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224 - NOVEMBRO - 2020

ESTADO FIRMA ACORDO COM A UNIÃO PARAVIABILIZAR CONSTRUÇÃO DO PARQUE DA CIDADE

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

HABILIDADES PARA DESENVOLVER ENQUANTO EXPLORA EMPREGOS NO MUNDO CORPORATIVO DE HOJE

12 GOVERNO PUBLICA A LEI QUE DESTINA RECURSOS DA MINERAÇÃO PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Diwakar Chittora, Engº José Maria da Costa Mendonça, Fernanda Graim , Ingrid Pancelli, Laurie Trasser, Lilian Guedes, Marília Jardim, Naoko Ishii, Randall Haas, Ronaldo Hühn, Seth Borenstein; FOTOGRAFIAS: Arquivo / Ag. Pará, Divulgação, Nailana Thiely/Ascom Uepa e Marcelo Mendes Braga Júnior, FAO/Giulio Napolitano, Griscom et al., Heidi Levine, Joan Woang, Marco Santos, Randall Haas, Ricardo Amanajás / Ag. Pará, , 1t.org; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

18 ESCOLA INDÚSTRIA DO CHOCOLATE EM IGARAPÉ-MIRI

20 PLANTIO DE ÁRVORES PARA CONTER O AQUECIMENTO E AUMENTAR EMPREGOS

Relatório sobre o futuro do emprego de 2020

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Pesquisadores da Uepa estudam uso de madeira em embarcações

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O mistério matemático dos favos de mel em espiral das abelhas sem ferrão A música pode ser o segredo para se comer menos

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“Alea jacta est” A apreciação da beleza pode promover o aprendizado perceptivo Pinturas centenárias ajudam pesquisadores a acompanhar a evolução dos alimentos Mulheres eram caçadoras e coletoras em sociedades antigas

FAVOR POR

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Fotomontagem de imagens de como será o Parque da Cidade a ser erguido na área hoje ocupada pelo Aeroporto Brigadeiro Protásio.. Foto Agência Pará

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O ministro Tarcísio Freitas, o governador Helder Barbalho, o conselheiro Nelson Chaves e a secretária Ursula Vidal, com imagens do projeto do Parque da Cidade

Estado firma acordo com a União para viabilizar construção do Parque da Cidade

O governador Helder Barbalho e o ministro Tarcísio Freitas anteriormente já tinham discutido e acordado a transferência do Aeroporto Brigadeiro Protásio, onde será erguido o Parque

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m Acordo de Cooperação Técnica para viabilizar a execução do Parque da Cidade, já considerado um dos mais importantes projetos arquitetônicos e urbanísticos para Belém, foi assinado na quarta-feira 11/11, em Brasília (DF), pelo governador do Pará, Helder Barbalho, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. A secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, e o conselheiro do Tribunal de Contas do

Estado, Nelson Chaves, participaram da audiência no Ministério da Infraestrutura. Após mais essa importante etapa do projeto, Helder Barbalho reafirmou a importância da obra para o incremento de vários setores na capital paraense. “O Parque da Cidade permitirá o encontro das pessoas, será uma área de lazer e cultura, fortalecendo o turismo e gerando emprego para nossa população. Seguramente, é a obra urbanística mais importante dos últimos

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cem anos na nossa capital. Eu fico profundamente feliz de estarmos dando esse passo decisivo, que permitirá que até janeiro de 2022 possamos iniciar as obras de intervenção. Essa importante iniciativa do governo do Estado vai dar uma utilização muito interessante para área do antigo Aeroclube. Vamos trabalhar para que possamos adaptar o espaço o mais rápido possível, sem deixar a área da aviação do Pará desassistida”, informou o governador.

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Adaptação Sobre a transferência do Aeroporto Brigadeiro Protásio, onde será erguido o Parque da Cidade, o governador disse que “até o início de 2022 a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, vinculada ao Ministério da Infraestrutura) vai adaptar o Aeroporto Internacional, em Val-de-Cans, para operação de aviões de pequeno porte, para conciliar as demandas aeroviárias na Região Metropolitana de Belém”. O chefe do Executivo informou que o Estado pode repassar R$ 15 milhões para a Infraero, a fim de viabilizar a transferência do aeroporto. Segundo o ministro Tarcísio Freitas, “é importante ressaltar que a aviação geral em nenhum momento ficará desassistida, porque as intervenções na área do Aeroclube acontecerão depois das adaptações no aeroporto para receber a avião geral”

O Parque da Cidade será erguido na área hoje ocupada pelo Aeroporto Brigadeiro Protásio

O Parque será ″a obra urbanística mais importante dos últimos cem anos na nossa capital″, afirma o governador Helder Barbalho

O conselheiro Nelson Chaves, idealizador do projeto, ressaltou a oportunidade de acompanhar o governador e testemunhar um momento tão importante. “Quero agradecer essa oportunidade, dizer do meu encantamento. Que essa Transamazônica, que foi o nome da minha turma, e eu dizia quando orador que ela representava para todo o País, e sobretudo para o nosso Pará, uma grande esperança para

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que um Estado tão rico como o nosso pudesse fazer, pelo esforço que Vossa Excelência está fazendo, que essa riqueza fosse vivida absolutamente em favor da nossa população. Digo que só seremos úteis em qualquer função que a gente possa desempenhar se tivermos realmente o princípio da cidadania ativado. Eu sou um cidadão paraense torcendo para que esse Brasil dê certo”, afirmou.

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O Projeto “Parque Para Todos” é o vencedor do concurso nacional de estudo preliminar de arquitetura e urbanismo, realizado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). Desde o início, o processo de seleção contou com ampla participação popular em duas das três fases do certame.

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Imagem do Projeto “Parque Para Todos”, vencedor do concurso nacional de estudo preliminar de arquitetura e urbanismo

O acordo de cooperação técnica com o Infraero Em fevereiro passado, o governador Helder Barbalho esteve reunido em Brasília, com o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Hélio Paes, e o superintendente de Gestão de Operação da companhia, Paulo Eduardo Cavalcante, para definir detalhes do acordo de cooperação técnica que deve viabilizar a construção do Parque da Cidade, em Belém.

Estiveram presentes, também, a procuradora-geral adjunta do Contencioso do Estado, Ana Carolina Peracchi, e o secretário de Estado da Fazenda, René Sousa. “A reunião foi para ajustar com a Infraero os detalhes deste acordo de cooperação técnica. Já fizemos muitos avanços para viabilizar a construção do parque ambiental, que deve ser uma área aberta ao público, proporcionando lazer à população e atraindo turistas”, explicou a procuradora. Anteriormente, em julho de 2019, o governo do Pará recebeu a sinalização

positiva do Ministério da Infraestrutura para que a área onde, atualmente, funciona o Aeroporto Brigadeiro Protásio, no bairro do Souza, seja cedida para a construção do Parque. Na ocasião, o Estado se comprometeu a viabilizar a transferência do Aeroclube para o terreno do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, ambos administrados pela Infraero, e intervir com investimentos neste novo espaço. (*) SSECOM

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Durante a reunião em Brasília, que definiu os detalhes do acordo de cooperação técnica que viabiliza a construção do Parque da Cidade, em Belém

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Relatório sobre o futuro do emprego de 2020

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s bloqueios induzidos pela pandemia de COVID-19 e a recessão global relacionada de 2020 criaram uma perspectiva altamente incerta para o mercado de trabalho e aceleraram a chegada do futuro do trabalho. O futuro dos empregos Relatório 2020 visa esclarecer: 1) as interrupções relacionadas à pandemia até o momento em 2020, contextualizadas em uma história mais longa de ciclos econômicos, e 2) as perspectivas esperadas para adoção de tecnologia, empregos e habilidades nos próximos cinco anos. Apesar do alto grau de incerteza atualmente, o relatório usa uma combinação única de inteligência qualitativa e quantitativa para expandir a base de conhecimento sobre o futuro de empregos e habilidades. Ele agrega as opiniões dos líderes de negócios - executivos-chefes, diretores de estratégia e diretores de recursos humanos - na linha de frente da tomada de decisões sobre capital humano com os dados mais recentes de fontes públicas e privadas para criar uma imagem mais clara da situação atual eas perspectivas futuras de empregos e competências. O relatório também fornece informações detalhadas para 15 setores da indústria e 26 países avançados e emergentes.

Em 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão do trabalho entre humanos e máquinas

*O ritmo de adoção da tecnologia deve permanecer inalterado e pode acelerar em algumas áreas. A adoção de cloud computing, big data e e-commerce continua sendo uma grande prioridade para os líderes de

negócios, seguindo uma tendência estabelecida em anos anteriores. No entanto, também houve um aumento significativo no interesse por criptografia, robôs não humanóides e inteligência artificial.

