CONTEÚDO
EXPEDIENTE
REVISTA MÁRCIA TRAVESSONI
É UMA PUBLICAÇÃO DA
PLATAFORMA MÁRCIA
TRAVESSONI, COM VEICULAÇÃO TRIMESTRAL, QUE ABORDA
CULTURA, COMPORTAMENTO, NEGÓCIOS, MODA, GASTRONOMIA, TURISMO, LUXO E TUDO O QUE ACONTECE NO CEARÁ.
DIREÇÃO GERAL
Márcia Travessoni
EDIÇÃO
Jéssica Colaço
TEXTOS
Jéssica Colaço
Juscelino Filho
Tainã Maciel
Vanessa Madeira
FOTOGRAFIA
Alex Campêlo
Eri Nunes
Igor Cavalcante
Nicolas Gondim
PROJETO GRÁFICO
LaBarca Design
DIAGRAMAÇÃO
Allan Victor Castro Vieira
Hugo Martins
REVISÃO
Lorena Colaço
COORDENAÇÃO DE MARKETING E COMERCIAL
Fernando Travessoni
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Sobral Gráfica e Editora
Sobral/CE
5.000 exemplares
>> marciatravessoni.com.br
56
Azuhli, Berin e Cadeh Juaçaba tecem abordagens poéticas e instigantes sobre o cotidiano, sobre as feridas que aguardamos cicatrizar, e sobre o que queremos para o futuro.
MARKETING E PUBLICIDADE
Márcia Travessoni Comunicação e Eventos LTDA ME
Direção: Fernando José Travessoni de Pinho
E-mail: comercial@marciatravessoni.com.br
CNPJ: 20.416.683/0001-70
CONTEÚDO DE MARCA
A Plataforma Márcia Travessoni oferece o serviço de criação de branded content para empresas, planejando, produzindo e publicando conteúdos personalizados nos canais que a integram: a Revista Márcia Travessoni, as redes sociais, canal no YouTube e o Site MT, onde são hospedados produtos como o MT Indica, projeto anual que reconhece profissionais e empresas que se destacaram no ano. Além disso, produz eventos próprios como Anjos do Natal, Mulheres Extraordinárias e MaxiModa.
PLATAFORMA MT
14
COMPORTAMENTO
Na praia ou em arenas, o beach tennis agrega desde os entusiastas do movimento aos atletas focados no pódio
20
EMPREENDEDORISMO
Sob o comando de três sócios, a Rios, Zech e Amaral Advogados Associados consolida a credibilidade, com parceiros em todo o Brasil
38 LIVING
Brenda Rolim detalha o projeto da Casa Slow, refúgio da família na Taíba que materializa a relação dela com a arquitetura afetiva
74
GASTRONOMIA
Insumos locais ganham destaque e sabor máximo na cozinha do Mangue Azul, que entrega alta gastronomia com alma cearense
80
ESPELHO
Larissa Proença fala sobre os dilemas da criação de conteúdo digital e como não se desligar da própria essência leve e dinâmica
90
ACONTECE
Anjos do Natal chega à 6º edição, celebrando o amor em vários ritmos e unindo música e emoção a um propósito solidário
CONVERSA
CONVERSA
Seja bem-vindo, 2023! Meu ritual de início de ano envolve mentalizar esperança, renovação, beleza, e muita inspiração e energia para realizar novos projetos. Desta vez, me conectei também com o desejo de que tenhamos um novo ciclo criativo, poético e plural. Por isso, trago três personalidades tão instigantes estampando esta edição da Revista MT.
Alegria, gratidão e resistência - esses são os termos que melhor me definem nessa retomada da Revista Márcia Travessoni. A volta da nossa publicação impressa, que chega em novo formato para se encaixar melhor na rotina de leitura de cada um de vocês, simboliza a reafirmação do meu propósito enquanto comunicadora e a vontade de seguir em frente, resistindo.
Azuhli, Berin e Cadeh Juaçaba compartilham a mesma cidade e a mesma geração, mas percebem esse cenário de maneiras totalmente diferentes, porém complementares, compondo a imagem de um Ceará que se destaca cada vez mais na produção artística.
Somos resistência por estarmos sobrevivendo, acima de incertezas, apesar da saudade de tantos amigos e vidas que se foram (quase 510 mil, no momento em que escrevo esse texto), e mesmo com as turbulências. Somos resistência porque nos reinventamos, adaptamos nossos planos e, mais do que nunca, preservamos nossa essência.
