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GP de Portugal
from Obrigado Miguel
Miguel Oliveira despede-se da Tech 3 com vitória histórica
Miguel Oliveira
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cumpre sonho de criança em Portimão
O Autódromo Internacional de Portimão (AIA) acolheu no fim de semana de 21-22 de novembro ofecho de um campeonato singular em diferentes e variadas perspetivas. Com o campeão já encontrado na ronda anterior, esta última prova deu lugar a bastante espetáculo num traçado à antiga, no qual a pista que se molda e adapta ao terreno. Miguel Oliveira teve aqui a oportunidade de concretizar um sonho: correr em casa!
Portugal não estava no calendário inicial. A pandemia de COVID-19 alterou os planos iniciais que a Dorna tinha para 2020, com o AIA (circuito que habitualmente tem o estatuto de ‘reserva’) a dar lugar ao encerrar do campeonato. Tendo em conta a falta de conhecimento sobre o traçado de Portimão, e o pouco tempo em testes, foi decidido aumentar a duração dos treinos para todas as três categorias do mundial. Nas categorias de Moto3 e Moto2, os dois primeiros treinos livres de cada categoria tiveram a duração de 55 minutos cada. No caso da classe principal, o MotoGP, essa duração prolongou-se para 1h10m. Para sábado, a duração das sessões passou a ser a habitual. Mesmo com Joan Mir (Team SUZUKI ECSTAR) já campeão, a categoria de MotoGP tinha outras contas ainda por fechar. A luta pelo segundo lugar estava ao rubro com seis pilotos candidatos ao vice-campeonato. Franco Morbidelli (Petronas Yamaha SRT) chegou ao Algarve com 142 pontos e Álex Rins (Team SUZUKI ECSTAR) com menos quatro pontos que o público de Valentino Rossi (Monster Energy Yamaha MotoGP). Apesar dos dois profissionais serem os candidatos mais fortes ao segundo lugar, havia ainda outros quatro homens com hipóteses matemáticas: Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha MotoGP) (15 pontos), Fabio Quartararo (Petronas Yamaha SRT)/Andrea Dovizioso (Ducati Team) (17 pontos) e, por fim, Pol Espargaró (Red Bull KTM Factory Racing) (20 pontos). A luta pelo título de Rookie do Ano estava também aberta com Brad Binder (Red Bull KTM Factory Racing) a ser o mais bem colocado. O sul-africano detinha 87 pontos, mais 20 que Álex Márquez (Repsol Honda Team) que, por sua vez, tinha hipóteses reduzidas para tirar o lugar ao piloto da KTM. A batalha pelo título de melhor piloto independente do ano também estava aberta, mas apenas entre os dois homens da Petronas Yamaha SRT. Por outro lado, a estrutura malaia já era a melhor equipa independente do ano. Na luta de construtores, a Suzuki e a Ducati estavam empatadas com 201 pontos com a Yamaha em terceiro (com menos 13 pontos) e a KTM ainda com reduzidas hipóteses matemáticas de se chegar ao topo. Na discussão pela melhor equipa do ano, a taça já estava entregue à Suzuki. Após a conquista do campeonato, Joan Mir ainda não estava em si. O piloto de Palma de Maiorca admitiu estar a viver uma experiência única após a conquista de Valência. Por outro lado, reconheceu, em comunicado oficial, que o campeonato não tinha acabado para si, reiterando a sua vontade de vencer: ‘Ainda estou a tentar perceber o que aconteceu no domingo! […] Estes últimos dias têm sido intensos e fantásticos, recebi tantas mensagens de apoio e felicitações dos fãs, de colegas de profissão/pilotos e da própria comunicação social. No entanto, a época ainda não acabou e pretendo conhecer Portimão o mais rápido possível de forma a terminar a temporada com um espírito ainda mais elevado!’ Referente a Miguel Oliveira (Red Bull KTM Tech 3), o piloto português chega a casa com 100 pontos e o décimo lugar da geral. Focado em dizer adeus à Tech 3, o piloto natural de Almada considera que correr em Portimão é um sonho tornado realidade apesar do facto deste GP de
Portugal não ter público. ‘Estou muito entusiasmado com a última corrida que, por sua vez, é a minha ronda caseira. É um sonho que se realiza correr em Portugal no MotoGP. Infelizmente, não teremos público, mas ainda acho que esta é uma boa maneira de fechar a temporada. Espero que possamos obter um resultado muito bom, estarmos confortáveis com a moto a partir de sexta-feira e fazer uma grande corrida para dizer adeus à Red Bull KTM Tech 3’, disse Oliveira em comunicado oficial de equipa. Na categoria intermédia, a luta pelo campeonato não estava entregue e Portimão seria o palco de todas as decisões. Enea Bastianini (Italtrans Racing Team) deixou Valência com a liderança do campeonato e uma diferença, ligeiramente confortável, de 14 segundos para Sam Lowes (EG 0,0 Marc VDS). Luca Marini (SKY Racing Team VR46) era nesta fase terceiro classificado com 18 pontos para o topo e outros quatro para Lowes. O meio-irmão de Valentino Rossi tinha atrás de si outro discípulo do #46: Marco Bezzecchi (SKY Racing Team VR46). O quarto classificado do campeonato era o último com possibilidades matemáticas de se coroar campeão no AIA, já que a diferença para o seu compatriota era de 23 pontos. Na classe de Moto3, as contas também não estavam fechadas e três homens eram candidatos ao tão desejado título. Na dianteira da corrida estava Albert Arenas (Solunion Aspar Team) com um total de 170 conquistados até então. Atrás do espanhol situava-se Ai Ogura (Honda Team Asia) com menos oito pontos e Tony Arbolino (Rivacold Snipers Team) era terceiro com onze pontos para o líder. Num campeonato tão disputado como o de Moto3, onde um erro pode colocar alguém fora dos
Facebook/@asparteam
pontos, a luta estava aberta para estes três candidatos…
MOTO3, TREINOS LIVRES: MASIÁ FICOU UM NÍVEL ACIMA DE TODA A CONCORRÊNCIA
Como tem sido hábito, os pilotos da categoria de Moto3 discutem ao milésimo em toda e qualquer sessão. Os habituais treinos livres não foram exceção dessa aguerrida luta por ‘migalhas’ que podem fazer toda a diferença, já que os 14 melhores são apurados diretamente para o Q2. À exceção de alguns pilotos da segunda metade da tabela, os mais competitivos foram todos mais rápidos na terceira e última sessão de treinos. Jaume Masiá (Leopard Racing) estipulou uma melhor volta em 1m47,398s conseguindo distanciar-se de Albert Arenas que foi três décimas mais lento que o seu compatriota. Jeremy Alcoba (Gaviota Aspar Team Moto3) terminou atrás do seu companheiro de equipa com décima e meia de atraso, terminando o dia com um tempo de 1m47,851s
GASGAS GARANTE LUGAR NO MUNDIAL DE MOTO3 EM 2021
A GasGas irá participar na categoria menos potente do mundial no próximo ano. A marca espanhola vai entrar num dos campeonatos mais disputados do planeta ao lado da Aspar Team. Para que este casamento tenha sucesso, a parceria contará com os espanhóis Izan Guevara e Sergio García. Já com larga experiência no trial, enduro, ralis e, recentemente, nos mundiais de motocrosse, a equipa de Jorge Martínez terá ao seus dispor duas RC 250GP. Após a entrada da KTM e Husqvarna, a GasGas é a terceira marca do grupo KTM a correr no Moto3 para fazer frente às maquinarias Honda que também se têm mostrado competitivas
