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Brixton Crossfire 500

TEXTO: Margarida Salgado FOTOS: Pedro Messias

A TOPO DE GAMA DA NOVA MARCA AUSTRÍACA

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A Brixton Motorcycles é das mais recentes marcas de estilo “neo-clássico” pertencente a um grupo austríaco, a KSR Group, criada pelos irmãos Christian e Michael Kirschenhofer em 2015. As motos são desenhadas na Áustria e produzidas na Ásia. Para além da Brixton, o Grupo KSR detém também as marcas italianas Lambretta e Malaguti.

Concentrados até agora nas baixas cilindradas (Felsberg 125 e Felsberg 250), lançaram em 2018 em Milão a Crossfire 500, modelo para competir com os gigantes da indústria e que agora chega ao mercado.

DESIGN NEO-CLÁSSICO

Esta Moto tem um design clássico-vintage minimalista com um toque vanguardista. O seu depósito com linhas retas em forma de X ou “cross”, faz com que a luz ao incidir, lhe dê uma sensação de diferentes tonalidades. O Farol redondo em LED, o banco plano, a luz pequena atrás, as tampas laterais simplificadas, o guiador largo e o painel de instrumentos redondo com informação bastante clara e simples dá continuidade e faz ressaltar o estilo pretendido pela marca. Há que enaltecer o aspeto de qualidade de materiais que tem esta Brixton. Para apimentar, tem pormenores que não foram deixados ao acaso como jantes raiadas, a proteção do radiador e a ponteira de aço inoxidável redondo. Características Principais A Crossfire tem 180Kg, mono amortecedor, suspensões são KYB ajustáveis invertidas na dianteira e mono-amortecedor na traseira também KYB. O sistema de travagem está a cargo dos espanhóis J. Juan e sistema ABS Bosch de dois canais. Em ambas as versões utilizam pneus Pirelli ( MT-60 na 500x e Anget ST na versão standard ). Na versão 500x o guiador é mais largo, banco mais reto com 2 níveis e o suporte de matricula fica acima do pneu.

MOTOR

Segundo a marca, foram precisos 80.000 horas e 20 engenheiros para ajustar o seu motor bicilíndrico paralelo. A moto tem 486cc às 8500 rpm e 43nm às 6500 rpm de potência e binário máximo. Confere às normas Euro 5 e a boa noticias é que esta moto pode ser conduzida por encartados de A2 pela lei que limita a potência para os menos experientes. Relativamente às cores, teremos a opção preta e cinza. O valor são 6.162€ para a versão base. Se optar pelo versão X acresce 300€.

A MOTO CERTA PARA QUEM QUER DAR “O SALTO”

Esteticamente a moto está cheia de estilo, não há nenhum depósito na concorrência com linhas semelhantes o que a torna única. O compromisso entre detalhes vintage, linhas retas e minimalistas tornam-na bastante apetecível. O que mais me surpreendeu foi o bom ar e o aspeto robusto da moto. Para aqueles que têm dúvidas sobre marcas produzidas na Ásia está aqui um bom exemplo de bons acabamentos. O motor é ideal para quem quer dar o salto das 125 e apostar na média cilindrada, esta moto é muito digna e vai respeitá-lo. O equilíbrio entre potência e aceleração deixa-nos bastantes seguros com a sensação de “moto no chão”. As vibrações do motor sentem-se nos médios regimes, como uma bicilíndrica que é, mas não desilude de forma alguma. A embraiagem não diria que seja suave, mas gosto da sensação assertiva. Para os mais distraídos e propensos a erros neste âmbito, diria que é perfeita. Com os seus 180kg e transmissão curta, a moto é efetivamente leve e bastante ágil em mobilidade urbana. Surpreendentemente a aerodi-

nâmica da moto em estrada, sendo uma moto de estilo Naked, o seu comportamento é bastante aceitável e pouco agressivo para com o condutor. O assento é confortável espaçoso mas penalizado pela sua largura excessiva, realidade que não só dificulta o acesso dos pés ao chão como se torna algo incómodo na zona interior das pernas embora esta realidade dependa sempre da fisionomia e sensibilidade de cada

um. O Sistema de travagem tem um bom desempenho tendo em conta as prestações da moto. A suspensões de série têm um comportamento algo duro e seco. A boa noticia é que são reguláveis. O saldo é bastante positivo e arriscar-me-ia a dizer que poderá ser a moto ideal para condutores com menos experiência e que pretendam subir do escalão 125 para um segmento com mais potência e velocidade e até mesmo recomendá-la a condutoras do sexo feminino que procurem um pouco mais de emoção e estilo.

