obras de hospitais de reabilitação da Rede Sarah (Figura 10). Ao se apropriar de tecnologia e industrialização, o arquiteto é também sensível às preocupações com os 8

Disponível em: <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.153/4865>. Acesso em 09 set. 2021.

Figura 10 – Hospital Sarah Brasília Lago Norte Fonte: João Filgueiras Lima8, 2013.

Sendo assim, a humanização desses ambientes nada mais é que a entrega de qualidade do espaço construído, com o objetivo de fornecer ao seu usuário confortos físico e mental, por meio do uso adequado de componentes construtivos e ambientais. Tais componentes são responsáveis por promover estímulos e sensações aos indivíduos que, via de regra, são repercutidos em suas reações e atos. Para isso, é fundamental entender as características do público que irá servir-se do espaço e quais atividades serão desenvolvidas no mesmo, a fim de que seja projetado de forma apropriada (VASCONCELOS, 2004).


P á g i n a | 24

2.5.2 Conforto, sensações e percepções Ao projetar um espaço, são tomadas decisões que repercutem na funcionalidade e no visual do lugar e, tão significativo quanto, nas mensagens psicológicas vindas do mesmo. O conceito anteriormente abordado, da humanização, quando aliado às pesquisas no campo da psiconeuroimunologia, tem demonstrado que certos elementos, utilizados de forma correta nos ambientes, são capazes de transformá-los em espaços agradáveis, mesmo quando referente a locais de assistência à saúde (VASCONCELOS, 2004).

desenvolvimento das tarefas, independente do sujeito envolvido, seja ele o paciente ou o profissional da saúde (Figura 11). Vale ressaltar que é importante também considerar os elementos culturais e subjetivos como aspectos importantes para a real percepção do conforto (BRASIL, 2014).

Segundo a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – (BRASIL, 2014), elaborar um projeto arquitetônico para estabelecimentos da área da saúde é um procedimento complexo, que necessita considerar critérios técnicos e físico-funcionais. Ou seja, além de atender ao crescimento das tecnologias na saúde, deve estar atento às variáveis geográficas e responder, com certa importância, à satisfação dos usuários do espaço, ao adotar estratégias de conforto ambiental em suas variadas perspectivas, como: visuais, térmicas, acústicas, lumínicas, olfativas e ergonômicas. O equilíbrio entre essas condicionantes leva à sensação de conforto que conduz à integração do usuário ao ambiente e à melhor performance em suas atividades. Em contrapartida, pesquisas na área do conforto indicam que circunstâncias não favoráveis, como calor excessivo, falta de ventilação ou circulação de ar, ruídos demasiados e constantes, bem como condições de iluminação inadequadas e odores distintos podem dar início à tensão e à irritabilidade no 9

Disponível em: <https://ofrasco.com.br/blog/wp- contentuploads/2014/01/ armandinho.png>. Acesso em 09 set. 2021.

Figura 11 - Tirinha Armandinho Fonte: Alexandre Beck9, 2014.

De acordo com a ANVISA (BRASIL, 2014), ao longo da história, o espaço destinado a atividades da saúde foi conformado por meio de padrões que privilegiaram mais os profissionais da área e a questão do limpo e científico


P á g i n a | 25 em contraposição aos aspectos sensíveis do usuário, que estão atrelados à percepção e à sensação humana de conforto. Para Lima (apud. DIAS; ANJOS, 2017), a sensação é um acontecimento psicológico que surge da ação dos estímulos externos sobre os órgãos dos sentidos humanos. É através das sensações que o indivíduo se relaciona com o próprio organismo, com o mundo e tudo que está à sua volta. Quanto mais os sentidos de uma pessoa estiverem desenvolvidos, mais variadas e delicadas serão suas sensações.

Para Pallasmaa (2011), a carência de humanismo tanto na arquitetura como nas cidades contemporâneas está ligada à desconsideração dos aspectos do corpo humano e dos sentidos, o que reflete a individualidade da era tecnológica. Dessa forma, surge o espaço imaterial, que estimula mais a visão e audição e deixa os outros sentidos no esquecimento (GAMBOIAS, 2013). Assim, o tato é o sentido que permite materializar a visão. Por meio dele tem-se acesso a informações sobre temperatura, texturas, peso e densidade (GAMBOIAS, 2013). Além disso, faz ligação ao tempo e à tradição, enquanto a pele reflete as sensações de temperatura do espaço (PALLASMAA, 2011). De acordo com Funari (apud BRASIL, 2014), a zona de conforto térmico humano varia de 18ºC a 26,9ºC. Dessa forma, a utilização de alguns recursos nas edificações pode colaborar para que essa temperatura seja alcançada. Pode-se citar a utilização de vegetação e paisagismo aliado a fontes ou espelhos d’água, o tratamento correto das coberturas e telhados e a disposição de sistemas quebra-sol, como o brise soleil (BRASIL, 2014).

Mais além, Gamboias (2013) explana que a audição permite uma conexão mútua entre o usuário e a edificação. Mesmo sem produzir som, o edifício dialoga à sua maneira por meio do barulho do vento nas janelas, dos passos no piso e do eco que traz de volta o que lhe foi lançado. O som, ou mesmo ruído, é de extra importância ao ser humano, visto que ambientes muito silenciosos geram sensações de insegurança e amedrontamento, enquanto os muito ruidosos resultam em inquietação e irritação, fazendo-se necessário ao menos um intermediário para a sensação de conforto e segurança (BESTETTI, 2014). Segundo a ANVISA (BRASIL, 2014), mesmo não sendo um consenso entre os profissionais da saúde, a utilização da música ambiente pode ser adotada como uma estratégia de conforto nos espaços assistenciais. Já o olfato explora as sensações mais intimistas e pessoais que uma edificação pode transmitir, resultante da conexão com a memória. Os cheiros, mesmo que experenciados uma vez, são ligados ao momento e ao espaço em que foram sentidos quando são percebidos em um momento futuro e trazem tanto lembranças positivas quanto negativas (GAMBOIAS, 2013). As imagens captadas pela visão, tornam-se pequenas quando comparadas à capacidade emocional e associativa das recordações olfativas (PALLASMAA, 2011). Já o paladar, estreitamente ligado ao olfato por conta da fisiologia humana, tem uma relação mais peculiar com a arquitetura. O cheiro pode desencadear um sabor e permite uma conexão de sentidos mais enriquecedora à obra arquitetônica (GAMBOIAS, 2013). Por fim, a visão, sentido predominante frente à arquitetura, permite sensações de cor e luz (GAMBOIAS, 2013). Assim, a cor apresenta-se como um forte meio de impactar as sensações psicológicas e a percepção de


P á g i n a | 26 tempo, forma e espaço, o que faz com que a utilização de referências cromáticas sejam cada vez mais aplicadas na ambientação dos edifícios da saúde, já que podem amenizar a sensação de monotonia (BRASIL, 2014). Já a iluminação, tanto natural quanto artificial, é crucial para a qualificação dos ambientes. O uso de elementos arquitetônicos, como as janelas, que geram visão ao lado externo, por exemplo, promovem o conforto visual e, consequentemente, psicológico aos usuários, já que possibilitam a percepção do passar do dia e o contato com componentes ambientais (VASCONCELOS, 2004). Segundo a ANVISA (BRASIL, 2014), da mesma forma que a maioria dos organismos naturais, o homem desenvolve-se por meio do contato e da dependência da iluminação natural, que além de possibilitar o contato visual controla os níveis de melatonina – um hormônio que regula o biorritmo – e emana luz ultravioleta, importante para a manutenção biológica do esqueleto.

2.6

O PARTO EM MARINGÁ

2.6.1 Contextualização Maringá é um município localizado na região noroeste do Paraná, no Brasil (Figura 12), com população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, de 436.472 habitantes no ano de 2021. Isso faz dela a terceira maior cidade do estado (IBGE, 2021).

A ergonomia, mesmo não sendo classificada como um sentido, apresenta conceitos que estão contíguos ao ser humano e que interferem, também, na percepção do conforto. Apresenta como princípio crucial a adaptação das atividades e espaços à habilidade humana para a realização de tarefas de forma adequada (BRASIL, 2014). Assim, a valorização dos sentidos e seus aspectos de conforto exprimem nos espaços, uma preocupação com a inclusão e o acolhimento aos usuários. Esse acolhimento, segundo Bestetti (2014), favorece a construção da relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços oferecidos, contribuindo para a legitimação da atitude profissional.

Figura 12 - Localização do município de Maringá Fonte: Adaptado de Google Earth, 2021.


P á g i n a | 27 Segundo Töws et al (2020), o município configurase como um expressivo polo na oferta de atividades econômicas, com destaque para a saúde, já que Maringá proporciona atendimento a uma população ainda maior que àquela compreendida pela sua região metropolitana. O município tem hoje seis hospitais que realizam e prestam atendimento ao parto. Quatro deles atendem exclusivamente pela rede privada (Hospital São Marcos, Hospital Maringá, Hospital Bom Samaritano e Hospital Paraná), um exclusivamente pelo SUS (Hospital Universitário Regional de Maringá) e um que atende de forma mista (Hospital Santa Casa). Por ano, acontecem na cidade, em torno de 8.860 nascimentos, sendo que em 2020, foram registrados 8.609, com uma taxa de 79,9% de partos do tipo cesárea (Gráfico 1). Esse número corresponde a mais de 4 vezes a taxa base recomendada pela OMS. Do total de partos, 8.597 foram realizados em hospitais, 10 em ambiente domiciliar e 1 em ambulância do SAMU (Serviço de atendimento móvel de urgência) (BRASIL, 2020).

Gráfico 1 - Taxa de tipos de parto em Maringá em 2020 Fonte: Adaptado de BRASIL, 2020.

Em média, 51% dos partos realizados pelo SUS, no Brasil, são pela via de parto normal (GUIMARÃES et al, 2021), por apresentar um custo em torno de 38% menor que os partos operatórios (ENTRINGER; PINTO; GOMES (2019). Ao olhar para os dados da Tabela 1, percebe-se que em Maringá essa lógica se repete, com a maior porcentagem de partos naturais realizados pelo sistema de saúde público. Mesmo assim, as taxas apresentam-se menores que a média nacional e ainda menor que àquela visada pela OMS. Tabela 1 - Partos normais por hospital em Maringá em 2020 Fonte: Adaptado de BRASIL, 2020 e SANTA CASA DE MARINGÁ, 2021.

HOSPITAL

QNT. PARTOS

ATENDIMENTO

TAXA PARTO NORMAL

Bom Samaritano

1766

Privado

15,6%

Santa Casa

3995

Privado Público (SUS)

14,8% 24,7%

São Marcos

474

Privado

5,4%

Maringá

468

Privado

13,5%

Paraná

776

Privado

5,9%

Universitário

1118

Público (SUS)

33,9%

Em relação ao atendimento privado, tem-se os maiores índices de parto normal nos hospitais Bom Samaritano e Santa Casa, respectivamente. Ambos hospitais são os únicos a apresentar quartos PPP (Figura 13 e Figura 14), preparados em um mesmo ambiente para o pré-parto, parto e pós-parto, o que, de certa forma, influencia positivamente na busca pelo parto


P á g i n a | 28 natural por parte das gestantes e justifica a maior porcentagem em relação aos demais hospitais da rede privada nesse quesito (SANTA CASA DE MARINGÁ, s.d.; BOM SAMARITANO, s.d.).

Pelas imagens (Figura 13 e Figura 14), é possível identificar que os quartos são equipados com métodos não farmacológicos para alívio da dor, como banheira, bola de bobath, escada de ling, cavalinho obstétrico, etc. Por outro lado, ao olhar sob a perspectiva da humanização do ambiente, não há acesso a áreas exteriores ou contato com a natureza, o que faz com que os quartos ainda tenham o aspecto estéril de hospitais. O município conta com o Comitê de Estímulo ao Parto Normal de Maringá (CEPNM), aprovado pela Lei nº 13.348 em 2014. Dentre os objetivos, busca-se a redução da mortalidade materno-infantil na cidade, o aumento dos índices de parto normal e a integração das ações de estímulo ao mesmo (MARINGÁ, 2014). Além disso, a cidade apresenta grupos de apoio a gestantes, que pregam e lutam pela humanização do parto. Destacam-se o Maternati e o Gesta, que são instituições não governamentais e que desempenham um sensível papel. O Maternati oferece encontros, cursos e oficinas, sendo alguns gratuitos e outros pagos, além de oferecer a contratação do serviço de uma doula para acompanhamento durante o período gestacional e momento do parto. Da mesma forma, o Gesta também dispõe de encontros e oficinas gratuitas e pagas (Figura 15) (MATERNATI, s.d.; GESTA, s.d.). Já pelo município são ofertados grupos de gestantes nas unidades básicas de saúde (UBS), onde são realizados os atendimentos de pré-natal pelo SUS (MARINGÁ, 2018).

Figura 13 - Quarto PPP Ambiência no Hospital Santa Casa Fonte: Santa Casa10.

Figura 14 - Parto em quarto PPP do Hospital Bom Samaritano Fonte: Thaiane Andrade11, 2019.

10

Disponível em: <http://www.santacasamaringa.com.br/maternidade/ quartoppp/>. Acesso em 18 set. 2021.

11

Disponível em: <https://www.facebook.com/thaianeandrade.partos/photos/ 346547352630631>. Acesso em 17 set. 2021.


P á g i n a | 29 humanizado, como o Maternati e o Gesta, a informação não chega a uma grande parcela da população, por não ser algo totalmente acessível ao público em geral. Além disso, as gestantes do sistema público de saúde são as que recebem o menor número de consultas pré-natal (BRASIL, 2020) e, consequentemente várias delas acabam não participando dos grupos de gestantes promovidos pelas UBS, corroborando para a falta de acesso a informações sobre o parto. Como visto, na rede privada as maiores taxas de parto normal concentram-se nos hospitais que apresentam estrutura humanizada para o momento do parto e que colocam a mulher como a protagonista do mesmo. Logo, onde há a oferta há também a demanda.

Figura 15 - Oficina ministrada pelo Grupo Gesta Fonte: Grupo Gesta12, 2016.

2.6.2 Um novo espaço Segundo estudos da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ – (BRASIL, 2014), no país, em torno de 70% das gestantes são adeptas à ideia do parto normal no início da gestação. Porém, durante o processo, muitas não recebem o apoio necessário pela sua preferência e são desencorajadas, seja pelo próprio médico obstetra, por familiares ou por amigos, o que leva à escolha pela cesárea. A partir dos dados já apontados sobre o município, percebe-se que mesmo existindo os grupos de apoio que difundem a ideia do parto normal, digno e 12

Disponível em: <https://www.facebook.com/gestamaringa/photos/ 689689664540214>. Acesso em 20 set. 2021.

Dessa forma, é possível observar que há uma necessidade, por parte do município e das gestantes, de um projeto arquitetônico que seja capaz de disseminar a ideia do parto normal humanizado, pela rede pública de saúde, e que comporte a realização do mesmo, de forma que colabore para a diminuição nos índices de cesáreas desnecessárias na cidade. Além disso, que seja um espaço de apoio, que distribua conhecimento e instrua as gestantes sobre seus direitos e escolhas.

2.7

ASPECTOS NORMATIVOS E LEGISLAÇÕES PERTINENTES

Para a concepção de um projeto arquitetônico de um CPN (centro de parto normal) se faz necessário consultar e seguir normativas e legislações, a fim de que


P á g i n a | 30 o projeto esteja legalmente viável. Ao considerar as de maior relevância no âmbito do projeto, tem-se: Pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2015): •

PORTARIA nº 11/2015 – Redefine as diretrizes para implementação e habilitação de Centro de Parto Normal, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para o atendimento à mulher e ao recém-nascido no momento do parto e do nascimento, em conformidade com a Rede Cegonha. Assim, a portaria define os tipos de CPN em intra e peri-hospitalar e dita os parâmetros que cada tipo deve seguir. Além disso, estabelece a equipe mínima que o centro deve dispor para funcionamento e traz sobre os incentivos financeiros. Por fim, a normativa apresenta a estrutura física mínima com a divisão dos ambientes fins e de apoio, bem como suas especificidades.

Pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2002; 2008; 2018): •

RDC nº 050/2002 – Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS). A parte I da normativa dispõe sobre a elaboração dos projetos físicos, bem como as terminologias adotadas, as etapas de projeto e as responsabilidades. A parte II discorre sobre a programação físico-funcional dos EAS, bem como suas atribuições,

dimensionamentos, quantificações e instalações prediais dos ambientes. Ao final, a parte III prescreve sobre as variáveis projetuais que orientam as decisões de projeto, como as circulações e estacionamentos, as condições ambientais de conforto, as condições ambientais de controle de infecção, as instalações prediais ordinárias e especiais e as condições de segurança contra incêndio. RDC nº 036/2008 – Dispõe sobre o regulamento técnico para funcionamento dos serviços de atenção obstétrica e neonatal. Apresenta os instrumentos e equipamentos necessários de acordo com a complexidade do atendimento e discorre sobre os processos operacionais assistenciais. Além disso, trata do transporte de pacientes e da prevenção/controle de infecção. Por fim apresenta sobre a estrutura física para atenção obstétrica e instalações necessárias para realização de procedimentos com segurança e qualidade. RDC nº 222/2018 – Dispõe sobre os requisitos de boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde. Apresenta sobre o plano de gerenciamento dos resíduos e suas etapas: I - segregação, acondicionamento e identificação; II – coleta e transporte interno; III – armazenamento interno, temporário e externo; IV- coleta e transporte externos; V – destinação.


P á g i n a | 31 Pelo município de Maringá (MARINGÁ, 2005; 2011;2012): •

Lei nº 567/2005, Decreto nº 573/2006 – Código de Saúde do Município de Maringá. Dentre as várias seções, cabe destacar a seção IV, que trata das instalações e procedimentos nos estabelecimentos prestadores de serviço de saúde. Além da seção XV, que traz sobre as edificações, regulamentando a higiene das habitações, construções em geral (incluindo EAS) e instalações, apresentando sobre circulações, pésdireitos, revestimentos, coberturas, etc. Lei complementar nº 888/2011 – Uso e ocupação do solo no município de Maringá. Visa: promover o exercício da função social da cidade e da propriedade; assegurar a sustentabilidade no uso e na ocupação do solo urbano e rural; disciplinar a localização das atividades no município observando os padrões de segurança, higiene e bem estar; minimizar impactos de atividades potencialmente geradoras de incômodo; regulamentar a implantação das edificações nos lotes e sua relação com o entorno; estabelecer padrões de densidade; ordenar o espaço construído para alcançar a qualidade morfológica da paisagem urbana. Vale ressaltar que alguns artigos da lei foram alterados pela Lei Complementar nº935/2012.

