Pará+ 251

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ALFABETIZA PARÁ

NOVOS SENTIDOS PARA A DANÇA

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A RENTABILIDADE DA BIOECONOMIA EDIÇÃO 251 BELÉM-PARÁ WWW.PARAMAIS.COM.BR R$ 19,99 ISSN 16776968 7 71677 69 6 124 91 5200
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NESTA EDIÇÃO

O ENCONTRO ENTRE O REI DA INGLATERRA CHARLES III E O GOVERNADOR HELDER BARBALHO

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GOVERNO DO ESTADO LANÇA O PROGRAMA ALFABETIZA PARÁ

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CARNAVAL BELÉM NA ALDEIA CABANA

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ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS LIGADOS AO CÂNCER

19 NOVOS SENTIDOS PARA A DANÇA

22

Escolhas de estilo de vida para retardar o declínio da memória 13

É por isso que o ChatGPT é apenas o começo do boom generativo da IA 24

Ouro marrom: começa a grande corrida do esterco americano

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda

CNPJ: 03.890.275/0001-36

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EDITORA CÍRIOS

Bioeconomia no Brasil pode gerar faturamento de US$ 284 bi anuais 16

Como o ChatGPT transformará o trabalho criativo? 27

ÍNDICE CAPA

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ascom Semed, Carol Menezes, Emilia David, Irene Santana, Jambu Freitas, Jéssica Fu, Ronaldo G. Hühn, Talytha Araújo; FOTOGRAFIAS: Alzheimer’s Research UK, Bruno Laviola, Cognition and Aging Study, Divulgação, Evandro Carlos Barros, Goreti Braga, Internet, Marco Santos/Ag. Pará, Mike Blake/Reuters, Murilo Fazolin, Ricardo Cavolo/The Guardian, Sarah Prestes, Unsplash/ Hitesh Choudhary, Vivian Chies, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Açaizeiro em produção. Ajudando na adoção intensificada de tecnologias biorrenováveis.

Foto: Pinheiro, Izaque/Portal Embrapa

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ESTAREVISTA

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251 - FEVEREIRO - 2022
POR FAVOR RECICLE
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O ENCONTRO ENTRE O REI DA INGLATERRA CHARLES III E O GOVERNADOR HELDER BARBALHO

Ogovernador Helder Barbalho esteve recentemente em Londres, capital da Inglaterra, para uma reunião junto ao rei da Inglaterra Charles III, para discutir questões ligadas a biodiversidade, Amazônia e o Pará. O chefe do Executivo Estadual foi ao palácio de Buckingham, a convite do monarca britânico, que é conhecido por ser grande entusiasta e apoiador de ações de valorização da biodiversidade global.

“Diante do momento que o Brasil está vivendo está é certamente uma oportunidade única de dialogar no sentido de buscar parcerias para que o Reino Unido, a monarquia britânica possa ser um braço de apoio para que encontremos soluções sustentáveis para nossa região”, avaliou o governador após o encontro, do qual também participaram a ministra de meio ambiente britânica, Thérèse Coffey, além de outros ministros do governo inglês, CEOs membros da Iniciativa de Mercados Sustentáveis, representantes de governos internacionais e de comunidades indígenas.

De acordo com o governador, o monarca declarou ter plena ciência do quanto a Amazônia é decisiva e determinante para a agenda climática e para as urgências climáticas que o mundo vivencia.

O rei demonstrou interesse em apoiar os projetos que estão sendo realizados pelo Governo do Pará em Ciência, Tecnologia e Inovação por meio de fundos britânicos dispostos a cooperar com aportes de recursos financeiros. “Além de valorizar a nossa biodiversidade e garantir a preservação ambiental, esse tipo de parceria é de fundamental importância para encontrarmos um novo modelo de uso do solo, permitindo, a partir da biodiversidade, que nós possamos inserir a Bioeconomia como nova estratégia para geração de emprego e de renda”, detalhou Helder.

Ambiental e social

Ainda durante a reunião, o governador enfatizou que os novos modelos a serem adotados precisam levar em consideração

não apenas o meio ambiente, mas focar também em garantir qualidade de vida para os povos da floresta. “Mostrei que as vocações do estado do Pará precisam estar conciliadas com a floresta viva, com a floresta em pé, e o rei Charles III fez questão de destacar a necessidade de o mundo pagar pela floresta em pé, pelos serviços ambientais, para que possamos precificar a captura do carbono e monetizar os produtores rurais, a população da Amazônia e com isto garantir a compatibilização da necessidade de renda da nossa população ao tempo em que precisamos preservar o meio ambiente”, relatou o chefe do Executivo estadual.

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Texto *Carol Menezes (SECOM) Fotos Divulgação, Internet As duas peças artísticas que Helder Barbalho presenteou o rei da Inglaterra, Charles III Governador Helder Barbalho apresenta a exuberância da biodiversidade amazônica para o rei da Inglaterra, Charles III O governador Helder Barbalho no Palácio de Buckingham, a convite do monarca britânico, Charles III

Para Helder Barbalho, o governo concluiu mais uma agenda positiva na capital inglesa. “Uma experiência muito bacana, momento em que eu pude encontrar o rei da Inglaterra Charles III para falar sobre nosso Estado, sobre a Amazônia, convidá-lo para a COP 30 em Belém, se Deus quiser, e reafirmar o compromisso da necessidade de trabalharmos juntos em favor da nossa região, gerando empregos verdes, garantindo sustentabilidade, responsabilidade ambiental e soluções de desenvolvimento que conciliem as pessoas, as vocações do nosso Estado e a floresta viva”, finalizou.

O Reino Unido foi o anfitrião da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 26), realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021, ocasião em que foi firmado o Pacto de Glasgow, com vistas a adoção de práticas efetivas para limitar o aquecimento a 1,5°C.

Ontem, 16, Helder Barbalho se reuniu com Alok Sharma, parlamentar britânico que presidiu o evento na cidade escocesa, para troca de experiências.

Nova cooperação entre o Reino Unido e o estado paraense

Após o encontro com o Rei Charles III, o governador do Pará e presidente do Consórcio da Amazônia Legal (CAL), Helder Barbalho, se reuniu com o Lord Goldsmith, Vice-Ministro de Energia, Clima e Meio Ambiente no Ministério das Relações Exteriores.

A reunião foi para tratar sobre uma nova cooperação entre o Reino Unido e o estado paraense para implantar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que deverá ser iniciado em breve. O encontro ocorreu no Ministério das Relações Exteriores, em Londres.

O Governo do Pará elabora o Plano Estadual de Restauração que tem como meta de restauração 6 milhões de áreas degradadas. Por intermédio dele, os trabalhos devem iniciar a partir de um projeto piloto com pequenos produtores rurais, nas áreas da rodovia Transamazônica e no município de São Félix do Xingu, inicialmente. Este piloto conta com a aplicação financeira do governo do Estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Reino Unido, por meio da The Nature Conservancy (TNC), sobretudo no que diz respeito ao monitoramento e verificação da emissão de carbono.

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O Principe Charles com a Princesa Diana, em visita ao Parque Botânico de Carajas, em Parauapebas, (23 de abril de 1991) regando a muda de Castanha do Pará, recém plantada Helder e o Vice-Ministro de Energia, Clima e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Lord Goldsmith Ainda como Príncipe Charles – o príncipe de Gales, na COP 26, realizada em Glasgow, na Escócia O Principe Charles com a Princesa Diana, em visita ao Parque Botânico de Carajas, em Parauapebas, (23 de abril de 1991) regando a muda de Castanha do Pará, recém plantada

“O nosso objetivo é fazer com que a floresta viva possa ser monetizada, possa ser precificada em nossa região e a partir daí colocou-se à disposição para debater e discutir apoiamento para nosso país e particularmente para a Amazônia, no intuito de fazermos todos os esforços necessários para que o Brasil construa um modelo de sustentabilidade com um olhar pela nossa biodiversidade, através da bioeconomia, ressarcindo a população pela preservação da floresta, gerando empregos verdes e garantindo com isso com que haja um olhar da sustentabilidade, mas um olhar social pelos milhões de brasileiros que moram na Amazônia e precisam ser vistos, precisam ser enxergados e serem atendidos”, ressaltou Helder Barbalho.

