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Frete ‘free’ virou parte indispensável

Frete free não se tira mais

Prática que se difundiu com a transmissão dos leilões virou estratégia de venda, exigindo das leiloeiras soluções sustentáveis para o negócio.

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Embarque no Pantanal, realizado pela Central Leilões

Com o tempo, as rotas foram se estendendo, e as concessões ficando maiores”

Tamires Neto, CFM Agropecuária

CaroLina rodrigues carol@revistadbo.com.br

Ofrete “free” veio para ficar nos leilões de bovinos de corte. A regra nunca foi tão clara: vendeu, tem que entregar, mesmo que em destino muito distante da fazenda e sem custo para o comprador. O frete gratuito, ou free, como é chamado pelos pecuaristas, se instaurou no mercado, principalmente nos leilões de touros nos últimos anos, tornando a compra muito mais prática para o consumidor. Não sem um enorme desafio para o vendedor, não somente pelo custo, mas também pela logística da entrega, fatores difíceis de se equacionar a cada novo evento. “Muitas vezes, o cara compra um touro da Matinha no leilão de setembro para trabalhar na estação daquele mesmo ano. Além de entregar, temos que lidar com a pressão do comprador para que o touro chegue logo, e, em boas condições”, relata Luciano Borges, dono do Rancho da Matinha, de Uberaba, MG, de onde saem, todos os anos, cerca de 600 reprodutores para o mercado em leilões, que, invariavelmente, fazem as maiores médias nacionais. Para amenizar o problema, a fazenda tem realizado remates cada vez maiores, objetivando otimizar a entrega. “Se leilão grande é difícil, leilão pequeno é suicídio”, sentencia Luciano Borges, que avalia a questão do frete como uma uma consequência natural de um mercado em formação.

No final de 1990 e início de 2000, os leilões de touros começavam a ganhar a estrada de “poeirão” tendo dois grandes desafios à frente: vender no atacado, tentando valorizar a cabeceira dos projetos de seleção com uma linguagem técnica nova trazida pelos programas de melhoramento genético; e ganhar espaço também entre consumidores de genética de diferentes tamanhos, incluindo o médio e pequeno produtor. Nesta época, surgiam gigantes de mercado, como o CFM, Aliança, Grendene, OB, Naviraí e Carpa, que brigavam entre si na busca de diferenciais que fossem além da produtividade dos animais que ofertavam. Mas que contemplassem, também, facilidades na entrega desses produtos (veja destaque na página seguinte).

“Isso fez com que as rotas fossem cada vez mais estendidas e que as “concessões” fossem cada vez maiores”, observa Tamires Neto, diretor comercial da Agropecuária CFM, de São José do Rio Preto, SP, que no primeiro virtual deste ano entregou sua tourama em 10 Estados da Federação, itinerário bastante difícil de equacionar, admite. Inicialmente, o frete gratuito era garantindo apenas para compras acima de cargas fechadas (24-16 animais), passando para meias cargas nos anos seguintes, até chegar, recentemente, no free para qualquer quantidade. De acordo com os criadores, o custo pode variar de R$ 700 a R$ 1.200 por touro, a depender da região a ser entregue.

outro lado da moeda

Mas, há, também, benefícios nesta prática, segundo as empresas leiloeiras. Dados da Central Leilões, de Araçatuba, SP, mostram que, nos últimos anos, o frete gratuito tornou-se uma ferramenta eficiente de venda com alto poder de atrair compradores, que muito além da genética, se interessam pela logística da entrega mesmo que isso lhe custe um pouco mais.

