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7 - A Criação da Quinta. Arma
Em 1924, por ordem ministerial do General Setembrino, o Grupo de Esquadrilha no Sul passou a ser classificado como um destacamento da Escola de Aviação Militar, perdendo assim sua subordinação ao Estado-Maior do Exército.
7 - A Criação da Quinta Arma
Passados os tempos críticos de quase paralisação e involução, entre 1924 e 1926, quando toda a atividade aérea esteve suspensa, em face da participação de aviadores militares nos movimentos revoltosos, o ano de 1927 viria a tornar-se notável para a aeronáutica militar.
No mês de janeiro, o próprio dia 13 já foi auspicioso: marcou a promulgação da Lei 5.168 cuja iniciativa fora do Senador Carlos Cavalcanti, o qual criava a Arma de Aviação do Exército - a Quinta Arma, tão sonhada por oito anos, desde a criação da Escola, em 1919. Era o reconhecimento da autonomia, da força, do valor que a aviação representava, e que agora vinha a ocupar lugar igual ao da Infantaria, da Cavalaria, da Artilharia ou da Engenharia.
Essa importante lei, sancionada pelo Presidente Washington Luiz, que tinha o General Nestor Sezefredo dos Passos como Ministro da Guerra, mudou totalmente a situação precária em que a Aviação Militar se encontrava, proporcionando-lhe uma nova fase de desenvolvimento.
A partir da criação dessa Quinta Arma, organizou-se a Diretoria de Aviação Militar, com sede no prédio da Rua Barão de Mesquita, no Bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, onde já funcionava a Escola de EstadoMaior. O primeiro Diretor foi o General-de-Brigada Álvaro Guilherme Mariante, cujo conhecimento de assuntos de aviação já vinha desde 1922, quando ocupava, como Tenente-Coronel, a chefia de Seção de Aeronáutica do Estado-Maior. Para seu Gabinete, trouxe o Major Pedro Aurélio de Góis Monteiro que, com o Capitão Aguinaldo Caiado de Castro, conduziu a redação de todos os regulamentos para a Aviação do Exército de então. A Diretoria de Aviação era subordinada diretamente ao Estado-Maior, e sua regulamentação deu-se em 2 de junho, pelo Decreto 17.813.
O efetivo do novo Quadro de Oficiais foi, inicialmente, formado pelos que, pertencentes a outras Armas, mas já possuidores do diploma militar de aviação, requereram a respectiva transferência. Entre pilotos e observadores, os seguintes ocuparam as primeiras vagas então abertas:
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Fig. 18 - General Álvaro Guilherme Mariante - Primeiro Diretor da Aviação Militar.
- da Arma de Infantaria: Major Marcos Evangelista da Costa Villela Junio r,Capitão Newton Braga; Primeiros-Tenentes Henrique Raymundo Dyott Fontenelle, Raul Luna, Cícero Odilon Mafra Magalhães, Ivan Carpenter Ferreira, Armando de Mello Meziat, Octávio Alves do Valle, Antonio Fernandes Barbosa, Antonio Alberto Barcellos e Abelardo Servilho de Mesquita; - da Arma de Cavalaria: Capitães Mário Barbedo, Bento Ribeiro Carneiro Monteiro e Aroldo Borges Leitão; PrimeirosTenentes Alvaro Assumpção d'Avila e Arquimedes Cordeiro; - da Arma de Artilharia: Major Alzir Mendes Rodrigues Lima; Capitães Raul Vieira de Mello, Amilcar Sérgio Velloso Pederneiras, Godofredo Franco de Farias, Gervásio Duncan de Lima Rodrigues, Silvino Elpidio Bezerra Cavalcanti, Lysias Augusto Rodrigues, Ivo Borges, Samuel Ribeiro Gomes Pereira, Armando de Souza e Mello Ararigboia e Ajalmar Vieira Mascarenhas; Primeiros-Tenentes Adalberto Araripe da ·Rocha Lima, Uriel Sérgio Cardim, Vasco Alves Secco, Eduardo Gomes, Adherbal da Costa OliveIra, Carlos Saldanha da Gama Chevalier e Edgar Ferreira da Silva;
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