Arenas torna-se finalmente campeão
MOTO3, QUALIFICAÇÃO: FERNÁNDEZ FAZ POLE; ARENAS ARRANCA DE SEXTO
Com a primeira sessão de qualificação a dar início, os diversos pilotos tentaram desde cedo um tempo base que lhes permitisse mais tarde afinar pormenores. Darryn Binder (CIP Green Power), irmão de Brad Binder, foi o piloto mais rápido neste Q1 ao ser um de dois homens a conseguir marcar um tempo no segundo 47. Assim, o sul-africano estabeleceu uma marca de 1m47,635s ficando à frente de Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse) por, praticamente, três décimas (1m47,934s). Ai Ogura, que estaria a lutar pelo campeonato neste Q1, foi terceiro e quase oito décimas de Binder, ao mesmo tempo que Niccolò Antonelli (SIC58 Squadra Corse) fechou os lugares de acesso ao Q2 com 0,843s para o mais veloz. A segunda sessão de qualificação visou a definição dos melhores 18 lugares para a corrida de domingo. Numa sessão, e num fim de semana, que se mostrou com bom tempo, a luta pelo primeiro lugar da grelha foi levada ao limite. Raúl
Fernández (Red Bull KTM Ajo) foi o autor da melhor volta conseguindo estabelecer um tempo quase no segundo 47. Assim, com a volta em 1m48,051s, o piloto da KTM partilhou a primeira linha de partida com outro espanhol: Jeremy Alcoba. A diferença entre os dois jovens foi de 0,185s numa sessão onde Ayumu Sasaki (Red Bull KTM Tech 3) foi terceiro a 0,240s do seu companheiro de equipa. Tatsuki Suzuki, Ai Ogura e Albert Arenas foram os responsáveis por conseguir um lugar na segunda linha de partida, deixando a luta pelo campeonato em aberto.
MOTO3, CORRIDA: ARENAS É O NOVO CAMPEÃO! FERNÁNDEZ VENCE E CRUZA A META SEM COMPANHIA
Com o apagar das luzes de partida, Raúl Fernández conseguiu fazer o holeshot sendo perseguido por Ai Ogura. Jaume Masiá chegou, entretanto, ao segundo lugar e tinha atrás de si Jeremy Alcoba, Albert Arenas e, claro, Ogura. No início da corrida muitos eram os pilotos a lutar pelas principais posições, pelo que não existia um grupo líder definido. Tony Arbolino, candidato ao título, subiu 11 posições e ocupava a 16.ª posição. Cinco voltas depois, Fernández já detinha dois segundos de vantagem para o segundo classificado. A dez voltas do fim, o espanhol permanecia na liderança, mas a apresentar um diferencial de 8,5s para Alcoba e Arenas. Nesta fase da corrida, Arenas possuía mais 18 pontos que Ogura e 20 que Arbolino nas contas do campeonato. O mundial estava a ser discutido e qualquer erro podia ser determinante. A cinco voltas do fim, Arenas continuava na liderança do campeonato por nove pontos de diferença para Ogura. Fernández era perseguido por Dennis Foggia (Leopard Racing) que, entretanto, tinha chegado à
RED BULL KTM AJO FECHA ALINHAMENTO PARA 2021 NAS CATEGORIAS DE MOTO3 E MOTO2
Foi no sábado do Grande Prémio de Portugal que a equipa de Aki Ajo divulgou oficialmente a sua dupla de ‘armas’ para a próxima temporada. Raúl Fernández permanece na estrutura finlandesa com a sua subida para o Moto2, fazendo equipa com Remy Gardner. Referente ao Moto3, Pedro Acosta conseguiu lugar nos mundiais depois dos bons resultados demonstrados no Red Bull Rookies Cup e no FIM CEV Moto3. Acosta terá como companheiro de equipa Jaume Masiá.
AJO Motorsport
CLASSIFICAÇÃO GP DE PORTUGAL - MOTO3
Pos. Piloto Equipa
Moto Temp./Difer. 1.º Raúl Fernández Red Bull KTM Ajo KTM 38m06,272S 2.º Dennis Foggia Leopard Racing Honda + 5,810s 3.º Jeremy Alcoba Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 5,866s 4.º Sergio García Estrella Galicia 0,0 Honda + 6,447s 5.º Tony Arbolino Rivacold Snipers Team Honda + 12,998s 6.º Darryn Binder CIP Green Power KTM + 13,065s 7.º Celestino Vietti SKY Racing Team VR46 KTM + 13,907s 8.º Ai Ogura Honda Team Asia Honda + 13,929s 9.º John McPhee Petronas Sprinta Racing Honda + 13,945s 10.º Deniz Öncü Red Bull KTM Tech 3 KTM + 14,438s 11.º Niccolò Antonelli SIC58 Squadra Corse Honda + 14,487s 12.º Albert Arenas Gaviota Aspar Team Moto3 KTM + 14,708s 13.º Ayumu Sasaki Red Bull KTM Tech 3 KTM + 19,285s 14.º Carlos Tatay Reale Avintia Moto3 KTM + 23,195s 15.º Kaito Toba Red Bull KTM Ajo KTM + 24,233s 16.º Barry Baltus CarXpert PruestelGP KTM + 24,260s 17.º Ryusei Yamanaka Estrella Galicia 0,0 Honda + 24,321s 18.º Adrian Fernández Rivacold Snipers Team Honda + 24,425s 19.º Stefano Nepa Gaviota Aspar Team Moto3 KTM + 24,625s 20.º Romano Fenati Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna + 24,672s 21.º Andrea Migno SKY Racing Team VR46 KTM + 27,637s 22.º Yuki Kunii Honda Team Asia Honda + 34,490s 23.º Jason Dupasquier CarXpert PruestelGP KTM + 34,884s 24.º Riccardo Rossi BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 35,003s 25.º Maximilian Kofler CIP Green Power KTM + 35,092s 26.º Davide Pizzoli BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 35,216s 27.º Gabriel Rodrigo Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 40,329s 28.º Khairul Idham Pawi Petronas Sprinta Racing Honda + 46,973s
NC Tatsuki Suzuki SIC58 Squadra Corse Honda 2 voltas
NC Jaume Masiá Leopard Racing Honda 4 voltas
NC Alonso López Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 7 voltas NC - Not Classified segunda posição. Até à bandeira de xadrez, Arenas estava a correr riscos desnecessários e chegou mesmo a receber um aviso por passar dos limites da pista. O piloto acabou por terminar no 12.º lugar, o que lhe garantiu o seu primeiro título mundial. Nas contas da corrida, Fernández foi o vencedor e partilhou o pódio com Foggia e Alcoba. Após o fim da corrida, em parque fechado ao site oficial da MotoGP, Arbolino admitiu que chegou a ter problemas em controlar a sua moto: ‘Preciso de algum tempo para acreditar que sou campeão. No início estava a ser uma corrida boa, estava a desfrutar imenso. Mas houve uma altura em que o pneu de trás tornou a moto impossível de se pilotar. Não percebi porquê, mas foi duro. Depois o grupo de trás apanhou-nos e tive uma batalha com o Tony [Arbolino]. Mas na última volta...ui, meu deus. Estou feliz, ultrapassámos tantos momentos complicados esta temporada. Obrigado à minha equipa, à KTM e à minha família, bem como a todos os que me dão apoio.’ Findada a última corrida do campeonato, Albert Arenas conquistou o sonho de se coroar campeão mundial. Aos comandos da sua KTM, o espanhol fez um total de 174 pontos nas 15 corridas deste ano; mais quatro pontos que Tony Arbolino que ascendeu a segundo com o quinto lugar de Portimão. Ai Ogura desceu uma posição nas contas gerais e fechou o ano de 2020 com o terceiro lugar totalizando os mesmos 170 pontos que o italiano. Jeremy Alcoba foi o Rookie do Ano com mais 37 pontos que Deniz Öncü (Red Bull KTM Tech 3). Na batalha de construtores, a Honda venceu com 326 pontos face aos 318 pontos conseguidos pela KTM. A Husqvarna foi terceira, e última, com apenas 86 pontos. Em termos de equipas, a Leopard Racing foi a melhor dupla desta temporada com
229 pontos. A Gaviota Aspar Team Moto3 foi a segunda melhor equipa com 212 pontos e a equipa júnior de Valentino Rossi, a SKY Racing Team VR46, foi a terceira melhor equipa do campeonato com 206 pontos.
