GESTÃO SUSTENTÁVEL
EAG - EMPRESA AUTOGERENCIÁVEL E A RETOMADA ECONÔMICA Especialistas explicam qual a importância do planejamento empresarial e como se adaptar ao novo cenário de possível recuperação da economia
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e acordo com as previsões do SEBRAEServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, feitas a partir do cruzamento de dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do cronograma de vacinação do Ministério da Saúde, e de dados de pesquisas em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), espera-se que o País esteja 80% próximo do “novo patamar do normal.” Essa perspectiva desenha que os primeiros segmentos a perceberem a retomada da economia são as empresas que atuam principalmente nos setores relativamente menos atingidos pela crise, e que teriam uma reação mais rápida ao contexto de vacinação da população. Outros setores empresariais retornariam mais lentamente ao estágio verificado antes do
Marcelo Germano - idealizador do método do EAG (Empresa Autogerenciável) 86
início da pandemia. Já outros, só alcançariam o estágio de faturamento equivalente ao pré-pandemia, no final de dezembro - em uma visão mais otimista - ou meados de fevereiro de 2022 - em uma visão mais conservadora mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro deste ano. Diante dessa avaliação, o especialista em gestão empresarial e idealizador do método do EAG (Empresa Autogerenciável), Marcelo Germano, avalia que em termos de mentalidade, comportamento e execução, o ideal é que o empresário se prepare em torno de um planejamento, que identifique ações a serem realizadas, ao observar os ambientes internos e externos, que refletem diretamente no negócio. “Neste momento, mais do que nunca, os empresários precisam entender que é extremamente necessário se planejar, preparar, identificar as competências exigidas para o novo momento e trabalhar com essa perspectiva. Estamos diante de um cenário que precisamos não apenas planejar, mas replanejar o crescimento, analisando os fatores e ambientes que impactam diretamente nele. Eu me lembro que quando começou a pandemia, falávamos do ‘novo normal’, mas ele não vai mais existir, teremos, na minha visão, um ‘novo patamar de normal’. Quem age como vítima tende a pensar que em alguns meses as coisas vão voltar ao normal, igualmente como era antes da pandemia. Mas o novo cenário exige ações diferentes, tecnologias diferentes, recapacitação. Para não agir como vítima e ficar à mercê do que pode acontecer, o empresário