As principais conclusões do relatório incluem

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7,8% para 13,5% (crescimento de 5,7%) da base total de funcionários de respondentes da empresa. Com base nesses números, estimamos que em 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir que são mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos. *As lacunas de competências continuam a ser altas, à medida que as habilidades em demanda em todos os empregos mudam nos próximos cinco anos. As principais habilidades e grupos de habilidades que os empregadores veem como crescendo em proeminência na liderança até 2025 incluem grupos como pensamento crítico e análise, bem como resolução de problemas, e habilidades em autogestão, como aprendizagem ativa, resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade. Em média, as empresas estimam que cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de requalificação de seis meses ou menos e 94% dos líderes de negócios relatam que esperam que os funcionários adquiram novas habilidades no trabalho, um aumento acentuado de 65% em 2018. *A automação, em conjunto com a recessão COVID-19, está criando um cenário de “dupla interrupção” para os trabalhadores. Além da atual interrupção dos bloqueios induzidos pela pandemia e da contração econômica, a adoção de tecnologia pelas empresas transformará tarefas, empregos e habilidades em 2025. Quarenta e três por cento das empresas pesquisadas indicam que estão definidas para reduzir sua força de trabalho devido à integração de tecnologia , 41% planejam expandir o uso de contratados para tarefas especializadas e 34% planejam expandir sua força de trabalho devido à integração de tecnologia. Em 2025, o tempo gasto em tarefas atuais no trabalho por humanos e máquinas será igual. Uma parcela significativa das empresas também espera fazer mudanças nos locais, em suas cadeias de valor e no tamanho de sua força de trabalho devido a fatores além da tecnologia nos próximos cinco anos. *Embora o número de empregos destruídos seja superado pelo número de “empregos de amanhã” criados, em contraste com os anos anteriores, a criação de empregos está diminuindo enquanto a destruição de empregos se acelera. Os empregadores esperam que, até 2025, as funções cada vez mais redundantes caiam de 15,4% da força de trabalho para 9% (queda de 6,4%), e que as profissões emergentes cresçam de

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*O futuro do trabalho já chegou para a grande maioria da força de trabalho de colarinho branco online. Oitenta e quatro por cento dos empregadores estão preparados para digitalizar rapidamente os processos de trabalho, incluindo uma expansão significativa do trabalho remoto - com potencial para mover 44% de sua força de trabalho para operar remotamente. Para lidar com as preocupações sobre produtividade e bem-estar, cerca de um terço de todos os empregadores espera também tomar medidas para criar um senso de comunidade, conexão e pertencimento entre os funcionários por meio de ferramentas digitais e para enfrentar os desafios de bem-estar colocados pela mudança para trabalho remoto. *Na ausência de esforços pró-ativos, a desigualdade provavelmente será exacerbada pelo duplo impacto da tecnologia e pela recessão pandêmica. Os empregos ocupados por trabalhadores com salários mais baixos, mulheres e trabalhadores mais jovens foram afetados de forma mais profunda na primeira fase da contração econômica. Comparando o impacto da Crise Financeira Global de 2008 em indivíduos com níveis de educação mais baixos com o impacto da crise do COVID-19, o impacto hoje é muito mais significativo e tem maior probabilidade de aprofundar as desigualdades existentes. *A aprendizagem e a formação online estão a aumentar, mas parecem diferentes para quem trabalha e para quem está desempregado. Houve um aumento de quatro vezes no número de indivíduos que procuram oportunidades de aprendizagem online por sua própria iniciativa, um aumento de cinco vezes na oferta do empregador de oportunidades de aprendizagem online para seus funcionários e um aumento de nove vezes nas matrículas para alunos que acessam online aprendizagem por meio de programas governamentais.

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Empresas precisam oferecer novas habilidades aos funcionários para ter sucesso

Os empregados estão dando maior ênfase aos cursos de desenvolvimento pessoal, que tiveram um crescimento de 88% entre essa população. Aqueles que estão desempregados deram maior ênfase ao aprendizado de habilidades digitais, como análise de dados, ciência da computação e tecnologia da informação.

*A janela de oportunidade para requalificar e requalificar trabalhadores tornou-se mais curta no mercado de trabalho recentemente restrito. Isso se aplica a trabalhadores que provavelmente permanecerão em suas funções, bem como àqueles que correm o risco de perder suas funções devido ao aumento do desemprego relacionado à recessão e não podem mais esperar uma reciclagem no trabalho. Para os trabalhadores que devem permanecer em suas funções, a parcela de habilidades essenciais que mudará nos próximos cinco anos é de 40%, e 50% de todos os funcionários precisarão de requalificação (até 4%). *Apesar da atual crise econômica, a grande maioria dos empregadores reconhece o valor do investimento em capital humano. Uma média de 66% dos empregadores pesquisados esperam obter um retorno sobre o investimento em qualificação e requalificação dentro de um ano. No entanto, esse horizonte de tempo corre o risco de ser muito longo para muitos em-

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pregadores no contexto do atual choque econômico e quase 17% permanecem incertos sobre o retorno de seu investimento. Em média, os empregadores esperam oferecer requalificação e qualificação para pouco mais de 70% de seus funcionários até 2025. No entanto, o envolvimento dos funcionários nesses cursos está diminuindo, com apenas 42% dos funcionários aceitando oportunidades de requalificação e qualificação apoiadas pelo empregador. *As empresas precisam investir em melhores métricas de capital humano e social por meio da adoção de métricas ambientais, sociais e de governança (ESG) e combinadas com medidas renovadas de contabilidade do capital humano. Um número significativo de líderes empresariais entende que a requalificação de funcionários, especialmente em coalizões da indústria e em colaborações público-privadas, é econômica e tem dividendos significativos de médio a longo prazo, não apenas para sua empresa, mas também para o benefício da sociedade mais amplamente. As empresas esperam redistribuir internamente quase 50% dos trabalhadores deslocados pela automação e aumento tecnológico, em vez de fazer um uso mais amplo de dispensas e economias de mão de obra baseadas na automação como estratégia central da força de trabalho.

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*O setor público precisa fornecer um apoio mais forte para a requalificação e requalificação de trabalhadores em risco ou deslocados. Atualmente, apenas 21% das empresas afirmam ser capazes de fazer uso de fundos públicos para apoiar seus funcionários por meio de requalificação e qualificação. O setor público precisará criar incentivos para investimentos nos mercados e empregos de amanhã; fornecer redes de segurança mais fortes para os

trabalhadores deslocados durante as transições de emprego; e enfrentar de forma decisiva as melhorias há muito adiadas dos sistemas de educação e formação. Além disso, será importante que os governos considerem as implicações de longo prazo no mercado de trabalho de manter, retirar ou dar continuidade parcial ao forte apoio à crise do COVID-19 que estão fornecendo para sustentar os salários e manter empregos na maioria das economias avançadas.

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Além das habilidades físicas mais procuradas, impulsionadas em grande parte pela transformação tecnológica, as habilidades sociais também tendem a mudar gradualmente

Habilidades para desenvolver enquanto explora empregos no mundo corporativo de hoje A compreensão dessas habilidades profissionais pode levá-lo facilmente ao sucesso. Não importa qual carreira você escolher, determinar as habilidades que estão em alta demanda no mundo corporativo pode ser extremamente útil. Texto *Diwakar Chittora

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m 2015, o Fórum Econômico Mundial previu que 35% das competências consideradas essenciais no atual sistema corporativo serão alteradas nos próximos cinco anos. E eles têm. De acordo com o Relatório 2020 do Fórum Econômico Mundial, 50% de todos os funcionários precisarão de requalificação até 2025, considerando a crescente adoção de tecnologia. Os recrutadores têm um assento na primeira fila para o conjunto de habilidades em constante desenvolvimento priorizado pelo mundo dos negócios. Conhecer essas habilidades pode dar aos jovens uma vantagem na competição. Além das habilidades físicas mais procuradas, impulsionadas em grande parte pela transformação tecnológica, as habilidades sociais também tendem a mudar gradualmente. O ‘Guia do Graduado para Ser Contratado’ do LinkedIn indica que a maioria das competências exigidas são habilidades sociais que podem ser desenvolvidas, aprimoradas e alavancadas para fazer uma carreira em tempos de incerteza. A compreensão dessas habilidades profissionais pode levá-lo facilmente ao sucesso. Não importa qual carreira você escolher, determinar as habilidades que estão em alta demanda no mundo corporativo pode ser extremamente útil. Aqui está um resumo das 10 habilidades mais urgentes para desenvolver enquanto explora empregos no mundo corporativo de hoje:

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Conhecimento de tecnologia A vida sem tecnologia é inimaginável. O mundo do trabalho é amplamente impulsionado e influenciado pelos avanços tecnológicos. Portanto, pessoas com habilidades técnicas como inteligência artificial, computação em nuvem, realidade virtual, robótica, IoT (Internet das Coisas) e realidade aumentada estão e continuarão sendo. Conforme o mundo do trabalho continua evoluindo, essas habilidades também continuarão a se desenvolver, com base na indústria e no país. É preciso ficar atualizado com esses avanços, pois as empresas buscarão recursos humanos que possam explorar essas tecnologias.

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Comunicação Conforme você pula para a área de trabalho, apenas ser capaz de falar o idioma fluentemente não é suficiente. As habilidades de comunicação são consideradas uma habilidade suprema. Trata-se de perceber com eficiência, apresentar suas ideias, bem como expressar seu plano de ação por meio de recursos de escrita e apresentação extremamente eficazes. Pessoas com estratégia de conteúdo, redação criativa e habilidades de redação digital concisa estão em demanda para fornecer transparência e personalização para impulsionar o envolvimento da marca.

