Mixmag Online Cover #38 Deborah de Luca 2020

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HIG HLIG HT / NHOAH

NHOAH Photos by Wolfgang Bohusch

NHOAH é um DJ, produtor e compositor alemão de Tech House & Techno. O artista construiu seu nome, ao longo do tempo, como prolífico produtor, compositor, DJ, engenheiro de mixagem, dono de gravadora e artista. Dedicado à cultura criativa e a seus semelhantes, ele já conquistou reconhecimento das principais publicações de música como Resident Advisor, Quietus, TRAX Mag , Clash Magazine, PopMatters, Magnetic Magazine, Data Transmission, The Arts Desk, MTV London e Electronic Groove, alem de já ter sido destaque no Electric Ladyland da BBC 6, da DJ inglesa Nemone. Conversamos com ele durante o buzz de lançamento de seu mais novo EP ‘Our House’ feat. Ina Viola, que acaba de sair pela gravadora R.O.T Records (Respect or Tolerate). Confira abaixo! Conte sua história na Dance Music para o novo público brasileiro que ainda não o conhece Eu venho produzindo música intensamente desde que me MIXMAG.COM.BR

lembro. Tive um tempo extra de folga da escola, talvez essa tenha sido a primeira motivação, haha! Depois da escola, entrei rapidamente no cenário profissional em Berlim. Muitas bandas americanas e inglesas famosas produziam no Hansa-Studio e, loucas demais, muitas queriam me ter lá. Romy Haag que estava com David Bowie na época, Bronskie Beat, os produtores de Eurythmics e Gareth Jones produtor de Depeche Mode. Eu era muito jovem nessa época, ainda não tinha nem vinte anos. Sempre tive uma forte preferência por música eletrônica e dance e tambem por conteúdo político atual. Embora nem sempre vá bem junto. Mas é assim quando você pode comprar seu primeiro computador musical e crescer entre o funk e o punk. Como foi crescer em Berlim Ocidental? O que isso agregou à sua vida como artista e profissional da música eletrônica?

Eu nasci e fui criado em Berlim Ocidental. Berlim Ocidental sempre foi um lugar de retiro para aqueles que pensam e se sentem de forma diferente. Objetivos de consciência, LGBT, pensadores políticos livres e afins. Os clubes ficavam abertos a noite toda, havia os dark rooms ... tudo isso era normal para mim. Só muito mais tarde é que percebi que esse não era o caso em outros lugares do mundo. Provavelmente é por isso que me tornei uma pessoa muito tolerante e que não tolera nada ao mesmo tempo. Você pode pensar que é uma contradição, mas não é. Quando o Muro de Berlim caiu, o techno surgiu e ocupou todo o centro da cidade. E foi até a Loveparade. Era uma subcultura própria e subcultura é o que me interessa. A centelha original que leva a uma nova safra de flores. Nenhuma gaveta existente pode, portanto, capturar bem minha música. De alguma forma, tudo é


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