Levantamento realizado pela empresa em 2018 mostra que de 858 novos clientes cadastrados naquele ano, 486 adquiriram apenas um reprodutor nos leilões que a empresa organizou e por preços acima da média geral. “Isso demonstra claramente que o frete pode atrair novos clientes, que pagam valores diferenciados para receber esse reprodutor na porta de casa”, diz Lourenço Campo, diretor da Central. A média geral dos touros negociados no ano foi de R$ 9.151, valor 18% menor dos que nas compras individuais, onde a média de preços ultrapassou R$ 11.000. “Para esse perfil de consumidor, o frete é fator fundamental de compra”, resume Lourenço que, a princípio, foi contra o conceito de “touro delivery”. “Achei que não precisava e nem podia ter sido

feito da forma que foi. Hoje percebo que essa ‘vanta- nhões, estipulando um prazo máximo de entrega de 60 gem’ para o comprador é também um grande benefício dias para o recebimento da mercadoria. Também adotou para o vendedor, que consegue agregar valor diferencia- protocolos de cuidado no transporte, que funciona por do ao animal e abrir novas praças”. O leiloeiro observa meio de um documento assinado pelo comprador no ato ainda que não se pode tirar uma facilidade dada ao mer- da entrega do animal. A parceria foi instituída com cado do dia para a noite. “Temos que abraçar o porco es- três transportadoras que funcionam de maneipinho e encontrar alternativas para o negócio”. ra regional: uma com acesso a Mato Grosso do

Há dois anos, a Central Leilões iniciou tratativas Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre; outra em com transportadoras e direcionou um funcionário exclu- Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Pará; e uma sivo para cuidar da logística de entrega dos animais ven- terceira especializada apenas na região Nordesdidos a cada leilão que organiza. No ano passado, en- te. “Assim garantimos a entrega em todo o mapa tretanto, deu mais um passo: decidiu criar uma empresa pecuário”, acrescenta Flávio Vieira dos Santos, o de logística, que será mais um braço da leiloeira, desta “Gordinho”, gerente comercial da Programa. vez em parceria com a Programa Leilões, de Londrina, As estatísticas da empresa reforçam o diagnóstico da PR, visando reduzir os custos do frete, hoje muito altos. Central. Considerando os números de 2018, ano do leNo leilão da Carpa, realizado entre os dias 30 e 31 de vantamento que resultou no novo ‘esquema de frete’, a agosto, foi possível baixá-lo de R$ 1.100 para R$ 600 Programa identificou 1.960 clientes novos, que comprapor touro, em função do melhor aproveitamento de fre- ram de um a dois touros, por preços igualmente acima te. “Frete caro é caminhão vazio. Caminhão cheio é su- da média dos leilões em que foram vendidos. “O freportável. Principalmente, de forma organizada”, observa te free, no caso dos virtuais, principalmente, faz toda a o leiloeiro. diferença. Se o criador apresenta sua genética pela TV

Para isso, a empresa desenvolveu um software com para os quatro cantos do País, ele deve garantir também o auxílio do economista Alexandre Mendonça de Barros que ela chegue a esses locais”, diz Gordinho. “O que para organizar a logística e monitorar a rota dos cami- precisamos fazer, como intermediadores, é otimizar o custo disso para o vendedor”. n

O delivery de touros

Embora o frete free seja algo relativamente novo para o pecuarista, na história dos leilões ele não é novidade. A prática teve início no Brasil em 1980 pelas mãos do criador William Koury, no Leilão Garrote a Domicílio, na cidade de Garça, interior de São Paulo, que entregava animais por todo o País. Anos depois o modelo voltou à tona, desta vez na “fina” camada dos produtores de genética com a grife OB Delivery, uma série de leilões virtuais promovidos por Ovídio de Brito, o primeiro a usar a TV intensivamente para vender touros Nelore Mocho produzidos na Guaporé Pecuária, da Agropecuária OB, em Pontes e Lacerda, MT, no final dos anos 2000.

O leilão foi um marco na história dos virtuais porque garantia frete gratuito para todo o Brasil, dentro da malha rodoviária, em qualquer quantidade. “Lembro que o João Arnaldo chegou para o seu Ovídio e propôs fazer um evento diferenciado, que garantisse frete gratuito para qualquer lugar. No início ele quase caiu para trás com a ideia, mas acabou aceitando a sugestão, depois de ouvir a proposta do funcionário: aumentava-se em 20-30% a parcela de cada touro, na época 24, e o frete pagava-se com folga”, conta Fernando Manicardi, gerente de melhoramento genético da agropecuária na época.

