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2 - O Serviço de Aviação Desenvolve-se

ção. Ao ofício anexava um estudo pormenorizado do Engenheiro Evaldo Pedro Blauth, que também era aviador, com brevê internacional da F AI, obtido na Alemanha em 1914.

No projeto de Blauth para a criação da escola, havia explanações pormenorizadas sobre todos os aspectos a serem observados, com análises claras e fundamentadas sQbre as características de um campo de aviação considerado bom, sobre as instalações necessárias, serviços de apoio, socorro e comunicações. E ainda se estendia em comentários sobre os próprios aviões de instrução, a aquisição deles e respectiva estimativa de preços. Finalmente oferecia sugestão de um currículo escolar, nominando assuntos teóricos e prevendo exercícios práticos.

No seu ofício, o Coronel Massot também comunicava a existência de uma oferta do aviador John Barrow para ministrar a instrução. O projeto foi, porém, recusado pelo Presidente Borges de Medeiros, que considerou o assunto como da alçada do Governo Federal e do Ministério da Guerra.

Oito anos depois, quando do movimento revolucionário de Assis Brasil, o Coronel Massot viu oportunidade para insistir na tentativa de introduzir a aviação na Brigada. O decreto estadual 3.161, de 31 de maio de 1923, regulamentando o Serviço de Aviação da Brigada, foi a concretização do sonho que o Coronel Massot alimentara.

2 - O Serviço de Aviação Desenvolve-se

Localizado no terreno do Posto de Veterinária, na Várzea do Gravataí, cercanias de Porto Alegre (hoje ocupada pela VARIG S.A.), o Serviço de Aviação começou a funcionar com dois hangares (um fixo, outro desmontável) e instalações para alojamento de pessoal, oficinas e serviços burocráticos, sob a direção técnica do Dr. Sílvio Barbosa. Noêmio Ferraz, ex-sargento-aviador do Exército, da turma de 1921, foi contratado . para as missões de vôo e Ozório de Oliveira Antunes, para as funções de observador aéreo, sendo a ambos atribuído o posto de alferes.

Os aviões vieram da Argentina: dois Breguets 14, usados, adquiridos pelo Governo estadual, através da sua Secretaria de Obras Públicas; receberam a identificação de BM-1 e BM-2. Essa aquisição foi cercada de comentários pela Imprensa, na qual se afirmava que os aviões visavam a combaté aos insurretos assisistas. Até mesmo o Exército se interessou pelo fato, tendo o Comandante da Região Militar designado uma comissão para verificar se os aparelhos eram ou não de guerra. Em 30 de maio, fizeram-se vôos de experiência, após os aviões terem sido montados pelo representante dos· Breg,uets na Argentina, Pa-

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