Inteligência emocional É uma habilidade proeminente que nunca é mencionada na descrição de um cargo, mas sempre observada pelos recrutadores. A inteligência emocional está associada às suas habilidades sociais, consciência social e habilidades de autogestão. Abrange o potencial de controlar, expressar e estar ciente de suas próprias emoções, bem como da emoção dos outros. Os indivíduos que possuem essas habilidades são cobiçados por organizações de todos os tamanhos em todos os setores.

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Habilidades eficazes de gestão de pessoas consistem em construir e fortalecer relacionamentos, refletindo a direção certa para sua equipe, mantê-los motivados, entendendo suas necessidades e ajudando-os a atingir seus objetivos. Desenvolver as habilidades de comunicação clara, lidar com o estresse no trabalho e ter empatia com sua equipe pode ajudá-lo a gerenciar com sucesso uma equipe, que é um requisito básico em uma configuração corporativa.

Para uma carreira de sucesso no mundo corporativo, você deve estar interessado em aprender as habilidades mais recentes ao longo de suas carreiras e ser suficientemente adaptável às mudanças - a única constante na vida, bem como nos negócios. Ao trabalhar no mundo corporativo, aqueles que se recuperam rapidamente diante dos desafios e são intelectualmente flexíveis para novas idéias e maneiras de fazer as coisas sempre têm sucesso.

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Significa trabalhar sem problemas em equipe para aumentar a produtividade. Deve-se ter a capacidade de influenciar os outros para o jogo final certo e trabalhar de forma eficiente e eficaz para atingir um objetivo comum.

Pensamento crítico Uma abundância de dados e informações flutua online e as empresas preferem indivíduos com a capacidade de identificar informações confiáveis em meio à enorme mistura de informações falsas. Eles buscam indivíduos que herdam habilidades como avaliação superior de situações, coleta de informações mais aprofundadas, bem como a capacidade de objetivar múltiplas perspectivas.

Criatividade

Melhoria do processo Toda empresa aspira economizar dinheiro tanto quanto possível. Pessoas que conseguem otimizar projetos ou procedimentos de negócios, herdando um potencial eficiente para economizar o tempo e o dinheiro da empresa estão sempre em demanda no mundo corporativo.

Persuasão Independentemente do setor em que você atua, a capacidade de conectar pontos que parecem não relacionados e gerar soluções úteis continuará sendo uma habilidade incrivelmente valiosa. A criatividade pode ajudar a conceber novas estratégias para realizar tarefas, resolver problemas e enfrentar os desafios.

Colaboração

Todo funcionário deve ter persuasão em seu conjunto de habilidades, pois é uma das habilidades de comunicação mais poderosas do mundo corporativo. É uma maneira diferente de fazer as coisas para tomar uma decisão ou convencer outras pessoas a aceitarem sua ideia. (*)CEO e fundador da IntelliPaat, fornecedora de cursos de treinamento profissional onlin

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Resumindo Aqueles que estão procurando ou já estão trabalhando devem se engajar continuamente para melhorar suas habilidades existentes e aprender novas habilidades para se manterem competitivos no mercado de trabalho em evolução. Isso o capacitará a expandir seus horizontes, conhecimento e capacidades e permitirá que você corte a concorrência e se torne a escolha preferida das empresas.

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“Alea jacta est” Texto *Eng° José Maria Da Costa Mendonça Fotos Giuliano M. Locosselli e Milena Godoy-Veiga Quebec Ministry of Fore

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ós, amazônidas, aqui nascidos e criados, sabemos das nossas necessidades como Sociedade. Porém, precisamos dar valor econômico a este rico patrimônio natural, conscientes de que os maiores destruidores do meio ambiente são a miséria e a ausência de educação. É imperativo construirmos grandes complexos hidrelétricos, gerando energia limpa e barata com grandes reservatórios para acumulação de água doce, pensando na incerteza do futuro, dando aos ribeirinhos múltiplas atividades econômicas como meio para o bem viver. É importante a exploração da madeira de nossas florestas mediante o manejo florestal, isso ajuda a rejuvenescê-las, acelerando o ciclo de carbono, bem como desenvolver a pesquisa da nossa biodiversidade que é única, explorando de forma limpa e perene. Esta é a nossa “profissão de fé”. A nós, homens de boa fé, preocupa-nos reportagens em jornais com títulos capciosos, apelativos, como: “A Amazônia não está longe de virar savana” - “Em 2030 a Amazônia será um deserto”; recentemente divulgados, para causar alarde. Fica claro que existe um objetivo determinado. Ao consultar um dos maiores climatologistas do planeta, Dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), informou que rebateu essas insinuações em um artigo com o título “Molion desmente risco de desertificação da Amazônia”, mas que não causou eco significativo na imprensa. - por motivos pecuniários, digo eu. Diz o Dr. Molion, baseado em dados reais, que a precipitação no bioma Amazônia é em torno de 2400 mm/ano, e em uma região desértica esta precipitação é menor que 200 mm/ano, logo, não existe a menor possibilidade de no ano 2030 nossa Amazônia ser transformada em um deserto. Aliás, se não houver a inversão do polo magnético da terra, jamais será um deserto. Quanto a umidade, é devido aos ventos alísios provenientes do oceano Atlântico com massas de ar que trazem água em forma de vapor, são cerca de 500 mil m3/s dos quais 80% se precipitam em forma de chuva; a metade, 200 mil m3/s, volta de forma líquida ao oceano Atlântico pela descarga do rio Amazonas, e a outra metade é devolvida para a atmosfera pela evapotranspiração de nossas florestas em forma de vapor que se juntam aos 20% que permaneceram na atmosfera, esses 300 mil m3/s se dirigem a outras regiões e se precipitam em forma de chuvas; a isso chamamos de equilíbrio hidrológico.

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Não existe a menor possibilidade de no ano 2030 nossa Amazônia ser transformada em um deserto

Diante desses números, qual a possiblidade de nos tornarmos uma savana? Nada acontece por acaso, essas declarações apocalípticas, somadas com as notícias de desmatamentos exagerados e queimadas absurdas, tem por objetivo comunicar ao mundo que nossa floresta nativa rica em biodiversidade está sendo devastada, e com isso, vírus, bactérias e protozoários, ao perderem seu habitat natural, sofrerão mutações e se utilizarão dos seres humanos como hospedeiros, causando doenças e mortes que se espalharão pelo mundo. A nós, amazônidas, está reservado o papel de protagonistas, que devido aos nossos desmatamentos e queimadas, seremos responsáveis por todas as pandemias de um futuro bem próximo. Esse será o golpe seguinte que nos atingirá, pois já perdemos a batalha da comunicação e nossa Sociedade não se alertou para isso, por ignorância ou conveniência. Diante desses fatos, a internacionalização da Amazônia estará consumada. Afinal, há muito já fomos sinalizados; por Al Gore, ex-Vice-Presidente dos EUA, quando assim se manifestou: “Ao contrário do que os brasileiros pensam a Amazônia não é deles, mas de todos nós”. Sendo corroborado por François Mitterrand, ex-Presidente da França, que pontuou: “O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia”. “Alea jacta est”, na exata expressão do termo. (*) Vice-presidente da Federação das Indústrias do Pará-FIEPA Presidente do Centro das Indústrias do Pará-CIP Presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da FIEPA

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Pesquisadores da Uepa estudam uso de madeira em embarcações Grupo estudou as propriedades das madeiras mais comumente utilizadas nas oficinas locais

Texto *Marília Jardim Fotos Nailana Thiely/Ascom Uepa e Marcelo Mendes Braga Júnior

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sinuosidade dos rios é característica marcante da região amazônica, além de ser importante e, em alguns casos, principal via de transporte. A cidade de Marabá, no sudeste do Pará, não é exceção. O município é banhado pelos rios Tocantins e Itacaiunas, e parte do cenário da cidade é formado por canoas, barcos e navios que circulam pela região, transportando mercadorias e passageiros. E foi pensando na matéria-prima das embarcações – os diversos tipos de madeiras da região amazônica –, que uma equipe de pesquisadores da Liga de Ciência e Tecnologia da Madeira (LCTM), do Campus VIII da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Marabá, estudou as propriedades das madeiras mais comumente utilizadas nas oficinas locais. Sob a orientação do professor do curso de Engenharia Florestal, Luiz Eduardo Melo, os engenheiros florestais e ex-alunos da Uepa, Marcelo Mendes Braga Júnior, Tharyne Silva Matos, Gabriele Melo de Andrade e Pâmela da Silva Ferreira escreveram os resultados da pesquisa em forma de artigo. Intitulado Technological properties of woods used in boat’s production in the Southeast of Pará, Brazil, o trabalho foi publicado, em língua inglesa, no periódico “Rodriguésia” – revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, classificado como A3 no sistema de avaliação de periódicos, mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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O começo da pesquisa estava voltado para entender os diversos usos de madeira na cidade Marabá, entre eles, a construção das embarcações. Para o professor Luiz, o uso desse material na região tem “importância ímpar, pois está associado ao conhecimento tradicional da população da cidade, e tem papel importante também na própria construção histórica da região, seja comercial ou cultural, pois eram em embarcações de madeira que se faziam o transporte da castanha do Pará, na época de ouro da extração de castanha, e, ainda é a partir de embarcações de madeira de pequeno e médio porte que a população local percorre os rios da região”.