MOTO2, TREINOS LIVRES: GARDNER PROTAGONIZA MELHOR VOLTA E PARTE COMO FAVORITO PARA A QUALIFICAÇÃO
Ao contrário da categoria de Moto3, onde os melhores tempos foram realizados no último treino livre, na classe de Moto2 verificou-se uma série de pilotos a fazerem o respetivo tempo no segundo treino. Independentemente do momento em que cada um estabeleceu o seu melhor registo, Remy Gardner (Onexox TKKR SAG Team) acabou por ser a
CLASSIFICAÇÃO GP DE PORTUGAL - MOTO2
Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.
1.º Remy Gardner Onexox TKKR SAG Team Kalex 39m35,476s
2.º Luca Marini
SKY Racing Team VR46 Kalex + 1,609s 3.º Sam Lowes EG 0,0 Marc VDS Kalex + 3,813s 4.º Marco Bezzecchi SKY Racing Team VR46 Kalex + 8,437s 5.º Enea Bastianini Italtrans Racing Team Kalex + 8,646s 6.º Jorge Martín Red Bull KTM Ajo Kalex + 8,899s 7.º Joe Roberts Tennor American Racing Kalex + 8,956s 8.º Augusto Fernández EG 0,0 Marc VDS Kalex + 9,568s 9.º Lorenzo Baldassarri Flexbox HP 40 Kalex + 10,367s 10.º Xavi Vierge Petronas Sprinta Racing Kalex + 11,084s 11.º Marcos Ramirez Tennor American Racing Kalex + 11,199s 12.º Marcel Schrötter Liqui Moly Intact GP Kalex + 16,864s 13.º Bo Bendsneyder NTS RW Racing GP NTS + 16,998s 14.º Tetsuta Nagashima Red Bull KTM Ajo Kalex + 18,550s 15.º Áron Canet Pull&Bear Aspar Team Moto2 Speed Up + 20,169s 16.º Thomas Lüthi Liqui Moly Intact GP Kalex + 22,918s 17.º Lorenzo Dalla Porta Italtrans Racing Team Kalex + 27,141s 18.º Somkiat Chantra IDEMITSU Honda Team Asia Kalex + 27,303s 19.º Stefano Manzi MV Agusta Forward Racing MV Agusta + 27,340s 20.º Dominique Aegerter NTS RW Racing GP NTS + 44,924s 21.º Hafizh Syahrin Pull&Bear Aspar Team Moto2 Speed Up + 51,163s
NC Simone Corsi MV Agusta Forward Racing MV Agusta 3 voltas
NC Andi Farld Izdihar IDEMITSU Honda Team Asia Kalex 6 voltas
NC Edgar Pons Federal Oil Gresini Moto2 Kalex 11 voltas
NC Kasma Daniel Onexox TKKR SAG Team Kalex 13 voltas
NC Jorge Navarro BETA Tools Speed Up Speed Up 18 voltas
NC Hectror Garzó Flexbox HP 40 Kalex 18 voltas
NF1L Fabio Di Giannantonio BETA Tools Speed Up Speed Up 0 voltas
NF1L Nicolò Bulega Federal Oil Gresini Moto2 Kalex 0 voltas NC - Not Classified / NF1L - Not Finished 1st Lap Bastianini é campeão no segundo ano de Moto2
referência para a qualificação com o australiano a fazer, no FP3, uma volta em 1m42,728s. Luca Marini foi o homem que mais perto ficou do filho de Wayne Gardner. O italiano, que viu o seu tempo ser marcado no FP2, terminou a pouco mais de duas décimas de diferença com o cronómetro a marcar 1m42,941s. Hector Garzó (Flexbox HP 40) foi o terceiro melhor numa volta rápida, sendo, também, o mais veloz no segundo 43 depois de ter assinado um tempo de 1m43,044s. O líder do campeonato, Enea Bastianini, fez o nono tempo a quase meio segundo do topo.
MOTO2, QUALIFICAÇÃO: GARNER REPETE FÓRMULA E CONSEGUE A POLE POSITION
Na ânsia de se colocarem entre as melhores posições de partida para a corrida, a primeira sessão de qualificação viu diversos candidatos a fazerem voltas rápidas desde o início. Numa sessão onde estiveram presentes os 15 pilotos mais lentos dos treinos, Marco Bezzecchi foi aquele que fez o melhor tempo
AI OGURA DÁ PASSO SEGUINTE COM SALTO PARA O MOTO2
Depois do rendimento mostrado ao longo de 2020, Ai Ogura confirmou a mudança para a categoria intermédia do calendário mundial. Este salto para o Moto2 será feito com a Idemitsu Team Asia com Ogura a ter como companheiro de equipa Somkiat Chantra. 'Vai ser um novo desafio para ele, vindo da Moto3, mas acreditamos que ele tem a velocidade e o talento necessários para competir na Moto2', fez saber Hiroshi Aoyama, Team Manager da Honda Team Asia.
ao fazer uma volta em 1m43,032s. Bo Bendsneyder (NTS RW Racing GP) apresentou uma velocidade um pouco mais lenta que o italiano, mas ainda assim terminou a 0,248s. Jorge Martín (Red Bull KTM Ajo) foi terceiro a três décimas da frente com Nicolò Bulega (Federal Oil Gresini Moto2) a ser o último a qualificar-se para o Q2. Aos comandos de uma Kalex, Bulega não foi além dos 1m45,370s. Já o Q2 foi um pouco mais renhido nas posições de topo. Tal como já o havia sido nos treinos, Remy Gardner fez a melhor volta da sessão e conquistou a pole position com uma marca de 1m42,592s. Luca Marini voltou a igualar o segundo melhor tempo ficando a 0.118s do australiano. Fabio Di Giannantonio (BETA Tools Speed Up) fechou os acessos à terceira linha com 0,129s para Gardner, numa sessão onde Enea Bastianini, Sam Lowes e Jorge Martín garantiram lugar nas posições seguintes da grelha.