BRIXTON CROSSFIRE 500

MOTORIZAÇÃO

Tipo de Motor Cilindrada

4 tempos refrigerado a água 998 cc

Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro

47 cv @ 8.500 rpm 43 Nm @ 6.750 rpm 2 cilindros paralelos SOHC 4 Válvulas / Cil.

Refrigeração

líquida Diâmetro x Curso n.d. mm Sistema de Arranque Elétrico Taxa de Compressão n.d. Injecção Electrónica

TRANSMISSÃO

Caixa de Velocidades 5 Velocidades Tipo de Caixa manual QuickShift n.d. Embraiagem mecânica Transmissão Final por corrente

QUADRO

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção SUSPENSÕES

Trelissa tubular em aço em aço tubular n.d.

Suspensão Dianteira Invertida ajustável Curso da Susp. Dianteira n.d. mm Suspensão Traseira Amortecedor regulável Curso da Susp. Traseira n.d. mm

TRAVÕES

Travões dianteiros Disco 320 mm Pinças de Travão Diant. Pinças J. Juan 2 pistons Travão Traseiro Disco de 240 mm Pinça Travão Tras. pinça de 1 piston ABS ABS Bosch 9.1

JANTES E PNEUS

Jante Dianteira Jante raios 17" Medida do Pneu Diant. 120-70/17 Jante Traseira Jante liga 17" Medida do Pneu Tras. 160-60/17 Tipo/Marca de Pneus Pirelli

AJUDAS ELECTRÓNICAS

Modos de Motor

n.d.

ABS Controle de Tração DIMENSÕES

n.d. n.d.

Comprimento

2117 mm

Largura

757 mm Altura máx 1116 mm Distância entre Eixos n.d. mm Altura do Assento 795 mm Distância ao Solo nd mm Capacidade do Depósito 14 Litros Peso em Marcha n.d. Kg Peso em Seco 180 Kg

CONSUMOS / EMISSÔES

Consumo Médio

4,0 l / 100 Kms * Emissões CO2 92 g / Km

* Informação de consumos de fábrica CORES 2020 / PVP

Cores PVP Base

2 cores / cinza prata e preto 5.999 €

AGRADECIMENTOS

UMA DESPORTIVA PARA TODOS OS DIAS

A Aprilia Tuono V4 com os seus 175 CV e um pack de electrónica de fazer inveja à maioria das desportivas é uma moto do segmento “naked”, ou antes hypernaked, dadas as suas características técnicas e sobretudo o seu desempenho.

A Aprilia foi das primeiras marcas a “civilizar” as suas superdesportivas e a criar uma forma de as tornar mais utilizáveis e acessíveis para um uso diário sem perder o seu AND desportivo. O conceito de faz bastante sentido e no passado muitos transformavam as superdesportivas em verdadeiras “streetfighters” ( a Ducati registou o termo ) substituindo os avanços colocados nas suspensões por guiadores mais altos, substituindo a mesa superior da direção, obtendo assim maior controle da sua moto e uma postura mais descontraída e confortável. Foi em 2002 que a Aprilia apresentou a sua primeira Tuono e o conceito tem sido um sucesso até aos dias de hoje com praticamente todas as marcas a adoptar o estilo e a produzirem modelos desportivos despidos das suas vestes habituais que lhes conferem maior aerodinâmica em pista. Já em 2012 a Tuono ganhou um novo “coração” e do anterior V2 passou a adoptar um motor V4 tendo a sua ciclística e estética

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