ABNT 9050/2020 – Norma brasileira de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. A norma estabelece critérios a serem observados quanto ao projeto às condicionantes de acessibilidade. Assim, visa ditar determinações que proporcionem aos usuários do espaço uma experiência autônoma, independente e segura à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de suas condições.

Em 2018, o Ministério da Saúde, baseado nas RDC nº 050/2002 e nº 036/2008 e na portaria nº 11/2015, elaborou uma cartilha de orientações para elaboração de projetos arquitetônicos da Rede Cegonha (Figura 16). O documento apresenta de forma didática as normas que precisam ser seguidas e atendidas nos projetos de CPNs (BRASIL, 2018).

Figura 16 - Cartilha de orientações Ministério da Saúde

Por fim, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (2020):

Fonte: BRASIL, 2018.


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3. REFERENCIAIS DE PROJETO O estudo de referenciais de projetos configura-se como um meio de auxílio na elaboração das soluções que serão adotadas no partido arquitetônico a ser desenvolvido. Com base nos referenciais é possível identificar aspectos técnicos, plásticos e também funcionais, de forma que seja possível compreender aqueles que podem ser melhor adaptados e empregados na proposta final.

3.1

CASA ÂNGELA

Figura 17 - Casa Ângela Fonte: GOOGLE EARTH, 2021.

A casa Ângela (Figura 17), localizada no Jardim Mirante, na zona sul da cidade de São Paulo, é uma casa de parto que presta assistência de forma humanizada ao parto normal em um ambiente seguro e acolhedor, que segue recomendações do Ministério da Saúde e da OMS. O espaço oferece, além do acompanhamento do parto, consultas e atendimentos, cursos e oficinas de preparação, amamentação e cuidados com o recémnascido (CASA ÂNGELA, s.d.).

A Casa Ângela teve como precursora a Casa de Parto Monte Azul, primeira em São Paulo, que acabou fechando as portas em 1999. Ângela era a parteira da casa e faleceu em 2000. Em homenagem a ela, em 2006 iniciaram-se as obras da Casa Ângela, que foi inaugurada em 2009. A partir de 2015 o local fez um convênio com a prefeitura da cidade e passou a receber recursos do SUS, o que possibilita hoje o atendimento tanto de gestantes particulares como pelo sistema único de saúde (CASA ÂNGELA, s.d.). A edificação possui em torno de 750m² e está dividida em pavimentos térreo e superior. No térreo (Figura 18), logo na entrada, estão localizados a recepção com sala de espera, os consultórios e os banheiros para visitantes. Ao descer meio nível por uma rampa chega-se ao setor do centro de parto pela deambulação, que é o espaço livre para as gestantes realizarem passeios internos ou atividades durante o trabalho de parto. A partir dali dá-se acesso ao setor privativo do centro, que conta com 3 quartos PPP, 3 alojamentos conjuntos para onde as gestantes são transferidas 6 horas após o final do parto, banheiros, sala de utilidades, posto de enfermagem e sala de reanimação neonatal/cuidados com o recém-nascido. Pela deambulação é possível também ter acesso à área externa que conta com jardins, redes e mobiliários que tornam o ambiente mais humano e realizam a aproximação com a natureza. Além de, por fim, dar acesso ao setor de serviço, onde estão localizados refeitório, cozinha, copa, almoxarifado e expurgo. Em relação aos acessos ao térreo, esses são divididos em dois, localizados em pontos diferentes da edificação. Um atende aos visitantes e pacientes e o outro aos funcionários e à ambulância. O veículo fica


P á g i n a | 33 disponível 24 horas para, em casos de emergência, transferir gestantes ou recém-nascidos ao Hospital Municipal do Campo Limpo. Outros casos de menor urgência, depois de avaliados pela equipe da Casa, podem ser transferidos a hospitais de preferência da gestante, desde que sejam na zona sul da cidade.

Já o pavimento superior (Figura 19), que ocupa parcialmente a projeção do térreo, é acessado pela sala de espera por meio de uma escada. Nele localizam-se a sala multifuncional, onde são ministrados cursos e oficinas, a administração, um depósito e banheiros.

Figura 18 – Planta do térreo Casa Ângela

Figura 19 – Planta do pavimento superior Casa Ângela

Fonte: Adaptado de ARAÚJO, 2019.

Fonte: Adaptado de ARAÚJO, 2019.


P á g i n a | 34 Por meio das imagens do espaço (Figura 20, Figura 21 e Figura 22) é possível perceber que a casa tem liberdade para fugir dos preceitos e da visão hospitalar e utiliza-se disso ao se assemelhar mais a um ambiente domiciliar, funcionando literalmente como um lar para a gestante. Tem-se o uso da madeira, que auxilia na criação de um ambiente mais aconchegante e íntimo, além dos elementos vegetativos e do mobiliário tipicamente residencial nas áreas comuns. Outros aspectos importantes que remetem à identidade do lar são o mural de fotos e a mesa posta com café na recepção, além do jardim no “quintal”.

Figura 21 - Deambulação Casa Ângela

Figura 20 - Sala de espera Casa Ângela

Figura 22 - Área externa Casa Ângela

Fonte:

13

Taofeminino13,

Fonte: Taofeminino13, 2016.

Fonte: Casa Ângela14, 2021.

2016.

Disponível em: <https://www.taofeminino.com.br/gravidez/casas-de-parto-nobrasil-parto-para-gestante-de-baixo-risco-s2068737.html>. Acesso em 22 set. 2021.

14

Disponível em: <https://www.instagram.com/p/CNYU0rDHGpQ/>. Acesso em 22 set. 2021.


P á g i n a | 35 Os quartos PPP (Figura 23) são equipados com banheira e os elementos típicos desse modelo de instalação, como bola de bobath, cavalinho obstétrico, escada de ling, poltrona para acompanhante e cama, que no caso é uma maca hospitalar. Os quartos possuem janelas em madeira que dão vista para o jardim e cortinas em tecido para privacidade e/ou controle solar. Além disso possuem lavatórios e banheiros com espaço para ducha. As paredes são pintadas com a cor rosa que remete ao universo feminino e traz suavidade.

Figura 23 - Quarto PPP Casa Ângela Fonte: Casa Ângela15, s.d.

aparente. Os brises em madeira, na verdade, funcionam mais para privacidade e segurança do que para o controle de insolação. Já as grandes aberturas em vidro voltam-se para a sala multifuncional, no pavimento superior, o que contribui para um ambiente bem iluminado e ventilado já que recebe um número maior de pessoas. Ao mesmo tempo, as vidraças se intercalam com uma tesoura em madeira, que sustenta a cobertura e repete-se no lado interno do salão, ficando aparente. Por fim, a Casa acaba tendo, até pelo lado externo, o aspecto de residência, reforçado pelo formato do telhado, que camufla o projeto em meio ao bairro residencial.

Figura 24 - Fachada Casa Ângela Fonte: Casa Ângela15, s.d.

A edificação (Figura 24) é em alvenaria e a fachada apresenta um mix de madeira, vidro e tijolinho 15

Disponível em: <http://www.casaangela.org.br/fotos-da-casa-angela.html>. Acesso em 22 set. 2021.

O projeto da Casa Ângela, mesmo que de forma simples e talvez com pouca riqueza vista por um olhar


P á g i n a | 36 arquitetônico, cumpre sua função social de casa de parto e torna-se um interessante referencial para compreensão da distribuição espacial dos ambientes, dos fluxos, da ambientação e do sistema de funcionamento. Alguns aspectos aparecem deficitários, como por exemplo a falta de um meio totalmente acessível ao pavimento superior. Dessa forma, gestantes em período final de gestação ou visitantes com algum tipo de restrição de mobilidade encontram dificuldades para acessar a sala multifuncional, onde acontecem os cursos e as oficinas. Ao mesmo passo, as janelas dos quartos parecem pequenas para garantir iluminação ou ventilação adequadas quando se tem gestante, acompanhante e equipe dentro da sala.

3.2

HOSPITAL REDE SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE

Figura 25 - Hospital Rede Sarah Brasília Lago Norte Fonte: Vada16, 2019.

16

Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/889818/ventilacao-eiluminacao-naturais-na-obra-de-joao-filgueiras-lima-lele>. Acesso em 23 set. 2021.

O hospital Rede Sarah Brasília Lago Norte (figura 25), inaugurado em 2003 com 24.000m² de área construída, localiza-se às margens do Lago Paranoá, na ala norte de Brasília. Foi projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé, para abrigar o Centro Internacional de Neurociência e Reabilitação. A edificação é a segunda da Rede Sarah na capital e surgiu da necessidade de expansão da primeira unidade. Dessa forma, foi implantada em um amplo terreno, que permite terapias e tratamentos ao ar livre, incluindo atividades náuticas no lago adjacente. O programa da edificação, de acordo com o arquiteto (2012) incluía: ambulatório pequeno; setor de imagem; laboratório de movimento; laboratório e oficina mecânica para o desenvolvimento de equipamentos; ginásio para fisioterapia, hidroterapia e esportes náuticos; setor de apoio ao lesado cerebral; internação para 180 leitos e instalações específicas para pacientes-dia; instalações para sessenta acompanhantes; centro de estudos com biblioteca; auditório para trezentos lugares; residência para vinte professores visitantes; centro de readaptação e desenvolvimento de habilidades; setor de serviços gerais com lavanderia, cozinha, refeitório, central de materiais, almoxarifados, farmácia, setor de limpeza etc.; e anfiteatro ao ar livre para trezentos espectadores.


P á g i n a | 37 Apesar de ter um programa de necessidades extenso e um uso diferenciado em relação a aquele proposto nesse trabalho, o projeto mostra-se como um importante referencial quanto edificação da área da saúde que preza pelo conforto dos usuários e pela humanização dos espaços, bem como pela funcionalidade. Assim, esses quesitos foram fundamentais para que o projeto servisse como referencial projetual. Em relação ao terreno, esse apresenta uma declividade de 20 metros, que foi resolvida a partir da implantação de quatro níveis (Figura 26) feitos com a combinação de platôs e taludes, de forma a privilegiar a vista ao lago, interligados por rampas, escadas e elevadores. Na cota mais baixa de 0,80m, fica localizado o galpão para práticas náuticos. Ao ir para o nível 4,60m encontra-se a edificação que abrange ambulatório, internação, fisioterapia, hidroterapia, vestiários e serviços gerais. Já o nível 10,70m comporta a reabilitação infantil, enquanto no nível mais alto, de 18,20m, ficam centro de estudos, auditório, residência e centro de habilidades.

ao programa educacional; o setor 2 ao programa ambulatorial; o setor 3 ao programa de internação; o setor 4 ao programa de tratamento; o setor 5 ao programa de serviços. Além dos setores, o autor observa sempre existir um eixo ordenador no centro da planta. Nesse caso, todos os setores estão adjacentes a ele, exceto o setor educacional (Figura 27).

Figura 27 - Esquema setorização Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Whestpal, 2007.

Figura 26 - Corte esquemático Sarah Lago Norte Fonte: Lima, 2012.

Segundo Whestpal (2007), em geral os hospitais da Rede Sarah possuem 5 setores determinantes. Com o Sarah Lago Norte não foi diferente, já que é possível identificá-los (Figura 27 e Figura 28). O setor 1 é destinado

Figura 28 – Implantação com setorização Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Lima, 2012.


P á g i n a | 38 No setor 1 (Figura 29) localiza-se uma edificação exclusiva para a escola que atende às crianças com deficiência e outra edificação que comporta o auditório, a residência médica e o centro de estudos. A primeira tem total conexão e permeabilidade com a área externa, enquanto a segunda se organiza por meio de um hall que faz a conexão entre os espaços e com a área externa.

O setor 3 (Figura 31) também faz parte da edificação principal e tem relação direta com o eixo ordenador pela conexão com seus ambientes. Abriga a enfermaria e os apartamentos, locais onde ocorrem a internação de pacientes para permanência, além de apresentar um hall que conecta à área externa.

Figura 31 - Setor 3 Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Westphal, 2007.

Figura 29 - Setor 1 Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Westphal, 2007.

O setor 2 (Figura 30) faz parte da edificação principal junto ao eixo ordenador. Esse comporta o ambulatório e os vestiários anexos e é organizado por meio de um hall, responsável pela conexão com a área externa. Do ambulatório e dos vestiários é possível acessar de forma direta o eixo principal.

No setor 4 (Figura 32), onde são realizados os tratamentos de pacientes, tem-se a fisioterapia e a hidroterapia em um ambiente integrado, o ginásio esportivo e o cais, que dá acesso à área externa para a prática de atividades náuticas no lago. O setor também se apresenta conectado ao eixo ordenador.

Figura 32 - Setor 4 Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Westphal, 2007.

Figura 30 - Setor 2 Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Westphal, 2007.


P á g i n a | 39 Já o setor 5 (Figura 33), abriga um pátio de serviços e os espaços destinados a serviços em geral, como cozinha, lavanderia, refeitório, almoxarifado, etc. Está também ligado ao eixo ordenador e apresenta ligação direta à área externa por meio do pátio.

parte da edificação e geram maior conforto aos usuários.

Figura 34 - Corte esquemático sheds Fonte: Adaptado de Lima, 2012.

Figura 33 - Setor 5 Sarah Lago Norte Fonte: Adaptado de Westphal, 2007.

O arquiteto é popularmente conhecido pelas suas técnicas de ventilação e iluminação, o que exprime sua preocupação com o conforto ambiental. No projeto em questão, foram adotadas estratégias mais simples de ventilação em relação aos demais hospitais da rede. Isso se justifica pelo fato de o centro ser pouco compartimentado, ser amplamente ligado a áreas externas, ter espaços amplos, pés-direitos altos e receber influência climática do lago. Dessa forma, o ar adentra os ambientes por grandes portas de correr, protegidas por varandas com jardins, e é levado de volta ao exterior por meio de aberturas nos sheds na cobertura (Figura 34 e Figura 35), que também colaboram para a entrada de iluminação natural (LIMA, 2012). Assim, as estratégias adotadas auxiliam na redução do gasto energético por

Figura 35 - Shed no espaço de fisioterapia e hidroterapia Fonte: Kon17, s.d.

17

Disponível em: <http://www.nelsonkon.com.br/centro-de-reabilitacao-sarahkubitschek-lago-norte/>. Acesso em 24 set. 2021.


P á g i n a | 40 As edificações que conformam o complexo do projeto apresentam um grau elevado de industrialização, por conta do potencial tecnológico do Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), que fabrica as estruturas e as peças que são utilizadas nos projetos da rede. Assim, tem-se a combinação de vigas treliçadas metálicas nas coberturas curvas (Figura 36) aliadas a chapas de alumínio e policarbonatos transparentes que criam claraboias para iluminação natural. Além disso, os elementos estruturais, como vigas e pilares, e os forros são do tipo metálicos. Já as vedações verticais são em argamassa armada pré-fabricada (LIMA, 2012).

Para além dos aspectos climáticos de conforto, o arquiteto, em parceria com o artista Athos Bulcão, traz maior humanismo ao ambiente por meio do uso das cores e de elementos artísticos. Estes são aplicadas em painéis que dividem ambientes, nos brises dos sheds, em elementos construtivos isolados para dar destaque, em mobiliários e em toda a ala infantil. Dessa forma, o ambiente hospitalar ganha novos ares ao sair da monotonia com o emprego dos componentes cromáticos, que dão vida ao ambiente e, consequentemente, auxiliam nos tratamentos de pacientes do centro (Figura 37, Figura 38 e Figura 39).

Figura 36 - Etapa de construção Sarah Lago Norte Fonte: Lima, 2012.

Figura 37 - Vista do eixo ordenador Sarah Lago Norte Fonte: Kon17, s.d.


P á g i n a | 41 O projeto do Hospital Sarah Brasília Lago Norte, apresenta-se como um importante referencial da área da saúde. No terreno inclinado, o arquiteto resolve o programa de forma funcional e simples, com a divisão dos cinco setores da edificação pelos platôs. Ao conectá-los por meio de um eixo estruturador que incorpora elementos artísticos, é criado um certo dinamismo que tira a sensação desconfortável de corredores hospitalares comuns, além de levar o usuário a querer explorá-lo e passear por ele adentrando os setores de forma gradual.

Figura 38 - Vista do espaço infantil Fonte: Kon17, s.d.

Ao mesmo tempo, tem-se a preocupação com o conforto ambiental da edificação, bem como sua humanização, que se tornam a chave principal. Isso contribui para colocar o usuário, seja ele paciente ou funcionário, como protagonista do ambiente, o que é de extrema importância para um espaço assistencial de saúde. Enquanto isso, a escolha pelas grandes aberturas, que se voltam para os jardins ou para o lago, colabora tanto para a sensação de conforto térmico como também visual, por meio das paisagens criadas. Além do mais, a criação dos ambientes integrados leva à socialização entre os vários pacientes e colaboradores, que criam vínculos e amizades, o que resulta em melhores atendimento e período de permanência. Percebe-se uma arquitetura que prioriza o social e as sensações, em busca de um ambiente confortável e alegre, que auxilie no processo de tratamento dos pacientes que ali recebem seus cuidados. Dessa forma ao entender o projeto, é possível obter referências de organização setorial, sistemas de infraestruturas e fluxos em suas variáveis vertentes.

Figura 39 - Vista espaços de convívio / espera Fonte: Kon17, s.d.


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3.3

Para o projeto em questão, MASS buscou trabalhar junto a profissionais da saúde e gestantes para propor um novo conceito para o centro, de modo a se diferenciar dos protótipos até então propostos para a edificação. Dessa forma, o projeto rompe com o volume do monobloco, ao criar volumes menores, separados e agrupados em pátios, para que funcionem como blocos habitacionais e estimulem a convivência entre as gestantes e acompanhantes (Figura 41 e Figura 42), bem como a troca de informações entre eles, aproximando mães já experientes daquelas de “primeira viagem”.

CENTRO PARA GESTANTES

Figura 40 - Centro para Gestantes Fonte: Archdaily18, s.d.