MOTO2, CORRIDA: BASTIANINI CONQUISTA TÍTULO COM UMA DIFERENÇA PEQUENA; GARDNER VENCE APÓS BATER MARINI NO FIM
Luca Marini foi o responsável por fazer o holeshot da corrida. O italiano agarrou-se à liderança da corrida o melhor que podia até Remy Garnder lhe roubar o lugar. Enea Bastianini subia a segundo relegando o meio-irmão de Valentino Rossi para o lugar mais baixo do pódio. Bastianini perdia posição para Marini e Sam Lowes que estava determinado em deixar Portimão com o título em suas mãos. Jorge Navarro (MB Conveyors Speed Up) e Hector Garzó registavam uma queda neste fechar de temporada, numa altura em que Bastianini estava com dificuldades em aguentar Augusto Fernández (EG 0,0 Marc VDS). Na frente, os
MIKA KALLIO SUBSTITUI IKER LECUONA EM PORTIMÃO
Iker Lecuona (Red Bull KTM Tech 3) testou positivo à COVID-19 e foi impedido de correr na penúltima prova do ano. Com a ausência confirmada do espanhol também para o Grande Prémio de Portugal, o colega de equipa de Miguel Oliveira foi substituído por Mika Kallio – piloto de testes da KTM. A informação foi adianta pela própria KTM dias antes da ronda de Portimão numa altura em que o finlandês fazia, sensivelmente, um ano desde a sua última aparição num Grande Prémio.
Michelin
Depois de ter ocupado o lugar de Marc Márquez (Repsol Honda Team) durante a temporada de 2020, foi na conferência de imprensa de construtores, em Portimão, que foi confirmada a permanência de Stefan Bradl na estrutura da Honda. O alemão assumiu o papel de piloto de testes da marca nipónica e passou a pilotar a moto do campeão do ano passado depois deste se ter lesionado no início do campeonato. 'O Stefan tem feito um progresso fantástico e estamos muito contentes. Vamos continuar com ele, enquanto piloto de testes, no próximo ano. Ganhou velocidade de forma muito rápida. Fez tantos testes, tantas corridas. Esforçou-se bastante a Honda valorizou esse trabalho. Os dados que ele recolhe são, de igual forma, muito interessantes, então o Stefan vai continuar na Honda, enquanto piloto de testes, no próximo ano', confirmou Alberto Puig - Team Manager – aos jornalistas.
@photopsp_lukasz_swiderek/Michelin três primeiros ganhavam terreno para os restantes pilotos. Nesta altura, Bastianini era o campeão prematuro com Marini a quatro pontos de diferença. Lowes era terceiro com menos cinco pontos e tudo estava para ser decidido em pista. Um erro de Remy Garnder colocava o piloto no terceiro lugar com Marini a assegurar os comandos da prova. Mais atrás, Bastianini cedia posição para Marco Bezzecchi. Ainda assim, a 13 voltas do fim, Bastianini liderava o campeonato com 204 pontos, assegurando um diferencial de três pontos para Marini. Lowes acompanhava de perto Marini, mas com oito décimas a separar os dois homens. Gardner era terceiro classificado e lutava pelo pódio com Fernández. A 11 voltas da bandeira de xadrez, Lowes perdia o segundo posto para Gardner. Com o decorrer da corrida, Garnder foi pressionando Marini e Bastianini ganhava uma posição mais. Na penúltima volta, na curva três, Garnder passou para os comandos da prova e Marini não perdeu tempo a tentar responder, sem sucesso. Até ao final, o filho de Wayner Gardner manteve a sua posição e cruzou a meta no primeiro lugar. Marini foi segundo e Lowes conseguiu terminar no pódio. Bezzecchi foi quarto e Bastianini quinto lugar conquistando, assim, o campeonato em Moto2. Mesmo ficando de fora do top três, Bastianini, que vai para o MotoGP em 2021 com a Avintia, recolheu pontos suficientes para assegurar o título. Logo após a corrida, em parque fechado, o italiano dedicou esta conquista a todos aqueles que estiveram junto de si e deixou claro que esta foi uma prova muito difícil de se terminar: ‘- Nem sei o que sentir neste momento. Foi uma temporada fantástica e muito muito difícil com a pandemia. Hoje sou campeão do mundo e é incrí-
vel, dedico este feito à minha equipa, à minha namorada, ao meu treinador, a todos [os que me apoiam]. Creio que este é o melhor dia da minha vida. Foi uma grande corrida hoje, mas foi-me impossível vencê-la, foi um desastre para mim mas consegui o quinto lugar. Para ser sincero nem sei o que estou a sentir agora.’ Com a corrida de Portimão, Bastianini foi campeão totalizando 205 pontos sendo o único a passar a margem das duas centenas de pontos em 15 corridas. Marini ascendeu ao segundo lugar com menos nove pontos que o seu adversário mais direto. Por outro lado, Sam Lowes foi terceiro com os mesmos pontos que Marini. Marco Bezzecchi concluiu a temporada deste ano com um quarto lugar da geral, totalizando 184 pontos. Jorge Martín fechou o ano em quinto com 160 pontos. Arón Canet (Kipin Energy Aspar Team Moto2) foi o Rookie do Ano com 67 pontos, enquanto Hector Garzó foi segundo com menos quatro pontos que o seu compatriota. Na batalha entre construtores, a Kalex foi aquela que melhor pontuação conquistou vencendo todas as corridas do ano, sem exceção. Este domínio resultou em 375 pontos com a Speed Up a ser segunda melhor marca com 118 pontos. MV Agusta recolheu apenas 32 pontos e a NTS não foi além dos 22 pontos. No que respeita às equipas, a SKY Racing Team VR46 foi a melhor dupla do ano ao fazer 380 pontos. A EG 0,0 Marc VDS foi segunda com 267 pontos e a Red Bull KTM Ajo terminou no lugar mais baixo do pódio com 251 pontos.
MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SEXTA-FEIRA: ZARCO FECHA PRIMEIRO DIA NA FRENTE; OLIVEIRA ENTROU COM O PÉ DIREITO
O fim de semana começou de forma perfeita para o piloto da casa. Miguel Oliveira despede-se da Tech 3 com duas vitórias
Miguel Oliveira estabeleceu o melhor tempo na primeira sessão de treinos, mostrando desde cedo que devia ser um piloto a ter em conta na corrida de domingo. O profissional natural de Almada assinou uma volta em 1m40,122s e distanciou-se de Maverick Viñales por apenas 0,040s. Aleix Espargaró (Aprilia Racing Team Gresini) levou a sua RS-GP a fazer o terceiro tempo da sessão já com 0,114s de atraso. Joan Mir foi sétimo a sete décimas de diferença. Na segunda sessão de treinos livres, a história foi um pouco diferente no topo da tabela. Johann Zarco (Esponsorama Racing) foi o responsável por se colocar diante de toda a sua concorrência, numa altura em que 15 pilotos se colocaram dentro do segundo 39. Numa sessão onde foi notória a evolução dos tempos em pista, o francês – que corre com uma moto de 2019 – fez a marca de 1m39,417s. Maverick Viñales voltou a ser segundo e Aleix Espargaró repetiu o terceiro melhor tempo da sessão. Mir, o piloto que foi campeão na ronda anterior, subiu a sexto depois de ter conseguido reduzir a diferença em 0,419s para o mais rápido. No que respeita a Miguel Oliveira neste FP2, o piloto da Tech 3 desceu para 13.º - com um tempo de 1m39,946s - mostrando poucas evoluções em termos de tempo absoluto. Findado este primeiro dia de treinos, Zarco foi o melhor piloto da sexta-feira depois de todos, sem exceção, terem feito as suas melhores voltas no FP2.
MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SÁBADO: APENAS JACK MILLER BATEU MIGUEL OLIVEIRA NO APURAMENTO PARA A QUALIFICAÇÃO
A primeira sessão de treinos do fim de semana foi determinante para garantir o apuramento direto ao Q2. Nesse sentido, Jack Miller (Pramac Racing) fez o melhor tempo de todos com uma volta em 1m39,205s, à frente de Miguel Oliveira por 0,125s de diferença. Álex Rins estabeleceu a terceira melhor volta desta última sessão de treinos concluindo a sua participação no FP3 com décima e meia de atraso para o piloto da Pramac. Os cinco mais rápidos no FP3 foram, também, aqueles que fizeram as cinco melhores voltas combinadas. Atras de Miller, Oliveira e Rins ficaram Andrea Dovizioso e Takaaki Nakagami (LCR Honda IDEMITSU) que foi 0,206s mais lento que o #43. Zarco, que fez o sexto tempo combinado, registou a sua melhor volta no FP2 tal como outros pilotos que não conseguiram aprimorar o seu registo no último treino válido para o apuramento. Joan Mir ficou relegado para o Q1 depois de ter sido o 15.º classificado. Já depois de todos saberem quem estava apurado diretamente para o Q2, o quarto e último treino livre serviu para preparar as restantes sessões de sábado. Sem fazerem ataques à tabela de tempos, Pol Espargaró liderou a armada da KTM ao ser o mais rápido da sessão. Com uma volta em 1m40,150s, o espanhol ficou à frente de Miguel
Oliveira por uma diferença mínima (0,034s). Nakagami foi o melhor aos comandos de uma Honda ficando a 0,006s de Oliveira. Viñales, A. Espargaró e Álex Márquez fecharam os acessos ao top seis com o piloto oficial da Honda a terminar a 0,322s do mais rápido.
MOTOGP, QUALIFICAÇÃO: MIGUEL OLIVEIRA ESTREIA-SE NA POLE POSITION EM CASA
A primeira sessão de qualificação começou por ser adiada devido às condições da pista. Johann Zarco teve uma avaria na sua Ducati no final do último treino livre e procurou sair pela escapatória de asfalto. Com o objetivo de garantir a segurança dos pilotos, os responsáveis foram para a pista averiguar se esta
Álex Rins congratula Miguel Oliveira pela pole position
se encontrava em condições para receber a primeira fornada de pilotos. Depois da validação oficial, Joan Mir e Franco Morbidelli, seguidos por Lorenzo Savadori (Aprilia Racing Team Gresini), foram os mais rápidos nos momentos iniciais. Aleix Espargaró e Brad Binder procuravam, também um lugar no Q2 com os dois homens a conseguirem chegar ao segundo 39. Os últimos minutos foram cruciais: Cal Crutchlow (LCR Honda CASTROL) tomou a liderança da sessão e Morbidelli ficou a meros 0,026s daquele que fecharia a sua carreira no Autódromo Internacional de Portimão. Numa última oportunidade ninguém conseguiu superar os dois homens da frente, ficando conhecida a dupla que participaria na segunda sessão de qualificação. De salientar que Valentino Rossi foi sétimo e Joan Mir décimo, o que correspondeu, respetivamente, ao 17.º e 20.º lugar na grelha de partida. O Q2 começou com Maverick Viñales a ditar o ritmo, ficando à frente de Fabio Quartararo por 0,188s. Miguel Oliveira colocou-se entre os cinco melhores, partilhando, novamente, um bom sentimento em relação à sua velocidade no traçado português. Nos últimos cinco minutos, Franco Morbidelli reforçava a sua liderança enquanto Stefan Bradl era segundo. Vários pilotos mostravam melhorias antecipando-se uma luta aguerrida pelas duas primeiras linhas da grelha de partida. Entretanto, Miguel Oliveira bateu Morbidelli por 0,044s com um tempo de 1m38,892s. Miller posicionou-se em terceiro e nada se alterou até ao final da sessão. Assim, o #88 conquistou a sua primeira pole position da carreira na categoria rainha, partilhando a primeira linha com Morbidelli e Miller. Crutchlow foi quarto, Quartararo terminou com o quinto melhor tempo e Stefan Bradl fechou os acessos à segunda linha de partida.