Em síntese, o projeto piloto tem a finalidade de através do PSA, o estado possa garantir ao pequeno agricultor que ele se integre na agenda de restauração, sendo remunerado por estar recompondo a floresta Amazônica. O último compromisso do chefe do executivo paraense finalizou com a perspectiva de que novos projetos sejam realizados para melhorar a vida de quem vive e protege a floresta.

“Tivemos a oportunidade de dialogar com o governo da Inglaterra, do Reino Unido, dialogar com a ciência, através do Jardim Botânico, como também a oportunidade de abrir entendimento de oportunidades com diversos investimentos possíveis de fundos que estão intencionados a discutir soluções sustentáveis para a floresta.

Tenho certeza de que essas rodadas construídas aqui estarão resultando em grandes oportunidades para que nós possamos viabilizar emprego e renda vinculados à floresta viva, vinculados à floresta em pé e em sustentabilidade para a nossa região”, concluiu o governador Helder Barbalho.

Participaram da reunião o secretário de meio ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida, o secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio Romão, o embaixador e coordenador de Relações Internacionais, Everton Vargas e membros da embaixada brasileira em Londres.

O chefe do Executivo paraense esteve na Inglaterra a convite do rei Charles III para tratar da provável realização da COP 30 na capital paraense, em 2025. Articulações para Belém sediar a edição da Conferência foram iniciadas pelo governador ainda na última edição do evento, em Sharm El-Sheikh, no Egito, em novembro de 2022.

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Em reunião com Alok Sharma, parlamentar pelo Partido Conservador da Inglaterra e, à época, presidente da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 26), em Londres, na Inglaterra Durante uma mesa redonda com o setor privado na Chatham House, com a presença de observadores da universidade de Oxford e de empresas privadas, o governador Helder Barbalho apresentou o que é o Pará, seus desafios e oportunidades para ser uma grande referência na mudança do uso do solo Governador Helder Barbalho e comitiva durante a visita ao centenário Jardim Botânico do Reino Unido

Governo do Estado lança o programa Alfabetiza Pará

Belém

Na capital paraense, a Prefeitura já possui, desde 2021, o programa “Alfabetiza Belém”, que tem o objetivo de alfabetizar jovens, adultos e idosos, tornando Belém o primeiro município do Brasil livre do analfabetismo. O programa alfabetizou, só em 2022, mais de 11 mil estudantes, dos quais 9.976 crianças dos ciclos da alfabetização ao 3º ano, e 1.115 na modalidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai).

Na tarde de sábado, 11, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, o Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), lançou o programa Alfabetiza Pará, que visa reduzir, nos 144 municípios do estado, o atraso educacional nos anos iniciais do fundamental (1° ao 5° ano), correspondendo a alfabetização no tempo certo.

O Estado do Pará é o 24° no ranking nacional, com 23,6% dos alunos do 3° ano do ensino fundamental considerados alfabetizados, segundo dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) do Ministério da Educação (MEC). A criação do Programa Alfabetiza Pará é para garantir um direito fundamental de crianças entre os 7 e 8 anos para serem estimuladas a novos conhecimentos e capacidade cognitiva.

“Hoje damos um passo importantíssimo para alcançarmos, com o esforço de todos, o melhoramento dos índices da educação básica para transformação social do Pará”, destacou durante discurso, o governador do Pará, Hélder Barbalho.

Programa

O programa Alfabetiza Pará é um pacto de alfabetização com os 144 municípios do Estado, para garantir maior assistência nesta etapa de aprendizado no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais (1º ao 5º ano) durante o período de alfabetização.

O objetivo é o apoio técnico-financeiro para municípios, escolas e concessão de bolsas para capacitação de profissionais, alfabetizadores.

O Alfabetiza Belém é feito também em parceria com movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), onde a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação. disponibiliza ajuda de custo para a contratação de professores.

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Fotos Marco Santos/Ag. Pará Governo do Pará
lança programa que prevê mudanças históricas em índices na educação dos anos iniciais no estado. Programa foi apresentado a prefeitos e secretários municipais das 144 cidades, deputados estaduais e federais, representantes do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), gestores escolares, professores, coordenadores e equipe técnica das redes públicas de ensino
Secretário de Educação Rossieli Soares explicou cada um dos eixos do programa aos gestores Docentes e técnicos pedagógicos da rede municipal de ensino

Marituba

Uma comitiva do município de Marituba, composta pela Prefeita Patrícia Alencar, pela Secretária Municipal de Educação Viviana Fontinele e por docentes e técnicos Pedagógicos da rede municipal de ensino, esteve presente no Centro de Convenções para o lançamento do programa.

Segundo a Prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, “O Programa vai oportunizar acesso a um bem social na etapa mais significativa do desenvolvimento humano, a infância, garantido assim maneiras de promoção para qualidade de vida dos nossos educandos”, disse.

Ponta de Pedras

A prefeita Consuelo Castro, de Ponta de Pedras, irá aderir ao programa e ressaltou a importância da iniciativa. “O ‘Alfabetiza Pará’ vem ao encontro de alfabetizar nossos alunos no tempo certo. Acreditamos que vai ser um grande empurrão do Governo do Estado para que possamos melhorar a qualidade de ensino nos municípios do Pará, uma vez que a educação básica não é obrigação do Estado, então, esse apoio do Governo do Estado é muito bem-vindo”, destacou.

O programa vai subsidiar recursos financeiros; apoio pedagógico; capacitação com materiais para os docentes alfabetizadores e materiais complementares para todos os alunos de 1° e 2° ano do ensino fundamental da rede pública de ensino; avaliação por meio do Sistema Paraense de Avaliação Educacional (Sispae); premiação às escolas com excelentes resultados e assessoramento técnico durante a implantação do projeto.

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(*) Ascom Semed << O pequeno Arthur Miguel, de 8 anos, aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental Barão do Rio Claro, leu carta ao lado do governador Consuelo Castro, prefeita de Ponta de Pedras Secretária Municipal de Educação Viviana Fontinele, Prefeita Patrícia Alencar e a Doutora em Educação e Pedagoga da Semed, Graciete Cardoso O objetivo é o apoio técnico-financeiro para municípios, escolas e concessão de bolsas para capacitação de profissionais alfabetizadores

Carnaval Belém na Aldeia Cabana

OCarnaval Belém Todas as Cores 2023, começou oficialmente na noite da sexta-feira, 10. A Aldeia Cabana de Cultura Amazônica David Miguel, na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, foi tomada por 31 agremiações, nos dias 10,11,12,17 e no dia 18, foram os blocos.

O desfile oficial das Escolas de Samba –uma das mais antigas e tradicionais manifestações da cultura popular foi uma festa longa, com muita cor, música e diversão.

A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), garantiu programação não só na Aldeia Cabana, mas também nos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro, com apoio das Agências Distritais, dias 19, 20 e 21.

Na sexta-feira, 10, oito escolas do 2º grupo se apresentaram das 19h às 4h de sábado, 11. Cinco escolas encerraram no domingo (12) as apresentações do 1º Grupo do Carnaval Belém de Todas as Cores. O desfile foi marcado por uma alegria contagiante. O colorido dos brincantes e dos enredos (que destacaram várias personalidades da cultura de Belém) transbordaram para as arquibancadas e camarotes: o público vibrou com a passagem das agremiações.

“Três noites

Jamil Mouzinho, presidente da fundação, falou do grande espetáculo apresentado pelas escolas na Aldeia Cabana.

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Texto *Cleide Magalhães e Michel Jorge/Ascom Fumbel Fotos João Gomes- NID /Comus, Joyce Ferreira/Comus A elegância da porta-bandeira e a dignidade do mestresala: a Cacareco esbanjou a essência do carnaval no encerramento do primeiro dia de desfiles oficiais A Boêmios da Vila Formosa esbanjou o que o carnaval paraense tem de melhor: criatividade e alegria A Mocidade Unida do Benguí abriu com garbo e alegria o primeiro dia dos desfiles oficiais do carnaval de Belém, com as agremiações do segundo grupo
incríveis”

“Foram três noites incríveis, com um público maravilhoso, destacando todas as belezas da Aldeia Cabana.