O Centro para Gestantes (figura 40), inaugurado em 2015, está localizado na cidade de Kasungu, no Malawi, sudeste da África e foi projetado pelo grupo MASS Design. Devido aos altos índices de mortalidade materna no Malawi, em 2012, o então presidente iniciou um programa de construção de centros para gestantes. Dessa forma, os centros funcionam como lares que abrigam mulheres durante o período gestacional, para que fiquem em um local onde possam receber assistência e serem monitoradas durante a gravidez até o momento do parto. Via de regra, os centros localizamse próximos a hospitais que prestarão assistência à mulher (ARCHDAILY, s.d.).

18

Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/940428/centro-para-gestantesmass-design-group>. Acesso em 26 set. 2021.

Figura 41 - Esquema conceito projetual do Centro Fonte: Adaptado de The Plan19, s.d.

19

Disponível em: <https://www.theplan.it/eng/award-2016-Health/maternitywaiting-village-2>. Acesso em 27 set. 2021.


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Figura 42 - Vista aérea do Centro Fonte: MASS Design Group20, s.d.

O centro conta com dormitórios para as gestantes. Cada um desses quartos comporta 5 pessoas e a cada 3 deles é criado um pátio. Dessa forma, a distribuição adotada permite que, ao longo do tempo, o centro se expanda de acordo a padronização. Além disso, cada conjunto de dormitórios conta com um bloco de instalações sanitárias e área de serviço. Há também a presença de uma cozinha compartilhada e consultórios de atendimento às gestantes (Figura 43). Os robustos pilares feitos em blocos estruturais de terra, apoiam as coberturas inclinadas, sustentadas por treliças em madeira. Os telhados, além de protegerem as edificações, preservam os espaços comuns de atividades e oficinas ao ar livre, assim fornecem sombra para os períodos de seca e abrigo nos períodos de chuva (Figura 44).

20

Disponível em: <https://edit.massdesigngroup.org/index.php/work/design/ maternity-waiting-village>. Acesso em 27 set. 2021.

Figura 43 - Planta baixa Centro para Gestantes Fonte: Adaptado de Archdaily18, s.d.

Além disso, a estruturação permite que a cobertura seja ventilada, já que as paredes, também em blocos de terra, não sobem até o telhado, sendo arrematadas por uma viga de borda em concreto. Com isso, na parte dos dormitórios é realizado um forro inclinado para fechamento do ambiente e proteção contra agentes externos (Figura 44 e Figura 45), enquanto nos blocos de banheiros e na cozinha essa vedação não é realizada, o que resulta em ventilação e iluminação naturais por meio da cobertura (Figura 46 e Figura 47). Vale ressaltar que a inclinação das coberturas foi projetada de modo que, no inverno, o sol possa atingir as paredes para que aqueçam durante o dia e irradiem calor à noite para o controle de temperatura (Figura 46) (THE PLAN, s.d.).


P á g i n a | 44 Os dormitórios contam com aberturas em duas faces opostas, de forma a criar uma ventilação cruzada, que auxilia no conforto térmico e ajuda a diminuir a propagação de doenças por meio da renovação e circulação do ar (Figura 46). Em alguns pontos, como na cozinha, os blocos são assentados de forma espaçada e acabam conformando cobogós (Figura 47). Outro ponto visto, é que, para fugir da monocromia da edificação, devido aos materiais empregados, o grupo optou por utilizar cor nas portas de acesso aos blocos, no peitoril das janelas e na parte interna dos dormitórios, que recebem reboco e pintura e contam com cortinas coloridas com estampas que se assemelham aos tecidos utilizados pelas mulheres na região (Figura 48 e Figura 49). Figura 44 - Vista pátio Fonte: Archdaily18, s.d.

Figura 46 - Corte Centro para Gestantes

Figura 45 - Vista das edificações

Fonte: Adaptado de Archdaily18, s.d. e Sun Earth Tool22, 2021.

Fonte: MASS Design Group21, 2017.

21

Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/52275067/Maternity-WaitingVillage>. Acesso em 28 set. 2021.

22

Disponível em: <https://www.sunearthtools.com/dp/tools/pos_sun.php?lang=pt>. Acesso em 28 set. 2021.


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Figura 49 - Vista interna do dormitório Fonte: MASS Design Group21, 2017.

Figura 47 - Vista interna da cozinha comunitária Fonte: Archdaily18, s.d.

O projeto do grupo MESS, é utilizado como um importante referencial da arquitetura feita para mulheres e das soluções adotadas para abrigá-las durante a gestação. É possível perceber no projeto, a preocupação com a integração da mulher ao espaço. Elementos culturais foram utilizados, como a criação dos pátios e a distribuição das edificações em blocos, assim como acontece pelos vilarejos do país, bem como a utilização de elementos coloridos dentro dos dormitórios, que possibilitam a personalização dos espaços. Com isso, a usuária tende a se sentir mais confortável por estar em um ambiente mais próximo ao seu cotidiano. Além disso, tem-se o emprego da arquitetura vernacular, com o uso dos materiais e técnicas locais, que faz com que a edificação se assemelhe ao ambiente natural da região e se torne, financeiramente, mais viável.

Figura 48 - Vista externa dormitórios e serviço

Ao se propor a divisão do monobloco visando melhores condições de salubridade, bem como a

Fonte: The

Plan19,

s.d.


P á g i n a | 46 criação de espaços de convivência e trocas, tem-se uma contribuição para as questões de humanização do espaço, o que valoriza os usuários do local e os colocam como parte ativa da edificação. O uso de vegetação típica do clima ou estratégias de umidificação do espaço para auxiliar no conforto nos períodos de seca, poderiam ter sido adotados para possibilitar uma maior humanização do local, já que se percebe a falta desses elementos, o que deixa o centro com um aspecto árido e quente. Tanto na planta do Centro como no corte, é possível ver que a vegetação estava prevista em projeto, mas acabou se perdendo durante o processo de execução.

Dessa forma, a arquitetura proposta pelo Grupo MESS, mostra que com a simplicidade dos materiais e com espaços bem definidos é possível alcançar ambientes que contribuam não só para o bem-estar, mas também para a saúde em geral. Ao acolher as mulheres em um espaço bem projetado, com fluxos e soluções bem definidas, a edificação cumpre com seu objetivo de atingir o maior número de gestantes possíveis, para que fiquem em local seguro e acompanhado, de forma a diminuir os índices de mortalidade materna no Malawi (Figura 51).

Figura 50 - Massa vegetativa

Figura 51 - Mãe e bebê no Centro para Gestantes

Fonte: MASS Design Group21, 2017.

23

Disponível em: <https://architizer.com/projects/maternity-waiting-village/>. Acesso em 29 set. 2021.

Fonte: Architizer23, s.d.


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Small and great Óleo sobre tela | Lovetta Reyes-Cairo

parte II

o projeto


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4. DESENVOLVIMENTO PROJETUAL

4.1

O TERRENO

4.1.1 A escolha do terreno Para a escolha do terreno onde o projeto será proposto é necessário seguir critérios, sendo eles legais e urbanísticos, além de realizar análises para que se chegue ao local mais viável. Diante disso, para a implementação da Casa de Parto, o critério inicial parte da portaria nº11/2015, que redefine as diretrizes para implementação e habilitação desse tipo de estabelecimento em conformidade com a Rede Cegonha. De acordo com a normativa, a Casa deve estar localizada nas imediações de um estabelecimento hospitalar de referência que preste o serviço de UTI neonatal, a uma distância que deve ser percorrida em tempo inferior a 20 minutos, em meio de transporte adequado. Ao seguir esse critério, chega-se aos hospitais em Maringá que dispõe de UTI neonatal, sendo eles: Hospital Universitário Regional de Maringá (HU), Hospital Santa Casa, Hospital Bom Samaritano e Hospital Paraná. A partir disso, foi estipulado um tempo de deslocamento inferior a 10 minutos, de modo que o trajeto seja ainda menor do que aquele especificado pela norma, para garantir maior proximidade à unidade hospitalar em casos de maiores urgências. Para cumprir com esse requisito foram traçados raios de 2km ao entorno de cada um dos hospitais para estipular limites na busca pelo terreno do projeto (Figura 52).

Figura 52 - Limites para a busca do terreno em Maringá Fonte: Adaptado de GOOGLE EARTH, 2021.

Dentre as condicionantes para escolha da melhor região, foi levado em consideração os hospitais que prestam atendimento público pelo SUS – Hospital Universitário e Hospital Santa Casa. A região da Santa Casa é atualmente bem consolidada, logo apresenta uma parcela mínima de terrenos disponíveis. Dessa forma, o HU torna-se a melhor opção como hospital de referência, já que presta atendimento público de forma integral e está em uma região em consolidação, com terrenos disponíveis dentro do seu raio de influência. Com o recorte do território já definido, é necessária a consulta à lei complementar nº 935/2012


P á g i n a | 49 (MARINGÁ, 2012), que regulamenta os parâmetros urbanísticos de Maringá. De acordo com essa, estabelecimentos da área da saúde devem estar locados em terrenos que tenham pelo menos um dos lados voltados a um eixo de comércio e serviço central (ECS-b) ou estarem em um zoneamento onde são permitidos. A região 1, do Hospital Universitário, abrange na sua grande maioria a ZR-2 (zona residencial 2), que tem como usos permitidos o residencial unifamiliar e bifamiliar, além de usos permissíveis de pequenas indústrias, escritórios e atacados concomitantes à moradia. Dessa forma, a implantação da Casa de Parto nessa área só é possível em ruas ou avenidas que sejam classificadas como Eixo de Comércio e Serviço Central (Figura 53).

Todos os eixos de comércio e serviço centrais da região são avenidas, logo vias que apresentam maior fluxo de pessoas e veículos. Dessa forma, priorizou-se terrenos que não ficassem nos cruzamentos entre elas, de forma que os efeitos sonoros ou ruídos de automóveis fossem minimizados. Outro ponto analisado diz respeito ao entorno imediato dos terrenos. Por serem avenidas liberadas para eixo de comércios e serviços centrais a maioria dos trechos apresenta estabelecimentos comerciais, com isso buscou-se escolher para análise aqueles terrenos que estão mais inseridos no meio residencial, em ambientes mais tranquilos e também pouco verticalizados, para que se aproveite melhor a visão do entorno. Vale ressaltar que a casa de parto não produz atividades incômodas, assim não seria um problema estar próxima às residências. Além disso, foram analisados os lotes com proximidade a pontos de ônibus, de forma a proporcionar aos usuários da edificação uma alternativa de transporte. Por último, tem-se a busca por terrenos que apresentem a área necessária, de aproximadamente 1800m², para a implantação de todo o programa da edificação. Com isso, foram selecionados 3 terrenos (Figura 54) para serem melhor estudados, a fim de encontrar o que melhor se enquadra nos requisitos e na proposta.

Figura 53 - Eixos de comércio e serviço central Fonte: Adaptado de GOOGLE EARTH, 2021 e Maringá, 2012.


P á g i n a | 50 uma certa distância do ponto de ônibus mais próximo que está a mais de uma quadra do terreno. Mesmo tendo a fachada oeste na divisa do lote, não consegue aproveitar totalmente os aspectos climáticos de insolação e ventilação, devido a sua inclinação e a divisa ao lado sul. O terreno 2 também está no bairro Jardim dos Pássaros e apresenta três de seus lados voltados para vias, sendo elas a Avenida Alziro Zarur, que é um eixo de comércio e serviço central, a Rua Gralha Azul e a Rua Pioneira Gracia Munhoz. Apresenta seu quarto lado fazendo divisa com terrenos adjacentes. Figura 54 - Terrenos selecionados para o projeto Fonte: Adaptado de GOOGLE EARTH, 2021 e Maringá, 2012.

O terreno 1 fica no bairro Jardim dos Pássaros, na esquina da Avenida Deputado José Alves dos Santos, que é um eixo de comércio e serviço central, com a Rua Pioneira Gracia Munhoz e apresenta suas outras duas faces fazendo divisa com terrenos adjacentes. Como potencialidades, o lote está localizado a 1,6km do Hospital Universitário, o que resulta em aproximadamente 4 minutos de deslocamento, além de estar em uma avenida que é relativamente calma, com baixo fluxo de veículos e pedestres. Ademais, apresenta uma topografia com pouco declive e tem os lotes do entorno, que estão edificados, com uso residencial, de maioria térreo. Por outro lado, tem-se as condicionantes não tão favoráveis em relação a ele. Tanto os terrenos da frente, como das laterais estão vazios, logo não se pode ter certeza do que será futuramente construído e como isso irá impactar o terreno analisado. Além disso não está em um local próximo a elementos naturais e encontra-se a

Como potencialidades, o lote está localizado a 1,3km do Hospital universitário, que corresponde a um deslocamento médio de 3 minutos, além de estar em trecho calmo da avenida, com baixo fluxo de veículos e pedestres. Apresenta o entorno predominantemente residencial e conta com paradas de ônibus ao lado e em frente, no outro lado da via. Além disso, o terreno está contíguo ao fundo de vale por onde passa o Ribeirão Maringá, tendo vista direta para ele e garantindo que não serão construídas edificações nessa lateral do terreno. Além disso, tem uma boa orientação em relação aos aspectos de incidência solar e ventos, com a fachada oeste na divisa do lote. Em contrapartida existem as características não tão favoráveis. O terreno apresenta um declive, fruto da inclinação em direção ao fundo de vale e conta com lotes vazios próximos, que resulta em incertezas do que futuramente possa vir a ser construído, que pode ou não gerar incômodos. Já o terreno 3 fica no bairro Jardim Canadá, com três de seus lados voltados para vias, sendo elas a


P á g i n a | 51 Avenida Mario Clapier Urbinati, que se configura como um eixo de comércio e serviço central, a Rua Ametista e a Rua Nair Vega Ferreira. Seu quarto lado faz divisa com lotes adjacentes. Como potencialidades, o lote está localizado a 0,5km do Hospital Universitário, o que resulta em um deslocamento de aproximadamente 1 minuto, além de ter pouca declividade em sua topografia. Ademais, apresenta lotes aos fundos com tipologias residenciais do tipo térrea e conta com pontos de ônibus em frente.

programa de necessidades da Casa de Parto, e foi concebido a partir da fusão de 5 lotes. Sobre os aspectos urbanísticos que o regem, de acordo com a lei vigente no município, este se encontra em uma Zona Residencial II (ZR-2) e em eixos do tipo Eixo de Comércio e Serviço Central (ECS-b) e Eixo Residencial C (ERC) (Figura 55). Na Tabela 2 é possível identificar os usos permitidos no terreno, enquanto na Tabela 3 são apresentados os parâmetros de ocupação do lote.

Por outro lado, são identificadas características não favoráveis. O terreno está em uma via que apresenta um fluxo maior de automóveis, por apresentar mais estabelecimentos prestadores de serviços, em relação aos demais terrenos. Além disso, não fica próximo a elementos naturais e apresenta terrenos vazios ao lado, não se tendo certeza do que será construído nestes. Além disso, apresenta divisa na fachada leste, o que gera menor aproveitamento da incidência do sol da manhã e dos ventos predominantes.

4.1.2 Análise do terreno escolhido A partir do estudo dos aspectos positivos e negativos dos terrenos apresentados, o terreno número 2 foi o que se apresentou mais viável para a implantação do projeto, principalmente devido às suas características ambientais e também de localização. Dessa forma, fazse necessária uma análise mais detalhada do lote escolhido para possibilitar o seu melhor aproveitamento. O terreno apresenta uma área total aproximada de 1736,20m², suficiente para a implantação do

Figura 55 - Esquema de locação do terreno Fonte: Adaptado de Maringá, 2012.


P á g i n a | 52 Tabela 2 - Requisições quanto ao uso do solo Fonte: Adaptado de Maringá, 2012.

Zona / Eixo ZR-2 ECS-b

ERC

Usos permitidos Usos proibidos Uso residencial unifamiliar e Todos os demais usos bifamiliar Comércio e serviço centrais e vicinais. Usos permitidos na zona a Todos os demais usos que pertence Uso residencial unifamiliar e bifamiliar. Uso residencial Todos os demais usos multifamiliar mediante outorga onerosa

terreno escolhido, o qual apresenta uma residência que não conta com aberturas na sua face da divisa, conformando uma empena cega (Figura 58). Dessa forma, a residência não terá vista direta para a edificação proposta, o que se torna positivo para o controle da privacidade.

Tabela 3 - Parâmetros da ocupação do solo Fonte: Adaptado de Maringá, 2012.

Zona Altura Eixo máx. edif.

Coef. máx. aprov.

Afastamento mínimo das divisas Laterais Fundos Taxa máx. <2 pav <2 pav Frontal ocup. (%) sem abert. sem abert. com abert.

ZR-2

T+1

1,4

requisito requisito da zona a da zona ECS-b que a que pertence pertence T+1 1,4 ERC c/ out. c/ out. pilotis + 4 2,5

70

90

50

3

s/ = disp c/ = 1,5

5

2,5

com abert.

s/ = disp c/ = 1,5 requisito requisito da R=3 da zona a zona a que C = disp que pertence pertence

Ao analisar o entorno mais imediato ao terreno, percebe-se que há uma predominância de lotes de uso residencial e também de lotes vazios (Figura 56). Logo é uma região que ainda está em processo de consolidação, voltando-se mais à ocupação por residências. A ideia da Casa de Parto, é justamente estar inserida em um meio mais residencial, que contribui para maior tranquilidade do espaço e auxilia na sensação de acolhimento. Há apenas um lote edificado ao lado do

5

Figura 56 - Usos do entorno Fonte: Autora, 2021.

Em relação aos aspectos físicos, o terreno apresenta um formato quase retangular, com suas menores faces voltadas à Avenida Alziro Zarur (nordeste) e à Rua Pioneira Gracia Munhoz (sudoeste), logo seu maior lado fica voltado para a Rua Gralha Azul (sudeste),


P á g i n a | 53 que separa o terreno do fundo de vale do Ribeirão Maringá. Assim, por conta dessa condicionante natural, o terreno apresenta um maior caimento em direção a essa face, que gera uma declividade de 4 metros, ilustrada na Figura 57 e na Figura 58.

Figura 58 - Vista do terreno e da edificação existente ao lado Fonte: Autora, 2021.

Figura 57 - Topografia e dimensões do terreno Fonte: Adaptado de GOOGLE EARTH, 2021.

Como o terreno está localizado na cidade de Maringá-PR, faz-se necessário entender a influência dos aspectos climáticos no município e consequentemente no lote em análise, na busca por melhores soluções projetuais. Dessa forma, por meio da carta solar referente a Maringá, de latitude 23.25ºS (Figura 59), é possível identificar a trajetória do sol ao longo do ano, identificando como ele se comporta em relação às fachadas da edificação. O percurso, que ocorre no sentido leste-oeste, tem no município sua inclinação tendendo ao norte durante todo os meses, com incidência pontual ao sul durante o verão nos períodos do início e final do dia. Logo, as frentes norte, leste e oeste são as que precisam de uma atenção maior em relação às soluções de controle solar.