Na esteira dessa abordagem artística, conversamos com Victor Perlingeiro sobre a tarefa de gerir a Galeria Multiarte; e apresentamos os detalhes do novo curso de Design da Universidade de Fortaleza (Unifor).
Trazer Imaculada Gordiano na capa desta edição não foi uma escolha à toa. Mulher independente e líder da própria história, a advogada, empresária, fashionista, mãe e cidadã de atuação coletiva representa muitas das narrativas que queremos cada vez mais enaltecer: de seres humanos empoderados e transformadores.
Nossa edição #22 tem ainda um bate-papo cheio de bossa com a arquiteta e criadora de conteúdo digital Larissa Proença; os projetos de encher os olhos de Brena Rolim e André Monte; um roteiro para inovar no café da manhã; e as surpresas gastronômicas do Mangue Azul.
Boa leitura e have fun!
Nesse contexto, trazemos ainda a secretária municipal da Finanças, Flávia Teixeira, que fala em Poder sobre o desafio de gerir o orçamento público; o artista plástico Sérgio Helle, desbravando as fronteiras do digital e do físico na arte; e um especial sobre o novo morar de alto padrão, definido por Racine Mourão e Carlos Ferreirinha. Tem ainda gastronomia, drinks, lifestyle, turismo e muitas dicas para acabar de vez a saudade da nossa Revista MT!
Boa leitura e have fun! @MARCIATRAVESSONI
VIVÊNCIAS
Com alma e bom gosto
FOTO REPRODUÇÃO/@BANGALO.ARTESArtista plástica, escritora e experimentadora de processos criativos, Cris Cavalcante começou a testar as habilidades com cerâmica durante o isolamento social. “Tive vontade de produzir para usar em casa”, lembra. Essa foi a primeira etapa de um projeto que cresceu e se concretizou sob o nome de Ateliê Bangalô das Artes. Aberto em novembro do ano passado, na praia de Moitas, no município de Amontada, o local expõe as cerâmicas, os quadros e os livros de Cris, e reúne,
ainda, uma curadoria de peças do artesanato brasileiro. “Já fiz exposições em mais de 20 países e sei a diferença que é ser mulher, nordestina e cearense. Por isso, tento diminuir essa distância tão grande que temos com o que é produzido no nosso país. Criei o ateliê para trazer objetos com alma, arte e bom gosto”, define. O Ateliê fica na Rua Camilo Alves, em frente à pousada Canoé Brasil, e funciona de quinta a segunda, de 9h às 19h. As peças aparecem sempre nas publicações de @bangalo.artes.
ENCONTRO DE GIGANTES
Ter o título de Cidade Criativa do Design pela Unesco faz com que Fortaleza receba visitas como a do premiado designer Hans Donner. O criador da identidade visual da TV Globo - entre outros feitos - esteve na Capital em dezembro do ano passado e foi homenageado pelo vice-prefeito Élcio Batista. De lembrança do Ceará, ele levou uma escultura do célebre Sérvulo Esmeraldo. Os detalhes do encontro estão no Site MT.
A NOVA TREND
ANTES DO “SIM”
E se alguns detalhes e emoções do casamento fizessem parte já do ritual do dia da noiva? Isso é totalmente possível no novo espaço da Casa Linda Flor. O protocolo dedicado ao grande dia pode iniciar com até 15 dias de antecedência, incluindo cuidados com a pele e o cabelo; e na data do "sim", a noiva tem direito a um espaço decorado com a mesma identidade visual da festa e buffet sob medida pra acalmar o coração!
Mais de 100 mil seguidores, 21 anos e 500 mil visualizações são números que ajudam a identificar a cearense Bruna Bezerra de Menezes, criadora de conteúdo que está chamando atenção no Tik Tok. A maioria das publicações da jovem envolve moda, mas o que ela gosta mesmo é de usar a liberdade e a criatividade pra gravar vídeos. A equipe do Site MT bateu um papo com ela sobre o universo da influência digital, não deixa de ler!
INSPIRAR E TRANSFORMAR
Tecnologias socioambientais, projetos afetivos e a preocupação com o bem-estar coletivo são alguns dos pilares do Estar Urbano, escritório fundado pelas arquitetas e urbanistas Laura Rios e Liana Feingold. Quer um conteúdo rico sobre Arquitetura? Acessa agora a matéria sobre elas no Site MT. Ah, e no Canal MT, no YouTube, elas falam sobre cores e Feng Shui.