Todas as secretarias integradas da Prefeitura trabalhando em conjunto com algumas secretarias do governo do estado. Não tivemos registro de nenhum incidente grave relacionado ao evento.

Iniciamos pontualmente no horário previsto e terminamos também no horário previsto”, festejou Mouzinho.

Enredos e homenagens

A escola Os Colibris homenageou a professora universitária, militante do movimento negro e antropóloga Zélia Amador de Deus, com o enredo “Zélia amada. Zélia de Deus. Zélia das Artes... Herdeira de Ananse!”.

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A Império Jurunense não poupou esforço e criatividade para realizar um carnaval à altura de sua história Piratas da Batucada o carnaval de Belém encanta O colorido do Rancho Não Posso me Amofiná levantou a Aldeia no desfile do primeiro grupo A Embaixada de Samba Império Pedreirense encheu os olhos da Aldeia Cabana David Miguel com alegria e criatividade A Acadêmicos da Pedreira tematizou o bairro que virou sinônimo de carnaval: “samba e amor” A Embaixada de Samba Império Pedreirense fez um desfile contagiante no primeiro dia das escolas do Primeiro Grupo O Afoxé Ita Lemi abriu os desfiles na noite de sábado com representatividade e defesa das religiões de matriz africana

A Bole Bole entrou na Aldeia Cabana homenageando Ronaldo Silva, idealizador e fundador do Arraial do Pavulagem: foi uma confraternização de culturas, samba e arraial.

A Matinha foi a quarta agremiação da noite a encantar a avenida, com enredo homenageando os tambores da escola em louvação a Oxum, a rainha das águas doces, desfilando a sabedoria ancestral dos africanos. A Quem São Eles fechou o desfile das escolas de samba do 1º grupo com chave de ouro: levou pra avenida o voo das águias guerreiras, em homenagem ao Clube Tuna Luso Brasileira.

Na sexta (17), foi a vez das escolas do 3º grupo ganharem a avenida do samba. E no sábado (18) os blocos tomam conta da avenida com descontração e o prazer de sambar.

O Carnaval Belém de Todas as Cores 2023, atraiu milhares de foliões na Aldeia Cabana de Cultura Amazônica David Miguel, onde puderam apreciar o desfile das escolas de samba.

Para garantir a saúde e segurança do público, a Prefeitura de Belém montou uma ação integrada reunindo vários órgãos que atuaram antes, durante e depois dos desfiles na Aldeia Cabana David Miguel.

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A Bole Bole veio à altura do homenageado no enredo: o mestre da cultura popular Ronaldo Silva, fundador do Arraial do Pavulagem A professora Zélia Amador de Deus, referência para várias gerações, foi a homenageada da escola Os Colibris A escola Xodó da Nega levou, literalmente, a esperança pra avenida: o enredo é esse sentimento, “sperare”, que nos move todos os dias A Matinha, desfilou com o enredo em homanagem a Oxum O Quenzão encerrou com chave de ouro os desfiles do Primeiro Grupo: a Aldeia Cabana já está com saudade Com o tema “SPE, SPERARE, ESPERANCA” a Xodó da Nega foi a terceira da noite a ocupar a avenida. Em busca do título, a agremiação mostrou a história da esperança, sentimento que motiva o dia a dia de nossas vidas.

Escolhas de estilo de vida para retardar o declínio da memória

Os participantes foram categorizados no grupo favorável se tivessem quatro a seis fatores de estilo de vida saudável ( veja acima), no grupo médio de dois a três fatores e no grupo desfavorável de zero a um fator. A função de memória foi avaliada usando o Teste de Aprendizagem Auditiva Verbal da Organização Mundial da Saúde/ Universidade da Califórnia-Los Angeles, e a cognição global foi avaliada através do Mini-Mental State Examination. Modelos lineares mistos foram usados para explorar o impacto dos fatores de estilo de vida na memória na amostra do estudo.

Uma combinação de escolhas de estilo de vida saudável, como comer bem, fazer exercícios regularmente, jogar cartas e socializar pelo menos duas vezes por semana pode ajudar a diminuir a taxa de declínio da memória e reduzir o risco de demência, sugere um estudo de uma década.

A memória é uma função fundamental da vida diária que diminui continuamente à medida que as pessoas envelhecem, prejudicando a qualidade de vida e a produtividade e aumentando o risco de demência.

As evidências de pesquisas anteriores foram insuficientes para avaliar o efeito do estilo de vida saudável na trajetória da memória, mas agora um estudo sugere que a combinação de várias opções de estilo de vida saudável – quanto mais, melhor – está ligada à redução da velocidade do declínio da memória.

Fotos Alzheimer’s Research UK, Cognition and Aging Study
Associação entre estilo de vida saudável e declínio da memória em adultos mais velhos (+ de 60 anos) que combinaram estilo de vida mais saudáveis, tiveram mais benefícios, descobriram pesquisadores de Pequim, em um estudo de 10 anos
Estilo de vida saudável em conjunto O exercício regular foi considerado a terceira opção de estilo de vida mais potente para retardar o declínio da memória

“Uma combinação de comportamentos saudáveis positivos está associada a uma taxa mais lenta de declínio da memória em adultos idosos cognitivamente normais”, escreveram pesquisadores do Centro Nacional de Distúrbios Neurológicos em Pequim, China, no BMJ.

Praticar várias opções de estilo de vida saudável em conjunto “foi associado a uma menor probabilidade de progressão para comprometimento cognitivo leve e demência”, acrescentaram. Os pesquisadores analisaram 29.000 adultos com mais de 60 anos com função cognitiva normal que faziam parte do China Cognition and Aging Study. No início do estudo em 2009, a função da memória foi medida por meio de testes e as pessoas foram verificadas quanto ao gene APOE, que é o gene fator de risco mais forte para a doença de Alzheimer. Os sujeitos foram então monitorados por 10 anos com avaliações periódicas.

Idosos correm maior risco de comprometimento cognitivo. Estratégia importante para identificar pessoas que podem estar desenvolvendo demência e melhorar seus cuidados

Foi calculado um escore de estilo de vida saudável combinando seis fatores: uma dieta saudável; exercício regular; contato social ativo; atividade cognitiva; não fumante; e não beber álcool.

Com base em sua pontuação, variando de zero a seis, os participantes foram colocados em grupos de estilo de vida – favorável (quatro a seis fatores saudáveis), médio (dois a três fatores saudáveis) ou desfavorável (0 a 1 fatores saudáveis) – e em APOEgrupos portadores e não portadores.

Uma dieta saudável foi considerada como comer pelo menos sete dos 12 grupos de alimentos: frutas, legumes, peixe, carne, laticínios, sal, óleo, ovos, cereais, legumes, nozes e chá.

Escrever, ler, jogar cartas ou outros jogos pelo menos duas vezes por semana foi a segunda área de comportamento saudável.

Outras áreas incluíam não beber álcool, exercitar-se por mais de 150 minutos por semana em intensidade moderada ou mais de 75 em intensidade vigorosa e nunca ter fumado ou ser ex-fumante.

O contato social pelo menos duas vezes por semana foi o sexto comportamento saudável, incluindo atividades como visitar familiares e amigos, ir a reuniões ou festas.

Depois de contabilizar os fatores que provavelmente afetaram os resultados, os pesquisadores descobriram que cada comportamento saudável individual estava associado a um declínio mais lento do que a média na memória ao longo de 10 anos.

Uma dieta saudável teve o efeito mais forte na desaceleração do declínio da memória, seguida pela atividade cognitiva e depois pelo exercício físico.

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Vida prazerosa em conjunto foi associado a uma menor probabilidade de progressão à demência

Comer pelo menos sete desses 12 alimentos: frutas, legumes, peixe, carne, laticínios, sal, óleo, ovos, cereais, legumes, nozes e chá

As pessoas com o gene APOE que tiveram uma vida saudável em geral também experimentaram uma taxa mais lenta de declínio da memória do que aquelas com APOE que eram menos saudáveis.

No geral, pessoas com quatro a seis comportamentos saudáveis ou dois a três tinham quase 90% e quase 30%, respectivamente, menos probabilidade de desenvolver demência ou comprometimento cognitivo leve em relação àqueles que eram os menos saudáveis, informou o BMJ.