P á g i n a | 54

Figura 59 - Carta solar de Maringá Fonte: Adaptado de SOL-AR, 2021.

Ademais, Maringá apresenta temperaturas médias mensais que variam de 25ºC no verão a 17ºC no inverno, com maior concentração de chuvas nos meses de dezembro a fevereiro. Além disso, tem durante todo o ano o predomínio de ventos vindos das direções leste e nordeste (PROJETEEE, s.d.) (Figura 60), o que torna-se um ponto positivo já que nessa direção encontra-se o fundo de vale do ribeirão ao lado do terreno, potencializando a ação do vento e seu fluxo, que deve ser usado para proporcionar condições de conforto térmico na edificação.

Figura 60 - Rosa dos ventos de Maringá Fonte: Adaptado de PROJETEEE, s.d.

Outro ponto a ser visto diz respeito a elementos existentes no terreno e também em seu passeio, que podem contribuir para a tomada de decisões e diretrizes do projeto. No centro do lote não está localizado nenhum tipo de elemento tanto natural como construtivo, encontrando-se totalmente vazio. Já em seu passeio há a presença de duas árvores do tipo sibipiruna e um poste de energia. Além disso, encontram-se dois pontos de ônibus em seu entorno mais imediato e a principal fonte de ruídos é proveniente da Avenida Alziro Zarur (Figura 61).


P á g i n a | 55 • • • • • • • •

Unidade funcional 1: Atendimento em regime ambulatorial e de hospital-dia; Unidade funcional 2: Atendimento imediato; Unidade funcional 3: Atendimento em regime de internação; Unidade funcional 4: Apoio ao diagnóstico e terapia; Unidade funcional 5: Apoio técnico; Unidade funcional 6: Ensino e pesquisa; Unidade funcional 7: Apoio administrativo; Unidade funcional 8: Apoio logístico.

De acordo com a norma, os centros de parto normal (CPN), encontram-se na unidade funcional 4, especificamente na atividade 4.7. Assim, além de seguir os ambientes especificados nesse item, é fundamental ter também como base as unidades funcionais 5 a 8, que englobam as atividades e espaços de apoio.

Figura 61 - Esquema condicionantes do terreno Fonte: Autora, 2021.

4.2

PROGRAMA DE NECESSIDADES

A RDC nº050/2002 da ANVISA (BRASIL, 2002) é a responsável por regulamentar o planejamento, a programação e a elaboração de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde (AES). Dessa forma, a normativa é a principal referência para a definição do programa de necessidades da edificação. Com isso, para realizar a distribuição dos ambientes, a norma traz uma divisão de 8 unidades funcionais, sendo elas:

A própria RDC 050/02, aponta que as atividades listadas se apresentam como as mais comumente utilizadas nos EAS, assim, a lista é passível de modificação conforme a necessidade dos ambientes no projeto. Além disso, a normativa propõe dimensões mínimas para a maioria dos espaços, que podem ser revistas e readaptadas conforme as características da edificação. Dessa forma, o programa de necessidades proposto (Tabela 4) é guiado pelas recomendações da norma, utilizando-se dos ambientes listados que colaboram para o bom funcionamento da edificação. Foram propostos também novos ambientes para auxiliar na distribuição de funções e propor novas atividades à casa de parto. Com isso, o programa é composto por 5 setores: acolhimento, consultas, parturição, administrativo e serviços.


P á g i n a | 56 Tabela 4 - Setorização do programa de necessidades Fonte: Autora, 2022.

Ambiente Recepção¹ Sala de espera¹ Bwc¹ Bwc PNE2 Fraldário2 Sala de estrevistas 2 Sala multiuso³ Biblioteca³

ACOLHIMENTO Função Recepcionar e encaminhar parturientes e acompanhantes Espera para atendimento Higiene Higiene Higiene Entrevista e admissão de gestantes Promover palestras, cursos e oficinas para gestantes e acompanhantes Consulta a referências bibliográficas acerca do período gestacional

Qntd. Á. mín. (m²) Á. Total (m²) 1 1 2 1 1 1

12 20 2,4 3 3 12

12 20 4,8 3 3 12

1

40

40

1

25

25

Total

Ambiente

119,8

CONSULTAS Função

Qntd. Á. mín. (m²) Á. Total (m²)

Consultório de psicologia 2 Consultório de nutrição2 Consultório de pediatria 2 Consultório de amamentação2 Sala de exames¹ Bwc sala de exames¹ Sala de ultrassonografia¹

Atendimento com psicólogo Atendimento com nutricionista Atendimento com pediatra Consultoria de amamentação para puérperas Atendimento e exames Higiene Procedimento de ultrassom em gestantes

1 1 1 1 1 1 1

12 12 12 6,5 9 2,4 9

12 12 12 6,5 9 2,4 9

Bwc sala de ultrassonografia¹

Higiene

1

2,4

2,4

Total

Ambiente Quarto PPP com banheira¹

65,3

PARTURIÇÃO Função Assistir parturientes em trabalho de parto e no pós parto até a alta; Prestar assistência de enfermagem ao RN envolvendo avaliação de vitalidade, identificação e higienização

Qntd. Á. mín. (m²) Á. Total (m²) 3

18

54


P á g i n a | 57 Continuação da Tabela 4

Bwc quarto PPP¹ Bwc acompanhantes¹ Deambulação¹ Posto de enfermagem¹ Sala de serviço¹

Assistir parturientes em trabalho de parto e no pós parto até a alta; Prestar assistência de enfermagem ao RN envolvendo avaliação de vitalidade, identificação e higienização Higiene Higiene Deambulação e estar Relatórios de enfermagem e registro de parto Procedimentos de enfermagem

Sala de assistência ao R.N.¹

Reanimação neonatal

Quarto PPP sem banheira¹

2

14,5

29

5 2 1 1 1

4,8 2,4 20 2,5 5,7

24 4,8 20 2,5 5,7

1

8,4

8,4

Total

Ambiente Direção4 Administração4 Arquivo4 Bwc / Vestiário funcionários 5 Bwc PNE2 Quarto de plantão para funcionários5 Bwc quarto de plantão5 Estar funcionários 4 Total

Ambiente Sala de utilidades¹ Lavanderia 5 Rouparia¹ Depósito de materiais de limpeza¹

148,4

ADMINISTRATIVO Função

Qntd. Á. mín. (m²) Á. Total (m²)

Apoio administrativo Apoio administrativo Apoio administrativo Higiene e guarda de pertences Higiene

1 1 1 2 1

12 12 7 20 3

12 12 7 40 3

Repouso de funcionários em regime de plantão

1

5

5

Higiene Descanso e refeições rápidas

1 1

2,4 15

2,4 15 96,4

SERVIÇOS Função Recepção, lavagem, descontaminação de materiais e abrigo temporário de resíduos Recepção, lavagem, descontaminação e abrigo temporário de roupas sujas Armazenamento de roupas limpas *Pode ser substituída por armário Armazenamento de materiais de limpeza

Qntd. Á. mín. (m²) Á. Total (m²) 1

6

6

1

10

10

1

2,5

2,5

1

2

2


P á g i n a | 58 Continuação da Tabela 4 Depósito de equipamentos e Armazenamento de materiais e equipamentos por categoria e materiais¹ tipo Área para guarda de macas e Armazenamento de macas e cadeiras de rodas cadeiras de rodas¹ Realização de refeições fora do quarto Refeitório6 6 Recepção e preparo de alimentos Cozinha Armazenamento de alimentos Despensa 6 Armazenamento de alimentos que precisam ficar refrigerados Despensa fria 6 ou congelados Armazenamento de resíduos não infectantes (grupo D) Depósito de resíduos comuns 5 Armazenamento de resíduos potencialmente infectantes e Depósito de resíduos biológicos 5 perfurocortantes (grupos A e E) 5 Abrigo do gerador de energia Gerador 5 Abrigo de gases Depósito de gás Laje técnica para ar Espaço para máquinas de ar condicionado condicionado5 Vaga de estacionamento para ambulância 24h Ambulância5 Vagas de estacionamento para o público e funcionários Estacionamento5 Total

1

3,5

3,5

1

5

5

1 1 1

12 25 5

12 25 5

1

5

5

1

5

5

1

5

5

1 1

7 8,5

7 8,5

1

7

7

1 10

25 12,5

25 125 258,5

TOTAL Total do programa Acréscimo de 30% de circulação e paredes Total Final 1 – Ambientes presentes na unidade funcional 4 (apoio ao diagnóstico e terapia) para centro de parto normal pela RDC 050/02. 2 – Novos ambientes propostos além da RDC 050/02. 3 – Ambientes presentes na unidade funcional 6 (ensino e pesquisa) pela RDC 050/02. 4 – Ambientes presentes na unidade funcional 7 (apoio administrativo) pela RDC 050/02. 5 – Ambientes presentes na unidade funcional 8 (apoio logístico) pela RDC 050/02. 6 – Ambientes presentes na unidade funcional 5 (apoio técnico) pela RDC 050/02.

688,4 206,52 894,9


P á g i n a | 59

4.3

PROCESSO DE PROJETO

4.3.1 Conceito

O protagonismo feminino aparece como o principal conceito que rege o contexto do projeto, ao partir da ideia de que a Casa de Parto visa resgatar a autonomia da mulher no momento de parir e garantir que seus direitos sejam respeitados e valorizados. Aliado a isso, tem-se o acolhimento, como um importante meio de receber gestantes e seus acompanhantes, de forma que se sintam confortáveis e seguros para levantar suas dúvidas e preocupações, bem como proporcionar, durante e ao final da gestação, o bem-estar de mãe e filho. Por último, mas não menos importante, a humanização do espaço, faz referência à necessidade de maior atenção com os princípios humanos e também sociais. Por meio dela, tem-se a proposição de uma nova visão de projeto, que se apropria do poder do ambiente em relação ao usuário, de forma que o auxilie em sua autonomia, conforto e recuperação. Dessa forma, esses três conceitos apresentados (Figura 62) regem o processo projetual proposto nesse trabalho, aliados às diretrizes de projeto a serem apresentadas.

Figura 62 - Ilustração do conceito Fonte: Autora, 2021.


P á g i n a | 60

4.3.2 Diretrizes As diretrizes são características ou caminhos que guiam a concepção do projeto arquitetônico, tanto em sua funcionalidade como plasticidade. Por meio delas busca-se atingir os conceitos previamente estabelecidos para a edificação. Com isso, para a proposta da Casa de Parto tem-se como diretrizes: •

A setorização: por meio da divisão das atividades baseadas em suas funções é possível chegar a uma organização funcional que prioriza a máxima eficácia no desenvolvimento dos trabalhos, facilita a identificação com o ambiente e com as circulações. Além disso, busca-se distribuir essa setorização em torno de um espaço que funcione como um elemento ordenador; O conforto ambiental: fazer bom uso das condicionantes ambientais é de extrema importância para que se proporcione o conforto na edificação, bem como sua humanização. Para isso, com base nos levantamentos do terreno, busca-se se apropriar das melhores condições de insolação e ventilação nas fachadas privilegiadas por esses, por meio do uso de elementos arquitetônicos que colaborem para o objetivo; O contato com a natureza: o uso de elementos naturais, seja dentro ou fora da edificação, auxilia na percepção de conforto por parte dos usuários e na humanização do espaço. Dessa forma, é proposta a criação de jardins por meio do

paisagismo, bem como a utilização de aberturas que permitam um contato visual com o lado externo, de forma que a vista para a natureza esteja presente na maior parte dos momentos vividos na edificação; As cores e texturas: o equilíbrio entre esses elementos, quando empregados de forma correta, é capaz de transmitir sensações de acolhimento e também de conforto. Para isso, busca-se empregar, por um lado, materiais que transmitam leveza e calma ao espaço e por outro, utilizar de forma pontual, materiais que possam gerar um estado de ânimo, que contribuam para criar vida e para humanizar o espaço como um todo, com base na harmonia; A aproximação com os usuários e o entorno: a Casa de Parto busca funcionar como um lar à gestante e aos seus acompanhantes. Para isso, propõe-se que a edificação apresente um aspecto mais domiciliar, de forma que os usuários se sintam acolhidos e se identifiquem com o local. Da mesma forma, é visado que a edificação apresente uma correlação com as demais do seu entorno, apropriando-se de certos elementos ou tipologias construtivas relacionadas.

4.3.3 Organograma Após a definição do programa de necessidades tem-se a elaboração do organograma (Figura 63), que auxilia na proposta de fluxos e funcionamento da edificação por meio das relações entre os ambientes e seus acessos.


P á g i n a | 61

Figura 63 - Organograma Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 62

4.3.4 Plano de implantação A definição do plano de implantação (Figura 64), posterior às diretrizes e ao organograma, busca distribuir pelo terreno a setorização dos espaços definida no programa de necessidades. Com isso, é possível dar início às propostas arquitetônicas que respondam às necessidades previstas. Por ser um lote de esquina, com 3 frentes, foi adotada a frente principal como a Avenida Alziro Zarur, enquanto os fundos ficam para a Rua Pioneira Gracia Munhoz.

Enquanto isso, o setor administrativo volta-se à divisa do terreno e tem acesso compartilhado com o setor de serviço. Para melhor distribuir os setores, busca-se realizar a disposição destes ao redor de um pátio central. Além de funcionar como um elemento ordenador da edificação, cumpre a função de um espaço aberto e compartilhado, para integração entre os usuários e maior contato com elementos naturais.

O setor de acolhimento foi implantado na face do terreno voltada para a avenida, que concentra a maior circulação viária e de pessoas. Assim, o acesso principal ocorre de forma mais eficaz por ter uma maior integração com os fluxos adjacentes ao lote. Na busca por ter um melhor aproveitamento das condicionantes naturais, os setores de consulta e de parturição, que são os de maior uso e concentração de pessoas, foram propostos na face leste do terreno. Além de estar voltada para o fundo de vale, está em uma via de menor circulação, com fluxos pontuais de acesso de moradores do entorno, o que gera menos fontes de ruídos. O setor de serviço foi locado ao fundo, que se volta a uma via de baixa circulação. Assim, é possível criar um acesso secundário para esse tipo de atividade, de forma que não ocorra um embate entre os fluxos na edificação. Além disso, ao implantar o setor nessa posição, com base no sentido dos ventos, possibilita-se que a circulação de ar dos ambientes de serviço não vá em direção aos setores de atendimento.

Figura 64 - Plano de implantação Fonte: Autora, 2022.

Para o estacionamento, foi feita uma divisão entre as vagas destinadas a usuários e a funcionários. Dessa forma, é possível locá-las próximas aos acessos específicos de cada público. Assim, o estacionamento para funcionários fica nos fundos do lote, enquanto o para pacientes fica na lateral, próximo ao acesso principal. Com isso, a frente do terreno fica livre para que seja trabalhado um espaço de transição entre o passeio público e a entrada da edificação. Vale lembrar que o entorno apresenta pouco movimento, o que colabora para um maior número de vagas disponíveis também nas vias.


P á g i n a | 63 Além disso, são propostos espaços ajardinados, com o intuito que esses funcionem como elementos humanizadores do espaço e também que contribuam com as sensações percebidas pelos usuários. Por fim, para que a edificação se adeque ao terreno, procurase acompanhar o caimento existente por meio da implantação de três níveis com diferenças de 1m de altura. Para vencê-los, a circulação pelos espaços acontece por meio de rampas e escadas que viabilizam a acessibilidade.

4.3.5 Materialidade A proposta preconiza um certo distanciamento de práticas construtivas e materiais tecnológicos, na busca pela criação de um ambiente, de certa forma, mais aconchegante e que funcione como um lar aos usuários. Para isso, são utilizados elementos e acabamentos que remetem a uma tipologia mais vernacular (Figura 65).

Figura 65 – Principais acabamentos de fachada Fonte: Autora, 2022.

O sistema estrutural proposto para a Casa de Parto vai ao encontro do que hoje, é mais tradicional, com o uso dos elementos estruturais em concreto – que fica aparente externamente nas vigas –, associados aos blocos cerâmicos como vedação. Os blocos podem ora

ficar aparentes ou ora receberem acabamento para pintura ou instalação de revestimentos. A escolha pelo bloco cerâmico, com seu acabamento avermelhado, faz referência à cor da terra da região da cidade de Maringá, o que proporciona uma certa identidade e sentimento de pertencimento a quem vê ou utiliza a edificação, além de valorizar a textura do material em sua forma bruta. Para estruturar a cobertura, treliças em madeira são utilizadas, de forma que também fiquem aparentes. Com isso, a madeira torna-se também um material protagonista no projeto, sendo ainda utilizada em painéis do tipo muxarabi. Além de ser um elemento sustentável, contribui para a qualidade sensorial, por meio da variação dos seus veios, texturas e até cheiros. Já o vidro é utilizado nos fechamentos de portas e janelas e possibilita, através da sua transparência, a comunicação visual com o exterior, bem como a entrada de luz, elemento importante para o bem-estar dos usuários da edificação. Associado a isso, os forros, quando existentes, são propostos em gesso com acabamento branco, de forma que contribuam para a reflexão da luz. Para o interior dos ambientes de atendimento, busca-se utilizar tons mais sóbrios, mas sem abrir mão do uso das cores. Essas, apresentam-se em sua maioria em tons pasteis, que remetem a um ambiente mais calmo e delicado, presentes em elementos como mobiliários, objetos artísticos ou paredes. Esse tipo de estratégia com o uso das cores possibilita que o ambiente não caia em monotonia, proporcionando um maior apelo visual e contribuindo para a humanização do espaço. Além disso, para o piso é proposto o uso do granilite e do porcelanato.


P á g i n a | 64

4.3.6 O projeto arquitetônico A Casa de Parto pública (Figura 66), localizada na cidade de Maringá, é designada ao cuidado com mulheres no período gestacional e ao acompanhamento durante o momento do parto natural no estabelecimento. Funciona de forma peri-hospitalar, ou seja, fora das dependências de um hospital e pode atender a parturientes que se enquadram em baixo risco gestacional.