Para realizar a pesquisa, os estudantes conversaram com produtores das embarcações em oficinas da cidade, coletaram materiais nos estaleiros e realizaram análise no laboratório de Ciência e Tecnologia da Madeira do Campus VIII. A experiência trouxe aprendizados para os alunos que participaram da pesquisa. “Durante o desenvolvimento do trabalho, evoluímos de forma multidisciplinar. O nosso estudo busca fornecer informações para que a qualidade do produto seja cada vez mais superior, e que a atividade siga gerando emprego e renda no município” - Marcelo Mendes, formado recentemente pela Uepa em Marabá, onde desempenhou as atividades de iniciação científica e de extensão. O estudo caracterizou anatomicamente e determinou as propriedades físicas de espécies de madeira típicas da Amazônia. Ao todo, foram caracterizadas tecnologicamente oito espécies, pertencentes a quatro famílias botânicas diferentes. Os resultados apresentam similaridades anatômicas e físicas nas madeiras, que podem contribuir para compor um banco de dados em anatomia de madeira das espécies utilizadas na produção das embarcações na Amazônia. “Caracterizamos madeiras de Castanheira (Bertholletia excelsa), Amarelão (Apuleia leiocarpa), Jatobá (Dinizia excelsa) e mais algumas espécies que são tradicionalmente utilizadas para produção dos barcos. Para caracterização dessas espécies, utilizamos as normas como o Manual de Identificação de Madeira do IPT e para confirmação da identificação feita, a comparação das espécies com amostras padrão de uma xiloteca pertencente ao Instituto Agronômico do Norte – Oriental Embrapa” - Tharyne Matos, mestranda pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) e egressa da Uepa, em Marabá.

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Durante o desenvolvimento do trabalho

Resultados Analisar profundamente as espécies tornou possível listar aquelas que são utilizadas com maior frequência nos estaleiros, já que as madeiras podem ter aparências similares, ser confundidas e utilizadas erroneamente na produção das embarcações. A produção de um banco de dados com informações atualizadas permite que sejam utilizados outros tipos de vegetais, pouco explorados na floresta, evitando que sejam usadas espécies protegidas ou com risco de extinção.“Em nossa pesquisa, constatamos que uma das madeiras empregadas pelos produtores era comprada do fornecedor inicial com o nome popular de “piquiá”, nome que corretamente na região deveria designar a espécie Caryocar villosum. No entanto, esse único nome foi designado para duas amostras de madeira que, na realidade, eram espécies diferentes. Esse erro pode trazer impacto negativo ao meio ambiente já que cada espécie na floresta tem sua característica ecológica que deve ser respeitada para a exploração sustentável”, considera o professor Luiz Mello. A identificação correta também evita prejuízos tecnológicos na produção de barcos, conforme explica Tharyne: “se por acaso um estaleiro utiliza uma madeira errada para a produção de seus barcos, sem ter conhecimento de que está errada, o uso das embarcações pode apresentar riscos aos navegantes”. Marcelo ressalta que a pesquisa também procura fornecer informações de qualidade e auxilia, de forma direta, os produtores de embarcações e, de forma indireta, os pescadores e turistas, que utilizam os barcos. “Vale ressaltar também, que derivado dos resultados publicados, fizemos um mini curso com os produtores de embarcações de madeira, por meio do projeto Campus Avançado”. A atividade de extensão da Uepa ensinou técnicas de identificação macroscópica, com uso de lupas e estiletes, para que a população saiba diferenciar os tipos de madeira que podem ou não ser comercializadas, difundindo conhecimento e beneficiando a população local.

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Conclusão: Espécies mais utilizadas foram Pequiá - Caryocar villosum e Apuleia leiocarpa

Grapia/Garapa/Garapeira - Apuleia leiocarpa

Oito espécies foram identificadas como matéria-prima para a produção de barcos na região de Marabá-Pará (Dinizia excelsa, Bertholletia excelsa, Cedrelinga cateniformis, Bagassa guianensis, Enterolobium schomburgkii, Apuleia leiocarpa, Alexa grandiflora, Caryocar villosum ). As espécies mais utilizadas foram Caryocar villosum e Apuleia leiocarpa, cada uma delas foi utilizada em quase 30% das estruturas construtivas dos barcos. Chama a atenção a utilização da madeira de Bertholletia excelsa para esse fim, principalmente devido ao comércio ilegal de madeira na região e à proibição do corte desta espécie. A maior parte da madeira utilizada na produção de barcos possui algumas semelhanças anatômicas e físicas, tais como, vasos que variam de poucos a poucos numerosos (3-7 por mm²) com diâmetro médio ≥ 200 µm; fibras de comprimento médio (900-1600 µm) e espessura de parede da fibra fina a espessa. Para densidade básica, 87,5% apresentaram densidade média (0,40 a 0,75 g.cm -3 ) e 62,5% apresentaram coeficiente anisotrópico de médio a normal (1,2 a 2). Portanto, sugere que esses valores indicam a qualidade da madeira para utilização na construção naval. Os resultados indicam semelhanças anatômicas e físicas nas madeiras utilizadas para a produção de barcos. Além disso, os resultados obtidos podem contribuir como componentes para um banco de dados da anatomia de espécies madeireiras utilizadas para a produção de barcos na região amazônica, além de subsidiar práticas que contribuam para um controle mais eficaz do mercado madeireiro da região, bem como promover melhor aproveitamento da matéria-prima. (*) UEPA

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Pequiá - Caryocar villosum

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Governo publica a Lei que destina recursos da mineração para ciência e tecnologia Dispositivo determina pelo menos 20% (vinte por cento) dos recursos da CFEM para aplicação em atividades relativas à diversificação econômica Texto *Fernanda Graim Fotos Arquivo / Ag. Pará, Ricardo Amanajás/ Ag. Pará

Em fevereiro de 2020 (foto) o governador assinou o projeto da lei publicada na segunda-feira 09/11/2020, no Diário Oficial do Estado (DOE)

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O titular da Sectet, Carlos Maneschy, ressalta que a publicação da Lei resgata um compromisso do Governo do Pará com a área de ciência, tecnologia e inovação. “O governador Helder Barbalho e todo o seu governo entendem claramente a importância estratégica deste investimento pelo estado, na medida em que nós queremos também proporcionar base para o desenvolvimento de áreas da economia onde o conhecimento, a ciência e a tecnologia são insumos prevalentes”, destaca Carlos Maneschy. Ele lembra que este compromisso já ficou bastante claro quando o Governo do Pará, ainda em 2020, triplicou o orçamento destinado à Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), também presidida pelo Secretário, elevando de pouco mais R$ 20 milhões para quase R$ 70 milhões. Algo que também já está previsto para o orçamento de 2021 da Sectet. Carlos Maneschy pontuou que com os recursos da CFEM as áreas de ciência, tecnologia, inovação e educação profissional e tecnológica terão uma nova perspectiva, já que tais recursos representam cerca de cinco vezes mais o atual orçamento da Sectet, que é de menos de R$ 20 milhões.

Diário Oficial do Estado (DOE) de 09/11/2020, trouxe uma notícia há muito aguardada por toda a comunidade acadêmica, científica e tecnológica do Pará: a publicação da Lei Complementar no 133, de 6 de novembro de 2020. A Lei determina que pelo menos 20% (vinte por cento) dos recursos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) destinados ao estado sejam reservados para aplicação em atividades relativas à diversificação econômica, ao desenvolvimento mineral sustentável e ao desenvolvimento científico e tecnológico. A aplicação dos recursos de que trata a Lei Complementar deverá estar em consonância com os planos plurianuais e os orçamentos anuais do estado. Tais recursos ficarão sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet).

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“Tem sido assim já ao longo de muitos anos e, se você observa que esta Lei trabalha para incorporar cerca de 80 a 100 milhões de reais naquilo que a Secretaria já faz, isso seriam cinco vezes mais. É uma variação imensa realmente. Aí vamos manter certamente o que já fizemos até agora e vamos expandir a expectativa de atuação”, afirma o Secretário. A Lei Complementar prevê que 75% desses recursos sejam destinados para o desenvolvimento da Ciência, da Tecnologia e da Inovação Tecnológica, bem como para apoiar a formação profissional no estado, estando vedada a utilização dos recursos para pagamento de pessoal. Já os outros 25% devem ser destinados para promoção e apoio a startups e micro e pequenas empresas inovadoras e/ou de base tecnológica. “É importante dizer que o Governo não está apenas fazendo investimentos em projetos, pesquisas e em desenvolvimento de práticas e teorias, mas está também fazendo investimento nas pessoas, na sua gente, que é aquilo que o governo entende que é o que o estado tem de maior valor.

