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2 - Aeroclubes, Escolas Civis e Clubes de Planadores
2 - Aeroclubes, Escolas Civis e Clubes de Planadores
Antes da criação do D.A.C., os órgãos do M.V.O.P. mostraram-se sensíveis aos problemas da aviação desportiva. Os auxílios que tentaram dar à aviação comercial não tinham senão o objetivo de interiorizar o transporte aéreo; aquele interesse em desenvolver a aviação desportiva, então comum em todos os países, e que proporcionava uma elite de aviadores, esse não existia.
Em 1934, o Governo Provisório concedeu uma subvenção de cento e vinte contos de réis ao Aeroc1ube do Brasil, já então · enfrentando grandes dificuldades para sobreviver. Como havia saldo na dotação orçamentária, havia lugar para o auxílio ao plano de obras da entidade. Mas essas iniciativas não obedeciam a um planejamento, nem tinham continuidade. Vale ressaltar que eram precedidas de consideranda que faziam . crer no reconhecimento da necessidade de estabelecer a política definitiva de auxílio, mas não saía. disso:
( ... ) considerando que a aviação desportiva, reserva da aviação militar, necessita de recursos urgentes e que só o Governo Federal pode concedê-los; considerando que todos os países subvencionam os seus aeroclubes ( ... )
Por que não fazer do auxílio isolado uma sistemática que levasse o Aeroclube . a continuar tudo aquilo· que de bom reconheciam nele?
Somente no seu oitavo ano de vida foi que o D.A.C. acordou para o problema. Para isso deve ter contribuído muito o reflexo vindo da Europa, já vivendo em clima de pré-guerra.
Até então o Brasil só contava com o esforço dos abnegadosl que criavam e mantinham pequenos aeroclubes a duras penas. Para o Governo, só havia duas entidades dignas de amparo: o Aeroclube do Brasil e o de São Paulo. No entanto, já existiam em funcionamento cerca de cinqüenta aeroclubes espalhados pelo País, notadamente em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Finalmente, por iniciativa do Departamento de AerOnáutica Civil, tardia mas nem por isso desmerecida, o Orçamento Geral da União para 1938 destinou a dotação de, 1.500:000$000 (mil e quinhentos contos de réis), para subvencionamento de aeroclubes, escolas de aviação civil e clubes de planadores.
O ano de 1938 constituiu um marco para a aviação desportiva, pois até os governos estaduais passaram a tomar conhecimento do problema e ajudar diretamente as entidades em seu território.
Nesse ano que marcou a nova política de auxílio aos aeroclubes, foram comprados dezesseis aviões e dois planadores.
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