visão internacional
o etanol na
Opiniões
Europa Ethanol in Europe
" Mas o etanol somente se consagrou como combustível alternativo após seu desenvolvimento no Brasil. Os países da Europa não se empenharam de forma igualmente consistente em seu desenvolvimento. " Lutz Guderjahn Presidente da eBio (Associação Europeia do Bioetanol Combustível) President of the eBio - European Bioethanol Fuel Association
A combinação do aquecimento global, da diminuição de reservas de energia fóssil e o crescimento populacional é um desafio histórico, tanto para o setor público quanto para o privado. De acordo com estimativas da ONU, a população mundial aumentará anualmente em mais de 75 milhões nos próximos anos. A oferta de alimentos e energia terá de dar conta dessa demanda. Além disso, o aquecimento econômico em países emergentes como a China também resultará em maior demanda de energia e matérias-primas agrícolas. À medida que a economia crescer, mais energia será necessária, e com o aumento do padrão de vida, as pessoas consumirão mais produtos de origem animal, aumentando indiretamente o consumo de grãos ou sementes oleaginosas. Entretanto, essa maior atividade econômica também aumentará a emissão de gases de efeito estufa. Atender à maior demanda está cada vez mais difícil. As reservas de energia fóssil são limitadas e começarão a estar abaixo do nível da demanda já em 2012. Novas fontes são difíceis de desenvolver, o que aumenta os custos de produção de petróleo e os riscos ao meio ambiente, além das emissões. No futuro, teremos de focar mais em gestão sustentável para garantir o acesso das novas gerações a recursos essenciais. A proteção do clima, o uso responsável de recursos e o espaço limitado terão maior prioridade. Os biocombustíveis poderão ter uma contribuição significativa. O fato de que o etanol terá um futuro brilhante foi há muito reconhecido pela indústria automobilística, mas o etanol somente se consagrou como combustível alternativo após seu desenvolvimento no Brasil. Os países da Europa não se empenharam de forma igualmente consistente em seu desenvolvimento. Somente a partir de 2003, quando a UE sancionou a legislação de biocombustíveis, o desenvolvimento dinâmico da capacidade de produção ocorreu. No Brasil e nos Estados Unidos, o apoio ao mercado de etanol se baseia em políticas governamentais relativas à energia e ao comércio, enquanto na Europa isso ocorre em função principalmente da política ambiental. Disso resulta que os
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The combination of global warming, dwindling fossil energy reserves, and population growth represents a historic challenge to the public and private sectors alike. According to UN estimates, the global population will increase by more than 75 million people each year over the next few years. Food and energy supplies will have to meet the resulting demand. In addition, the economic upturn in developing countries such as China also brings with it higher demand for energy and agricultural raw materials. As the economy grows, more energy is needed, and as populations’ standards of living rise, people will consume more animal products, thereby indirectly increasing consumption of grain and oilseeds. However, this increasing economic activity will also increase greenhouse gas emissions. It is becoming more difficult to meet increased demand. Fossil energy reserves are limited and will begin falling short of demand as early as 2012. New sources are more difficult to develop, driving up the costs of oil production and exacerbating environmental risks, increasing emissions. In the future, we will need to focus more on sustainable management, to assure future generations’ access to essential resources. Climate protection, responsible use of resources and limited space will be higher priorities. Biofuels like ethanol can make a valuable contribution. The fact that ethanol has a bright future was acknowledged early on by the automotive industry, but ethanol did not become firmly established as an alternative fuel until its development took hold in Brazil. European countries did not make the same consistent efforts to develop ethanol. It was not until 2003, when the EU passed its biofuels directive, that a dynamic development began to take shape in the buildup of production capacity. In Brazil and the USA support for the ethanol market is based on governmental considerations regarding energy and trade policy, while in Europe this is chiefly motivated by climate policy. As a result, biofuels