De novo é a tentativa de abrir aqui um horizonte de exploração econômica que usa a base tecnológica, a inovação, as empresas inovadoras, empreendedores inovadores de tal maneira que se consiga mudar também a base produtiva do estado”, explica Maneschy. Quanto à aplicação detalhada dos novos recursos, o Secretário esclarece que será discutida em reunião, a ser realizada em dezembro, com o Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Consectet). Ele destaca também que a responsabilidade pelo recebimento e aplicação dos recursos é da Secretaria, mas a Lei prevê

a possibilidade de fazer destaques orçamentários para outras secretarias, caso se entenda que algumas ações desenvolvidas tenham mais adequação à missão daquele órgão em particular. Para Carlos Maneschy, a publicação da Lei Complementar 133 pelo Governo do Pará resgata a importância de fazer com que a ciência, a tecnologia, a inovação e formação profissional sejam vetores importantes de um desenvolvimento mais inclusivo e com muito maior sustentabilidade no estado. (*) SECTET

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O governador Helder Barbalho ano passado no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, visitando laboratórios e negócios inovadores nas áreas da ciência, da tecnologia, inovação e da biodiversidade regional

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Escola Indústria do Chocolate em Igarapé-Miri Texto *Lilian Guedes Fotos Marco Santos / Ag. Pará

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ecentemente 03/11/2020, o Governo do Pará entregou à população de Igarapé-Miri, no nordeste do Estado, a Escola Indústria de Chocolate. Além de fomentar a geração de emprego e renda na região, a iniciativa do Estado visa alavancar a verticalização da cadeia produtiva de cacau, ampliando seus benefícios socioeconômicos, através da geração de conhecimento agregando valor ao cultivo do fruto no Pará. No ato de entrega, o governador Helder Barbalho, acompanhado da deputada federal, Elcione Barbalho; do líder do governo na atual legislatura, o deputado estadual Chicão e do secretário, Hugo Suenaga, da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), destacou a importância de mais uma unidade de incentivo à produção local e a sua verticalização“. O que nós estamos fazendo nesta parceria é fazer com o que o estado do Pará não seja meramente o maior produtor de cacau. E sim, fazer do cacau e da amêndoa, a produção do chocolate, que possamos fazer a manteiga, a polpa e possamos garantir que todos os produtos advindos do cacau possam, aqui no nosso Estado, gerar riqueza.

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Com esta escola, nós estamos garantindo com que o pequeno produtor possa saber da potencialidade da sua produção, que ele possa conhecer o produto e saber como fazer”, ressaltou o chefe do executivo. Como o maior produtor de cacau do Brasil, o estado do Pará, tem com esta entrega, a sua 2ª escola indústria em pleno funcionamento,

com a primeira entregue para o município de Altamira, em 2019. Em parceria com a Faepa e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem), este projeto do Governo vai implantar um total de seis escolas de beneficiamento de cacau, sendo uma móvel e cinco fixas que serão construídas nos municípios de Igarapé-Miri, Altamira Medicilândia, Castanhal e Tomé-Açu.

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Para o titular da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Hugo Suenaga, a escola indústria reforça o compromisso do governo do Estado na atuação do setor produtivo, principalmente na cacauicultura, com o alinhamento dos setores para que possa ter bons frutos no futuro e gerar emprego e renda e reverter à exportação do cacau como matéria-prima “Esse projeto através da transferência de tecnologia e assistência técnica que o Senar vem desenvolvendo e vai contribuir com a verticalização do cacau e capacitar a comunidade e a região para que possam cada vez mais transformar as amêndoas e o cacau em chocolate”, afirmou o secretário, que acrescentou “a nossa meta em cada unidade dessa é capacitar cerca de 5 mil pessoas por ano e cada vez mais qualificar a nossa mão de obra de uma forma que eles se tornem grandes empreendedores do futuro”, finalizou.

Agricultor da região há 20 anos, Cláudio Portilho, diz que a capacitação, através da escola-indústria vem para trazer a valorização do produto e capacitar o produtor “Através desta capacitação, a gente pode fazer nossa produção local e nós mesmos industrializarmos e valorizarmos o nosso produto, algo que era bem difícil antes desta iniciativa, porque através desta parceria ficou mais fácil para conseguirmos uma linha de crédito do Banpará para poder produzir e empreender”, frisou o agricultor.

Projeto Escola-Indústria A proposta é promover palestras técnicas sobre o manejo do cacau ao chocolate com aulas práticas, onde os participantes terão a oportunidade de compartilhar de aulas práticas e vivenciar o contato com o maquinário para o aprendizado da produção de chocolate. (*) SEDUC

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A apreciação da beleza pode promover o aprendizado perceptivo Texto *Ingrid Fadelli Fotos Sarasso et al., Sebastian Gabriel, Unsplash

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uando o navio de pesquisas alemão “Polarstern” retornar ao seu porto de origem, Bremerhaven, na segunda-feira (12 de outubro), após um ano no Ártico, o líder da expedição Markus Rex também estará a bordo. “Parar” e “ver” são componentes cruciais de muitos tipos de práticas meditativas, incluindo a meditação Zen budista. Na verdade, essas práticas normalmente envolvem a cessação de todas as atividades para observar os pensamentos, sentimentos e sensações que surgem em um determinado momento, bem como sons ou outros estímulos sensoriais no ambiente circundante. Na meditação budista, “parar e ver” refere-se essencialmente ao processo de não se envolver com desejos ou delírios da mente e ver a “verdade”, ou seja, perceber as coisas exatamente como são, sem interpretá-las ou tentar mudá-las. Combinados, esses dois conceitos resumem a antiga crença e noção filosófica de que a inibição da ação e a observação / sintonização com estímulos sensoriais podem aumentar a consciência e a apreciação, ajudando a estabelecer uma conexão espiritual com o que nos cerca.

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O estado contemplativo e consciente que pode ser experimentado durante a meditação é comparável ao que uma pessoa pode sentir ao observar um espetáculo natural de tirar o fôlego (por exemplo, um pôr do sol, uma cachoeira, as estrelas no céu noturno, etc.), uma obra de arte criativa (ou seja, , uma pintura, um filme, etc.) ou

qualquer outro fenômeno, coisa ou pessoa que ele / ela considere esteticamente agradável. Em outras palavras, a beleza parece nos encorajar a parar e abraçar o momento presente. Fascinado pelos efeitos que a observação de algo que achamos belo pode ter em nosso cérebro e percepções, pesquisadores da Universidade de Torino revisaram recentemente a literatura anterior focada neste tópico e enraizada em diferentes disciplinas (por exemplo, neurociência, psicologia, ciência da computação e filosofia). Eles então apresentaram um resumo das descobertas coletadas até agora, junto com suas considerações, em um artigo publicado na revista Neuroscience and Biobehavioral Reviews da Elsevier . No geral, os resultados dos estudos que esses pesquisadores revisaram em seu artigo sugerem que as emoções decorrentes da observação de elementos esteticamente agradáveis ​​desempenham um papel crucial na forma como as pessoas adquirem novos conhecimentos e se adaptam ao ambiente circundante. Essa ideia está ligada a teorias introduzidas no passado, como a noção romântica de “primazia da estética sobre a razão” ou a filosofia grega clássica.

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Em seu artigo, os pesquisadores da Universidade de Torino exploram essas teorias e pesquisas anteriores explorando como nossa experiência de beleza pode facilitar a aquisição de conhecimento. Além disso, eles apresentam o que chamam de hipótese de “parada para o conhecimento”, que se baseia em modelos de apreciações estéticas delineados por outras equipes no passado, incluindo Leonid Perlovsky e Felix Shoeller , Sander Van de Cruys e Johan Wagenmans , como bem como a teoria da codificação preditiva proposta por Karl Friston. “Nesta revisão, discutimos os resultados multidisciplinares e propomos um relato original da apreciação estética (a hipótese da parada para o conhecimento) enquadrada na teoria da codificação preditiva”, afirmam os pesquisadores em seu artigo. “Discutimos evidências que mostram que as emoções estéticas emergem em correspondência com uma inibição do comportamento motor (ou seja, ação de minimização), promovendo um aumento simultâneo do processamento perceptual no nível dos córtices sensoriais (ou seja, otimizando o aprendizado)”. Com base nos estudos anteriores que revisaram, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a apreciação estética representa um feedback hedônico (isto é, sistema de recompensa no cérebro reforçando comportamentos desejáveis ​​ou benéficos) que facilita os processos de aprendizagem.