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MOTOGP, CORRIDA: MIGUEL OLIVEIRA ESCREVE NOVAMENTE O SEU NOME NA HISTÓRIA DO DESPORTO COM VITÓRIA PERFEITA EM PORTIMÃO; JOAN MIR, O CAMPEÃO, ABANDONA A CORRIDA
Partindo da primeira posição da grelha de partida, Miguel Oliveira fez um arranque exemplar que lhe daria, metros mais adiante, a conquista do holeshot. O português permaneceu na frente da corrida, seguido por Franco Morbidelli e Jack Miller. Concluída a primeira volta, Oliveira era líder e Francesco Bagnaia (Pramac Racing) abandonava a corrida. Com uma vantagem de 1,5 segundos, Oliveira estava determinado em se afastar de Franco Morbidelli. Bastaram três voltas para Miguel conseguir uma distância de segurança que lhe permitisse fazer uma correta gestão de corrida. Brad Binder sofria uma queda e ficava de fora da corrida. Enquanto isso, Álex Rins alcançou o nono lugar depois de ter suplantado Maverick Viñales. A duas dezenas de voltas do fim, Oliveira estava com um ritmo imparável registando uma diferença de três segundos para Morbidelli, enquanto este era pressionado por Jack Miller. Pol Espargaró era líder de um grupo de 11 pilotos ocupando o quarto lugar. Na frente, Oliveira era sólido e já registava os quatro segundos de diferença a onze voltas do fim. Com o aproximar do final da corrida, os nervos aumentaram para todo e qualquer fã de Miguel Oliveira. Até ao fim, o piloto português não cometeu erros que lhe tivesse custado os tão desejados 25 pontos. Pilotando com mestria até à bandeira de xadrez, Oliveira cruzou a meta na primeira posição conseguindo a sua segunda vitória na categoria repetindo o feito no Grande Prémio da Estíria. Jack Miller foi segundo a uma décima de Morbidelli que, por sua vez, fechou os acessos ao top três. Repetindo o resultado do Grande Prémio da Estíria, Miguel Oliveira admitiu que sonhou com a corrida do qual foi protagonista. O português agradeceu a quem sempre esteve presente nesta jornada, despedindo-se da equipa para o qual defendeu nestes dois anos com um resultado perfeito. ‘É surreal, sonhei com este tipo de corrida e conseguir finalmente fazê-lo, é incrível, não tenho palavras para descrever a minha gratidão para com todas as pessoas que não puderam estar
aqui hoje e que assistiram à corrida em casa. Agradeço à minha equipa na despedida à Tech 3 mas é um dia em grande, poder dar esta vitória à Tech3 e à KTM é um feito incrível para mim. Foi ainda mais especial para mim poder ter aqui a minha família já que na Estíria não foi possível. É um dia incrível para mim, muito emotivo’, disse em parque fechado. Em comunicado de equipa disse: ‘Sabia que tinha um bom ritmo, mas como disse ontem, seria um pouco imprevisível perceber como se iriam comportar os pneus na segunda metade da corrida. Surpreendentemente continuei a fazer facilmente tempos na casa do segundo 40 sem correr muitos riscos, pelo que os pneus aguentaram-se bem. A cinco voltas do fim comecei a pensar em muitas coisas por isso preferi perder alguns décimos de segundo por volta e tentei desfrutar o mais possível. Nessa altura só queria, sinceramente, que a corrida acabasse mais cedo. Liderei do início ao fim, foi uma boa experiência para mim. Desfrutei a moto e apesar de ter alguma pressão, pude lidar com isso e isso foi o mais importante.’ Ao microfone do campeonato, em parque fechado, Jack Miller declarou que era impossível igualar o ritmo de Miguel Oliveira: ‘Para ser sincero o Miguel estava noutro nível, tentei gerir nas primeiras voltas sobretudo, mas ele escapou tão depressa... Eu e o Franco estávamos a pilotar a um bom ritmo, no segundo 40, 40 baixos e alguns 39 e ele continuava a escapar-nos. Fiz o máximo que consegui hoje, era algo complicado de ultrapassar, mais do que estava à espera.’ Franco Morbidelli esteve parte da corrida na segunda posição, mas no fim acabou por perder lugar para Miller. O discípulo de Valentino Rossi considerou que o resultado alcançado foi uma boa forma de terminar um campeonato que este ano decorreu sobre condições únicas. 'Uma grande forma de terminar este campeonato com um pódio. É fantástico. Tivemos um pouco de azar, talvez não tivéssemos todos os olhos em nós e penso que isso nos ajudou a concentrar e a trabalhar ainda melhor, um muito obrigado à equipa e à Yamaha.
CLASSIFICAÇÃO GP DE PORTUGAL - MOTOGP
Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.
1.º Miguel Oliveira 2.º Jack Miller 3.º Franco Morbidelli Red Bull KTM Tech 3 KTM 41m48,163
Pramac Racing
Ducati + 3,193s Petronas Yamaha SRT Yamaha + 3,298s 4.º Pol Espargaró Red Bull KTM Factory Racing KTM + 12,626s 5.º Takaaki Nakagami LCR Honda IDEMITSU Honda + 13,318s 6.º Andrea Dovizioso Ducati Team Ducati + 15,578s 7.º Stefan Bradl Repsol Honda Team Honda + 15,738s 8.º Aleix Espargaró Aprilia Racing Team Gresini Aprilia + 16,034s 9.º Álex Márquez Repsol Honda Team Honda + 18,325s 10.º Johann Zarco Esponsorama Racing Ducati + 18,596s 11.º Maverick Viñales Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha + 18,685s 12.º Valentino Rossi Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha + 18,946s 13.º Cal Crutchlow LCR Honda CASTROL Honda + 19,159s 14.º Fabio Quartararo Petronas Yamaha SRT Yamaha + 24,376s 15.º Álex Rins Team SUZUKI ECSTAR Suzuki + 27,776s 16.º Danilo Petrucci Ducati Team Ducati + 34,266s 17.º Mika Kallio Red Bull KTM Tech 3 KTM + 48,410s 18.º Tito Rabat Esponsorama Racing Ducati +48,411s
NC Lorenzo Savadori Aprilia Racing Team Gresini Aprilia 3 voltas
NC Joan Mir Team SUZUKI ECSTAR Suzuki 10 voltas
NC Brad Binder Red Bull KTM Factory Racing KTM 23 voltas
NF1L Francesco Bagnaia Pramac Racing Ducati 0 voltas NC - Not Classified / NF1L - Not Finished 1st Lap
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Joan Mir, o campeão de 2020, abandona última corrida do ano
Jack Miller e Franco Morbidelli acompanharam Miguel Oliveira no pódio
@photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