Projeto que movimentou a Capital para escolher os melhores do Ceará, o MT Indica está de volta! Desta vez, são dez categorias, com votação popular e online, para selecionar o "The Best Of"
da terrinha em 2022. Em dezembro, a plataforma já somava mais de 170 mil votos. Dá tempo de clicar pra escolher seu favorito até 31 de janeiro, no Site MT. Em breve, a lista de ganhadores.
“THE BEST OF”
Radar
Percursos históricos
Iniciativa que a arquiteta, urbanista e pesquisadora Fernanda Rocha define como “projeto de vida” dela, o Portas Abertas é um convite à contemplação dos ícones de Fortaleza. Uma vez por mês, a iniciativa promove visitas guiadas em espaços cheios de história e arte, como os jardins do Theatro José de Alencar. Além dos encontros, há sempre uma atividade online, com convidados que debatem temas relacionados à arte, sustentabilidade, mulheres e inovação. A programação fica disponível no perfil @oficialportasabertas e, para este ano, Fernanda dá um spoiler: o roteiro vai contemplar o lançamento do livro com a tese de mestrado dela sobre os jardins residenciais assinados por Burle Marx em Fortaleza.
Lugares de encontros
Que tal um encontrinho aconchegante com moda autoral, arte, música e drinks? Essa proposta aparece cada vez mais no calendário de lojas em Fortaleza, a maioria delas, espaços colaborativos de marcas locais. Na casinha da Patú (@ patu____), aberta em julho de 2022, o “Rolê Cultural” deu evidência às peças da própria marca, fundada por Marina Fontanari (na foto com a mãe e sócia, Diana Carla); reuniu as brands Sello, David Lee, AM Brasil e Vovó Quem Fez; além de inaugurar as exposições “aberturas_cedo demais”, de Alice Dote, e das produções de Amanda Nunes, de @crimespassionais. Vale a pena ficar de olho, também, nos eventos articulados em espaços como Casa Orla (@casaorla48), Casa Fredericas (@casa.fredericas) e Catarina Mina (@catarinamina).
Esperando na janela
De uma generosa e colorida janela de madeira na rua Norvinda Pires, na Aldeota, saem gelatos cheios de sabor e que rendem a foto perfeita de sobremesa. Aberta em maio do ano passado, a Janela do Armazém (@janeladoarmazem) une a receita do gelato italiano à diversidade de sabores que o cearense sabe apreciar como ninguém. O menu contempla desde clássicos como chocolate, leite e morango até combinações com maçã caramelizada e matchá, por exemplo. Além da sede em Fortaleza, já tem janelinha também em Jericoacoara.
Acervo redescoberto
Obras de arte, memória e potência compõem a coleção da Pinacoteca do Ceará, inaugurada em dezembro do ano passado já com o título de maior do Brasil. O espaço de 9.275 m² compõe o complexo Estação das Artes, no Centro de Fortaleza, e é mais um respiro de cultura no Estado. A mostra de abertura é uma homenagem ao estado: batizada de “Bonito pra Chover”, reúne as mostras “Se arar”, “No lápis da vida não tem borracha” e “Amar se aprende amando”, em cartaz até junho de 2023. Mais informações em @pinacotecadoceara.
Foto Divulgação/Marília Camelo Foto Divulgação/ Lia de Paula Foto DIVULGAÇÃORAQUETES A POSTOS
SEJA NA PRAIA OU EM ARENAS FECHADAS, O BEACH
TENNIS REÚNE UMA LEGIÃO DE ATLETAS NO CEARÁ, APAIXONADOS POR MOVIMENTO E DESCONTRAÇÃO
Banhado pelo mar e com sol praticamente o ano todo, o Ceará é o cenário perfeito pra diversos esportes náuticos e ao ar livre, mas um deles, em especial, tem levado à formação de uma verdadeira comunidade de praticantes: o beach tennis. Seja na praia ou em arenas espalhadas por todo o Estado - inclusive, em cidades sem ligação com o oceano -, os times são uma espécie de segunda família dos atletas.
De acordo com a Federação
Cearense de Tênis e Beach Tennis
(FCTBT), a prática surgiu na Itália, no fim da década de 1980, e começou a se popularizar no Brasil, por volta de 2008, nas praias do Rio de Janeiro. Alguns anos depois, em viagem à capital fluminense, a empresária Brígida Frazão se interessou pelo esporte que usava redes e raquetes, como no tênis que ela já jogava, mas absorvia toda a informalidade e diversão de uma atividade entre
amigos. “Vi o pessoal jogando e fui me enturmar. Trouxe duas raquetes e uma bolinha para Fortaleza, mas não tinha arena, a gente jogava em frente ao Jardim Japonês”, conta.