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Em última análise, a observação da beleza poderia, assim, motivar os indivíduos a parar de se mover e buscar mais aquisição de conhecimento, por sua vez modulando seu aprendizado perceptivo e recuperação de memória. Os pesquisadores também argumentam que ajudar os pacientes a apreciar conscientemente a beleza do mundo ao seu redor pode desempenhar um papel importante na psicoterapia, já que muitos transtornos mentais estão associados a experiências dissociadas de emoção e processos de pensamento rígidos. Aprender a estar no momento, a parar e observar a beleza ao seu redor, pode

ajudar os indivíduos a recuperar uma visão curiosa, alegre e aberta da vida.No futuro, os resultados podem orientar novos estudos que explorem o impacto da apreciação estética na aquisição de conhecimento e nos resultados da psicoterapia. Além disso, também pode informar o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas parcialmente baseadas na apreciação estética, ou de algoritmos de aprendizagem de máquina que refletem os processos de aprendizagem humana. (*) Medical Xpress

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O mistério matemático dos favos de mel em espiral das abelhas sem ferrão Texto *Theresa Machemer Fotos (a) Elke Haege; (b – d) Tim Heard. (Jornal da Royal Society Interface), Tim Ouvido via Royal Society Publishing, Silvana SS Cardoso et al. 2020 via Royal Society

As maravilhas arquitetônicas cerosas parecem crescer como cristais

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Matematicamente falando, os favos de mel crescem como cristais

mesmo modelo matemático que explica como os cristais crescem também pode explicar como as abelhas sem ferrão tropicais constroem favos de mel em formas espiraladas e com vários terraços, de acordo com um estudo publicado recentemente no Journal of the Royal Society Interface. As abelhas do gênero Tetragonula se especializam em feitos sofisticados de arquitetura construídos a partir de células hexagonais de cera de abelha. Cada célula individual é o ponto de aterrissagem de um ovo e um alicerce para estruturas que podem crescer até 20 níveis de altura, relata Brandon Specktor para a Live Science. As colméias das abelhas sem ferrão podem ter várias formas, incluindo pilhas de círculos em um alvo, uma espiral, uma espiral dupla e um grupo de terraços desordenados. Como e por que as abelhas constroem formas complexas sem nenhum projeto perplexa os cientistas, mas os pesquisadores mostram que cada abelha pode estar seguindo algumas regras simples.

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“Cada abelha está basicamente seguindo um algoritmo”, disse Julyan Cartwright, especialista em matemática da natureza no Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha, à Live Science . Quando cada abelha segue as mesmas regras em uma parte diferente da colméia, surge um padrão geral. E Cartwright já tinha visto as mesmas regras antes, acrescenta. O padrão também aparece nos moluscos de madrepérola, que Cartwright estudou antes de mudar para abelhas. E ambos seguem um padrão - estudado pela primeira vez na década de 1950 - de como os cristais se formam em espiral. “Um de nós - Antonio Osuna, me mostrou algumas fotos dos pentes de abelhas e eu era viciado,” Cartwright diz ScienceAlert ‘s Jacinta Bowler. “A partir de então, foi um caso de descobrir como esses padrões aparecem no caso das abelhas, e pudemos ter idéias que desenvolvemos observando o crescimento de cristais e como os moluscos produzem nácar (madrepérola), ambos dos quais mostram padrões de espiral e alvo muito semelhantes aos das abelhas”.

De acordo com o artigo: “Pentes de duas espécies da abelha sem ferrão Tetragonula mostrando estruturas de (a) padrões de alvo (Tetragonula carbonaria), (b) espirais (Tetragonula carbonaria), (c) espirais duplas (Tetragonula carbonaria) e (d) terraços mais desordenados (Tetragonula hockingsi)

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As abelhas usam blocos de construção hexagonais, que têm o menor perímetro de formas que se encaixam firmemente, tornando-as o uso mais eficiente de cera. Mas Cartwright e seus co-autores descobriram que um modelo computacional de abelhas sem ferrão poderia imitar suas contrapartes naturais, seguindo duas regras simples. A colméia digital começou com uma célula e, em seguida, as abelhas operárias tinham duas opções: elas poderiam adicionar outra célula no lado em que a colméia estava crescendo, mas um pouco acima das outras; ou eles poderiam empilhar sua célula em cima da camada inferior, desde que estivesse suficientemente longe da borda. O modelo do computador apresentou as mesmas formas de colmeia que as abelhas criam na natureza. Os pesquisadores mudaram variáveis como a aleatoriedade de novas adições para uma vantagem crescente, a fim de produzir diferentes padrões finais. Nos cristais, eles escrevem, essa aleatoriedade é análoga às

Favos de mel em espiral das abelhas sem ferrão

impurezas, que causam formas diferentes. Nas abelhas, a aleatoriedade afeta as habilidades dos insetos digitais em colocar

Ainda de acordo com o artigo: “Essas equações representam uma superfície helicoidal com raio decrescente de baixo para cima e inclinação α nas direções radial e azimutal”

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hexágonos achatados com seus vizinhos. Existem 31 espécies de abelhas Tetragonula , nativas da Oceana . E as abelhas são frequentemente diferenciadas pelo padrão de colméia que elas criam. Os pesquisadores sugerem que os detalhes das regras individuais das abelhas operárias podem ser codificados geneticamente para criar a estrutura complexa em que suas espécies são melhores. O entomologista Tim Heard disse a Elaina Zachos da National Geographic em 2018 que o benefício exato da forma espiral para as abelhas ainda é desconhecido, mas pode melhorar o fluxo de ar através da colmeia ou ajudar a abelha rainha a navegar melhor em sua casa. Mas, em sua essência, o modelo de computador mostra que os padrões das abelhas ainda se baseiam nas regras químicas essenciais que governam toda a matéria na Terra. “O crescimento de cristais e a construção de pentes de abelha são dois sistemas que operam em esferas muito diferentes da ciência”, escrevem os pesquisadores em seu artigo. “Então, o que leva a estruturas semelhantes? Essa é a beleza da aplicabilidade da matemática à natureza ”. (*) Em Smithsonianmag.Com

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Pinturas centenárias ajudam pesquisadores a acompanhar a evolução dos alimentos

A arte inadvertidamente documenta a domesticação de cenoura, trigo, melancia e outras delícias culinárias

Ao combinar a genética moderna das plantas com séculos de pinturas de natureza morta, os pesquisadores perceberam que poderiam criar uma linha do tempo visual da domesticação dos Texto *Theresa Machemer Fotos Domínio público via Wikimedia Commons, Liesbeth Everaert produtos. Agora, eles esperam reunir uma biblioteca de obras de arte relevantes para analisar uma variedade maior de fontes. “Começamos a cavar e acho que nunca paramos de cavar”, disse De Smet ao Tibi Puiu da ZME Science . “Alguns amigos jogam tênis juntos ou vão pescar. Ive e David visitam museus, conhecem outros estudiosos, olham pinturas e estudam a história de nossos alimentos modernos”. Algumas das obras mais antigas citadas no estudo são do Egito antigo, onde artistas retratavam melancias com listras verdes escuras e claras semelhantes às vistas hoje. A análise genética de uma folha de melancia encontrada em uma tumba egípcia sugere que o antecessor milenar da fruta moderna tinha gosto de pepino, escreveram Vergauwen e De Smet em um artigo de 2019 . Retratos artísticos de produtos são úteis porque podem revelar os processos passo a passo através dos quais os humanos domesticaram as plantas silvestres em algo delicioso, bem como quando certos alimentos apareceram em diferentes partes do A barraca de frutas de Frans Snyders apresenta uma vasta variedade de produtos do século XVII mundo, de acordo com o estudo. “Estamos interessados principalmente na história de que, digamos, a m Fruit Stall , uma obra-prima carecia de talento. “Mas [Vergauwen] me disse cenoura laranja moderna, feita desde seu humilde barroca do artista Frans Snyders, que este era realmente um dos melhores pinto- começo como erva, até sua atual forma popular”, uma variedade impressionante de res do século XVII”, diz De Smet em comuni- explica De Smet à CNN. “Os genomas de alimenprodutos aparece espalhada por cado . “Então, se é assim que a fruta foi retrata- tos antigos à base de plantas podem nos ajudar a cestas e travessas em uma grande da, é assim que deve ser”. entender como essa planta poderia parecer - por Essa discussão inspirou os amigos a em- exemplo, cores baseadas nas vias ativas que produmesa de madeira. Alguns dos itens em oferta são instantaneamente reconhecíveis: pegue, barcar em um empreendimento de pesquisa zem cores diferentes - e quais características ela popor exemplo, as uvas verdes transbordando de não convencional, recentemente catalogado deria possuir - por exemplo, doçura. Isso nos ajuda uma grande cesta no centro da mesa. Mas ou- na revista Trends in Plant Science. a identificar a aparência de certas características em tros produtos, incluindo uma fruta uma linha do tempo, da mesma maneira verde aberta e pontilhada com seque as pinturas”. A arte permite que os mentes pretas, são menos familiapesquisadores rastreiem os caminhos res aos olhos modernos. percorridos por alimentos como o tomaO geneticista de plantas Ive De te, que eram temidos como venenosos Smet e o historiador de arte David durante o século 16, mas se tornaram Vergauwen estudaram Fruit Stall um item básico nas cozinhas italianas em primeira mão durante uma vido século 19. Os tomates são originários sita ao State Hermitage Museum do Peru e o ancestral selvagem da planta em São Petersburgo há vários anos. cultivada ainda pode ser encontrado lá Enquanto assistiam ao trabalho, o hoje, relatou Barry Estabrook para a recasal percebeu que nenhum dos vista Smithsonian em 2015. dois conseguia identificar alguNa região da Umbria, na Itália, a mas das frutas retratadas na cena, engenheira agrônoma Isabella Dalla De Smet disse à Kristen Rogers Ragione está liderando esforços semeda CNN . Inicialmente, o cientista lhantes usando pinturas renascentistas teorizou que Snyders , especializapara redescobrir frutas e legumes perO geneticista de plantas Ive De Smet (à esquerda) e o historiador de arte do em pinturas de natureza morta, didos. Como Vittoria Traverso reporDavid Vergauwen (à direita) na frente de uma pintura de natureza morta com frutas, vegetais e animais, tou para a Atlas Obscura em fevereiro,