Medidas que todos podemos tomar para reduzir nossas chances de demência mais tarde na vida

Susan Mitchell, chefe de política da Alzheimer’s Research UK, disse: “Este é um estudo bem conduzido, que acompanhou as pessoas por um longo período de tempo e acrescenta evidências substanciais de que um estilo de vida saudável pode ajudar a apoiar a memória e o pensamento. habilidades à medida que envelhecemos. “Poucos de nós sabem que existem medidas que todos podemos tomar para reduzir nossas chances de demência mais tarde na vida”.

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Bioeconomia no Brasil pode gerar faturamento de US$ 284 bi anuais

Estudo, que contou com a parceria da Embrapa, considera trajetórias distintas para o Brasil até 2050. Uma das principais constatações é que a total implementação da bioeconomia no País pode gerar faturamento industrial adicional de US$ 284 bilhões ao ano. Para chegar a esse conceito, os especialistas analisaram três cenários potenciais da bioeconomia no contexto de transição energética. Foram consideradas as políticas nacionais de mitigação de GEE, a consolidação da biomassa como principal matriz energética e a adoção intensificada de tecnologias biorrenováveis. O levantamento mostrou ainda que as emissões de carbono podem ser reduzidas em cerca de 550 milhões de toneladas nos próximos 27 anos.

Um levantamento inédito prevê que a implementação da bioeconomia no Brasil pode gerar um faturamento industrial anual de US$ 284 bilhões até 2050. É esse montante que o País poderá alcançar ao realizar a chamada total implementação da bioeconomia, que abrange três frentes: as atuais políticas para mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no País, a consolidação da biomassa como principal matriz energética em setores importantes da economia e a intensificação de tecnologias biorrenováveis.

Intitulado “Potencial do impacto da bioeconomia para a descarbonização do Brasil”, o estudo é fruto da parceria entre a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Embrapa Agroenergia, Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBR/CNPEM), Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/CETIQT) e Laboratório Cenergia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cenergia/UFRJ).

O documento avalia distintas trajetórias para o Brasil até o ano de 2050, a partir das quais propõe três cenários potenciais da bioeconomia no contexto de transição energética no Brasil, sendo o último considerado ponto fundamental do documento, com a adoção mais intensificada da bioeconomia.

Óleos essenciais, como o derivado da pimenta-do-macaco, planta abundante em estados amazônicos, têm ampla aplicação industrial - dos segmentos agropecuário (a exemplo de biopesticidas), indústria alimentícia, cosméticos e perfumaria até a produção de medicamentos

O primeiro cenário, intitulado “Políticas Correntes”, analisa a manutenção das atuais políticas brasileiras e o respeito à Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, sigla em inglês), proposta no âmbito do Acordo de Paris sobre o Clima. O segundo cenário, “Abaixo de 2 ºC”, considera que a biomassa passa a ser a principal fonte de energia para a implementação de tecnologias de baixo carbono nos principais

setores da economia brasileira, também em cumprimento ao Acordo de Paris, com o objetivo específico de limitar o aumento da temperatura terrestre “bem abaixo dos 2 ºC” até o final do século.

O terceiro e último cenário proposto, chamado de “Potencial da Bioeconomia”, é no qual a bioeconomia e a transição energética se complementam e inserem tecnologias promissoras biorrenováveis a partir do cenário “Abaixo de 2 ºC”.

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Texto *Irene Santana Fotos Marcos Barbosa/Comus

“O estudo quantifica a bioeconomia em cenários de transição energética e avalia como as tecnologias geradas pela chamada economia circular e de baixo carbono podem complementar a transição energética dentro das cadeias produtivas”, afirma Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia. “Buscamos desenvolver processos produtivos mais eficientes e menos intensivos em insumos e energia, fortemente apoiados na biotecnologia”, complementa.

Além de Alonso, o estudo também conta com a contribuição do pesquisador da Embrapa Agroenergia e ex-presidente da Embrapa Maurício Lopes. Para Lopes, o Brasil tem plenas condições de modelar uma agricultura dedicada à biomassa capaz de viabilizar um setor bioindustrial inovador e competitivo.

“A bioeconomia entra com vantagem na complexa equação da sustentabilidade, por ser capaz de combinar de forma sinérgica recursos naturais, como a biomassa, e tecnologias

avançadas, em modelo de produção de base biológica, limpa e renovável, promovendo sinergias entre as indústrias de energia, alimentos, química, materiais, dentre outras”, pontua.

Soluções e tecnologias

Entre as principais contribuições do estudo está o levantamento de soluções que impactam o aumento da produtividade da agricultura, possibilitam a liberação de áreas que podem ser reaproveitadas por culturas energéticas e reduzem as emissões de GEE durante o processo produtivo. O trabalho se concentrou em bioinovações de indústrias existentes e em fase de desenvolvimento, a partir das quais é possível estimar valores de investimento e de receita, com foco em setores com maior potencial de mitigação de GEE.

No quesito “soluções para intensificação sustentável da agricultura”, foram avaliadas tecnologias relacionadas a proteínas alternativas, soluções para confinamento de gado, fixação de carbono no solo, novas variedades de vegetais de alto rendimento por hectare, fixação biológica de nitrogênio (FBN), controle biológico, todas inseridas no contexto de otimização do uso do solo e produção de biomassa com baixa emissão de carbono ou até emissão negativa.

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Cianobactéria serve de base para bioinsumo Enzimas e leveduras para produção de etanol a partir da biomassa da cana

Já no quesito “soluções para a conversão de biomassa em produtos de base energética” foram consideradas tecnologias que utilizam a biomassa para a produção de energia de baixa intensidade de carbono ou até emissões de GEE negativas e que apresentam maior escala de mercado, como bioenergia com captura e armazenamento de carbono (BECCS), captura e utilização de carbono (CCU), biogás e etanol de segunda geração (E2G). Por último, foram analisadas soluções para a conversão de biomassa em bioprodutos de alto valor agregado, importantes para substituir produtos de origem fóssil e viabilizar economicamente o desenvolvimento de biorrefinarias. Neste quesito, foram consideradas as tecnologias relacionadas à produção de bioquímicos, enzimas, biofertilizantes, biomateriais, bionafta e biocombustíveis avançados.

“As tecnologias retratam bem a necessidade de adaptação do processamento às diferentes fontes de biomassa, o que reforça o caráter modular das biorrefinarias e a possibilidade de distintas formas organizacionais dentro de um mesmo pátio produtivo”, indica o relatório.

Bioeconomia pode reduzir emissão de carbono em cerca de 550 milhões de toneladas

De acordo com a publicação, os cenários “Abaixo de 2º C” e “Potencial da Bioeconomia” apontam que as emissões de carbono podem ser reduzidas em cerca de 550 milhões de toneladas, especialmente em decorrência do crescimento de biocombustíveis, bioquímicos e outros produtos de origem biológica no Brasil. Entretanto, o desenvolvimento do cenário “Potencial da Bioeconomia” depende da promoção coordenada de políticas públicas que considerem as particularidades e vantagens competitivas brasileiras no contexto de transição para uma economia de baixo carbono, alerta o relatório. “O estudo é resultado de um amplo esforço conjunto de organizações que são referências em pesquisa e bioinovação no Brasil. Nele, evidenciamos as oportunidades ambientais, econômicas e sociais oriundas do desenvolvimento da bioeconomia avançada no Brasil. Esperamos que o resultado sirva de base para agentes públicos e privados pautarem as políticas de economia verde em nosso País”, comenta Thiago Falda, presidente executivo da ABBI.

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Produção e uso de biogás e fertilizantes a partir do tratamento de dejetos de suínos e aves Pinhão-manso (*) Embrapa Agroenergia <<

Alimentos Ultraprocessados ligados ao Câncer

Pesquisadores da Imperial’s School of Public Health produziram a avaliação mais abrangente até hoje sobre a associação entre alimentos ultraprocessados e o risco de desenvolver câncer. Alimentos ultraprocessados são alimentos que foram altamente processados durante sua produção, como refrigerantes, pães embalados produzidos em massa, muitas refeições prontas e a maioria dos cereais matinais.

