FITOSSANIDADE
PRAGAS DO EUCALIPTO
EXISTE CONTROLE BIOLÓGICO?
Painel Florestal
Bianca Gailoti Rezende Graduanda em Engenharia Florestal - Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral (FAEF - Garça (SP)) bianca.gailote@hotmail.com
julho/agosto 2020
Marcelo de Souza Silva Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia/Horticultura e professor - FAEF – Garça (SP) mrcsouza18@gmail.com
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o Brasil, há uma grande incidência de pragas em eucalipto, tanto espécies nativas como exóticas, para as quais está sendo usado o controle biológico como saída para os químicos, já que os mesmos causam vários impactos ao meio ambiente. Controle biológico de pragas do eucalipto é um fenômeno natural que consiste na regulação do número de insetos por inimigos naturais, os quais se constituem nos agentes de mortalidade biótica. Assim, todas as espécies de insetos considerados pragas para esta cultura têm inimigos naturais que os atacam em alguns de seus vários estágios de vida. Dentre tais inimigos naturais existem grupos bastante diversificados, como outros insetos (predadores e/ou parasitoides), vírus, fungos e bactérias, com maior aplicação comercial, além de outros indivíduos, como nematoides, protozoários, ácaros, aranhas, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Trata-se de um método de controle racional e sadio, que tem como objetivo final utilizar esses inimigos naturais que são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população, visando a regulação da população de pragas nos ambientes de cultivo de eucalipto para níveis inferiores aos de dano econômico.
Contra pragas exóticas Vale destacar que o controle biológico é uma prática muito utilizada para pragas exóticas, isto é, que não são de origem brasileira. Em sua maioria os controladores são do país de origem da própria praga, porém, as pragas nativas já possuem seu próprio inimigo natural onde vivem e já temos um manejo de controle, pois é uma espécie conhecida por nós, como o exemplo das formigas cortadeiras. As pragas podem ser controladas/reguladas de três formas: por meio de parasitoides, ou seja, organismos que, para completar seu desenvolvimento, necessitam de um hospedeiro. Esses parasitoides são menores que suas presas. Os predadores, para completarem seu desenvolvimento e sobreviverem, necessitam se alimentar de mais de um indivíduo, e em geral são maiores que as presas. Por último, os patógenos, que são um grupo de microrganismos que sobrevive internamente ou externamente ao hospe-