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A arte nas paredes da Capela da Oferenda de Nakht mostra exemplos de comida no Egito entre 1410 e 1370 aC

Dalla Gagione procura campos abandonados em busca de plantas com frutos esquecidos. Muitos foram deixados para trás durante a mudança para a industrialização porque cresceram muito lentamente ou não puderam ser colhidos com máquinas. Comparativamente, os alimentos estudados por De Smet e Vergauwen são frequentemente ancestrais das variedades modernas. Todas as representações de alimentos estão sujeitas a licença artística, observam os pesquisadores no artigo. As cenas do mercado de Snyders, por exemplo, mostram uma variedade maior de frutas do que poderiam ser colhidas em uma única estação. E algumas obras de arte modernas - consideram a tigela de frutas, violino e garrafa de Pablo Picasso - são tão abstratas que oferecem poucas idéias sobre a aparência real dos alimentos. “Pesquisando em pinturas e outras formas de arte é certamente uma avenida de busca” , disse à CNN Esther van der Knaap , bióloga de plantas da Faculdade de Ciências Agrícolas e Ambientais da Universidade da Geórgia, que não participou do estudo. “Embora imperfeita, a arte histórica oferece insights adicionais sobre as características que eram importantes séculos atrás.” Para avaliar com que precisão um determinado pintor retrata

98036-1009 98809-1900 / 99282-3022

seu assunto, De Smet e Vergauwen usam rosas como ponto de referência. As flores foram domesticadas por cerca de 5.000 anos, e os passos que a planta tomou em direção à domesticação estão bem documentados. Usar a arte para acompanhar a evolução das frutas e legumes traz consigo seu próprio conjunto de desafios. Como observa a CNN,

os catálogos on-line das coleções de museus geralmente “oferecem apenas breves títulos e descrições e pequenas fotos de determinadas obras de arte”, dificultando a identificação fácil de pinturas relevantes. Além disso, muitas obras de arte potencialmente cruciais estão alojadas em coleções particulares que os pesquisadores não podem visitar pessoalmente. “Se um tomate interessante do século XVII for retratado na cozinha de um mosteiro espanhol quase nunca aberto a visitantes, corremos o risco de nunca descobrir isso”, disse De Smet ao ZME. “É por isso que precisamos de ajuda.” Por enquanto, aqueles que desejam contribuir para o projeto #ArtGenetics devem enviar um email diretamente aos autores. Mas um aplicativo e um banco de dados público de envios estão em andamento, de acordo com Sarah Cascone da artnet News . “Essa é a beleza de fazer esse tipo de pesquisa hoje”, diz De Smet. “As ferramentas de crowdsourcing permitem que você acesse muito mais dados do que nunca, apenas visitando museus”. (*) Em Smithsonianmag.Com

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Pinturas como Still Life With Monkeys , que tem o nome do animal retratado e não da fruta vista na cena, representam um obstáculo para os pesquisadores que desejam identificar trabalhos de arte relevantes pesquisando catálogos

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A música pode ser o segredo para se comer menos Tocar músicas lentas durante as refeições desencoraja as pessoas a devorar a comida, mostra estudo onde pessoas foram cronometradas comendo cinco quadrados de chocolate

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evaram cerca de 24 segundos para comer o chocolate quando a sala estava silenciosa. Isso foi estendido por dez segundos quando as pessoas ouviam música otimista, e prolongado por mais quatro segundos ao ouvir batidas em ritmo lento

Ouvir música lenta e constante enquanto come diminui a ingestão de alimentos, sugere esse novo estudo. A presença de um ritmo acelerado influencia a quantidade de pessoas que zombam de sua comida, porque os seres humanos tendem a inconscientemente comer ao ritmo da música.

Quando a música tocada é lenta e legato, isso amplifica o efeito e reduz ainda mais o consumo de alimentos. Os cientistas dizem que as descobertas podem ser usadas por escolas ou restaurantes como uma maneira de controlar a quantidade que as pessoas consomem.

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Os cientistas descobriram que os participantes levaram 34 segundos para comer cinco quadrados de chocolate ao ouvir música rápida. Música lenta demorou quatro segundos a mais

Cientistas de alimentos da Universidade Aarhus, na Dinamarca, recrutaram mais de 200 voluntários para a pesquisa e os registraram secretamente comendo chocolate. Eles cronometraram quanto tempo levou para os participantes passarem cinco pedaços de chocolate. Ao comer em silêncio, o tempo médio que levou foi de 24 segundos. Quando uma música animada de 180 batidas por minuto era tocada, as pessoas demoravam dez segundos a mais para comer todos os lanches. No entanto, quando tocava música lenta, a apenas 45 bpm, a velocidade de comer diminuía novamente, dessa vez demorando mais quatro segundos para devorar todo o chocolate. Há muito tempo que o ritmo da música está associado a níveis de excitação - uma batida mais rápida aumenta a freqüência cardíaca, enquanto um ritmo mais lento induz relaxamento. Além das velocidades variáveis da mesma música, também havia versões em ‘legato’, onde as notas se misturam e ‘staccato’, quando as notas são tocadas separadamente.

Nas versões legato, os ouvintes demoram mais tempo mastigando seu chocolate do que aqueles que ouvem as versões staccato.

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Os pesquisadores relataram: “Os resultados desses experimentos confirmam que a música pode ser empregada como uma sugestão contextual para modular a velocidade da alimentação, contribuindo para comportamentos alimentares mais saudáveis, como comer mais devagar e consumir menos comida”. Eles acrescentaram: ‘Uma maior duração da alimentação pode ser devido a um efeito de arrastamento, em que os sujeitos (conscientemente ou não) alinham seu próprio ritmo de mastigação com a batida da música, resultando em mastigação mais lenta ao ouvir música mais lenta e vice-versa. “Considerando a crença atual de que uma alimentação mais lenta e uma duração mais longa da refeição resultam em menos consumo de alimentos, ingerir a mesma quantidade de alimentos em um período mais longo apresenta benefícios óbvios à saúde”. (*) Diretor de Programas, Fundação Laudes

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Mulheres eram caçadoras e coletoras em sociedades antigas

Pesquisadores encontraram o túmulo de uma guerreira adolescente que morreu 9.000 anos atrás nos Andes, no sítio Wilamaya Patjxa, no Peru. A jovem de 17 a 19 anos foi enterrada com projéteis de pedra, uma faca e ferramentas de açougue. É o primeiro túmulo de caçadora desenterrado nas Américas Texto *Luciana Constantino Fotos Giuliano M. Locosselli e Milena Godoy-Veiga Quebec Ministry of Forests/Wildlife and Parks, Roel Brienen/University of Leeds Mulheres guerreiras caçavam e abatiam animais grandes nos Andes há cerca de 9.000 anos, conforme mostrado, um cemitério contendo pontas de projéteis e ferramentas de carnificina

Vicunhas na Cordilheira dos Andes

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ulheres guerreiras caçavam e abatiam animais grandes nos Andes há cerca de 9.000 anos, revelou um cemitério contendo pontas de projéteis e ferramentas de carnificina. Os restos mortais da caçadora de 17 a 19 anos e seus artefatos foram encontrados em um túmulo no sítio arqueológico de alta altitude de Wilamaya Patjxa, onde hoje é o Peru. Ela foi encontrada com ferramentas, incluindo pontas de projéteis de pedra para abater animais grandes, uma faca e instrumentos para estripar um animal e raspar ou curtir peles. Há muito se supunha que - entre as primeiras sociedades humanas de caçadores-coletores - eram os homens que faziam o primeiro, enquanto as mulheres assumiam a última tarefa. No entanto, a descoberta - juntamente com uma análise das primeiras práticas de sepultamento de forma mais ampla - ‘derruba a antiga hipótese do’ homem-o-caçador ‘’, disseram os pesquisadores americanos. É possível que há nove milênios os caçadores de Wilamaya Patjxa tenham caçado vicunhas - animais aparentados com lhamas e camelos - que ainda hoje percorrem os Andes. “Acreditamos que essas descobertas são particularmente oportunas à luz das conversas contemporâneas em torno das práticas trabalhistas de gênero e da desigualdade”, disse o autor do artigo e antropólogo Randy Haas, da Universidade da Califórnia, Davis. “As práticas de trabalho entre as sociedades recentes de caçadores-coletores são altamente baseadas em gênero, o que pode levar alguns a acreditar que as desigualdades sexistas em coisas como salários ou posição social são de alguma forma’ naturais’’, comentou ele. ‘Mas agora está claro que a divisão sexual do trabalho era fundamentalmente diferente - provavelmente mais justa - no profundo passado de caçadores-coletores de nossa espécie.’