Os alimentos ultraprocessados costumam ser relativamente baratos, convenientes e fortemente comercializados, muitas vezes como opções saudáveis. Mas esses alimentos também são geralmente mais ricos em sal, gordura, açúcar e contêm aditivos artificiais. Agora está bem documentado que eles estão ligados a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

O primeiro estudo desse tipo no Reino Unido usou registros do Biobank do Reino Unido para coletar informações sobre as dietas de 200.000 participantes adultos de meia-idade. Os pesquisadores monitoraram a saúde dos participantes durante um período de 10 anos, observando o risco de desenvolver qualquer tipo de câncer em geral, bem como o risco específico de desenvolver 34 tipos de câncer. Eles também analisaram o risco de pessoas morrerem de câncer.

O estudo descobriu que o maior consumo de alimentos ultraprocessados estava associado a um maior risco de desenvolver câncer em geral e, especificamente, câncer de ovário e cérebro. Também foi associado a um risco aumentado de morrer de câncer, principalmente de câncer de

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Texto *Colégio Imperial de Londres Fotos Cancer Research UK, Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres, FAO, OMS ovário e de mama.
O maior consumo de alimentos ultraprocessados pode estar associado a um risco aumentado de desenvolver e morrer de câncer, sugere um estudo observacional conduzido pelo Imperial College de Londres
Alimentos ultraprocessados pode estar associado a um risco aumentado de desenvolver e morrer de câncer Exemplos de alimentos ultraprocessados incluem refrigerantes, pães embalados produzidos em massa, muitas refeições prontas e a maioria dos cereais matinais

Para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e um aumento de 19% no câncer de ovário especificamente.

Cada aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados também foi associado a um aumento geral da mortalidade por câncer em 6%, juntamente com um aumento de 16% no câncer de mama e um aumento de 30% no câncer de ovário. Essas ligações permaneceram após o ajuste para uma série de fatores socioeconômicos, comportamentais e dietéticos, como tabagismo, atividade física e índice de massa corporal (IMC).

A equipe do Imperial realizou o estudo, que está publicado na eClinicalMedicine , em colaboração com pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Universidade de São Paulo, e da Universidade NOVA de Lisboa. Pesquisas anteriores da equipe relataram os níveis de consumo de alimentos ultraprocessados no Reino Unido, que são os mais altos da Europa, tanto para adultos quanto para crianças.

A equipe também descobriu que o maior consumo de alimentos ultraprocessados estava associado a um maior risco de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2 em adultos do Reino Unido e a um maior ganho de peso em crianças do Reino Unido, desde a infância até a idade adulta.

Eszter Vamos, principal autor sênior do estudo, da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, disse: “Este estudo aumenta a evidência crescente de que os alimentos ultraprocessados provavelmente impactam negativamente nossa saúde, incluindo nosso risco de câncer.

Dados os altos níveis de consumo em adultos e crianças no Reino Unido, isso tem implicações importantes para resultados futuros de saúde.

“Embora nosso estudo não possa provar a causalidade, outras evidências disponíveis mostram que a redução de alimentos ultraprocessados em nossa dieta pode trazer importantes benefícios à saúde. Mais pesquisas são necessárias para confirmar essas descobertas e entender as melhores estratégias de saúde pública para reduzir a presença generalizada e os danos dos alimentos ultraprocessados em nossa dieta”. A Dra. Kiara Chang, primeira autora do estudo, da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres, disse: “A pessoa média no Reino Unido consome mais da metade de sua ingestão diária de energia de alimentos ultraprocessados.

Isso é excepcionalmente alto e preocupante, pois os alimentos ultraprocessados são produzidos com ingredientes derivados industrialmente e geralmente usam aditivos alimentares para ajustar cor, sabor, consistência, textura ou prolongar a vida útil.

“Nossos corpos podem não reagir da mesma forma a esses ingredientes e aditivos ultraprocessados como reagem a alimentos frescos e nutritivos minimamente processados.

No entanto, os alimentos ultraprocessados estão em todos os lugares e altamente comercializados com preço barato e embalagens atraentes para promover o consumo. Isso mostra que nosso ambiente alimentar precisa de uma reforma urgente para proteger a população dos alimentos ultraprocessados”.

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Cada aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados também foi associado a um aumento geral da mortalidade por câncer Aumento do risco de câncer associado ao consumo de alimentos ultraprocessados Comer alimentos ultraprocessados comuns pode aumentar o risco de câncer , descobriram especialistas

A Organização Mundial da Saúde e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação já recomendaram a restrição de alimentos ultraprocessados como parte de uma dieta saudável e sustentável. Existem esforços contínuos para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados

em todo o mundo, com países como Brasil, França e Canadá atualizando suas diretrizes dietéticas nacionais com recomendações para limitar esses alimentos.

O Brasil também proibiu a comercialização de alimentos ultraprocessados nas escolas. Atualmente, não existem medidas semelhantes para combater os alimentos ultraprocessados no Reino Unido.

O Dr. Chang acrescentou: “Precisamos de rótulos de advertência claros na frente da embalagem para alimentos ultraprocessados para ajudar nas escolhas do consumidor, e nosso imposto sobre o açúcar deve ser estendido para cobrir refrigerantes ultraprocessados, bebidas à base de frutas e à base de leite, bem como outros produtos ultraprocessados.

Exposição dietética e grau de processamento industrial de alimentos

A derivação do consumo dietético individual pelo grau de processamento industrial de alimentos foi documentada em detalhes em outro lugar. Em resumo, aplicamos a classificação alimentar NOVA aos dados do recordatório de 24 horas, atribuindo cada item de comida e bebida a um dos quatro principais grupos de alimentos de acordo

com sua extensão e finalidade do processamento de alimentos: (1) alimentos não processados ou minimamente processados, por exemplo, frutas, vegetais, leite e carne; (2) ingredientes culinários processados, por exemplo, açúcar, óleos vegetais e manteiga; (3) alimentos processados, por exemplo, vegetais enlatados em salmoura, pães e queijos feitos na hora; e UPFs, por exemplo, refrigerantes, pães industrializados produzidos em massa, salgadinhos doces ou salgados embalados, ‘cereais’ matinais, produtos de carne reconstituída e alimentos prontos para consumo/aquecidos.

Consumo de AUP e incidência de câncer

Um total de 15.921 casos incidentes de câncer desenvolvidos durante 1.890.187 pessoas-ano de acompanhamento (mediana, 9,8 anos; intervalo interquartil [IQR], 9,4–10,6 anos). Os modelos de regressão de Cox ajustados por idade e sexo mostraram um risco elevado de incidência de câncer com níveis crescentes de consumo de UPF para múltiplos locais de câncer.

Alimentos inflamatórios a evitar

“Famílias de baixa renda são particularmente vulneráveis a esses alimentos ultraprocessados baratos e não saudáveis. Refeições minimamente processadas e preparadas na hora devem ser subsidiadas para garantir que todos tenham acesso a opções saudáveis, nutritivas e acessíveis”.

Os pesquisadores observam que seu estudo é observacional, portanto, não mostra uma ligação causal entre alimentos ultraprocessados e câncer devido à natureza observacional da pesquisa. Mais trabalho é necessário nesta área para estabelecer um nexo causal. Este estudo foi financiado pela Cancer Research UK e World Cancer Research Fund.

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Dra. Kiara Chang, diz que precisamos de rótulos de advertência claros na frente da embalagem para alimentos ultraprocessados
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(*) Leia o Original em:

O uso de sentidos como o tato e a audição deu autonomia para dançarinos. Fotografia mostra, em primeiro plano, um casal sentado frente a frente. Cada um segura uma cuia e os dois levamna ao alto, em direção ao outro

Novos sentidos para a dança

Tese propõe metodologias sensoriais e inclusivas

Muitos sentidos são utilizados na produção de uma obra artística. Na dança, por exemplo, a visão, a audição e o tato auxiliam na composição e montagem de uma performance. Então, como pensar o desenvolvimento da dança de maneira inclusiva? Essa é a pergunta que norteia a tese Dança Sensorial: metodologias de ensino e aprendizagem e sua aplicação em um processo de criação em dança para pessoa com deficiência visual, de Marina Alves Mota. Ao longo de seu trabalho, Marina propõe a criação de metodologias sensoriais para o ensino e a aprendizagem da dança com dançarinos que possuem deficiência visual e, a partir desse processo, apresenta os resultados dessa experimentação no espetáculo Corpus Sensorialis.