Com a cartada de mestre, o OB Delivery fez um sucesso estrondoso por anos consecutivos. Aumentou em 70% a carteira de clientes do criatório, que passou a atender pequenos e médios produtores de diferentes regiões do País, ampliando o mercado até então restrito ao Mato Grosso. “Naquele momento, a genética da OB foi espalhada a nível nacional. Ali nos tornamos conhecidos efetivamente”, lembra Manicardi. Um dos entraves, segundo o ex-gerente, e o que levou a fazenda a rever as contas há alguns anos, foi a não restrição de entrega a alguns Estados. “O produtor deve estar atento a isso antes de estipular o frete do seu leilão. Do contrário, ele pode ter problemas”, alerta João Arnaldo, que ainda hoje organiza os leilões da OB. Atualmente, o criatório têm caminhões próprios para fazer a entrega em locais onde a logística é complicada e muito cara. Nas regiões próximas, o frete é terceirizado. Segundo João Arnaldo, esse esquema tem viabilizado economicamente a venda de 500 touros/ano no sistema delivery. Os outros 300 touros produzidos pela marca são vendidos na fazenda, para clientes regionais.

Frete caro é caminhão vazio. Caminhão cheio é suportável” Lourenço Campo, Central Leilões

Setembro em ebulição nas telas

Faturamento, oferta e média geral apontaram crescimento em relação ao ano passado

Oferta + 30%

Renda + 80%

Média + 38,4%

GuaLberto vita gualberto.vita@midiadbo.com.br

Abatida do martelo seguiu em ritmo acelerado nas mãos dos leiloeiros rurais brasileiros durante os 92 remates de bovinos de genética para carne no mês de setembro. Os resultados computados pelo Banco de Dados da DBO até o fechamento deste balanço, em 1º de outubro, revelaram movimentação financeira total de R$ 167,6 milhões com a venda de 13.190 lotes de machos, fêmeas, embriões e coberturas. A média geral foi de R$ 12.710.

A quantidade de animais e prenhezes superou em 30% a oferta do mesmo mês do ano passado (10.122 lotes). Já o crescimento do faturamento em relação a setembro de 2019 foi ainda mais robusto e alcançou 80%. Na mesma comparação, o valor médio registrado também subiu e bateu em 38,4%.

Por categorias, as ofertas de machos encabeçaram o ranking do mês: 6.914 exemplares, gerando receita de R$ 107,1 milhões, com preço médio de R$ 15.501. De acordo com o Banco de Dados da DBO, a quantidade foi apenas 1,35% superior sobre set/19, mas a cotação média subiu quase 50%.

A demanda por fêmeas foi mais acentuada se comparada a setembro de 2019, passando de 3.187 para 5.962 animais negociados, o que representou um acréscimo de 87,1% na oferta de bezerras, novilhas, matrizes e doadoras. A média geral para a categoria no

92 ReMates de bOvinOs de genética paRa caRne Pistas de setembro registram média geral de R$ 12.710

Raças

Nelore BraNgus aNgus TaBapuã Braford seNepol CaraCu BrahmaN hereford moNTaNa devoN simeNTal guzerá Wagyu

totaL Lotes

9.831 848 810 441 431 413 107 71 68 62 44 36 15 13

13.190

LeiLões

56 11 13 6 9 5 2 3 3 1 2 1 1 1

92 Renda (R$)

123.975.310 11.212.370 10.210.500 5.904.800 5.298.340 5.596.600 1.021.100 1.412.400 933.630 684.750 552.480 560.800 96.100 181.080

167.640.260

Média 12.611 13.222 12.606 13.390 12.293 13.551 9.543 19.893 13.730 11.044 12.556 15.578 6.407 13.929 12.710

MáxiMo 62.000 138.000 99.000 40.500 18.000 18.000 18.000 138.000

Critério de oferta. (-) dados das leiloeiras BC, Camargo agronegóCios, CamBará, Central, ConneCt, estânCia Bahia, leilosul, leilogrande, mB, mCn, mf, PamPa, Panorama, Pantanal, Programa, riCardo niColau, taquarí e trajano silva remates. (-) quantidade de remates em que a raça dividiu Pista Com uma ou mais raças. elaBoração DBO. mês passado foi de R$ 9.113 – alta de 40%.

