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1.4. Justificativa
Objetivo geral
Estudar como a neurociência pode ser aplicada à arquitetura de interiores para transformar a experiência de interação das pessoas com os ambientes de trabalho.
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Objetivos específicos
• Identificar como ocorre a interação dos sistemas sensoriais humano com o ambiente e seu funcionamento sob a ótica da neurociência e da arquitetura. • Explorar o conceito de neurociência e sua importância para a arquitetura de interiores, sendo compreendida pelo termo neuroarquitetura. • Investigar como o processo de projeto pode envolver as pessoas, partindo do entendimento de seus aspectos subjetivos para aplicação no desenvolvimento de espaços de trabalho fundamentado na neurociência. • Analisar áreas dentro da arquitetura que se alinham à neurociência ao envolver o estudo da relação entre o homem e o ambiente, como a arquitetura biofílica, a arquitetura sensorial e a psicologia ambiental. • Compreender os elementos que envolvem a composição de ambientes e como eles influenciam a percepção humana. • Realizar estudos de caso para exemplificar como a arquitetura de interiores pode estimular os órgãos dos sentidos, promovendo o bem estar e transformando a experiência de uso dos espaços corporativos.
1.4. Justificativa
O interesse pelo desenvolvimento desta pesquisa surge ao entender que os espaços interferem nas emoções humanas. De maneira consciente ou inconscientemente as pessoas são afetadas pelos espaços que ocupam.
É perceptível que as pessoas passam a maior parte do tempo em ambientes fechados, seja em casa, no trabalho, em instituições educacionais, em shoppings, supermercados, aeroportos, hotéis, hospitais, entre tantos outros. Considerando que os espaços construídos são antes projetados, deve haver ao longo
de seu desenvolvimento a figura de um profissional da arquitetura ou do design de interiores trabalhando nesse processo de projeto.
Pensando nisso, é indubitável a responsabilidade que esses profissionais têm ao desenvolver um projeto que será executado e posteriormente ocupado por usuários tão diversos. Questionamentos como quais emoções ou sentimentos despertar nos usuários necessitam ser levados em consideração ao realizar a função de conceber espaços para que os órgãos sensoriais sejam estimulados de forma intencional. A partir de um entendimento mais sensível acerca dos elementos que compõem os ambientes, os arquitetos e designers precisam saber propor sua aplicação de maneira consciente dos efeitos psicológicos sobre os usuários para que as decisões sejam mais assertivas e coerentes com as percepções das pessoas.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano de 2019, 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) sofrem de ansiedade, o que atribui ao Brasil o título de “país mais ansioso do mundo”, de acordo com reportagens de revistas como a IstoÉ e a Veja no ano de 2019. Em se tratando de depressão, o país ocupa a segunda posição do mundo e a primeira da América Latina, com 5,8% da população sofrendo com o transtorno mental, ficando abaixo somente dos Estados Unidos, segundo os portais de notícia G1 (2017) e Uol (2019).
Com o surgimento da Pandemia provocada pelo coronavírus (COVID-19), uma das medidas impostas pela OMS é o isolamento social, no qual as pessoas têm passado ainda mais tempo em ambientes fechados. Acompanhando este acontecimento junto aos transtornos anteriormente citados que afetam a saúde mental das pessoas, fica transparecido o quão importante é entender a mente humana para projetar espaços que sejam não apenas funcionais, mas que ofereçam qualidade no âmbito emocional.
A pesquisa tem foco em ambientes institucionais e corporativos, por se tratarem de espaços de trabalho, no qual as pessoas geralmente passam grande parte do seu cotidiano. Com o período da pandemia, ao qual as pessoas estão buscando maneiras de se adaptarem a essa situação, para se prevenirem do contágio pelo vírus e preservarem sua saúde, o modo de trabalhar tem migrado para o meio remoto, no qual as tarefas passam a ser realizadas em casa, o que é conhecido por home office.