Gracia Munhoz, em uma área tipicamente residencial. Com base nas tipologias construtivas do entorno, optouse pela edificação em apenas um pavimento. Como resultado tem-se a área construída total de 1.007,50m², com coeficiente de aproveitamento em 0,54 e taxa de ocupação em 54,5%. Afim de vencer o desnível do terreno, a Casa de Parto foi dividida em três níveis que são interligados por rampas e escadas. Assim, na busca pelo melhor fluxo no espaço, a edificação foi decomposta em cinco setores: acolhimento, consultas, parturição, administrativo e serviços. Com isso, foi possível distribuir as atividades de forma sistematizada e separadas por tipo, ao passo que a implantação de um pátio central serviu como elemento ordenador, estruturando esses setores em seu entorno (Figura 67).

Figura 66 – Fachada frontal Fonte: Autora, 2022.

Para isso, a Casa foi implantada em um terreno de aproximadamente 1.736,20m², no Jardim dos Pássaros, com frente para as vias Alziro Zarur, Gralha Azul e Pioneira

Figura 67 - Setorização e níveis Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 65 O acesso principal (Figura 68) foi definido pela Avenida Alziro Zarur, por ser o eixo de maior circulação viária e de pessoas. Essa fachada frontal da edificação foi recuada em relação ao limite do lote, mesmo não sendo necessário, de acordo com a legislação, para que existisse uma transição entre o espaço de passeio público e a entrada do edifício.

ventos no município. É possível também chegar ao setor de parturição, que foi disposto na lateral, voltado para o fundo de vale do Ribeirão Maringá e, por ser a ala de maior permanência de pacientes foi priorizada essa localização no lote. Com isso, foi possível criar um jardim privativo, valorizando a vista por meio do uso do muro com elementos vazados e o contato com o natural, bem como a ventilação incidente de leste. Já o setor de serviços foi proposto nos fundos do lote (Figura 69), para que fosse criado um acesso independente para funcionários e prestadores de serviços, de forma que não ocorra embate entre os fluxos de acesso. Por fim, o setor administrativo foi locado voltado ao muro de divisa do terreno.

Figura 68 – Acesso principal Fonte: Autora, 2022.

Com base na Figura 70, é possível observar que ao adentrar pelo acesso principal, tem-se ingresso no setor de acolhimento, onde concentram-se os espaços de recepção, espera e salas educacionais. Do acolhimento tem-se conexão direta aos consultórios, dispostos na parte frontal e lateral do terreno, contemplando o sentido predominante dos

Figura 69 – Fachada dos fundos Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 66

Figura 70 - Planta baixa Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 67 A volumetria da edificação partiu, a princípio, da sensação de acolhimento e aproximação com o usuário, com base em características residenciais. Para isso foi pensada a utilização da cobertura com o telhado em duas águas aparente, característica tipicamente domiciliar e que segue o mesmo sistema de cobertura adotado nas casas do entorno. Porém, de forma a aproveitar melhor a ventilação natural, a cobertura foi invertida, ou seja, mantiveram-se as duas águas, porém agora em formato de telhado borboleta (Figura 71 e Figura 72), que teve um uso mais amplo em residências da época de 1940.

Figura 72 – Telhado borboleta proposto Fonte: Autora, 2022.

Figura 71 - Elevações frontal e posterior do projeto Fonte: Autora, 2022.

A cobertura é ventilada e estruturada por treliças em madeira com telhas térmicas (telhas metálicas tipo sanduíche) em acabamento terracota, semelhante ao acabamento das telhas cerâmicas usadas tradicionalmente em casas. Além disso, recebem fechamento vertical em venezianas metálicas para que o ar possa circular e ser renovado sobre as lajes, amenizando o fator de aquecimento na edificação. Tais venezianas são necessárias para proteger a estrutura da cobertura quanto à eventual entrada de chuva e de pequenos animais. Alguns ambientes, como circulações principais, recepção e salas de espera, não contam com lajes e recebem apenas um forro inclinado em madeira, logo acima da treliça, o que permite que exista uma ventilação direta desses espaços pela cobertura (Figura 73).


P á g i n a | 68 A fim de também contribuir para a renovação do ar, alguns ambientes contam com espaçamento entre o assentamento dos blocos cerâmicos, conformando aberturas permanentes. Os blocos assumem a função de vedação na edificação e são utilizados externamente de forma aparente, para que se crie uma conexão direta com o material em sua forma pura, que aguça tanto os sentidos visuais quanto do toque em quem o observa (Figura 74).

Figura 73 – Cortes com esquemas de ventilação no projeto Fonte: Autora, 2022.

A humanização do espaço se dá, de certa forma, por meio dos ambientes bem dispostos e dos fluxos que colaboram para o bom funcionamento da edificação. Porém é ainda mais acentuada por meio do uso da vegetação. O pátio central (Figura 75 e Figura 76) conta com um espaço vegetado, que pode ser contemplado dos variados setores da edificação. Cumpre a função de espaço de passagem, permanência, encontros ou pode ser utilizado para atividades diversas organizadas pela Casa de Parto ao público. De modo semelhante, o setor de parturição conta com o jardim exclusivo aos quartos de parto, que funciona como solário e área de deambulação externa às parturientes (Figura 77). Com isso, é conformado um espaço privativo de calma e contato com a natureza, auxiliando parturientes e acompanhantes no momento de ansiedade do trabalho de parto. Aos funcionários também é dedicado uma área externa, um corredor verde na divisa do lote para que seja utilizado como estar nos momentos de descanso.

Figura 74 – Vista da esquina principal Fonte: Autora, 2022.

O mobiliário proposto para esses espaços de jardins é totalmente solto, composto por cadeiras de varanda e redes de balanço. Isso cria uma flexibilização dos usos e uma proximidade com as perspectivas residenciais.


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Figura 75 - Pátio central Fonte: Autora, 2022.

Figura 77 – Jardim privativo quartos PPP Fonte: Autora, 2022.

Outro ponto importante para a contribuição da humanização do espaço diz respeito aos acabamentos propostos. A madeira, presente na cobertura e nos muxarabis (utilizados como segunda pele das esquadrias da fachada frontal e do pátio), e o tijolo aparente, predominantes no projeto, exaltam as características dos materiais, afastando-os da neutralidade e assepsia estética difundida amplamente nos espaços assistenciais à saúde. Junto a isso, é proposto o uso de cores em mobiliários, paredes e elementos artísticos para que se tenha a quebra da monotonia, incitando a curiosidade e os sentidos, de forma positiva, de todos aqueles que utilizam da edificação.

Figura 76 - Vista do pátio para o espaço de espera Fonte: Autora, 2022.


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4.3.7 O paisagismo Aliado ao projeto arquitetônico foram elaboradas diretrizes para a composição dos jardins, já que o paisagismo visa colaborar com a humanização da edificação, bem como contribuir para o bem-estar de seus usuários por meio do relacionamento entre natureza e ser humano. Dessa forma, foram propostas espécies vegetativas que estimulam os variados aspectos sensoriais, do visual até o paladar (Figura 78 e Figura 79). Questões importantes a serem consideradas no momento de especificação da vegetação, o clima e a luminosidade, foram observados para que as espécies fossem locadas em pontos onde pudessem se desenvolver com integridade. Assim, a vegetação escolhida é típica de clima subtropical, que se apresenta como o clima predominante na cidade de Maringá.

Figura 78 – Espécies nas calçadas Fonte: Autora, 2022.

Figura 79 – Espécies nos jardins Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 71 A proposta começa pelas calçadas, espaço em que houve a necessidade de consultar o Plano de Gestão e Arborização Urbana de Maringá (MARINGÁ, 2019). De acordo com o plano, para a Av. Alziro Zarur ficou definido o uso da sibipiruna, para a Rua Gralha Azul o ipê roxo e, por fim, para a rua Pioneira Gracia Munhoz o louro-pardo. Na fachada principal é proposto um jardim com gerânio rosa e capim palmeira (Figura 80). A partir delas foi possível criar uma mistura entre flores e folhagens, que ficam em um espaço de meia-sombra durante o dia, recebendo sol peneirado pela copa das árvores da calçada, principalmente no período da manhã.

No pátio central da Casa de Parto, é proposta a plantação de uma jabuticabeira híbrida, que apresenta menor porte e dá frutos em várias épocas do ano. Ela colabora para aguçar os sentidos dos usuários, principalmente no quesito do olfato e paladar. Além dela, são especificadas árvores do tipo resedá rosa, que apresentam pequeno porte e em épocas de floração contribuem para colorir o espaço e estimular o olfato. Ademais, são utilizadas forrações conhecidas como beijinho e o gerânio rosa, que cria uma correlação com o jardim da fachada. As helicônias são utilizadas no entorno da rampa para realizar seu fechamento por meio das folhagens, que ficam à meia sombra (Figura 81).

Figura 80 – Vegetação fachada

Figura 81 – Pátio central

Fonte: Autora, 2022.

Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 72 Para o jardim privativo dos quartos de parto, são reservadas árvores de pequeno porte, para que fiquem mais próximas à escala do usuário e, ainda assim proporcionem sombreamento. São elas a árvore samambaia, que apresenta mais folhagens e pouca florescência, e a árvore pau-fava, que apresenta florescências amarelas no verão. São propostas, também, áreas com forração em evólvulo, com floração azul, que criam pontos de cor e ornamentam o jardim. Por último, há a presença de arbustos do tipo folhado, que ficam à meia sombra em frente às janelas dos quartos, para que se tenha visão direta do interior para a vegetação (Figura 82).

A área externa de estar de funcionários conta com a presença de folhagens de meia altura, as helicônias, mesma espécie já utilizada em parte do pátio central e que ficam em frente às janelas do setor administrativo, criando uma camada à frente do muro de divisa (Figura 83). Por fim, os espaços gramados são divididos em áreas com grama esmeralda e áreas com grama amendoim. Essa última é proposta em espaços onde, provavelmente, não ocorrerá pisoteio.

Figura 83 – Estar externo funcionários Fonte: Autora, 2022.

Figura 82 – Jardim privativo quartos PPP Fonte: Autora, 2022.


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4.3.8 Projeto de interiores quarto PPP A fim de adentrar com maior propriedade no contexto do projeto proposto para a Casa de Parto, foi desenvolvido um projeto de interiores para o quarto PPP com banheira. Tal proposta visa ilustrar a questão da humanização interna dos ambientes (Figura 84).

resumo, o quarto com banheira deve apresentar uma área mínima de 18m², com poltrona para acompanhante, berço, área de bancada com pia para cuidados com o recém-nascido, banheira (com largura mínima de 0,90m) e cama (que pode ser executada em alvenaria com dimensões de 1,48x2,48x0,50m ou utilizarse de cama PPP). Já o banheiro deve apresentar área mínima de 4,8m² com as instalações sanitárias adequadas e a presença de barras de segurança. Dessa forma, o ambiente deve ser projetado com a finalidade de proporcionar à parturiente bem-estar e segurança, ambientando um espaço familiar e afastando-se de uma sala cirúrgica. Além disso, alguns equipamentos e acessórios são também sugeridos, como a escada/barra de ling e a bola de bobath, que auxiliam na evolução do trabalho de parto e configuram-se como métodos não farmacológicos e não invasivos de alívio à dor. Tem-se também a recomendação de, no caso da escolha pela cama em alvenaria, prever encaixes onde possam ser instalados arco removível de apoio da parturiente para o parto vertical e perneiras removíveis para o caso do parto em posição ginecológica.

Figura 84 – Isométrica quarto PPP Fonte: Autora, 2022.

Assim como para a elaboração da proposta do projeto arquitetônico, foi necessário consultar as normativas e orientação estabelecidas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2018) para a concepção do projeto de interiores do quarto PPP e de seu banheiro anexo. Em

A partir disso e do estudo prévio de layout já desenvolvido na etapa arquitetônica foi possível materializar as ideias para o quarto PPP (Figura 85). As cores propostas – verde e rosa – apresentam-se em tom pastel, que as tornam mais suaves, porém sem abrir mão da personalidade de cada uma delas.


P á g i n a | 74 Além disso, aliado às cores, tem-se o uso do acabamento amadeirado, que cria uma correlação com os acabamentos externos da edificação e dá um ar ainda mais intimista e aconchegante ao ambiente. Para finalizar o moodboard (Figura 86) do espaço tem-se a proposta de um porcelanato em tom mais sóbrio e com veios discretos, com a finalidade de não gerar grandes contrastes entre os acabamentos escolhidos. O porcelanato é empregado no piso, na área do box do banheiro e nas laterais da banheira. Vale destacar que, apesar de não se tratar de um ambiente hospitalar, ainda assim exige cuidados para garantir a segurança higiênica, tal como o emprego de piso lavável.

Figura 85 – Planta do quarto PPP em perspectiva Fonte: Autora, 2022.

O verde, utilizado em algumas paredes e armários, transparece estabilidade, fertilidade e tranquilidade. Tem associação direta àquilo que é natural, assim está intimamente ligado à calmaria da natureza. Já o rosa é tradicionalmente associado à feminilidade e ao amor, além de proporcionar sensações de afeto e relaxamento. No interior do quarto PPP o rosa é utilizado nas obras de arte, estofados e revestimento. Dessa forma, as cores escolhidas apresentam uma relação clara com o que é proposto em todo o conceito do projeto, que realça o protagonismo feminino e as sensações de conforto e acolhimento.

Figura 86 - Moodboard quarto PPP Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 75 Optou-se para o quarto pela cama em alvenaria, já que a outra opção possível pela normativa do setor, denominada cama PPP, apresenta-se muito similar a uma maca hospitalar, que se distancia da proposta do projeto. Dessa forma, a cama é executada para que caiba um colchão de casal e ainda sobre espaço para criar os encaixes dos acessórios removíveis, que são um arco metálico e as perneiras. A rouparia e as almofadas seguem o padrão das cores já estabelecidas para o quarto (Figura 87 e Figura 88). Na cabeceira da cama, que fica logo ao lado da porta de acesso ao jardim privativo, é proposto um painel ripado em meia parede em mdf verde, com ripas mais largas, que trazem maior facilidade de limpeza. O ripado apresenta uma soltura do chão, para que, em casos de limpeza mais pesada do piso não acabe sendo danificado. Acima da cabeceira, a parede recebe uma pintura orgânica simples em tons de rosa e marrom, na busca por proporcionar uma identidade mais artística ao quarto. Ainda há a presença de uma barra de apoio e uma arandela (Figura 87 e Figura 88).

Figura 87 – Perspectiva 1 quarto PPP Fonte: Autora, 2022.

Já a parede lateral à cama conta com boiseries em eps e pintura verde, semelhante à cor do mdf, por toda sua extensão. Nela também foi fixada a barra de ling, em marcenaria com acabamento amadeirado, seguindo o mesmo padrão de medidas proposto para a modulação dos boiseries. Além disso, apresenta cabideiros metálicos no dourado, para que os usuários do quarto possam pendurar pertences (Figura 89). Figura 88 – Perspectiva 2 quarto PPP Fonte: Autora, 2022.


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Figura 90 – Perspectiva 4 quarto PPP Figura 89 – Perspectiva 3 quarto PPP

Fonte: Autora, 2022.

Fonte: Autora, 2022.

A banheira tem as paredes adjacentes revestidas em porcelanato e conta com suporte para bola de bobath logo acima. A bancada destinada aos cuidados com o recém-nascido apresenta armário inferior, no mesmo mdf verde da cabeceira, que funciona como abrigo de pertences e lixeira. Vale lembrar que a permanência de mãe e bebê no quarto dura em torno de um a dois dias, logo não há a necessidade de grandes espaços para pertences (Figura 90 e Figura 91). Acima da bancada há uma janela com venezianas pantográficas, que dispensam o uso de cortinas no quarto. Entre essa janela e o forro em gesso com acabamento branco, existem nichos no verde e no amadeirado, que podem ser decorados e personalizados pelas parturientes e seus acompanhantes (Figura 90 e Figura 91).

Figura 91 – Perspectiva 5 quarto PPP Fonte: Autora, 2022.


P á g i n a | 77 Para o piso é previsto um porcelanato com tamanho 1,20x1,20m, para que se tenha menos espaços de rejuntes e acumulo de sujeiras. Além disso, tem-se os rodapés curvos para também auxiliarem nessa questão. Já sobre a iluminação, são previstos espaços para fitas de led e arandela, com menores temperaturas de cor (em torno de 3.000K), para que possam criar uma iluminação indireta e mais aconchegante (Figura 92). Enquanto isso, a iluminação geral, presente no forro, é proposta em uma temperatura de cor mais neutra (4.000K), conforme recomendado pela normal de iluminação.

O banheiro segue o mesmo padrão de cores do quarto. Assim, a área do box é revestida em porcelanato e conta com barras de apoio. Enquanto isso, a parede da bancada recebe um mix entre pintura verde e revestimento hexagonal rosa, que cria um movimento com base na escolha do assentamento das peças. Há ainda a presença de um armário, que pode ser utilizado pelos usuários, assim como a prateleira superior, que pode também ser personalizada, da mesma forma que os nichos do quarto. Por fim, o piso segue o mesmo padrão proposto para o quarto e a iluminação apresenta-se em temperatura mais neutra, com um toque de iluminação quente na prateleira (Figura 93 e Figura 94).

Figura 92 – Perspectiva 6 quarto PPP Fonte: Autora, 2022.

Figura 93 – Perspectiva 1 banheiro quarto PPP Fonte: Autora, 2022.


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Figura 94 – Perspectiva 2 banheiro quarto PPP Fonte: Autora, 2022.

Dessa forma, propor um espaço público e de qualidade para o atendimento à saúde da mulher e que se torne referência no serviço são ideais básicos para o projeto da Casa de Parto. Busca-se que a edificação não seja reconhecida apenas pelas suas características físicas, mas também pelos sentimentos e sensações geradas, indo na contramão da maioria dos estabelecimentos de saúde públicos no Brasil, que contam com infraestrutura e atendimento precários, especialmente em relação ao cenário do parto.


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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A escolha pela temática do parto vem associada a um interesse pessoal a respeito do tema. São vários os relatos de casos de violência obstétrica, da falta de respeito e empatia perante à mulher e suas escolhas no momento de parir. Diante disso, surgiu o questionamento de como a arquitetura poderia contribuir para que casos como esses fossem minimizados, de forma a colaborar para o empoderamento e a luta de mulheres em prol da humanização do nascimento e do atendimento prestado nesse momento. Dessa forma, a concepção do projeto arquitetônico para a Casa de Parto, que marca o fim dessa jornada na graduação, prioriza a humanização do espaço assistencial à saúde, de forma que se torne uma aliada para atender às necessidades de gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos, para que recebem atendimento digno e verdadeiro.


