visão empresarial
Opiniões
o crescimento exige
disciplina Growth requires discipline
" A liderança do Brasil é inconteste. Há mais de trinta anos que se usa etanol no nosso país. As vantagens competitivas que nós temos em relação a outros países produtores e outras culturas são realmente expressivas. " Marcelo Mancini Stella Vice-presidente da ETH Bioenergia (Grupo Odebrecht) Vice-president of ETH Bioenergia (Odebrecht Group)
A primeira década do século XXI consolida a tendência de os principais países do mundo buscarem novas fontes de matéria-prima e uma diversificação da matriz energética, quer por uma demanda ecológica de sustentabilidade, quer pela iminência dos altos custos de petróleo. Isso se traduz numa grande oportunidade de aumento de demanda de etanol no mundo, como combustível ou como uma fonte alternativa de matéria-prima para os plásticos verdes e para o próprio ETBE. Quando observamos o cenário mundial do potencial de demanda de etanol, considerando as novas normas americanas de combustíveis renováveis, as normas de baixas emissões da Califórnia, as metas de adição de etanol à gasolina na Europa, os movimentos na China, no Japão, vislumbramos um potencial de aumento de até 40 bilhões de litros de etanol no mundo até 2015, sem considerar o Brasil. A liderança do Brasil é inconteste. Há mais de trinta anos que se usa etanol no nosso país. As vantagens competitivas que nós temos em relação a outros países produtores e outras culturas são realmente expressivas. No entanto, há muito mais competitividade por vir, como a mecanização de 100% de colheita e de plantio, as operações totalmente integradas, a otimização do uso de água, novas variedades de cana com muito mais produtividade, flexibilidade de matéria-prima com o etanol celulósico, a transgenia, que ainda nem começamos a explorar, as novas tecnologias de ruptura em fermentação. Todo esse conjunto de oportunidades, tanto através de tecnologias evolutivas como de tecnologias de ruptura, trará muito mais competitividade e produtividade ao etanol brasileiro.
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The first decade of the 21st. Century consolidated the trend of major countries of the world to seek new sources of raw materials and to diversify the energy matrix, whether due to an ecological demand for sustainability, or imminent high oil prices. This translated into a major opportunity to increase the demand for ethanol in the world, as fuel or as an alternative source of raw material for green plastics and even of ETBE. When observing the global scenario of the demand potential for ethanol, considering the new U.S. norms for renewable fuels, the norms on low emissions in California, the norms on adding ethanol to gasoline in Europe, the initiatives being undertaken in China and Japan, we project an increase potential of up to 40 billion liters of ethanol in the world by 2015, not considering Brazil. Brazil’s leading role is undisputed. Ethanol has been used in Brazil for more than 30 years, the competitive advantages we have in comparison with other producing countries and other cultures are in fact quite impressive. However, more competitiveness can be expected, through the mechanization of the entire harvesting and planting processes, totally integrated operations, the optimization of the use of water, new sugarcane varieties of much higher productivity, raw material flexibility due to cellulosic ethanol, transgenetics that we still have not explored, breakthrough technologies in fermentation, i.e., an entire set of opportunities, brought about by evolutionary technologies or breakthrough technologies, will result in much higher competitiveness and productivity for Brazilian ethanol.