Fizemos um grande trabalho. Estivemos no limite a corrida toda, no início vi que o Miguel estava intocável hoje e tentei espremer o máximo potencial da moto, tentei escapar ao Jack, não queria ficar perto dele, mas ele ficou comigo, colocou a vontade dele acima da minha na última volta e não fui capaz de retaliar. Os meus parabéns a ele. Agora é tempo de descansar', comunicou Do outro lado da situação, Joan Mir afirmou que o contacto que teve com Francesco Bagnaia acabou por ser determinante para o resultado da sua corrida: um abandono. Todavia, o espanhol afirmou que poderá agora comemorar com a sua equipa a conquista do campeonato, enquanto se festeja, também, o terceiro lugar de Álex Rins. ‘Não consegui fazer muitas voltas hoje, mas gostei muito daquelas que fiz. Quero pedir desculpa ao Pecco [Bagnaia] porque ele recebeu o pior toque que tivemos. Sinto muito. Depois do contacto comecei a ter alguns problemas com a moto, do lado da eletrónica, e estava impossível para mim terminar a corrida. Com certeza
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Pol Espargaró despede-se da KTM sem qualquer vitória
que encontraremos o problema e trabalharemos nele para o futuro. É uma pena não ter conseguido um bom resultado hoje. Queria terminar em alta, mas é claro que estou muito feliz por ter conquistado o título e por poder comemorar esta noite com a equipa e o Alex [Rins] que ficou em terceiro na classificação’, disse em comunicado oficial. Finalizado mais um campeonato, é hora de olhar para as contas finais. Depois de Joan Mir ter conquistado o título em Valência, o segundo lugar estava em aberto para esta ronda de Portimão. Com o terceiro posto na corrida de domingo, Franco Morbidelli assegurou o segundo lugar com 158 pontos totais; menos 13 que Joan Mir. Álex Rins também manteve o terceiro lugar e os pontos conseguidos nesta última corrida serviram para garantir o lugar mais baixo do top três. Assim, o espanhol fechou o ano com 139 pontos com uma diferença de outros 32 para o seu companheiro de equipa. Andrea Dovizioso subiu um par de posições e terminou a relação com a Ducati (sem lugar para competir em 2021) com o quarto posto das contas gerais, detendo 135 pontos. Pol Espargaró igualou a pontuação
Facebook/ @LCRHondaMotoGPTeam Cal Crutchlow fechou carreira de piloto a tempo inteiro em Portimão
Valentino Rossi despede-se da equipa oficial da Yamaha antes de se mudar para a Petronas SRT
© 2020 Yamaha Motor Racing Srl
de Dovizioso e fechou um capítulo sem nunca ter conseguido vencer uma corrida com a RC16. Já Miguel Oliveira subiu um lugar com esta vitória, onde terminou o campeonato de 2020 com duas vitórias e 125 pontos conquistados este ano com a Tech 3. Brad Binder foi Rookie do Ano com 87 pontos. Álex Márquez foi segundo com menos 13 pontos e Iker Lecuona foi terceiro e último com menos 60 pontos que o sul-africano. Na luta entre construtores, a Ducati foi a melhor marca este ano e assegurou o título com a ronda de Portimão. Com um total de 221 pontos, a fábrica de Borgo Panigale ficou à frente da Yamaha por 17 pontos de diferença (204 pontos). A Suzuki, que viu Mir ser campeão, foi a terceira melhor construtora com dois pontos para a Yamaha (202 pontos). A KTM, a Honda e a Aprilia ficaram com 200, 144 e 51 pontos respetivamente. No que compreende o campeonato de equipas, a Team Suzuki Ecstar foi a melhor dupla com 310 pontos. A Petronas Yamaha SRT ficou em segundo lugar com 248 pontos e a Red Bull KTM Factory Racing fechou o pódio com 222 pontos. Nos pilotos independentes, Morbidelli foi o melhor com 158 pontos. Jack Miller passou a segundo com 132 pontos e Quartararo deu o ano como terminado com 127 pontos. Miguel Oliveira ascendeu a quarto com 125 pontos. A Petronas Yamaha SRT voltou a ser a melhor equipa independente (248 pontos), sendo seguida pela Pramac Racing (183 pontos) e pela Red Bull KTM Tech 3 (152 pontos) que subiu para a terceira posição com a vitória do português.
MUNDIAL MOTO 3 - CONTAS FINAIS
Pos. Piloto Equipa Moto Pontos
1.º Albert Arenas 2.º Tony Arbolino Gaviota Aspar Team Moto3 KTM 174 Rivacold Snipers Team Honda 170
3.º Ai Ogura 4.º Raúl Fernández
Honda Team Asia Honda 170 Red Bull KTM Ajo KTM 159 5.º Celestino Vietti SKY Racing Team VR46 KTM 146 6.º Jaume Masiá Leopard Racing Honda 140 7.º John McPhee Petronas Sprinta Racing Honda 131 8.º Darryn Binder CIP Green Power KTM 122 9.º Sergio García Estrella Galicia 0,0 Honda 90 10.º Dennis Foggia Leopard Racing Honda 89 11.º Jeremy Alcoba Kömmerling Gresini Moto3 Honda 87 12.º Tatsuki Suzuki SIC58 Squadra Corse Honda 83 13.º Gabriel Rodrigo Kömmerling Gresini Moto3 Honda 80 14.º Romano Fenati Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 77 15.º Andrea Migno SKY Racing Team VR46 KTM 60 16.º Ayumu Sasaki Red Bull KTM Tech 3 KTM 52 17.º Deniz Öncü Red Bull KTM Tech 3 KTM 50 18.º Kaito Toba Red Bull KTM Ajo KTM 41 19.º Niccolò Antonelli SIC58 Squadra Corse Honda 40 20.º Stefano Nepa Gaviota Aspar Team Moto3 KTM 38 21.º Filip Salac Rivacold Snipers Team Honda 30 22.º Carlos Tatay Reale Avintia Moto3 KTM 26 23.º Alonso López Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 21 24.º Ryusei Yamanaka Estrella Galicia 0,0 Honda 14 25.º Riccardo Rossi BOE Skull Rider Facile Energy KTM 10 26.º Barry Baltus CarXpert PruestelGP KTM 0 27.º Yuki Kunii Honda Team Asia Honda 0 28.º Jason Dupasquier CarXpert PruestelGP KTM 0 29.º Davide Pizzoli BOE Skull Rider Facile Energy KTM 0 30.º Maximilian Kofler CIP Green Power KTM 0 31.º Adrian Fernández Rivacold Snipers Team Honda 0 32.º Khairul Idham Pawi Petronas Sprinta Racing Honda 0 33.º Dirk Geiger CarXpert PruestelGP KTM 0 MUNDIAL MOTO 2 - CONTAS FINAIS
Pos. Piloto Equipa Moto Pontos
1.º Enea Bastianini 2.º Luca Marini
Italtrans Racing Team Kalex 205 SKY Racing Team VR46 Kalex 196 3.º Sam Lowes EG 0,0 Marc VDS Kalex 196 4.º Marco Bezzecchi SKY Racing Team VR46 Kalex 184 5.º Jorge Martín Red Bull KTM Ajo Kalex 160 6.º Remy Gardner Onexox TKKR SAG Team Kalex 135 7.º Joe Roberts Tennor American Racing Kalex 94 8.º Tetsuta Nagashima Red Bull KTM Ajo Kalex 91 9.º Marcel Schrötter Liqui Moly Intact GP Kalex 81 10.º Xavi Vierge Petronas Sprinta Racing Kalex 79 11.º Thomas Lüthi Liqui Moly Intact GP Kalex 72 12.º Lorenzo Baldassarri Flexbox HP 40 Kalex 71 13.º Augusto Fernández EG 0,0 Marc VDS Kalex 71 14.º Arón Canet Kipin Energy Aspar Team Moto2 Speed Up 67 15.º Fabio Di Giannantonio MB Conveyors Speed Up Speed Up 65 16.º Hector Garzó Flexbox HP 40 Kalex 63 17.º Jorge Navarro MB Conveyors Speed Up Speed Up 58 18.º Jake Dixon Petronas Sprinta Racing Kalex 44 19.º Marcos Ramírez Tennor American Racing Kalex 37 20.º Nicolò Bulega Federal Oil Gresini Moto2 Kalex 32 21.º Hafizh Syahrin Kipin Energy Aspar Team Moto2 Speed Up 21 22.º Stefano Manzi MV Agusta Forward Racing MV Agusta 21 23.º Bo Bendsneyder NTS RW Racing GP NTS 18 24.º Simone Corsi MV Agusta Forward Racing MV Agusta 15 25.º Somkiat Chantra IDEMITSU Honda Team Asia Kalex 10 26.º Edgar Pons Federal Oil Gresini Moto2 Kalex 5 27.º Lorenzo Dalla Porta Italtrans Racing Team Kalex 5 28.º Dominique Aegerter Dynavolt Intact GP NTS 4 29.º Mattia Pasini Red Bull KTM Ajo Kalex 0 30.º Andi Farid Izdihar IDEMITSU Honda Team Asia Kalex 0 31.º Kasma Daniel Onexox TKKR SAG Team Kalex 0 32.º Piotr Biesiekirski NTS RW Racing GP NTS 0 33.º Jesko Raffin NTS RW Racing GP NTS 0 34.º Xavi Cardelus Avintia Esponsorama Racing Speed Up 0 35.º Alejandro Medina Inde Aspar Team Moto2 Speed Up 0