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6. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Mariza Silva; SILVA, Isília Aparecida. Necessidades de mulheres no puerpério imediato em uma maternidade pública de Salvador, Bahia, Brasil. Revista da escola de enfermagem da USP, São Paulo, vol. 42, n. 2, 2008. ARAÚJO, Weverly D. V. Vitorino. Moara: centro de parto norma. Tese (Graduação). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Paulista, São José do Rio Preto, 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaço e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020. BESTETTI, Maria Luísa Trindade. Ambiência: espaço físico e comportamento. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, Rio de Janeiro, vol. 17, n. 3, 2014. BITENCOURT, Fábio Oliveira; COSTA, Maria Tereza Fonseca. A arquitetura do ambiente de nascer: aspectos históricos. Revista dissertar, Rio de Janeiro, vol. 1, n. 5, 2003. BITENCOURT, Fábio Oliveira; KRAUSE, Cláudia Barroso. Centros de parto normal: componentes arquitetônicos de conforto e desconforto. Anais do I Congresso Nacional da ABDEH – IV Seminário de Engenharia Clínica, 2004. BOM SAMARITANO. Hospital Bom Samaritano, [s.d.]. Serviços. Disponível em: <https://www.hospitalbom samaritano.com.br/consultas-exames/servicos/>. Acesso em 18 set. 2021.

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P á g i n a | 85

7. APÊNDICES

apêndice A Mother with a long blonde hair and baby Óleo sobre tela | Lovetta Reyes-Cairo

desenhos técnicos anteprojeto arquitetônico


LOTE VIZINHO MURO DE DIVISA

+2,65

ISOTELHA PIR i: 6% ACESSO PÚBLICO

ACESSO SERVIÇO E FUNCIONÁRIOS

LAJE IMPERM. i: 5%

+2,00

LIMITE TERRENO

+4,00

CALHA

R. PIONEIRA GRACIA MUNHOZ

LAJE IMPERM. i: 5%

CALHA

+1,65

PROJ. EDIFICAÇÃO

AV. ALZIRO ZARUR

PROJ. EDIFICAÇÃO

ACESSO VEÍCULOS

ISOTELHA PIR i: 8%

PREVER ACESSO EXTERNO PARA AS CAIXAS D'ÁGUA POR MEIO DAS VENEZIANAS METÁLICAS DA FACHADA

PROJ. CAIXA D'ÁGUA 1500L

PROJ. CAIXA D'ÁGUA 1500L

PROJ. CAIXA D'ÁGUA 1500L

PROJ. CAIXA D'ÁGUA 1500L

PREVER ACESSO EXTERNO PARA AS CAIXAS D'ÁGUA POR MEIO DAS VENEZIANAS METÁLICAS DA FACHADA

+2,00

+0,00

N

LIMITE TERRENO

+1,55

1

R. GRALHA AZUL

ACESSO AMBULÂNCIA

ACESSO VEÍCULOS

PLANTA COBERTURA ESCALA 1:100

TABELA DE ÁREAS

SITUAÇÃO ESQUEMÁTICA

ÁREA DO TERRENO

1736,20m²

ÁREA CONSTRUÍDA

1007,50m²

ÁREA COMPUTÁVEL

947,00m²

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

0,54

N

Pion. Gracia Munhoz

TAXA DE OCUPAÇÃO

54,54%

ÁREA PERMEÁVEL

241,80m² (14%)

DAU UEM | TCC 2021-22

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO

CONTEÚDO

ESCALA

DATA

Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

planta de cobertura tabela de áreas

1:100

18/04/2022

Gralha Azul

Alziro Zarur

01/05


LOTE VIZINHO LAJE TÉCNICA

A.: 9,1m²

A.: 9,1m²

J15

MURO DE DIVISA PROJ. BEIRAL

+2,00

PROJ. BEIRAL

1.65

DEP. GÁS 2.10

5.00

ESTAR FUNC. A.: 22,0m²

P02

A.: 3,6m²

A.: 3,8m²

415

A.: 11,1m²

180

185 150

A.: 3,3m²

DIREÇÃO

A.: 37,5m²

WC

P02

A.: 16,9m²

J03

S. MULTIUSO

A.: 12,2m²

P02

A.: 9,6m²

150

A.: 11,0m²

SHAFT

P04

ESTAR FUNC. P04

ESTAR FUNC.

FRALDÁRIO

Q. PLANTÃO

150

A.: 15,3m²

P04

150

VESTIÁRIO MASC.

165

P03

A.: 15,3m²

P04

P04

ACESSO SERVIÇO E FUNCIONÁRIOS

VESTIÁRIO FEM.

150

A.: 14,8m² +2,68

150

LAVANDERIA

A.: 2,7m²

410

J11

P04

ACESSO PÚBLICO

P01

845

J14 1055

J12

P04

S. ENTREVISTAS

860

160

MUXARABI FIXO

J12

A.: 13,5m² J01 260

520

+1,70

P04

PROJ. BEIRAL

S. ESPERA II A.: 6,5m²

J14

RAMPA i: 8,33%

C. PSICOLOGIA A.: 13,5m²

A.: 28,6m²

SOBE

POSTO ENF.

21.55

260

450

520

J01

340

A.: 19,0m²

CIRCULAÇÃO

P12

J12 200

+1,65

535

+0,70 P04

200

P04

430

P04

340

P11

PROJ. ESPAÇAMENTO SUPERIOR ENTRE OS BLOCOS CERÂMICOS

P11

P12

C. NUTRIÇÃO

MUXARABI MÓVEL

P04

P13

A.: 62,0m²

J09

P04

RAMPA i: 8,33%

SHAFT

+1,70 P04

J09

P04

260

SHAFT

A.: 13,5m²

DEAMBULAÇÃO INTERNA

SOBE

RASGO DE LUZ E PERMEABILIDADE VISUAL

AV. ALZIRO ZARUR

P04

P05

J01

J04

DUTO VENT.

A.: 3,3m² 205

3450

J13

PÁTIO A.: 135,6m²

WC 140

P13

A.: 6,5m²

J13

270

S. SERVIÇO

J12

SHAFT

415

245

200

200

P04

65

P16 P16

WC

110

+1,70

J09

535 180

200

A.: 5,4m²

A.: 10,6m²

A.: 3,3m²

620

700

A.: 26,0m²

RAMPA i: 8%

A.: 26,5m²

ASSISTÊNCIA R.N.

205

A.: 5,4m²

AMBULÂNCIA

+1,70

S. ESPERA I

P04

MACAS E CADEIRAS

620

A.: 26,0m²

P05

340

A.: 6,6m²

200

DESPENSA SECA

A.: 25,7m²

375

180

CIRCULAÇÃO

BANCADA DE DISTRIBUIÇÃO DE BANDEJAS

BANCADA DE RECOLHIMENTO DE BANDEJAS

245

SOBE

270

P05

REFEITÓRIO

01

205

A.: 4,0m²

160

P05

P09

A.: 6,5m²

205

A.: 12,0m²

CIRCULAÇÃO

SAÍDA DE MATERIAL LIMPO

A.: 5,4m²

220

S. UTILIDADES

A.: 3,6m²

P05

200

P05

+1,70

P04

A.: 5,4m²

ARQUIVO

EQUIPAM.

ENTRADA DE MATERIAL SUJO

RESÍDUOS BIO.

DML A.: 4,0m²

P04

325

SAÍDA DE MATERIAL SUJO

220

900

905

220

RESÍDUOS COM.

P05 1605

PROJ. BEIRAL

SOBE

A.: 5,4m²

P04

200

DESPENSA FRIA

+1,68

A.: 31,4m²

P04

200

200

COZINHA

RECEPÇÃO

P14 P04

200

270

P15 P09

05 04 03 02 01

2680

ENTRADA DE MATERIAL LIMPO

P09

J16

A.: 7,1m²

+2,70

J17

SOBE

GERADOR

A.: 50,4m²

P02

620 415

05 04 03 02 01

MUXARABI MÓVEL

CIRCULAÇÃO

P02

CIRCULAÇÃO EXTERNA

P05

+2,65

520

180

180

240

P16

P04

ACESSO FUNCIONÁRIOS

P19

+2,70

A.: 35,3m²

R. PIONEIRA GRACIA MUNHOZ

MUXARABI FIXO

185

220

RAMPA i: 8%

WC

A.: 2,5m²

SHAFT

A.: 23,7m²

ADMINISTRAÇÃO

J03

WC P02

WC

J03

185 205

J04

BIBLIOTECA

A.: 2,4m²

SHAFT J15

J04

120

P03

J04

145

385

J04

665

175

J04

420

565

J04

300

565

WC

300

565

J03

330

370

P10

2.20

150

370

J04

250

165

J05

300

385

J03

415

370

J05

165

370

370

J04

415

220

425

370

P17

P18

8.95

LIMITE TERRENO

+4,00

520

P04

CIRCULAÇÃO

SHAFT

A.: 13,7m²

J05

200

200

415

SOLÁRIO

SOLÁRIO

A.: 7,2m²

A.: 7,2m²

A.: 8,2m²

+1,65

320

P02

S. EXAMES

S. ULTRASSOM

C. PEDIATRIA

A.: 10,8m²

A.: 18,4m²

P02

A.: 10,8m²

J05

WC

WC

A.: 2,4m²

A.: 2,4m²

J10

140

J03

J03

J10

140

J11

310

1.65

185

445

185

SOLÁRIO

P08 J08

415

445

185

445

J17

J06 P08 J08

490

490

P08 J08

415

390

185

J06

490

490 360

P21

SOLÁRIO

SOLÁRIO

A.: 8,2m²

A.: 8,2m²

PROJ. BEIRAL

ESTACIONAMENTO USUÁRIOS

JARDIM PRIVATIVO

A.: 60,0m²

A.: 167,8m² +1,55

720

RAMPA i: 5%

5.00

P07 J07

390

PROJ. BEIRAL

05

P07 J07

360

P20

SOBE

04

185

5.70

LIMITE TERRENO

J06

490

A.: 58,7m²

J06

J06

ACESSO VEÍCULOS

ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS

320

320

J05

5.00

J05

J02

200

490

200

430

175

J05

03

P04

430

175

J05

P04 205

A.: 6,5m²

200

210

P04

C. AMAMENTAÇÃO

A.: 4,8m²

P06

WC

A.: 20,0m²

255

QUARTO PPP

A.: 20,0m²

P06

QUARTO PPP

A.: 4,8m² 255

WC

A.: 4,8m²

P06

WC

A.: 20,0m²

255

QUARTO PPP

A.: 17,3m²

P06

QUARTO PPP

A.: 4,8m² 255

WC

A.: 4,8m²

P06

WC

A.: 17,3m²

255

QUARTO PPP

155

+0,70

J02

02

P04

155

885

+2,00

01

3450

03

02

04

05

+0,00

PASSEIO

N

1

R. GRALHA AZUL

ACESSO AMBULÂNCIA

ACESSO VEÍCULOS

PLANTA BAIXA ESCALA 1:100

TABELA DE ESQUADRIAS PORTAS E PORTÕES

JANELAS

CÓDIGO

QNT.

DIMENSÃO LxA (m)

FOLHAS

TIPO

MATERIAL

CÓDIGO

QNT.

DIMENSÃO LxA (m)

FOLHAS

TIPO

MATERIAL

CÓDIGO

QNT.

DIMENSÃO LxA (m)

FOLHAS

PEITORIL (m)

TIPO

MATERIAL

CÓDIGO

QNT.

DIMENSÃO LxA (m)

FOLHAS

PEITORIL (m)

TIPO

MATERIAL

P01

01

4,10x2,40

04

FIXO/CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

P12

02

5,15x2,40

04

FIXO/CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

J01

03

2,60x1,50

03

0,10 / 1,10

CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

J12

04

2,00x0,80

02

0,10 / 1,10

CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

P02

08

0,70x2,10

01

GIRO

MADEIRA

P13

02

1,60x2,10

02

GIRO

MADEIRA

J02

02

2,30x1,50

03

1,10

CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

J13

02

1,10x0,70

01

1,90

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

P03

02

0,80x2,10

01

GIRO C/ BARRA

MADEIRA

P14

01

1,10x2,10

01

CORRER

MADEIRA

J03

07

1,40x0,70

02

1,90

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

J14

02

1,15x2,40

01

0,00

FIXO

ALUMÍNIO/VIDRO

P04

27

0,80x2,10

01

GIRO

MADEIRA

P15

01

0,80x2,10

01

GIRO

AÇO / EPS

J04

09

3,00x1,30

03

1,10

CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

J15

04

0,50x0,50

01

FIXO VENEZ.

ALUMÍNIO

P05

08

0,80x2,10

01

GIRO

MADEIRA/VIDRO

P16

03

1,60x2,00

02

GIRO VENEZ.

ALUMÍNIO

J05

08

2,00x0,70

03

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

J16

01

2,45x1,60

01

0,20

FIXO VENEZ.

ALUMÍNIO

P06

05

1,00x2,10

01

CORRER

MADEIRA

P17

01

3,85X2,00

02

CORRER

TELA METÁLICA

J06

05

2,05x1,00

02 / 04

1,10

PANTOGRÁFICA

ALUMÍNIO/VIDRO

J17

02

2,05x1,00

02

1,10

CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

P07

02

1,45x2,10

02

ARTICULADA

MADEIRA

P18

01

1,80x2,00

02

CORRER

TELA METÁLICA

J07

02

3,60x0,70

05

2,10

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

P08

03

2,00x2,10

03

ARTICULADA

MADEIRA

P19

01

3,35x2,00

03

FIXO/GIRO

ALUMÍNIO

J08

03

4,15x0,70

05

2,10

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

P09

03

0,80x2,10

01

GIRO VENEZ.

ALUMÍNIO

P20

01

3,75x2,80

01

BASCULANTE

ALUMÍNIO

J09

03

1,00x2,10

01

0,00

FIXO

ALUMÍNIO/VIDRO

P10

01

2,50x2,40

02

CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

P21

01

0,80x2,10

01

GIRO

ALUMÍNIO

J10

02

2,75x0,70

04

1,90

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

P11

02

4,00x2,40

04

FIXO/CORRER

ALUMÍNIO/VIDRO

J11

02

3,10x0,70

05

PIVOTANTE

ALUMÍNIO/VIDRO

2,10 / 1,90

2,10 / 1,90

0,20 / 1,30

DAU UEM | TCC 2021-22

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO

CONTEÚDO

ESCALA

DATA

Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

planta baixa tabela de esquadrias

1:100

18/04/2022

02/05


LOTE VIZINHO PROJ. BEIRAL

PREVER FAIXAS ANTIDERRAPANTES NA ESCADA

PREVER FAIXAS ANTIDERRAPANTES NA RAMPA

R. PIONEIRA GRACIA MUNHOZ

PROJ. BEIRAL

AV. ALZIRO ZARUR

PREVER FAIXAS ANTIDERRAPANTES NA RAMPA

PROJ. BEIRAL

PROJ. BEIRAL

N

R. GRALHA AZUL

1

PLANTA DE PISO E PAISAGISMO ESCALA 1:100

ESPÉCIES DE ACORDO COM O PLANO DE GESTÃO E ARBORIZAÇÃO URBANA DE MARINGÁ PARA VIAS

PISO E PAVIMENTAÇÃO EXTERNOS ESPECIFICADOS

ESPÉCIES ESPECIFICADAS PARA AS DIRETRIZES DE PAISAGISMO

IPÊ ROXO (Handroanthus heptaphyllus)

JABUTICABEIRA HÍBRIDA (Myrciaria cauliflora)

PAU-FAVA (Senna macranthera)

GERÂNIO ROSA (Pelargonium graveolens)

EVÓLVULO (Evolvulus glomeratus)

TIPO: ARBÓREO | GRANDE PORTE

TIPO: ARBÓREO FRUTÍFERO | PEQUENO PORTE

TIPO: ARBÓREO | PEQUENO PORTE

TIPO: FORRAÇÃO

TIPO: FORRAÇÃO

PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO RETANGULAR

DECK EM MADEIRA

FLORAÇÃO: INVERNO | COR: ROXO

FRUTIFICAÇÃO: VÁRIAS VEZES AO ANO

FLORAÇÃO: VERÃO | COR: AMARELO

FLORAÇÃO: VERÃO | COR: ROSA

FLORAÇÃO: VERÃO| COR: AZUL

ACABAMENTO: CINZA

ACABAMENTO: MADEIRA FREIJÓ

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO, MEIA SOMBRA

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

ASSENTAMENTO: ESPINHA DE PEIXE

ASSENTAMENTO: ALINHADO 90º

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, EQUATORIAL

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL

CLIMA: TROPICAL, SUBTROPICAL

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, OCEÂNICO

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, EQUATORIAL

LOURO-PARDO (Cordia trichotoma)

RESEDÁ ROSA (Largerstroemia indica)

GRAMA ESMERALDA (Zoysia japonica)

BEIJINHO (Impatiens walleriana)

FOLHADO (Viburnum tinus)

TIPO: ARBÓREO | MÉDIO PORTE

TIPO: ARBÓREO | PEQUENO PORTE

TIPO: FORRAÇÃO

TIPO: FORRAÇÃO

TIPO: ARBUSTIVO

CONCREGRAMA GRADE QUADRADA

PLACA DRENANTE QUADRADA 100% PERMEÁVEL

FLORAÇÃO: VERÃO E OUTONO | COR: BRANCO

FLORAÇÃO: PRIMAVERA | COR: ROSA

FLORAÇÃO: -

FLORAÇÃO: VÁRIAS VEZES AO ANO | COR: VARIADO

FLORAÇÃO: PRIMAVERA | COR: BRANCO

ACABAMENTO: CINZA

ACABAMENTO: CINZA

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA

LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO

ASSENTAMENTO: ALINHADO 90º

ASSENTAMENTO: ALINHADO 90º

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, TEMPERADO

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, TEMPERADO

CLIMA: TROPICAL, SUBTROPICAL, TEMPERADO

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, EQUATORIAL

CLIMA: SUBTROPICAL, TEMPERADO

SIBIPIRUNA (Poincianella pluviosa)

ÁRVORE SAMAMBAIA (Filicium decipiens)

GRAMA AMENDOIM (Arachis repens)

HELICÔNIA (Heliconia psittacorum)

CAPIM PALMEIRA (Curculigo capitulata)