“Vivenciamos uma roda virtuosa. Motivado pelo preço pago na reposição, o pecuarista busca a melhor genética para a produção de bezerros, o que incentiva o selecionador a investir ainda mais para aumentar seu plantel PO. Em leilões de produção, tenho observado médias de até R$ 18.000 para touros e com total liquidez”, aponta Paulo Brasil. Na avaliação do leiloeiro rural, a pecuária de corte no País se reposiciona perante o mundo, puxada pelas exportações de carne e a retomada no consumo interno.

Marcas de peso

Transmitido pela TV e internet em 12 de setembro, diretamente da Chácara Mata Velha, em Uberaba, MG, os 30 anos do “Leilão Elo de Raça” marcaram a agenda dos grandes remates de setembro. Um dos destaques do tradicional evento foi a negociação de 33% do touro REM Dheef por R$ 1 milhão - valorizando em mais de R$ 3 milhões o líder de sumários e um dos maiores vendedores de sêmen do Brasil. No total, o pregão virtual movimentou R$ 9 milhões com a oferta de doadoras e embriões, apontando média geral de R$ 303.000 – a maior do ano, de acordo com o Banco de Dados da DBO.

Em 26 de setembro, o “Leilão Virtual Gigantes do CEIP” reuniu as produções da Agropecuária Jacarezinho (AJ) e Fazendas São Marcelo (Tangará da Serra, MT), propriedade que foi adquirida nesse mês pela AJ. As negociações do balcão eletrônico incluíram 300 reprodutores Nelore CEIP da geração 2018, avaliados pelo DeltaGen e Cia de Melhoramento, pelo valor médio geral de R$ 12.716.

A seleção CV Nelore Mocho, capitaneada por Carlos Viacava, cravou a maior oferta de 2020 para a raça, segundo o Banco de Dados da DBO: 792 exemplares. As negociações de machos e fêmeas PO - todos avaliados pela ANCP - aconteceram entre os dias 18 e 30 de setembro, em um inovador modelo de vendas a preços fixos pela TV. Dois remates virtuais em 29 e 30 de setembro fecharam a maratona de negócios do conceituado criatório.

Foram arrematados 400 touros de 20 a 24 de meses de idade ao preço médio de R$ 14.500 e 392 novilhas e matrizes à média de R$ 10.000. “Registramos muita recompra, com clientes recorrentes da nossa genética, além de novos compradores. Ficamos satisfeitos com o modelo deste leilão e devemos repetir em 2021, com alguns ajustes”, avalia Viacava.

No total, 83 investidores diferentes, localizados nos estados de SP, GO, ES, RR, MT, MS, MA, BA, RN, TO, MG e RJ foram às compras para pagamentos em 10 parcelas (1+9), gerando receita total de R$ 9,7 milhões. n

Conversa rápida Com Geraldo de Souza Carvalho Jr.

Opecuarista Geraldo de Souza Carvalho Júnior promoveu o “Leilão Virtual Reprodutores Nelore Capital – Fazenda São Lourenço”, que faturou R$ 3 milhões com a venda de 123 animais PO, registrando liquidez total. A média geral foi de R$ 25.182. Com sede em Amambaí, o criatório sul-mato-grossense – conhecido pelo seu seleto plantel Nelore Pintado – aloja exemplares padrão e mocho, criados e recriados a pasto, que integram o Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos, da ABCZ, e o Programa Geneplus, da Embrapa Gado de Corte.

As aquisições no último domingo de agosto somaram 105 touros aspados ao preço médio de R$ 24.800 e 17 reprodutores Nelore Mocho à média de R$ 27.547. Os animais negociados saíram classificados como DECA 1 e Elite.

