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History
Guided by the wind
Alittle over 1.5 kilometres from the centre of Vila Baleira in Porto Santo, the Portela viewpoint offers one of the most beautiful views over the town, the Atlantic Ocean and the extensive golden beach.
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As well as the view, it is also in that area, a few metres from the view, that one of the trademark images of Porto Santo can be found: the windmills.
The golden island's contour is predominantly flat, in spite of some exceptions like Pico do Castelo (438 m), Pico da Atalaia (447 m) and Pico do Facho (516 m). This makes it so the island is quite exposed to gales blowing from every direction. It was natural, then, for theinhabitants of Porto Santo to have harnessed the power of nature and used it in their favour.
Guided by the wind, the first windmill on the island was built in 1794. Like the ones that followed, it was used to grind cereal needed to bake bread.
In the decades that followed, construction of windmills started to grow. Made out of wood or stone, the windmills quickly grew to become an important means of sustenance on the island.
In the 1960s, there were still around 30 windmills on Porto Santo. Only six made it to our days still standing. Three of them can be found in the Portela viewpoint, lined up geometrically and connected by a footpath.
Nowadays, none of the windmills are still running. However, the Town Hall of Porto Santo expects to breathe new life into the windmills of Portela and the area surrounding them.
As well as renovating the windmills, the project also foresees the construction of a customer support store and a new parking space. It is an attempt to protect and preserve one of the most important heritage sites for the cultural identity of Porto Santo.
Still this year, from high atop the Portela viewpoint, it is expected that the winds will once again turn the wheels of one of the golden island's windmills.
In 1960, there were around 30. Nowadays, six still stand. The windmills of Porto Santo remain tied to the island's image
Eram cerca 30 em 1960. Hoje restam apenas seis. Os moinhos de vento do Porto Santo permanecem associados à imagem da ilha
TEXT RÚBEN CASTRO PHOTOS ROBERTO RAMOS
Apouco mais de 1,5 quilómetros do centro da Vila Baleira em Porto Santo, o miradouro da Portela apresenta um dos mais belos panoramas sobre a cidade, o oceano Atlântico e o extenso areal dourado.
Para além da vista, é também naquela zona, a poucos metros da panorâmica, que se encontra uma das imagens que vinca a paisagem da ilha de Porto Santo: os moinhos de vento.
O relevo da ilha dourada é predominantemente baixo, apesar de algumas exceções, como os Picos do Castelo (438 m), da Atalaia (447 m) e do Facho (516 m). No entanto, isso faz com que a ilha esteja muito exposta a ventos de todos os quadrantes. Foi então natural que os habitantes de Porto Santo tivessem começado a utilizar a natureza a seu favor.
Guiados pelo vento, o primeiro moinho que existiu na ilha foi construído em 1794. Tal como os que se seguiram, foi utilizado para a moagem de cereais, necessários para o fabrico do pão.
Nas décadas seguintes, a construção de moinhos começou a multiplicar-se. Feitos em madeira, conhecido como giratórios, ou em pedra, os fixos, os moinhos de vento depressa se tornaram num importante meio de sustentabilidade para a ilha.
Na década de 60, existiam ainda cerca de 30 moinhos em Porto Santo. Aos nossos dias, chegaram apenas seis. Três deles encontram-se no miradouro da Portela, alinhados de forma geométrica e ligados por um acesso pedonal.
Atualmente, nenhum dos moinhos se encontra em funcionamento. No entanto, existem expectativas por parte da Câmara Municipal de Porto Santo de dar uma nova vida aos moinhos de vento da Portela e da zona à sua volta.
Para além da requalificação dos moinhos de vento, o projeto prevê ainda a construção de uma loja de apoio aos visitantes e um novo espaço de estacionamento. Trata-se de uma tentativa de defender e conservar um dos mais importantes patrimónios da identidade cultural porto-santense.
Ainda este ano, do alto do miradouro da Portela, há uma grande expectativa de que o vento volte a guiar um dos moinhos da ilha dourada.