Oratórios Barrocos – Arte e Devoção na Coleção Casagrande

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Oratórios

século XVII – das casas grandes às bandeirantistas “Há também um oratório reservado ao culto doméstico, o mais das vezes colocado na varanda, no outro ângulo da casa” (João Maurício Rugendas, 1825/30, Viagem pitoresca através do Brasil, p. 113)

O

s oratórios do século XVII do Pernambuco e São Paulo, pertencentes à coleção, são severos na configuração externa com arremates imitando frontões de igrejas. Internamente, o arco pleno é o mais visível segundo normas do estilo barroco nacional português. O exemplar pernambucano é de talha culta, com excelentes pinturas. Os paulistas seguem uma tradição de talha plana e vazada

hispânica, com rosas singelas e policromia acentuada para os vermelhos. A pintura é de sabor popular com o frescor de traços incultos para as flores e motivos votivos e a policromia, quando há, é desgastada, comprovando a antiguidade das peças. Há em três delas pequenos balaustres imitando os espaços delimitados das igrejas, ou ainda a mesa da comunhão. O oratório com esmoler destaca-se pelo requinte da talha.

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