No Brasil, pessoas com alguma deficiência visual representam 18,6% da população. Uma porcentagem alta de pessoas que não são consideradas durante produções artísticas como a dança. A tese apresentada no Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes/ICA), com orientação do professor Cesário Augusto Pimentel de Alencar, pensa as pessoas com deficiência para além das barreiras impostas culturalmente aos seus corpos, além de valorizar suas vivências na pauta da produção artística.

“Sempre tive um olhar sensível às questões sociais, e a primeira vez que tive contato com pessoas com deficiência visual foi na Unidade Educacional Especializada José Álvares de Azevedo, em que percebi que esses corpos poderiam usufruir da dança, não só com fins terapêuticos, mas também como artistas, intérpretes e criadores.

Percebi nesses corpos um potencial criativo. Eles são capazes de propor estéticas dançantes possíveis, baseadas nas suas experiências”, afirma Marina Alves Mota.

Pesquisadora utilizou metodologias sensoriais para que pessoas com deficiência visual possam atuar no palco

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Texto *Jambu Freitas Fotos Sarah Prestes Cena do espetáculo “Corpus Sensorialis”, fruto da pesquisa

A tese foi desenvolvida na linha de pesquisa Poéticas e Processos de Atuação em Artes, que contempla estudos práticos e teóricos. Iniciando com a parte prática, foi-se pensando a utilização do tato e da audição para que os dançarinos estivessem em cena com autonomia.

A parte teórica foi construída com a análise das experimentações desenvolvidas durante o espetáculo e um estudo de caso com entrevistas semiestruturadas, depoimentos gravados e registros visuais fotográficos.

Laboratórios exploram tato, cinestesia e audição

O espetáculo Corpus Sensorialis foi desenvolvido em dois laboratórios de experimentação. O primeiro, sobre a Dança Háptica, explorou o tato e o processo de aprendizagem da dança pelos indivíduos que não veem. Esse laboratório apresentou três metodologias que se complementam: em “Corpo Trajeto”, aplicaram-se orientações táteis no chão. As texturas mapearam o espaço da performance, adequando-o aos bailarinos: ele apresenta cegueira e ela tem baixa visão. “Corpo Contíguo” pensa a relação dos corpos no momento da dança: próximos, mas não se tocam.

A bailarina utiliza o resíduo visual e o bailarino percebe o calor e a vibração do corpo da parceira. A terceira metodologia é “Corpo Escala”: um boneco articulado de madeira, com 30 centímetros, foi usado para exemplificar os movimentos da coreografia. Com as três metodologias, pôde-se desenvolver a performance de dança de maneira inclusiva e em tempo hábil.

O segundo laboratório, Corpo Sonoro, foi pensado para a audição dos dançarinos. A metodologia utilizou o som para que os dançarinos pudessem se locomover pelo palco, de maneira autônoma.

O resultado foi uma orientação segura, já que, aos dançarinos, passaram a ordenar a localização do som, dos espaços de silêncio e dos espaços de abafamento, que indicavam a presença de obstáculos.

“Os laboratórios oportunizaram pensar e propor a dança para além da visualidade, com a exploração do tato, da cinestesia e da audição. Emergiram dessas experiências algumas metodologias sensoriais para o ‘fazer dança’ com pessoas com deficiência

visual, todas pautadas nas experiências corporais dos sujeitos dançarinos desta pesquisa”, revela Marina Alves Mota. Para os bailarinos participantes, é importante pensar a deficiência não como limitadora, mas como espaços de criação diferenciados.

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É por isso que o ChatGPT é apenas o começo do boom generativo da IA

Os investidores estão confiantes de que a IA generativa pode resolver uma infinidade de problemas - e ser o próximo boom de startups - diz Business Insider. Chatbots de IA generativa, como o ChatGPT, já estão sendo adotados por escolas, hospitais e departamentos de marketing. Os investidores acreditam que a IA generativa pode se tornar tão onipresente quanto a nuvem ou a internet

Àmedida que o ChatGPT se torna viral e a “IA generativa” se torna um chavão, muitos VCs estão ansiosos para investir no espaço. Se o início dos anos 2010 foi a era das startups com o discurso do elevador de “É como o Uber, mas para (preencha o espaço em branco)”, podemos estar entrando na era dos fundadores explicando por que suas empresas são como o ChatGPT, mas para, bem, tudo.

A empresa de criação de conteúdo Jasper usa a tecnologia por trás do ChatGPT, e levantou $ 125 milhões em uma Série A em outubro , avaliando a empresa em $ 1,5 bilhão.

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Texto *Emilia David Fotos Unsplash/ Hitesh Choudhary, WEF A parceria entre a Syntegra e a Atropos Health, uma empresa iniciante que fornece aos médicos evidências do mundo real no ponto de atendimento Estamos apenas na ponta do iceberg da IA generativa

O concorrente da Jasper, Copy.ai, que usa o ChatGPT para marketing, levantou US$ 11 milhões na Série A em outubro de 2021. Há IA generativa para a saúde, com startups como a Atropos Health , focada em médicos, e a empresa de dados sintéticos de saúde Syntegra , todas levantando fundos nos últimos 12 meses.

Runway , startup de edição de vídeo habilitada para IA, arrecadou $ 50 milhões da Série C em dezembro , enquanto o design aprimorado por IA Creative Fabrique levantou $ 61 milhões em janeiro de 2023. Na educação, há a startup de feedback de ensino gerada por IA TeachFX , que levantou $ 10 milhões em setembro e Prof Jim, empresa de livros didáticos aprimorada por IA, com uma rodada inicial de US$ 1 milhão em janeiro de 2022. E há muito mais por vir, disse Grace Isford, sócia da Lux Capital.

“Estamos em um ponto de inflexão emocionante para a IA – estamos apenas na ponta do iceberg para os muitos casos de uso vertical de grandes modelos de linguagem além das indústrias criativas para espaços como biologia, manufatura e saúde”, disse Isford. “Provavelmente chegaremos ao ponto em que a IA será perfeitamente integrada aos fluxos de trabalho diários”. A beleza dos modelos recentes de IA generativa é que eles estão disponíveis para outras empresas. A OpenAI, operadora do ChatGPT e DALL-E, trabalha com Jasper, Copy.ai e a startup de saúde mental Koko, entre outros.

Metade de todas as empresas agora usam IA Assista o Video: www.weforum.org/videos/half-of-all-companies-now-use-ai

Uma enxurrada de novas empresas

À medida que o acesso a modelos de IA generativos se torna mais fácil, os fundadores podem desenvolver sua ideia “ChatGPT, mas para os amantes de plantas” muito mais rapidamente do que antes. Para muitos investidores, isso é bom. Eles acreditam que a IA generativa pode se tornar tão onipresente quanto a nuvem ou a internet. Mas, no futuro, existe o risco de que as startups usem o ChatGPT apenas pelo ChatGPT. Nem todas as empresas de IA generativa têm longevidade e nem todos os setores têm problemas que a IA generativa pode resolver. Quando o Uber começou a crescer, de repente, havia um Uber para animais de estimação – aplicativo de carona para animais de estimação e humanos SpotOn – e um Uber para mantimentos como o Getir, mas apenas alguns se tornaram tão bem-sucedidos ou transformadores quanto o Uber.

Por enquanto, os investidores estão confiantes de que suas apostas em IA generativa serão recompensadas, disse Josh Constine, sócio da Signal Fire.

“Como acontece com a maioria dos setores da moda, há empresas que valem ou valerão muito mais, e muitas outras que nunca estarão à altura de seu hype”, disse Constine. “Mas, ao contrário de alguns ciclos anteriores em que a utilidade parecia especulativa ou pelo menos muitos anos distante, já estamos vendo negócios tradicionais transformados pela amplitude e eficiência da IA generativa”. Ainda é cedo para a IA generativa, e ainda haverá mais novos casos de uso que as empresas apresentarão para a tecnologia. Eventualmente, a IA generativa perderá seu brilho e as startups terão que afundar ou nadar da mesma forma que todas as empresas: receita e lucros consistentes. Mas, por enquanto, ser buzzy é o suficiente.