MUNDIAL MOTO 2 - CONTAS FINAIS
Pos. Piloto Equipa
Moto Pontos 1.º Joan Mir Team SUZUKI ECSTAR Suzuki 171 2.º Franco Morbidelli Petronas Yamaha SRT Yamaha 158 3.º Álex Rins Team SUZUKI ECSTAR Suzuki 139 4.º Andrea Dovizioso Ducati Team Ducati 135 5.º Pol Espargaró Red Bull KTM Factory Racing KTM 135 6.º Maverick Viñales Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha 132 7.º Jack Miller Pramac Racing Ducati 132 8.º Fabio Quartararo Petronas Yamaha SRT Yamaha 127 9.º Miguel Oliveira Red Bull KTM Tech 3 KTM 125 10.º Takaaki Nakagami LCR Honda IDEMITSU Honda 116 11.º Brad Binder Red Bull KTM Factory Racing KTM 87 12.º Danilo Petrucci Ducati Team Ducati 78 13.º Johann Zarco Esponsorama Racing Ducati 77 14.º Álex Márquez Repsol Honda Team Honda 74 15.º Valentino Rossi Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha 66 16.º Francesco Bagnaia Pramac Racing Ducati 47 17.º Aleix Espargaró Aprilia Racing Team Gresini Aprilia 42 18.º Cal Crutchlow LCR Honda CASTROL Honda 32 19.º Stefan Bradl Repsol Honda Team Honda 27 20.º Iker Lecuona Red Bull KTM Tech 3 KTM 27 21.º Bradley Smith Aprilia Factory Racing Aprilia 12 22.º Tito Rabat Esponsorama Racing Ducati 10 23.º Michele Pirro Ducati Team Ducati 4 24.º Mika Kallio Red Bull KTM Tech 3 KTM 0 25.º Lorenzo Savadori Aprilia Racing Team Gresini Aprilia 0
MIGUEL OLIVEIRA | A CONFIRMAÇÃO
Não obstante todas as adversidades que a pandemia aportou ao desporto em particular, a temporada 2020 de MotoGP chega ao fim com nota extremamente positiva, que no capitulo desportivo, quer enquanto exemplo para muitas outras modalidades e organizações, pela forma hábil e competente como foi conduzida em segurança e razoabilidade. É uma época absolutamente atípica esta que acaba de findar, repleta de surpresas e de verdades nas quais ninguém se atreveria a apostar antes do seu início. Quem diria que teríamos uma temporada sem uma única corrida concluída por Marc Marquez? Quem apostaria que veríamos Joan Mir sagrar-se campeão do mundo? Quem acreditaria que a Andrea Dovizioso, que compete em MotoGp desde 2008 nunca tendo ficado fora do Top10 em qualquer época e que foi o vice-campeão do mundo nas últimas 3 temporadas estaria agora sem equipa para 2021? Quem afirmaria que Valentino Rossi não iria além de um 15º lugar na classificação geral desde campeonato? Isto é desporto, e por isso é que é tão entusiasmante! Porque as previsões não passam disso mesmo, e as certezas absolutas nesta matéria não existem e podem ser desafiadas a cada momento.
Esta foi a época da confirmação para Miguel Oliveira! [ Não confundir confirmação com afirmação ]. A meio de 2019, a KTM exercia a opção de renovação de contrato com o estreante na categoria rainha Miguel Oliveira, prolongando a sua ligação por mais uma temporada, mas mantendo-o na Tech3. Em 2020 e ainda antes da realização do início do campeonato, o piloto português viu o maior construtor europeu dar-lhe um tremendo voto de confiança ao promove-lo à KTM Factory Team. E isso não foi mais do que a confirmação do seu valor e da sua competência enquanto piloto, mas também de que a sua curva de aprendizagem e evolução, corresponderam às tremendas exigências implícitas.
As últimas 4 corridas foram uma prova da consistência do Miguel, que obteve uma segunda vitória na última corrida do campeonato e 3 lugares dentro do Top6. O português continua a evoluir naquele que tem sido evidenciado com um importante eixo de melhoria, as qualificações, e sempre que consegue qualificar dentro do Top10, assume-se como um candidato ao pódio e acaba a lutar pelos lugares cimeiros. A KTM RC16 está cada vez mais competitiva, provando que o trabalho desenvolvido por Mika Kallio, mas sobretudo pelo experiente Dani Pedrosa enquanto pilotos de testes da marca austríaca se tem revelado precioso para a evolução da moto na sua plenitude.
Última corrida do campeonato em Portimão, o Grande Prémio MEO de Portugal a decorrer num fim de semana [ quase ] perfeito. Sol, 22º C de temperatura ambiente, o nosso super piloto a conquistar a sua primeira pole position da carreira com uma qualificação irrepreensível no sábado, a estabelecer uma volta rápida que é novo record do circuito, e a vitória na corrida com um domínio absolutamente avassalador, liderando do início ao fim da prova. Só faltou o público a este fim de semana perfeito, porque com milhares nas bancadas, teria sido aí sim um fim de semana perfeito! O circuito de Portimão é um circuito exigente e desafiante, e é apelidado de montanha-russa pelas emoções que provoca, seja pelos desníveis importantes da pista, pelas curvas de visibilidade reduzida, ou pelas subidas e descidas constantes ao longo de todo o traçado. No circuito internacional de Portimão ninguém se limita a andar de moto, a palavra pilotar tem efetivamente sentido, e foi isso que Miguel Oliveira fez melhor do que todos os demais competidores. Ele conhece bem este circuito, já lá rodou várias vezes em treinos, [ ainda que não com uma MotoGP ], mas sobretudo no Mundial de Endurance [ EWC 12h Portimão ] realizado em 2016, e por isso teria necessariamente melhores orientações, todavia foi uma partida exemplar e a sua impressionante regularidade ao longo de toda a corrida que lhe permitiram triunfar numa corrida épica. No final, uma tremenda descarga emocional a resumir a temporada atípica pelas razões óbvias, muita emoção e felicidade à mistura e a Portuguesa a fazer-se ouvir de novo no Mundial de MotoGP.
Agora é tempo de retemperar energias de uma época extenuante e preparar da melhor forma uma temporada de 2021, em que se espera que Miguel Oliveira seja presença assídua no Top5. A pergunta que se impõe: Ainda falta muito para se iniciar a temporada 2021?
Licínio Santos Diretor de Parcerias da Cofidis Portugal