“O comprador está cada vez mais exigente e busca qualidade, animais produtivos, funcionais e com boa avaliação genética”, afirma o dono da Fazenda São Lourenço, em “Conversa Rápida” com DBO.

São quantos anos dedicados à seleção do Nelore?

A Fazenda São Lourenço acumula mais de 40 anos de trabalho no melhoramento genético da raça, possuindo atualmente mais de 1.000 matrizes PO e seis touros em centrais de inseminação. As fazendas do grupo praticam a integração Agricultura-Pecuária visando aumentar a produtividade de suas terras, sem descuidar do lado social e ambiental.

Na sua avaliação, como foi o virtual da São Lourenço?

Nossos leilões possuem uma clientela fiel e de muitos anos, tanto em Mato Grosso do Sul como em outras partes do Brasil. São clientes que confiam no trabalho e na qualidade que sempre oferecemos e mantivemos na versão virtual, que resultou em excelentes resultados.

E qual é a sua expectativa para o “Leilão Nelore Pintado Brasil”?

O pregão, em 17 de outubro, será virtual. Porém, os animais estarão disponíveis para vistoria presencial no Terra Nova Eventos, em Campo Grande. Acredito que o evento deve apresentar a sua melhor edição, ofertando mais de 300 animais entre machos e fêmeas pintados de preto e de vermelho, todos registrados.

GAP Genética faz pista limpa em inédito virtual

A GAP Genética (Uruguaiana, RS) realizou o seu primeiro leilão totalmente eletrônico, no dia 18 de setembro, após 60 anos de história em remates presenciais. Com pista limpa, a receita foi de R$ 6,1 milhões.

Os Brangus puxaram as vendas. Foram negociadas 95 novilhas e matrizes à média de R$ 7.951 e 148 touros – incluindo animais com CEIP e contratados por centrais de inseminação – ao valor médio de R$ 18.033. Mais 29 machos saíram ao preço fixo de R$ 10.000.

Na raça Angus, os investidores arremataram 15 fêmeas prenhes por R$ 8.173, em média, e 100 reprodutores ao preço médio de R$ 13.374. A pista eletrônica negociou ainda 47 touros Braford à média de R$ 12.808 e 15 ventres a R$ 5.066. Outros 13 machos Hereford saíram pela cotação média de R$ 16.753 e seis fêmeas a R$ 5.600.

Fazendas Sant’Anna celebram 31 anos de leilões

Ofertas selecionadas das raças Nelore e Brahman, além de fêmeas Girsey (cruza de Gir com Jersey), foram apresentadas ao mercado pelo canal Terraviva durante o “31º Leilão Fazendas Sant’Anna”, realizado pela primeira vez na modalidade virtual no dia 13 de setembro. O pregão anual do criatório, com sede em Rancharia, no interior de São Paulo, capitaneado por Jovelino e Bento Mineiro (foto), movimentou R$ 2,7 milhões. Foram arrematados 54 Nelore PO em lotes individuais, ao preço médio de R$ 20.166, mais 99 garrotes adquiridos em baterias, pela média de R$ 13.696.

No Brahman, as negociações envolveram nove reprodutores POI ao preço médio de R$ 25.833. O remate eletrônico computou também a venda de sete matrizes Girsey, negociadas à média de R$ 14.828.

No balanço final, 49 compradores distribuídos por dez estados – Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, São Paulo e Tocantins – adquiriram 169 lotes, que saíram com medições de ultrassonografia de carcaça e índices destacados no PMGZ, da ABCZ.

Touro Brangus é valorizado em R$ 276.000

Os criatórios Brangus HP (Martinópolis, SP) e Brangus do Sertão (Coxim, MS) reuniram mais uma vez suas produções avaliadas de touros e matrizes para promover, em 26 de setembro, nova edição de leilão virtual. A movimentação fi nanceira chegou a R$ 2,4 milhões, com a venda de 138 lotes para 53 investidores em 13 Estados. A média geral foi de quase R$ 23.000 para os touros e de R$ 11.810 para

O pecuarista William Koury fechou espaço na grade de programação do Canal do Boi para promover, em 8 de setembro, o “Leilão Virtual Reserva Especial Nelore Jandaia”.