Em 2017, apenas 1 em cada 5 empresas usava IA em atividades comerciais, mas, de acordo com uma nova pesquisa da McKinsey, 63% das empresas dizem que planejam aumentar seus investimentos em IA nos próximos 3 anos. Cerca de 1 em cada 4 empresas dizem que a IA gera pelo menos 5% de seus ganhos líquidos. Para economizar dinheiro, as empresas usaram IA para melhorar o gerenciamento da cadeia de suprimentos. No entanto, as empresas não aumentaram sua proteção contra os riscos relacionados à IA, apesar do aumento do uso e investimento em IA.

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É mais quem se interessa pelo ChatGPT Não ultrapasse nem subestime a conversação ao usar o que há de mais recente em IA generativa - o ChatGPT

Como o ChatGPT transformará o trabalho criativo?

O ChatGPT tem causado alvoroço desde o seu lançamento no ano passado. A capacidade do chatbot de produzir redações convincentes, histórias e até letras de músicas impressionou os usuários, e esta semana atraiu um investimento multibilionário da Microsoft

*Chatbot é uma ferramenta para conversar com seu cliente em linguagem natural por meio de aplicativos de mensagens, sites e outras plataformas digitais

Após o lançamento em novembro, o ChatGPT se tornou um sucesso imediato que entreteve e alarmou seus usuários. Dado um comando ou pergunta, o chatbot é capaz de retornar ensaios convincentes, receitas simples e até mesmo conselhos de vida em questão de segundos. Esse feito impressionante é realizado por um grande modelo de linguagem que fica por trás de sua interface. Usando uma quantidade impressionante de texto retirado da internet, o modelo constrói palavras e frases com base na probabilidade estatística.

Fotos Internet, Unsplash

Foi descrito como uma versão amplamente ampliada de mensagens de texto preditivas. O resultado é uma tecnologia que atraiu um investimento multibilionário da Microsoft e fez com que muitos se perguntassem o quão viável seus empregos poderiam se tornar em breve.

O que é IA generativa?

A IA generativa, como o nome sugere, utiliza modelos de inteligência artificial para criar vários tipos de conteúdo, incluindo imagens, código e texto.

A tecnologia utiliza dados e conteúdo existentes, bem como aprendizado de máquina para prever a próxima palavra com base em sequências de palavras anteriores ou para criar uma imagem com base em palavras que descrevem outras imagens.

O treinamento desses tipos de modelos requer quantidades colossais de dados e recursos de computação de última geração, e é por isso que a maioria deles vem de grandes empresas de tecnologia.

Cardápio Variados

Por exemplo, um modelo popular conhecido como GPT-3 foi treinado usando 45 terabytes de dados, emprega 175 bilhões de parâmetros para fazer suas previsões e uma única execução de treinamento custa cerca de US$ 12 milhões, de acordo com a OpenAI, a empresa que lançou o modelo.

Uma vez que esses modelos tenham sido treinados; no entanto, eles podem ser adaptados para casos de uso específicos, que requerem significativamente menos dados.

Aplicativos de marketing para IA generativa

A IA generativa tem inúmeras implicações para a indústria de criação de conteúdo. Por exemplo: Jasper, um modelo de GPT-3 com foco em marketing, pode produzir blogs, postagens de mídia social e vários intervalos de cópia, de anúncios a e-mails de vendas.

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Chatbot com IA As imagens geradas por IA estão causando um rebuliço em todo o mundo

Ele também pode ajudar na geração de conteúdo, dimensionando os esforços de criação de conteúdo, aprimorando os esforços de SEO, personalizando o conteúdo e apresentando novas ideias para o conteúdo. Ao mesmo tempo, a marca de Jasper afirma que deve ser usada mais como assistente de redação e que ainda requer intervenção humana. A empresa de computação em nuvem VMWare, por exemplo, faz com que escritores usem Jasper para acelerar a criação de conteúdo, o que, por sua vez, libera os escritores humanos da empresa para alocar mais tempo em pesquisa e estratégia.

Existem muitos exemplos de marcas que também usam IA generativa para imagens.

A popular fabricante de brinquedos Mattel, por exemplo, usa a tecnologia para gerar imagens para designs e marketing de brinquedos. A Heinz usou o gerador de imagens conhecido como DALLE-E 2 para criar uma campanha de marketing inteligente intitulada Heinz AI Ketchup para demonstrar que as imagens de garrafas de ketchup geradas por IA tendem a se assemelhar à marca Heinz. Essas campanhas ilustram claramente o potencial criativo dessa tecnologia emergente.

Para os profissionais de marketing, o trabalho criativo é o que forma a conexão emocional entre os dados e os clientes.

Não é surpresa, portanto, que a maioria dos departamentos de marketing tenha uma série de ferramentas de automação internas que dão suporte ao desenvolvimento criativo.

Isso é impulsionado, em parte, pela crescente expectativa de personalização dos consumidores de hoje, o que exige que as marcas repensem como atendem à escala de recursos criativos necessários.

Muitas marcas estão à procura de novos serviços – incluindo ferramentas proprietárias de automação criativa – que possam aprimorar e apoiar suas campanhas de mídia. A IA generativa pode (entre outras coisas) permitir que as marcas

tenham iterações criativas ilimitadas por meio da criação automatizada de ativos renderizada em tempo real.

O conteúdo alimentado por IA está mudando o campo de atuação quando se trata de criação de conteúdo – e levará muito tempo até entendermos ou atingirmos os limites de seu potencial.

A evolução dos chatbots

Os chatbots permitem que os clientes obtenham o suporte e as informações de que precisam mais rapidamente. Além disso, os clientes consideram as informações mais precisas do que interagir com um agente de suporte ao cliente. A área de melhoria para um chatbot com IA que seria útil abordar é o agente de tradução NLP, que precisa se tornar mais inteligente para interpretar melhor as perguntas, melhorar a precisão das respostas e melhorar os idiomas e dialetos em um curto período de tempo. Como acontece com a maioria das tecnologias, esperamos que os recursos das soluções de software chatbot melhorem com o tempo.

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A mudança da maré do trabalho criativo Livro (áudio) completo, criado em mais de 10 idiomas em poucos dias, usando IA generativa

Ouro marrom: começa a grande corrida do esterco americano

Em uma tarde de início de agosto na Pinnacle Dairy, uma fazenda localizada perto do meio do longo Vale Central da Califórnia, 1.300 vacas Jersey ociosas à sombra de estábulos ao ar livre. Acima deles, giram ventiladores do tamanho de satélites, circulando como uma brisa conforme a temperatura chega a 100F (38C). Sob os pés, uma camada úmida de fezes emite um fedor espesso que paira no ar. Apenas um pouco desagradável, o cheiro representa uma mina de ouro em potencial. A indústria de energia está transformando montes de estrume em um lucrativo “combustível de carbono negativo” capaz de alimentar tudo, desde ônibus municipais até caminhões de carga.

Para isso, está recorrendo às fazendas leiteiras, que oferecem um suprimento confiável e de longo prazo do material. A Pinnacle é apenas uma das centenas em todo o estado que recentemente venderam os direitos de seu esterco para produtores de energia.

Comunidades ao redor do mundo há muito tempo geram eletricidade a partir de resíduos, mas nos últimos anos houve um aumento no investimento público e privado em infraestrutura de cocô para energia nos EUA.

Embora até agora concentrada em estados com setores dominantes de laticínios, como Califórnia, Wisconsin e Nova York, a histórica lei climática de Biden aprovada no verão passado significa liberar bilhões adicionais para apoiar o desenvolvimento nacional. Os incentivadores do setor o descrevem como uma maneira elegante de reduzir as emissões tanto da pecuária quanto do transporte; mas os críticos temem que a nascente indústria possa levantar mais problemas do que resolvê-los ao consolidar práticas prejudiciais ao meio ambiente.

A pecuária é a maior fonte de metano do país, um gás de efeito estufa que os cientistas do clima chamam de “superpoluente” devido ao seu alto potencial de aquecimento a curto prazo. O gás é liberado pelos animais quando eles arrotam e pela decomposição do esterco coletado em lagoas ao ar livre, uma prática comum na pecuária.