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O professor Haas e colegas - em colaboração com a comunidade local Mulla Fasiri - descobriram o sepultamento da mulher guerreira, completo com seu ‘kit de ferramentas’ de caça - durante escavações em Wilamaya Patjxa em 2018. Os pesquisadores notaram que os objetos que acompanham as pessoas ao túmulo na morte tendem a ser também aqueles de que eles fizeram uso em vida. A equipe determinou que os restos mortais do caçador eram provavelmente de uma mulher com base na estrutura dos ossos - uma conclusão que foi posteriormente validada pela análise de proteínas encontradas em amostras dos dentes do indivíduo. Os restos mortais da caçadora e seus artefatos foram encontrados em um túmulo no sítio arqueológico de alta altitude de Wilamaya Patjxa, no que hoje é o Peru

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A análise dos ossos da mulher também encontrou evidências isotópicas de consumo de carne, o que os pesquisadores disseram que apóia a conclusão de que ela era uma caçadora. A equipe também encontrou o cemitério de outro caçador - este ocupado pelos restos mortais de um homem - que deve ter cerca de 25-30 anos de idade. “Nossas descobertas me fizeram repensar a estrutura organizacional mais básica dos antigos grupos de caçadores-coletores”, disse Haas. “Entre os caçadores-coletores históricos e contemporâneos, quase sempre acontece que os homens são os caçadores e as mulheres as coletoras. “Por causa disso - e provavelmente por causa das suposições sexistas sobre a divisão do trabalho na sociedade ocidental - as descobertas arqueológicas de mulheres com ferramentas de caça simplesmente não se encaixavam nas visões de mundo predominantes.” “Foi necessário um caso forte para nos ajudar a reconhecer que o padrão arqueológico indicava o comportamento real de caça das mulheres”. A descoberta inesperada de que um dos túmulos dos caçadores pertencia a uma mulher levou a equipe a investigar se este caso foi único - ou se as mulheres guerreiras eram realmente mais comuns do que se pensava inicialmente. Consultando registros de sepulturas semelhantes no final do Pleistoceno e no início do Holoceno que foram escavados nas Américas do Norte e do Sul, os pesquisadores contaram 429 indivíduos que foram colocados para descansar em 107 locais diferentes. Destas pessoas, 27 foram enterradas ao lado de ferramentas de caça de grande porte - sendo 11 mulheres e 15 homens.

Geografia de Wilamaya Patjxa e os primeiros sepultamentos das Américas, onde estão indicados enterros femininos e masculinos com (+) e sem (-) ferramentas de caça grossa

Há muito se supunha que - entre as primeiras sociedades humanas de caçadores-coletores - eram os homens que faziam o primeiro, enquanto as mulheres assumiam a última tarefa. Na foto, as ferramentas desenterradas da fossa funerária, entre as quais estão as pontas dos projéteis (Nos. 1-7), flocos não modificados (8-10), flocos retocados (11-13), uma possível faca com suporte (14), raspadores de unha ( 15 e 16), raspadores / picadores (17–19), pedras de polimento (17, 20 e 21) e nódulos ocre vermelhos (22–24)

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Plantio de árvores para conter o aquecimento e aumentar empregos

Cidades americana e gigantes corporativos se comprometeram na recentemente a plantar mais de 800 milhões de árvores até 2030 como parte de um esforço global para enfrentar a mudança climática, melhorar a saúde e impulsionar a criação de empregos em comunidades sofrendo com a pandemia do coronavírus Fotos FAO/Giulio Napolitano, Griscom et al. , 1t.org A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2021-2030 a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema. A restauração pode remover até 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera

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ais de 20 cidades, empresas e organizações sem fins lucrativos anunciaram a criação do primeiro capítulo regional da plataforma 1t.org do Fórum Econômico Mundial, lançada em janeiro para cultivar, restaurar e conservar 1 trilhão de árvores globalmente até o final da década. “Houve um enorme interesse nos

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Estados Unidos - entre corporações, governo federal, cidades, organizações sem fins lucrativos, organizações da sociedade civil”, disse Jad Daley, chefe da American Forests, uma organização sem fins lucrativos que co-lidera o capítulo com o Fórum Econômico Mundial. A restauração de ecossistemas é fundamental para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS), principalmente aqueles relacionados às mudanças climáticas, erradicação da pobreza, segurança alimentar, água e conservação da biodiversidade. É também um pilar de convenções ambientais internacionais, como a Convenção de Ramsar sobre zonas úmidas e as Convenções do Rio sobre bio-diversidade, desertificação e mudanças climáticas.

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Uma plataforma para a comunidade de trilhões de árvores 1t.org é uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial, projetada para apoiar a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema 2021-2030, liderada pelo PNUMA e pela FAO. 1t.org oferece uma plataforma para os principais governos, empresas, sociedade civil e ecopreneurs comprometidos em servir a comunidade global de trilhões de árvores.

1t.org existe para conectar, capacitar e mobilizar uma comunidade de reflorestamento global de milhões, liberando seu potencial para agir em uma escala e velocidade sem precedentes, para garantir a conservação e restauração de um trilhão de árvores nesta década. Já existe um impulso e uma ação significativos em torno do reflorestamento - há muitas centenas de organizações fazendo um trabalho importante para conservar e restaurar as florestas em escala - por exemplo: a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema 2021-2030, o Desafio de Bonn, a Iniciativa de Trilhões de Árvores, o Global Parceria para Restauração Florestal e Paisagística e muitas outras. Há uma oportunidade de ajudar a juntar essas iniciativas (e muitas outras) e fornecer-lhes apoio em áreas críticas - especificamente ajudando a mobilizar fundos e apoio político e permitindo que se conectem, inspirem e capacitem mais campeões e empreendedores no terra. 1t.org está sendo lançado para ajudar a resolver esse problema e preencher essa lacuna, criando uma plataforma unificadora para a comunidade de reflorestamento, mobilizando vontade e recursos políticos e fornecendo um caminho para qualquer pessoa que queira ajudar a se juntar ao movimento de reflorestamento - porque todas as árvores contagens. 1t.org está sendo criado para servir a todos os atores que trabalham na restauração e reflorestamento e fornecerá uma plataforma global para qualquer compromisso, iniciativa ou campanha de reflorestamento, desde o nível de base até grandes esforços em vários países. Ele fornecerá um caminho para quem deseja ingressar no movimento de reflorestamento. A 1t.org trabalha para apoiar a Presidência do G20 da Arábia Saudita, que fez da Salvaguarda do Planeta um objetivo fundamental; e a Presidência do Reino Unido da COP26. Também visa dar uma contribuição importante para a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema 20212030, liderada pelo PNUMA e pela FAO. Especificamente, 1t.org se concentrará nas seguintes três áreas-chave de ação:

* * *

1t.org vai incentivar e capacitar milhões de outros campeões de reflorestamento de base, fornecendo uma plataforma digital (UpLink) para conectá-los com as oportunidades, ferramentas e recursos de que precisam para prosperar.

A 1t.org trabalhará para superar as muitas barreiras socioeconômicas que impedem o reflorestamento, catalisando mudanças de sistema de cima para baixo - como mudança de políticas, incentivos, criação de mercado e acesso a financiamento e tecnologia. A 1t.org trabalhará para elevar o nível de ambição e gastos de empresas, governos e filantropos e fornecerá orientação para transformar essa ambição em ação. Preparação de árvores para plantio em viveiro. A Década de Restauração de Ecossistemas das Nações Unidas visa aumentar de forma massiva a restauração de ecossistemas degradados e destruídos como uma medida comprovada para combater a crise climática e aumentar a segurança alimentar, o abastecimento de água e a biodiversidade

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A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2021-2030 a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema. A restauração pode remover até 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera

Os defensores dizem que as árvores oferecem uma maneira de sugar o carbono do ar, melhorar a qualidade do ar urbano e a saúde humana, impulsionar as economias locais e muito mais - pontos de vista, segundo eles, estão se tornando cada vez mais difundidos entre os legisladores. “Florestas saudáveis e resilientes são uma solução crítica baseada na natureza para os desafios únicos que enfrentamos”,

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disse Jim Hubbard, subsecretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em um comunicado. As promessas iniciais do capítulo dos EUA, incluindo de quatro cidades e corporações como Amazon, Mastercard e Microsoft, cobrirão cerca de 2,8 milhões de acres, de acordo com os organizadores. A iniciativa de trilhões de árvores despertou alguma preocupação desde seu

lançamento, com pesquisadores alertando que o plantio errado de árvores pode prejudicar os ecossistemas e que os esforços globais poderiam ser mais bem empregados capacitando as comunidades locais para defender suas terras. Mas o capítulo nacional é lançado em meio a um interesse mais forte por árvores do que visto em décadas, disse Daley - uma “convergência” bipartidária que, segundo ele, é promovida neste verão pelo calor extremo, incêndios destrutivos na Califórnia e a pandemia de coronavírus. “Não se trata apenas de plantar, mas de como administramos e operamos nossa infraestrutura de vida”, disse Romero. Os grupos que participam do novo programa nacional precisarão traçar planos detalhados sobre como manterão as árvores saudáveis, com verificações anuais. Esse trabalho criaria milhares de empregos focados em comunidades rurais e urbanas de baixa renda que foram duramente atingidas pela pandemia, disse Daley. “Então, quando você pensa sobre toda essa ideia de reconstruir melhor, você não pode fazer melhor do que árvores e florestas”.

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