As ofertas exclusivas de reprodutores PO, originárias na Fazenda Kuluene (Gaúcha do Norte, MT), incluíram 62 exemplares duplamente provados (ANCP e PMGZ) da geração 2017 – em média, exemplares

O “6º Leilão Primavera Casa Branca”, do criador Paulo de Castro Marques, cumpriu agenda em 5 de setembro, no Canal Rural. O virtual vendeu 139 lotes de jovens reprodutores e matrizes Angus, Brahman e Simental, além de pacotes de embriões e mais de 6.500 doses de sêmen, gerando receita de R$ 3,1 milhões – alta de 26,8% em relação ao remate de 2019. as fêmeas Brangus 3/8.

A Fazenda Três Marias (Ipixuna do Pará, PA) se tornou sócia da DECA 1 (iABCZ 18) aos 854 kg e CE 41. Dois touros de destaque da cabeceira do plantel apontaram preço médio de R$ 49.500 no remate, que registrou média geral de R$ 23.337 – valor equivalente a 104,5@ de boi gordo para pagamento à vista em Cuiabá (R$ 222,5/@).

O faturamento bateu em R$ 1,4 milhão, com liquidez total. Foram às compras 27 investidores dos Estados

De Simental foram 14 ventres à média de R$ 12.400 e 22 jovens reprodutores por R$ 17.600. No Brahman, 25 reprodutores saíram a R$ 17.700 e 30 fêmeas a R$ 15.200. Também foram negociados 25 touros Angus à média de R$ 34.600 – alta de 24,6% sobre o do ano passado – e 23 fêmeas a R$ 25.600. Anamélia Brangus HP ao investir R$ 138.000 por 50% do touro Anamélia M411 Castus. O exemplar de pelagem preta da geração 2018 saiu pesando 750 kg e CE 40 (foto).

Além de Castus, outras três cotas de 50% dos touros Anamélia FIV M237, Anamélia FIV M345 Légatus e Anamélia FIV 323L estiveram entre os destaques e saíram contratados pelas centrais ST Repro

Nelore Jandaia faz touros ao valor médio de R$ 23.337

e CRV Lagoa.

de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,

Reprodutor Tabapuã sai por R$ 40.500

Com transmissão pela TV, os criadores João e Gerusa Trivelato realizaram em 10 de setembro o “Leilão Virtual Tabapuã da Gê 05 & Convidados”. Com liquidez total, o pregão eletrônico negociou 55 reprodutores das gerações 2017/18, avaliados pelo PMGZ, ao preço médio de R$ 15.327.

O valor máximo de R$ 40.500 foi registrado após as disputas para a aquisição de Efêmero FIV da Gê 05 – TVCA 1246, lote surpresa do leilão. O touro DECA 2 foi arrematado por Dorvalino Aparecido Dedone.

Todos os animais PO saíram avaliados pelo Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da ABCZ. A propriedade em São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, se dedica à seleção do Tabapuã desde 2008.

Casa Branca Agropastoril fatura R$ 3,1 milhões

Pará e São Paulo.

“Dez touros jovens de extremo potencial, sendo oito Angus, foram contratados pelas centrais”, diz Marques (foto). Contratado pela Select Sires, o reprodutor PWM Antony (638 kg e CE 38) teve cota de 50% arrematada por R$ 75.000 pela Cabanha Romero Ranch, do Equador.

Consórcio é boa opção para investir em máquinas agrícolas

incentivada pela indústria, modalidade apresenta muitos atrativos.

Cláudio Perdoncini, de Serranópolis, GO, investiu em 20 cotas, para adquirir uma nova colheitadeira.