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Texto *Jéssica Fu Fotos Mike Blake/Reuters, Ricardo Cavolo/The Guardian
A indústria de energia está transformando resíduos de fazendas leiteiras em gás natural renovável – mas isso realmente reduzirá as emissões?
Fazendas venderam esterco de para produtores de energia, que geram eletricidade a partir de resíduos, transformando montes de estrume em um lucrativo “combustível de carbono negativo” Centenas de fazendas leiteiras em toda a Califórnia venderam os direitos de seu esterco para produtores de energia

Mas essas emissões também são um gerador de dinheiro em potencial. O metano de resíduos animais pode ser purificado em um produto virtualmente indistinguível do gás natural baseado em combustível fóssil. Comercializado como gás natural renovável (RNG), ele tem uma vantagem lucrativa única: além da receita da venda do próprio gás, as empresas de energia agora também podem obter belos subsídios ambientais por seu papel em manter o metano fora da atmosfera. No início de 2020, uma empresa de energia chamada Aemetis assinou um contrato de 20 anos para capturar metano do esterco da Pinnacle e transformá-lo em RNG. A Aemetis instalou um digestor na leiteria, que coleta os dejetos da fazenda em uma piscina revestida de concreto e captura o gás que libera.

A empresa planeja atualizá-lo para gás natural renovável em sua instalação de refino próxima, antes de transportá-lo para postos de gasolina em todo o estado. “Isso é algo que estará presente em todos os laticínios no futuro”, disse Jessica Cardoso, coordenadora de projetos da Aemetis. Cardoso foi criado em uma fazenda de gado leiteiro na Califórnia, mas, ao crescer, não fazia ideia do potencial do esterco de vaca.

Ela prevê que o gás natural e a produção de laticínios logo andarão de mãos dadas. Nos últimos anos, gigantes da energia como Shell , BP e Chevron anunciaram parcerias semelhantes na indústria de laticínios.

Na Califórnia, o maior estado produtor de laticínios do país, as autoridades estimaram que mais de cem digestores de estrume financiados pelo governo estavam programados para entrar em operação até o final do ano passado. Menos de uma década antes, em comparação, apenas seis desses projetos estavam em andamento. Nacionalmente, o número de instalações de produção de RNG planejadas e operacionais em operações pecuárias e agrícolas aumentou mais de 36% em 2021 em comparação com o ano anterior.

Mas alguns observadores do boom do biogás temem que a monetização das emissões evitadas possa sair pela culatra. Grupos de justiça ambiental e bem-estar animal estão fazendo campanha contra subsídios para a indústria e levantando questões sobre os desafios impostos pela tecnologia de digestores. Por um lado, os digestores também mitigam apenas cerca de metade do problema do metano representado pela indústria de laticínios. Embora os digestores capturem as emissões do esterco, eles não fazem nada para resolver a questão das emissões dos arrotos das vacas, que, na Califórnia, produzem aproximadamente a mesma quantidade de emissões de metano que o esterco.

Digestores capturam esses gases (às vezes chamados de biogás) para uso em um gerador de energia Fazenda Frank Konyn Dairy em Escondido, Califórnia

Mas o centro de suas preocupações é a questão de saber se o gás natural renovável gerado pelas fazendas leiteiras é realmente negativo em carbono. A resposta depende de como você conta a história de sua produção. De acordo com as políticas de combustíveis limpos da Califórnia, os produtores de energia devem reduzir a pegada de carbono do combustível de transporte todos os anos. Onde os combustíveis – como gasolina e diesel – excedem as metas, os produtores precisam comprar créditos para compensar suas emissões em excesso.

Os produtores cujos combustíveis são considerados como tendo pegadas de carbono extremamente baixas podem gerar e vender créditos valiosos para cada tonelada de emissões que ajudam a evitar. O maior vencedor neste sistema é o RNG das fazendas leiteiras, que consistentemente recebe não apenas as pontuações de pegada de carbono mais baixas em todos os tipos de combustível, mas também algumas das únicas negativas. Considera-se que os combustíveis carbono-negativos removem gases de efeito estufa da atmosfera.

É neste sistema de classificação lisonjeiro que os produtores de energia como Aemetis podem ganhar créditos de metano evitados para cada unidade de energia produzida a partir de estrume de vaca. Quanto mais eles produzem, maiores são os retornos.

Ao atribuir uma pegada de carbono ao combustível RNG, os reguladores não consideram nenhuma das emissões associadas à produção de esterco em primeiro lugar, como o transporte e a criação de animais. Este não é o caso de muitos outros combustíveis renováveis, cujas pegadas de carbono atribuídas levam em consideração todos os gases de efeito estufa liberados durante sua produção.

Ao dar ao esterco seu próprio valor inerente, os reguladores climáticos o transformaram de resíduo em mercadoria

Produtores de energia como Aemetis podem ganhar créditos de metano evitados para cada unidade de energia produzida a partir de estrume de vaca

Essa discrepância está enraizada na suposição de que o estrume não é produzido deliberadamente; é um subproduto inevitável da indústria de laticínios. Assim, o pensamento continua, quando as empresas de energia intervêm para capturar metano e convertê-lo em combustível, esse processo resulta em uma redução líquida nas emissões.

Mas nem todo mundo vê dessa forma. Alguns economistas agrícolas apontam que as políticas climáticas existentes transformaram o esterco em uma fonte de receita por si só, semelhante ao queijo ou à manteiga.

“Uma vez que você paga a um produtor de gado por seu esterco, você está efetivamente subsidiando a produção desse esterco”, disse Richard Plevin, consultor e ex-pesquisador da Universidade da Califórnia, em Berkeley. “Você alterou a economia da produção de gado.”

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Agricultores estão transformando cocô em energia

Alguns pesquisadores do clima temem que os incentivos para a captura de metano tenham se tornado tão generosos que possam aumentar a produção de esterco no longo prazo. Levado ao extremo, alguns temem que as fazendas leiteiras possam acabar se transformando em fazendas de fezes que também produzem laticínios.

Ele descobriu que a receita da captura de metano sozinha poderia, em alguns casos, representar quase 40% dos lucros totais para fazendas leiteiras de médio e grande porte na Califórnia. Quando a receita da captura de metano começar a eclipsar a da própria produção de laticínios, alertou o estudo, isso pode acabar incentivando as fazendas a aumentar o tamanho do rebanho para produzir mais esterco.

O estudo analisou apenas as políticas de combustíveis limpos da Califórnia, mas a maioria dos produtores de RNG de laticínios também pode lucrar com um programa federal paralelo – o Padrão de Combustível Renovável, que exige que os produtores de combustível para transporte atendam a certas metas de combustível renovável, seja produzindo-os ou comprando créditos fora aqueles que o fazem. Beneficiar-se de ambos dá aos produtores de energia uma valiosa proteção financeira. Se os reguladores climáticos da Califórnia reconhecessem o estrume como um material produzido intencionalmente, como o milho cultivado

para etanol, sua pontuação de intensidade de carbono aumentaria significativamente para refletir tudo, desde os gases de efeito estufa envolvidos na produção de ração até as emissões liberadas pelos arrotos das vacas.

O Conselho de Recursos Aéreos da Califórnia (Carb), que supervisiona os programas de combustíveis limpos do estado, defendeu sua abordagem. Os digestores de laticínios são responsáveis por uma parte significativa das reduções de emissão de metano no setor pecuário, apontou Dave Clegern, oficial de informação pública da agência. Ele acrescentou: “Não temos nenhuma evidência que mostre que a [política] está causando uma quantidade maior de estrume na Califórnia”. (Uma razão pela qual pode não haver tal evidência ainda é porque a indústria de RNG ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento.)

Técnico da instalação de biogás DTE Vantage perto de Beresford, SD, explica o processo de decomposição do estrume de laticínios em um digestor anaeróbico de 2 milhões de galões O biogás, metano coletado de fazendas leiteiras, é canalizado para uma instalação de limpeza na instalação de Calgren em Pixley, Califórnia Metano capturado do esterco em um digestor de laticínios de lagoa coberta no Condado de Sacramento é posteriormente processado para geração de eletricidade

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