TIPO: ARBÓREO | GRANDE PORTE

TIPO: ARBÓREO | PEQUENO PORTE

TIPO: FORRAÇÃO

TIPO: FECHAMENTO | FOLHAGEM

TIPO: FORRAÇÃO | FOLHAGEM

FLORAÇÃO: PRIMAVERA | COR: AMARELO

FLORAÇÃO: PRIMAVERA E VERÃO | COR: VERDE

FLORAÇÃO: VÁRIAS VEZES AO ANO | COR: AMARELO

FLORAÇÃO: PRIMAVERA | COR: LARANJA

FLORAÇÃO: VERÃO | COR: AMARELO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO

LUMINOSIDADE: SOL PLENO, MEIA SOMBRA

LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA

LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, EQUATORIAL

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, EQUATORIAL

CLIMA: TROPICAL, SUBTROPICAL, EQUATORIAL

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL

CLIMA: SUBTROPICAL, TROPICAL, EQUATORIAL

PLACA DRENANTE QUADRADA 100% PERMEÁVEL CIMENTO QUEIMADO

ACABAMENTO: TERRACOTA ASSENTAMENTO: ALINHADO 90º

PORCELANATO

GRANILITE

ACABAMENTO: CINZA CLARO

ACABAMENTO: FUNDO CINZA CLARO

ASSENTAMENTO: ALINHADO 90º

DAU UEM | TCC 2021-22

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO

CONTEÚDO

ESCALA

DATA

Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

planta de piso e paisagismo

1:100

18/04/2022

03/05


MURO EM BLOCO CERÂMICO APARENTE COM ESPAÇAMENTO

MUXARABI FIXO EM MADEIRA FREIJÓ

VIGA EM CONCRETO APARENTE

BLOCO CERÂMICO APARENTE

VENEZIANA METÁLICA

MUXARABI MÓVEL EM MADEIRA FREIJÓ

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

VIGA EM CONCRETO APARENTE

ISOTELHA PIR

2

1

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

MURO EM BLOCO CERÂMICO APARENTE COM ESPAÇAMENTO

ISOTELHA PIR

ELEVAÇÃO 02 ESCALA 1:100

ESCALA 1:100

VIGA EM CONCRETO APARENTE

BLOCO CERÂMICO APARENTE

ELEVAÇÃO 03 - COM MURO

VENEZIANA METÁLICA

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

ISOTELHA PIR

MURO EM TEXTURA PROJETADA

VENEZIANA METÁLICA

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

ISOTELHA PIR

MURO EM TEXTURA PROJETADA

.. CITROEN

ESCALA 1:100

VIGA EM CONCRETO APARENTE

4

VENEZIANA METÁLICA

ELEVAÇÃO 01

MURO EM BLOCO CERÂMICO APARENTE COM ESPAÇAMENTO

3

BLOCO CERÂMICO APARENTE

BLOCO CERÂMICO APARENTE

ELEVAÇÃO 03 - SEM MURO

.. CITROEN

ESCALA 1:100

DAU UEM | TCC 2021-22

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO

CONTEÚDO

ESCALA

DATA

Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

elevações 1, 2 e 3

1:100

18/04/2022

04/05


ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

2.60

+1,70

WC

+1,70

RECEPÇÃO

1.75

ADMINISTRAÇÃO

CIRC. +1,70

+1,65

+1,55

CIRC.

PÁTIO +0,70

4.17

+2,70

S. ENTREVISTAS +0,70

FORRO INCLINADO EM MADEIRA

1.25

+2,70

2.80

+1,68

WC

.20 .12

F. GESSO

5.00

F. GESSO

ISOTELHA PIR i: 8%

4.12

4.12

4.00

F. GESSO

CALHA METÁLICA

F. GESSO

2.80

F. GESSO

+1,68

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

2.20

1.40

.12

.60

1.25 .12

F. GESSO F. GESSO

VENEZIANA METÁLICA

ISOTELHA PIR i: 6%

1.75

ISOTELHA PIR i: 8%

.10

CALHA METÁLICA

FORRO INCLINADO EM MADEIRA

3.12

VENEZIANA METÁLICA

ISOTELHA PIR i: 6%

JARDIM PRIV.

+0,70 +0,40

C. PSICOLOGIA

C. NUTRIÇÃO

C. PEDIATRIA

PASSEIO

ESTACIONAMENTO PASSEIO

1

CORTE AA

2

ESCALA 1:100

PROJ. CAIXA D'ÁGUA 1500L

FORRO INCLINADO EM MADEIRA

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

VENEZIANA METÁLICA

ESCALA 1:100

ISOTELHA PIR i: 6%

F. GESSO

F. GESSO

2.00 2.80

2.95

2.80

4.17

4.12

2.80

3.12

F. GESSO

F. GESSO

.50

1.20

F. GESSO

+2,70

+2,68

CIRC.

+2,00 +1,55

JARDIM PRIV.

+1,70

+1,65

+1,70

QUARTO PPP

SOLÁRIO

.20 .12

.12 .60

1.25

.65

5.92

1.20

.12

1.50

1.75

.25

ISOTELHA PIR i: 8%

CORTE BB

+1,70

CIRC.

+2,65

LAVANDERIA

LAJE TÉCN.

+1,68

COZINHA

REFEITÓRIO

PASSEIO

CORTE CC ESCALA 1:100

VENEZIANA METÁLICA

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

ESPAÇAMENTO ENTRE OS BLOCOS CERÂMICOS

CALHA METÁLICA

ISOTELHA PIR i: 6%

CIRC.

REFEITÓRIO

DESPENSA

1.00

3.70

4.00 +1,70

CIRC.

05 04 03 02 01

F. GESSO

2.15

+2,70

+1,70

F. GESSO

F. GESSO

2.80

2.80 1.00

+1,65

+1,70

2.20

F. GESSO

2.00

2.50

RESÍDUOS

05 04 03 02 01

MUXARABI FIXO EM MADEIRA FREIJÓ

.95

F. GESSO

+2,65

PASSEIO

.42

.12 F. GESSO

2.80

F. GESSO +4,00

VENEZIANA METÁLICA

ESTRUTURA EM MADEIRA FREIJÓ

1.20

1.20

.20

.12

1.25

ISOTELHA PIR i: 6%

+2,00 +1,70

SHAFT

DUTO

CIRC.

+1,70

S. SERVIÇO

+1,65

2.80

CALHA METÁLICA

1.25

3

+1,70

CIRC.

PÁTIO

+0,70

+0,70

S. ESPERA II

4

PASSEIO

C. PSICOLOGIA

CORTE DD ESCALA 1:100

DAU UEM | TCC 2021-22

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO

CONTEÚDO

ESCALA

DATA

Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

cortes AA, BB, CC e DD

1:100

18/04/2022

05/05


.


P á g i n a | 91

apêndice B Mother with a long blonde hair and baby Óleo sobre tela | Lovetta Reyes-Cairo

desenhos técnicos projeto de interiores quarto PPP


P á g i n a | 92


395

200 35

170

30

110

210

BWC Á.: 4,8m²

145

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

BWC Á.: 4,8m²

490

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

130

112

255

232

120

185

150

50

10

240

258

248

200

1

57

PLANTA LAYOUT 1:25

150

50

415

2

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

158

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

PLANTA LAYOUT COTADA 1:25

CONTEÚDO planta layout planta layout cotada

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

01/13


170

8

210

PREVER RECORTE NA ALVENARIA PARA NICHO REVESTIDO EM PORCELANATO *VER DETALHE 02 **DISTÂNCIA DA BASE ATÉ O PISO: 0,80m

PREVER RECORTE NA ALVENARIA PARA NICHO REVESTIDO EM PORCELANATO *VER DETALHE 02 **DISTÂNCIA DA BASE ATÉ O PISO: 1,20m

V1

55

PREVER ORIFÍCIOS COM Ø=5cm PARA ENCAIXE DE ARCO E PERNEIRAS REMOVÍVEIS

PREPARAR CAMA PARA RECEBER PINTURA

50

10

120

40 50

EIXO

10

65

BWC Á.: 4,8m²

30

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

140

50

10

PROJ. COLCHÃO

10

10

9

140 158

3

PREPARAR CAMA PARA RECEBER PINTURA

40 50

PROJ. COLCHÃO

10

10

2010

10

138

10

9

230

158

2

PLANTA DE DETALHES CONSTRUTIVOS 1:25

8

V2

188 210

230

PREVER ENCAIXE P/ COLCHÃO DE CASAL 138x188

BASE DA CAMA RECUADA EM ALVENARIA *VER DETALHE 01

PROJEÇÃO BASE DO COLCHÃO *VER DETALHE 01

1

DET 01 - VISTA 01 1:20

248

CAMA EM ALVENARIA

9

DET 01 - PLANTA BAIXA 1:20

9

248

4

DET 01 - VISTA 02 1:20

5

DET 01 - PERSPECTIVA 1:20

7

30

NICHO RECORTADO NA ALVENARIA E REVESTIDO EM PORCELANATO

DISTÂNCIA DA BASE ATÉ O PISO DEVE SER CONFERIDA NAS VISTAS DE CADA AMBIENTE NAS PRANCHAS 08 E 13

6

DETALHE 02 1:10

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

CONTEÚDO planta de detalhes construtivos

ESCALA

DATA

indicada

18/04/2022

02/13


15

100

PREVER PONTOS PARA MISTURADOR DE PAREDE (H=0,60m)

10

45 PREVER PONTOS PARA CHUVEIRO (H=2,10m) COM MISTURADOR DE PAREDE (H=1,20m)

DEIXAR FIO PASSADO PARA INSTALAÇÃO POSTERIOR

10

15

BWC Á.: 4,8m²

10

BWC Á.: 4,8m²

10

PONTO PARA FITA DE LED (H=2,10m)

10

PONTO ELÉTRICO PARA ALIMENTAÇÃO DA BANHEIRA *DEIXAR FIO PASSADO PARA INSTALAÇÃO POSTERIOR

150

20

20

S

50

55

10

15

A POSIÇÃO DOS PONTOS DE ALIMENTAÇÃO E ESGOTO DA BANHEIRA DEVEM SER LOCADOS CONFORME MANUAL TÉCNICO DO PRODUTO

PONTO PARA CHUVEIRO ELÉTRICO

QUARTO PPP Á.: 20,0m² EIXO

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

15

40

S

175

PREVER PONTOS PARA MISTURADOR DE BANCADA

PREVER PONTOS PARA MISTURADOR DE BANCADA

70

PONTO PARA FITA DE LED (H=1,08m)

180

25

1

40

15

20

S

EIXO

PONTO PARA FITA DE LED (H=2,75m)

PLANTA PONTOS ELÉTRICOS 1:25

2

PLANTA PONTOS HIDRÁULICOS 1:25

*LEGENDA ELÉTRICA

*LEGENDA HIDRÁULICO

TOMADA SIMPLES 110V (H=0,30m)

PONTO PARA FITA DE LED (H=INDICADA) *DEIXAR FIOS PASSADOS P/ INSTALAÇÃO POSTERIOR

ÁGUA QUENTE

TOMADA SIMPLES 110V (H=1,20m) ÁGUA FRIA

PONTO PARA ARANDELA (H=1,20m) *DEIXAR FIO PASSADO P/ INSTALAÇÃO POSTERIOR

TOMADA SIMPLES 110V (H=2,00m) TOMADA SIMPLES 110V (H=2,20m)

ESGOTO

TOMADA DUPLA 110V (H=1,05m)

S

INTERRUPTOR SIMPLES (H=1,20m)

TOMADA DUPLA 110V/220V (H=1,05m)

S

INTERRUPTOR PARALELO (H=1,20m)

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

RALO TAMPA GRELHA QUADRADA ACABAMENTO: INOX TAMANHO: 10x10cm

CONTEÚDO planta pontos elétricos planta pontos hidráulicos

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

03/13


EIXO PORTA

PREVER INSTALAÇÃO ENTRE A PORTA E O AR CONDICIONADO

BWC Á.: 4,8m²

BWC Á.: 4,8m² QUARTO PPP Á.: 20,0m² QUARTO PPP Á.: 20,0m²

1

PLANTA DE AR CONDICIONADO 1:25

2

PLANTA DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA 1:25

*LEGENDA AR CONDICIONADO

*LEGENDA SINALIZAÇÃO LUZ DE EMERGÊNCIA NA PAREDE (H=2,20m)

AR CONDICIONADO (H=2,50m) 12.000 BTU ACABAMENTO: BRANCO

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

PLACA DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA (H=2,20m)

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

CONTEÚDO planta de ar condicionado planta de sinalização de emergência

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

04/13


170

EIXO PAREDE

110

S

EIXO BOX

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

C5 C1

170

115

255

170

C1

C2

C1

15

115

BWC Á.: 4,8m²

C1

57,5

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

145

C4

S

115

C2 15

PROJEÇÃO LUMINÁRIAS *COMPATIBILIZAR COM PLANTA DE LUMINOTÉCNICO

C1

C1

C3

ARANDELA (H=1,20m)

FITA DE LED 2,15m/l

415

S

C4

C1 C3 C4

25

2

C5

C1

115

350

C1

PLANTA DE FORRO 1:25

C5

FITA DE LED 3,50m/l

200

1

BWC Á.: 4,8m²

57,5

490

EIXO PAREDE

C5

EIXO PAREDE

FITA DE LED 1,45m/l

395

C1 C2 C4

*LEGENDA LUMINOTÉCNICO FITA DE LED EMBUTIDA NO MOBILIÁRIO MARCA: BRILIA FITA DE LED 2700K POTÊNCIA 4,8W/m QUANTIDADE: 7,10m/l

PLANTA DE LUMINOTÉCNICO E CIRCUITOS 1:25

ARANDELA BOLA (AR/JAB-DOURADO) MARCA: FR LIGHT ACABAMENTO: DOURADO LÂMPADA: LED 3000K QUANTIDADE: 1 UN.

*LEGENDA FORRO

*LEGENDA CIRCUITOS

FORRO EM GESSO ACARTONADO COM PINTURA FOSCA COR: BRANCO NEVE - RM181 (SUVINIL) PÉ DIREITO: 2,80m *PREVER DILATAÇÃO DE 2cm

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

SPOT REDONDO EMBUTIR (SE-330.1198) MARCA: SAVE ENERGY ACABAMENTO: BRANCO LÂMPADA: PAR16 4000K QUANTIDADE: 8 UN.

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

C1

CIRCUITO Nº 1

S

INTERRUPTOR SIMPLES

S

INTERRUPTOR PARALELO

C5

ACIONAMENTO NO INTERRUPTOR

CONTEÚDO planta de forro planta de luminotécnico e circuitos

SPOT REDONDO EMBUTIR (SE-330.1042) MARCA: SAVE ENERGY ACABAMENTO: BRANCO LÂMPADA: PAR20 4000K QUANTIDADE: 7 UN.

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

05/13


395 87

89

210

35

170

185

30

210

35

170

30

*REVESTIR LATERAIS DA BANHEIRA COM O MESMO REVESTIMENTO DAS PAREDES

255

4

ÁREA DA BANHEIRA

140

106

INÍCIO PAG.

120

INÍCIO PAG.

110

15

8

200

65

PÉ DIREITO 2,80m

140

PÉ DIREITO 2,80m

350

BIT PARA BOX EM GRANITO *VER DETALHE 01

370

BWC Á.: 4,8m²

490

490

INÍCIO PAG.

*PREVER PINTURA DA CAMA EM ALVENARIA

15

20

230

ÁREA DA CAMA

145

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

145

BWC Á.: 4,8m² 110

QUARTO PPP Á.: 20,0m²

215

15

200

215

415

1

PLANTA DE PISO 1:25

2

PLANTA PINTURA E REVESTIMENTO DE PAREDE 1:25

*LEGENDA PINTURA E REVESTIMENTO PINTURA ACETINADA LAVÁVEL COR: CRÔMIO - B161 (SUVINIL)

*LEGENDA PISO PORCELANATO COM ACABAMENTO NATURAL MS. BARCELONA CRISTAL (PORTOBELLO) FORMATO: 1,20x1,20m QUANTITATIVO PISO: 19,95m² REJUNTE: CINZA PLATINA

PINTURA ACETINADA LAVÁVEL COR: BABOSA - E056 (SUVINIL)

BOX EM VIDRO

PINTURA ACETINADA LAVÁVEL COR: CRÔMIO - B161 (SUVINIL) *POSTERIOR PINTURA ORGÂNICA AQUARELADA POR CIMA DA BASE FEITA EM CRÔMIO

SOLEIRA EM GRANITO GRANITO BRANCO SIENA QUANTITATIVO: 0,60m²

RODAPÉ COM ABA CURVA EM PVC ALTURA: 5cm ACABAMENTO: BRANCO QUANTITATIVO: 10,33 m/l

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

BIT EM GRANITO

5

BIT EM GRANITO GRANITO BRANCO SIENA QUANTITATIVO: 0,07m² ALTURA: 5cm

PORCELANATO COM ACABAMENTO NATURAL MS. BARCELONA CRISTAL (PORTOBELLO) FORMATO: 1,20x1,20m QUANTITATIVO PAREDE: 21,21m² REJUNTE: CINZA PLATINA

4

*QUANTITATIVOS SEM PORCENTAGEM DE PERCA

3

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

DETALHE 01 S/E

PORCELANATO COM ACABAMENTO MATTE LOVE HEXA SPK MLX (PORTINARI) FORMATO: 0,17x0,17m (HEXAGONAL) QUANTITATIVO PAREDE: 50 peças REJUNTE: CINZA PLATINA

*QUANTITATIVOS SEM PORCENTAGEM DE PERCA

CONTEÚDO planta de piso planta pintura e revestimento de parede

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

06/13


AMBIENTE: QUARTO

04 04 01 04 03

01

02

03

04

POLTRONA MEDIDAS: 70x65x75cm (LxPxA) ACABAMENTO: LINHO SINTÉTICO ROSÊ / BASE METÁLICA DOURADA QUANTIDADE: 01 UN.

PUFF MEDIDAS: 50x40cm (ØxA) ACABAMENTO: LINHO SINTÉTICO ROSÊ QUANTIDADE: 01 UN.

BANCO / MESA LATERAL MEDIDAS: 40x45cm (ØxA) ACABAMENTO: MADEIRA CLARA QUANTIDADE: 02 UN.

05

06

07

08

BERÇO / MOISÉS MEDIDAS: 45x80x70cm (LxPxA) ACABAMENTO: LINHO SINTÉTICO CINZA / BASE MADEIRA CLARA QUANTIDADE: 01 UN.