Tudo para facilitar a renovação da frota”

Mariton Moraes, gerente comercial da New Holland

Gualberto vita gualberto.vita@midiadbo.com.br

Abusca pela maior produtividade com sustentabilidade tem incentivado os produtores a implementar cada vez mais tecnologias em suas fazendas. O sistema de integração Lavoura-Pecuária (ILP) é uma alternativa que alia boas práticas agropecuárias e o aumento da eficiência através do uso de equipamentos e máquinas agrícolas..Uma das boas estratégias disponíveis no mercado é o consórcio, uma modalidade planejada para a aquisição de maquinários que viabiliza a modernização nas propriedades, sem descapitalizar o negócio. Semelhante a uma poupança comum, o modelo reúne grupos de pessoas físicas ou jurídicas para adquirirem tratores, colheitadeiras, entre outros implementos. Todos os cotistas contribuem através de pagamentos mensais, trimestrais, semestrais ou anuais até serem contemplados, em um período máximo que pode chegar a 120 meses e uma taxa de administração de 1,5% ao ano. “Sem entrada, sem a incidência de juros e com parcelas baixas, tudo isso facilita a renovação da frota, a ampliação da oferta de tratores ou a aquisição de uma nova máquina, diferenciais competitivos que impactam na performance no campo”, afirma Mariton Moraes, gerente comercial do consórcio New Holland. No primeiro semestre deste ano, o consórcio da marca movimentou quase R$ 258 milhões em novas cotas.

Segundo Moraes, o produtor que tiver interesse em aderir a um consórcio basta comparecer a uma concessionária e apresentar seus documentos, sem burocracia. É possível também fazer uma simulação no site do consórcio antes de contratar. “Cerca de 90% dos nossos cotistas atualmente são pessoas físicas”, informa.

Todo mês, um cotista é sorteado durante as assembleias transmitidas pela internet e recebe sua carta de crédito para comprar o bem. Para aumentar as chances de ser contemplado, o produtor poderá optar pelas modalidades de lances. “O lance fixo pode ser feito com 20 e 30% do valor do equipamento. Já o lance livre chega a até 50% do preço total da máquina”, explica Mariton.Produtor rural há 30 anos no município de Serranópolis, em Goías, Claudio Perdoncini cultiva soja e milho em 3.000 hectares e conta com 20 máquinas agrícolas em sua propriedade Fazenda Ponte de Pedra, incluindo colheitadeiras, tratores e semeadoras – grande parte delas adquiridas em consórcio e com lances de 30%.

Há 15 anos, introduziu a ILP. Hoje, são cerca de 500 ha dedicados para a engorda anual de 500 cabeças de gado, entre os meses de maio e agosto – período caracterizado pela estiagem. “Os equipamentos me ajudam a conseguir maior agilidade durante todo o processo produtivo. Faço o plantio da braquiária juntamente com o milho safrinha no mês de janeiro, sempre em diferentes áreas da fazenda. Após a colheita, os animais entram no pastejo na palhada com a forrageira, além de suplementação com um proteinado. Em 2021, pretendo dobrar a oferta de animais no sistema, disponibilizando 700 ha”, explica o agropecuarista. Atualmente, Cláudio possui em andamento 20 cotas para aquisição de mais uma colheitadeira. n

Quais as vantagens de um consórcio?

• Livre de juros: Uma das maiores vantagens é a ausência de juros. Diferentemente de empréstimos ou financiamentos, em que as cobranças são altas, nesta modalidade é possível se programar e ainda poupar dinheiro. • Poder de negociação: Quem tem sua cota contemplada, recebe a liberação para comprar à vista o bem escolhido. Ou seja, mais poder de negociação pelo melhor preço do seu futuro maquinário. • Maquinário novo: Uma máquina nova evita gastos excessivos com manutenção e reparos, além de mostrar melhores resultados na produção. • Manutenção da reserva financeira: A compra de uma máquina agrícola, sem dúvida, demanda grande quantia de dinheiro – que às vezes a pessoa não tem em mãos.

O consórcio permite adquirir uma cota sem apresentar qualquer entrada ou ter que desfalcar o capital de giro.

Fonte: Consórcio New Holland

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