CABIDEIRO MEDIDAS: 5cm (Ø) ACABAMENTO: DOURADO QUANTIDADE: 06 UN.

QUADRO MEDIDAS: 70X90cm (LxA) ACABAMENTO: PAPEL FOTOGRÁFICO COM MOLDURA BRANCA QUANTIDADE: 01 UN.

TAPETE MEDIDAS: 170X50cm (LxP) ACABAMENTO: CINZA CLARO QUANTIDADE: 01 UN.

BOLA DE BOBATH + SUPORTE DE PAREDE MEDIDAS: 70cm (Ø) ACABAMENTO: BOLA ROSA / SUPORTE CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

02

08

03

06

05 07 01

02

03 04

1

PLANTA DE MOBILIÁRIO SOLTO / LOUÇAS E METAIS 1:25

*OS ITENS INDICADOS SERVEM COMO REFERÊNCIA, PODENDO SER SUBSTITUÍDOS POR SIMILARES DE ACORDO COM A NECESSIDADE

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

01

02

03

04

CUBA DE SOBREPOR OVAL CÓDIGO: L.65 MARCA: DECA ACABAMENTO: BRANCO QUANTIDADE: 01 UN.

MISTURADOR BICA ALTA LINK CÓDIGO: 1877.C.LNK MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

ACABAMENTO DE REGISTRO LINK CÓDIGO: 4900.C.PQ.LNK MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 02 UN.

BARRA DE APOIO 80cm CÓDIGO: 2310.I.080.POL MARCA: DECA ACABAMENTO: AÇO POLIDO QUANTIDADE: 03 UN.

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

CONTEÚDO mobiliário solto (quarto) louças e metais (quarto)

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

07/13


AMBIENTE: QUARTO

210 180

15

120

INSTALAR AR CONDICIONADO E SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA NO EIXO DA PORTA

15

137,5

90

15

15

210 FORRO DE GESSO (H=2,80m)

30

110

PAREDE COM PINTURA COR CRÔMIO

5

PORTA VISTA 01 1:25

230 50

46

EIXO

70

RODAPÉ COM ABA CURVA EM PVC

TAMPO DO VOLUME DA BANHEIRA EM GRANITO BRANCO SIENA

4 35

INÍCIO PAG.

30

NICHO

VOLUME DA BANHEIRA EM PORCELANATO *SUBIR PAGINAÇÃO ACOMPANHANDO A PAGINAÇÃO DO PISO

BARRA DE APOIO *INSTALAR NO EIXO DA BANHEIRA

6

2

NICHO REVESTIDO EM PORCELANATO BANHEIRA RETANGULAR BLUMENAU COM HIDRO 1,80x0,90x0,42m - BRASIL BANHEIRAS. ACABAMENTO: BRANCO

215

350 240

PROJ. NICHO

246,5

POLTRONA E PUFF EM LINHO SINTÉTICO ROSE

85

EIXO

BOLA DE BOBATH E SUPORTE PARA BOLA FIXADO NA PAREDE

280

V3

80

V4

V2

100

PAREDE REVESTIDA EM PORCELANATO MS. BARCELONA CRISTAL 1,20x1,20m

30

V1

215

1

150

50

PLANTA LAYOUT 1:25

*ACABAMENTOS MARMORARIA: .GRANITO BRANCO SIENA

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

CONTEÚDO vistas com especificações I (quarto)

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

08/13


AMBIENTE: QUARTO

4

PASSAR PONTO ELÉTRICO PARA FRENTE DA MARCENARIA

100

15

100

15

100

15

100

19,5

22,5

22,5 10

19,5

FORRO DE GESSO (H=2,80m)

19,5 19,5 19,5

4

RODAPÉ COM ABA CURVA EM PVC

VISTA 02 1:25

19,5

1

92

PREVER FIXAÇÃO REFORÇADA DAS BARRAS NA CAIXARIA EM MDF

19,5

ESCADA DE LING COM FUNDO E LATERAIS EM MDF TAUARI (GUARARAPES) *PREVER INSTALAÇÃO DE BARRAS DE MADEIRA MACIÇA COM Ø=2cm E ACABAMENTO SIMILAR AO DO MDF **VER DETALHE 01

5

5

4

PREVER FIXAÇÃO REFORÇADA NA PAREDE

19,5 195

280 25

10

EIXO

PROJEÇÃO DO PAINEL RIPADO

40 105

105

135

15

195

25 INSTALAR CABIDEIROS METÁLICOS

BOISERIE EM EPS ESPESSURA: 2cm COM PINTURA COR BABOSA

15

20 25

45

4

19,5

45

PAREDE COM PINTURA COR BABOSA

15 20

INSTALAR QUADRO NO EIXO CENTRAL DO BOISERIE

10 0 92

19,5

490

5

2 20

DET 01 - ISOMÉTRICA 1:10

14

FORRO DE GESSO (H=2,80m)

PAREDE COM PINTURA ORGÂNICA AQUARELADA

60

PROJEÇÃO DO NICHO EM MDF

JANELA PORTA 120

EIXO

120

76

105

4

10

BANCADA E RODABANCADA EM GRANITO BRANCO SIENA

2 2 2

PAINEL RIPADO EM MDF VERDE ALECRIM (GUARARAPES) COM RIPAS DE 5cm ESPAÇADAS 2cm *PREVER CAVA PARA FITA DE LED **VER DETALHE 02

FITA DE LED RIPAS

BERÇO (45x80x70cm)

BASE RIPADO

5

10

RODAPÉ EM GRANITO BRANCO SIENA

10

280 ARMÁRIO COM PORTAS DE GIRO EM MDF VERDE ALECRIM (GUARARAPES)

6

BARRA DE APOIO *INSTALAR NO EIXO DA CAMA

45

5

50

3

215 CAMA EM ALVENARIA COM PINTURA COR CRÔMIO

VISTA 03 1:25

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

4 RODAPÉ COM ABA CURVA EM PVC

DETALHE 02 S/E

*ACABAMENTOS MARMORARIA: .GRANITO BRANCO SIENA *ACABAMENTOS MARCENARIA: .MDF TAUARI (GUARARAPES) .MDF VERDE ALECRIM (GUARARAPES) .BARRAS DE MADEIRA MACIÇA

CONTEÚDO vistas com especificações II (quarto)

ESCALA

DATA

indicada

18/04/2022

09/13


AMBIENTE: QUARTO

NICHO EM MDF TAUARI (GUARARAPES) COM MOLDURA EM PERFIL METÁLICO 2x2cm E CAVA PARA FITA DE LED *VER DETALHES 01 E 02 350

10

PORTA

35

50

35

1

20

40

40

40

VISTA 04 1:25

39

39 1

2 4 23 6 10 2

2 10

2

240

120

1

40

RODAPÉ EM GRANITO BRANCO SIENA RECUADO 5cm EM RELAÇÃO AO MÓVEL

10

70

10 30

46

VOLUME DA BANHEIRA REVESTIDO EM PORCELANATO

50

4

76

4

BANCO EM MADEIRA

0 35

ARMÁRIO COM PORTAS DE GIRO EM MDF VERDE ALECRIM (GUARARAPES) E PUXADOR MEIA LUA DOURADO

90

INÍCIO PAG.

8 23

52

56 2

150

JANELA

NICHOS EM MDF COM MOLDURA EM PERFIL METÁLICO 2x2cm DOURADO

BANCADA E RODABANCADA EM GRANITO BRANCO SIENA *VER DETALHE 03

130

EIXO

230

BARRA DE APOIO *INSTALAR NO EIXO DA BANHEIRA

80

BOLA DE BOBATH E SUPORTE PARA BOLA FIXADO NA PAREDE *INSTALAR NO EIXO DA BANHEIRA

2

FORRO DE GESSO (H=2,80m)

NICHO EM MDF VERDE ALECRIM (GUARARAPES) COM MOLDURA EM PERFIL METÁLICO 2x2cm DOURADO E CAVA PARA FITA DE LED *VER DETALHES 01 E 02

52

2

2

238

56

2

2

106

60

2

2 21 62

60

PAREDE REVESTIDA EM PORCELANATO MS. BARCELONA CRISTAL 1,20x1,20m

20

DETALHE 01 - ISOMÉTRICA 1:25

TAMPA DE INSPEÇÃO INSTALAR CUBA E MISTURADOR NO EIXO DA ÁREA MOLHADA

RODABANCADA (H=10cm) EM GRANITO BRANCO SIENA 240

76

4 2

160

4

44 50

FORRO DE GESSO (H=2,80m)

BANCADA EM GRANITO BRANCO SIENA PRATELEIRA INTERNA EM MDF BRANCO TX

4

ÁREA MOLHADA COM REBAIXO DE 1cm

DETALHE 03 - PLANTA BAIXA 1:15

2

78

2

78

2

76

2

76

72

PRAT.

10 2

PRAT.

35 2 35

2

PREVER INSTALAÇÃO DE 2 LIXEIRAS DESLIZANTES DE 20 LITROS

INTERIOR DO MÓVEL EM MDF BRANCO TX

*ACABAMENTOS MARMORARIA: .GRANITO BRANCO SIENA

FITA DE LED

*ACABAMENTOS MARCENARIA: .MDF TAUARI (GUARARAPES) .MDF VERDE ALECRIM (GUARARAPES) .MDF BRANCO TX .PUXADOR MEIA LUA DOURADO (06 UN.)

240

3

VISTA 04 - DIVISÓRIAS INTERNAS 1:25

5

DETALHE 02 S/E

*ACABAMENTOS SERRALHERIA: .PERFIL METÁLICO 2x2cm DOURADO

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

CONTEÚDO vistas com especificações III (quarto)

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

10/13


AMBIENTE: BWC

01

01

02

03

TAPETE MEDIDAS: 130X50cm (LxP) ACABAMENTO: CINZA CLARO QUANTIDADE: 01 UN.

CUBA DE SOBREPOR OVAL CÓDIGO: L.65 MARCA: DECA ACABAMENTO: BRANCO QUANTIDADE: 01 UN.

MISTURADOR BICA ALTA LINK CÓDIGO: 1877.C.LNK MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

ACABAMENTO DE REGISTRO LINK CÓDIGO: 4900.C.PQ.LNK MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 02 UN.

04

05

06

07

CHUVEIRO COM DESVIADOR SMART CÓDIGO: B5015CMCRB MARCA: CELITE ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

BARRA DE APOIO 80cm CÓDIGO: 2310.I.080.POL MARCA: DECA ACABAMENTO: AÇO POLIDO QUANTIDADE: 02 UN.

PORTA TOALHA BARRA FLEX CÓDIGO: 2040.C.FLX MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

PORTA TOALHA ARGOLA FLEX CÓDIGO: 2050.C.FLX MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

05

05

04 03

08

09

10

01 02 01 06

1

07

PLANTA DE MOBILIÁRIO SOLTO / LOUÇAS E METAIS 1:25

*OS ITENS INDICADOS SERVEM COMO REFERÊNCIA, PODENDO SER SUBSTITUÍDOS POR SIMILARES DE ACORDO COM A NECESSIDADE

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

10

08

09

PAPELEIRA FLEX CÓDIGO: 2020.C.FLX MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

BACIA CONVENCIONAL ASPEN CÓDIGO: P.75.17 MARCA: DECA ACABAMENTO: BRANCO QUANTIDADE: 01 UN.

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

ACABAMENTO PARA VÁLVULA DE DESCARGA HYDRA MAX CÓDIGO: 4900.C.MAX MARCA: DECA ACABAMENTO: CROMADO QUANTIDADE: 01 UN.

CONTEÚDO mobiliário solto (bwc) louças e metais (bwc)

ESCALA

DATA

1:25

18/04/2022

11/13


AMBIENTE: BWC 110

145 FORRO DE GESSO (H=2,80m)

90

ARMÁRIO COM PORTA BASCULANTE EM MDF TAUARI (GUARARAPES) E PUXADOR MEIA LUA DOURADO INÍCIO PAG.

1

120

410 20 41

BANCADA E RODABANCADA EM GRANITO BRANCO SIENA

50

105

2

152 28

145 75

V3 V2

PLANTA LAYOUT 1:20

ESPELHO PRATA CONVENCIONAL REDONDO (Ø=0,75m) COM MOLDURA METÁLICA DOURADA

70

PROJ. PRAT.

REVESTIMENTO HEXAGONAL LOVE HEXA SPK MLX *VER DETALHE 01 PARA PAGINAÇÃO

V1

V3

75

PROJEÇÃO BOX

90

V4

PRATELEIRA EM MDF TAUARI (GUARARAPES) COM CAVA PARA FITA DE LED *VER DETALHE 02

132

170

80

PAREDE COM PINTURA COR BABOSA

70

PAREDE INTERNA DO BOX REVESTIDA EM PORCELANATO MS. BARCELONA CRISTAL 1,20x1,20m

INÍCIO PAG. 5

PRATELEIRA EM MD TAUARI (GUARARAPES)

75

70

VISTA 01 1:20

ÁREA DO ARMÁRIO

55

PRATELEIRA

75 FITA DE LED 45

*ACABAMENTOS MARMORARIA: .GRANITO BRANCO SIENA

3 DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

4

DETALHE 01 - PAGINAÇÃO 1:20

*ACABAMENTOS MARCENARIA: .MDF TAUARI (GUARARAPES) .PUXADOR MEIA LUA DOURADO (01 UN.)

DETALHE 02 S/E

*ACABAMENTO VIDRAÇARIA: .ESPELHO PRATA CONVENCIONAL .MOLDURA DOURADA

CONTEÚDO vistas com especificações I (bwc)

ESCALA

DATA

1:20

18/04/2022

12/13


AMBIENTE: BWC

255 145 FORRO DE GESSO (H=2,80m)

70

FORRO DE GESSO (H=2,80m)

110

PRATELEIRA EM MDF TAUARI COM CAVA PARA FITA DE LED

PAREDE INTERNA DO BOX REVESTIDA EM PORCELANATO MS. BARCELONA CRISTAL 1,20x1,20m 180

2

JANELA

PAREDE COM PINTURA COR CRÔMIO

PAREDE COM PINTURA COR CRÔMIO

280

108

75

PREVER INSTALAÇÃO DE TOALHEIROS 410 41

150

BANCADA E RODABANCADA EM GRANITO BRANCO SIENA ARMÁRIO COM PORTA BASCULANTE EM MDF TAUARI (GUARARAPES) E PUXADOR MEIA LUA DOURADO

50

152 28

BARRA DE APOIO *INSTALAR NO EIXO DA ÁREA DO BOX

100

280

100

RODAPÉ COM ABA CURVA EM PVC

PRATELEIRA EM MDF TAUARI (GUARARAPES)

1

VISTA 02 1:20

RODAPÉ COM ABA CURVA EM PVC

PORTA

2

INÍCIO PAG.

VISTA 03 1:20

170 80

90

30 PAREDE INTERNA DO BOX REVESTIDA EM PORCELANATO MS. BARCELONA CRISTAL 1,20x1,20m

FORRO DE GESSO (H=2,80m)

130

PAREDE COM PINTURA COR BABOSA PROJEÇÃO PRATELEIRA EM MDF

280 30

NICHO REVESTIDO EM PORCELANATO

*ACABAMENTOS MARMORARIA: .GRANITO BRANCO SIENA *ACABAMENTOS MARCENARIA: .MDF TAUARI (GUARARAPES) .PUXADOR MEIA LUA DOURADO (01 UN.)

PAPELEIRA 5

40

INÍCIO PAG.

BARRA DE APOIO *INSTALAR NO EIXO DA ÁREA DO BOX

BOX FIXO EM VIDRO INCOLOR E ESTRUTURA METÁLICA CINZA

100

120

210

NICHO

3

*ACABAMENTO VIDRAÇARIA: .BOX EM VIDRO INCOLOR .ESTRUTURA CINZA

VISTA 04 1:20

DAU UEM | TCC 2021-22 Milena Vicentim da Silva R.A: 103810

A ARQUITETURA NO NASCIMENTO casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR

CONTEÚDO vistas com especificações II (bwc)

ESCALA

DATA

1:20

18/04/2022

13/13


.


A ARQUITETURA NO NASCIMENTO Casa de parto e rede de apoio à gestante em Maringá/PR


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FIGURA 84 – ISOMÉTRICA QUARTO PPP

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page 73

.....................................................................................68 FIGURA 74 – VISTA DA ESQUINA PRINCIPAL

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page 68

FIGURA 65 – PRINCIPAIS ACABAMENTOS DE FACHADA

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page 63

FIGURA 64 - PLANO DE IMPLANTAÇÃO

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page 62

FIGURA 61 - ESQUEMA CONDICIONANTES DO TERRENO

1min
page 55

FIGURA 62 - ILUSTRAÇÃO DO CONCEITO

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pages 59-60

FIGURA 52 - LIMITES PARA A BUSCA DO TERRENO EM MARINGÁ

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page 48

FIGURA 55 - ESQUEMA DE LOCAÇÃO DO TERRENO

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FIGURA 54 - TERRENOS SELECIONADOS PARA O PROJETO

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FIGURA 53 - EIXOS DE COMÉRCIO E SERVIÇO CENTRAL

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FIGURA 25 - HOSPITAL REDE SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE

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FIGURA 17 - CASA ÂNGELA

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FIGURA 11 - TIRINHA ARMANDINHO

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pages 24-25

FIGURA 15 - OFICINA MINISTRADA PELO GRUPO GESTA

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pages 29-30

FIGURA 10 – HOSPITAL SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE

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GRÁFICO 1 - TAXA DE TIPOS DE PARTO EM MARINGÁ EM 2020

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FIGURA 16 - CARTILHA DE ORIENTAÇÕES MINISTÉRIO DA SAÚDE

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SAMARITANO

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FIGURA 12 - LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ FIGURA 13 - QUARTO PPP AMBIÊNCIA NO HOSPITAL SANTA CASA

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FIGURA 9 - GRUPO DE ACOLHIMENTO EM CP

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FIGURA 3 - TAXAS DE PARTO CESÁREA NO MUNDO EM 2015

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FIGURA 7 - LOGO REDE CEGONHA

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FIGURA 2 – PARTO OPERATÓRIO / CESÁREA

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page 14

FIGURA 1 - O NASCIMENTO DE HÉRCULES

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FIGURA 5 - RELATO DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

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page 17

FIGURA 8 - GESTANTE EM TRABALHO DE PARTO EM CP

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pages 20-21

PAULO

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FIGURA 4 - TAXAS DE PARTO NORMAL X CESÁREA NO BRASIL

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