Com o tempo, o esporte foi se profissionalizando e ficou mais fácil encontrar instrutores capacitados e arenas exclusivas para a prática. As competições oficiais também ficaram mais frequentes e movimentadas, elevando o nível dos atletas, mas o que faz Brígida ser apaixonada pelo esporte é a leveza que ele proporciona. “Ele é agregador, a família toda pode jogar: avó, netos, tios, genros,
noras. Eu me encontrei na turma de amigos que pratica comigo”, acrescenta ela, que reserva as manhãs de terça e quinta pra se movimentar no beach tennis, na Av. Beira-Mar.
A descontração e as amizades criadas e fortalecidas pelo esporte também fizeram com que a empresária Alice Diniz entrasse na turma de atletas. O encontro com a prática foi em fevereiro de 2021, por recomendação de uma amiga, e a identificação foi imediata. “O esporte do meu coração é a corrida, joguei vôlei por muito tempo, mas amei o beach tennis porque envolve saúde, amigos,
COM OU SEM PRAIA
O site da Federação Cearense de Tênis e Beach Tennis (FCTBT) cita 33 arenas para a prática do esporte no Estado. Elas estão localizadas desde bairros afastados da orla, em Fortaleza, até cidades como Baturité e Quixadá, no interior do Ceará.
A lista completa está em fctbt.com.br
endorfina, descontração. É bom pro corpo e pra mente”.
Para conciliar com as atividades do cotidiano, Alice faz aulas em uma arena, espaço que permite a prática em diversos horários do dia e da noite, mas sempre que pode, ela combina de jogar na praia, coroando a atividade com um banho de mar. “O boom desse esporte veio depois da pandemia porque ele reúne tudo o que as pessoas estavam precisando, esse movimento de cuidar da saúde e da interação social”, avalia a empresária.
DISCIPLINA NA ARENA
O empresário Rodrigo Ponte viu, no beach tennis, o frescor que ele buscava após quase uma vida inteira jogando tênis. Mas longe de ser apenas um hobby, o esporte acabou
virando um compromisso diário e, até, investimento financeiro. Há um ano e meio, ele e três sócios comandam a Villa Beach Tennis, arena com 12 quadras no bairro Patriolino Ribeiro.
“Temos vários clubes e arenas no Estado, isso faz com que o esporte fique mais sério e agrega sempre mais pessoas”, argumenta.
A semana de Rodrigo tem beach tennis pelo menos em seis dias, às vezes, até na hora do almoço, que é quando ele consegue espaço na agenda.
“Queria muito que essa fosse minha atividade principal, mas por enquanto, ela permanece secundária”, brinca. Ainda assim, hoje ele ocupa o primeiro lugar do Ceará, na categoria profissional, e disputa etapas chanceladas pela Federação junto com o parceiro de quadra, Márcio Petrone. ¤
SOLIDEZ TRIPLA
FUNDADA HÁ 12 ANOS, RIOS, ZECH E AMARAL ADVOGADOS ASSOCIADOS REÚNE A EXPERTISE DE TRÊS SÓCIOS QUE BUSCAM
AGREGAR CADA VEZ MAIS FRENTES DE TRABALHO
Denyson Rios, Fábio Zech e Felipe Amaral se conheceram graças ao Direito. Entusiasmados com a advocacia, alinharam as afinidades técnicas e compartilharam a mesma visão de futuro para dar vida à Rios, Zech e Amaral Advogados Associados. O premiado escritório tem, hoje, filiais e parceiros pelo Brasil, e conta com atuação nas mais diversas áreas jurídicas. No começo, a ideia era um empreendimento que, para além da solidez de técnicas e de teses, fornecesse um tratamento personalizado aos clientes. Com 12 anos no mercado, a RZA se equipou com valores notáveis. “Segurança, transparência, técnica, determinação, ética, excelência. Quem nos contrata, sabe como trabalhamos”, lista Fábio.
Apesar de cada vez mais espe -
cializada em Direito Empresarial, a RZA se multiplica em várias frentes. Com qualificação constante dos colaboradores e liderança competente dos sócios, o escritório tem expertise em contencioso judicial (quando há situação de disputa entre duas ou mais partes) e administrativo (quando envolve a seara da Administração Pública), abrangendo inúmeras áreas do Direito, do trabalhista ao tributário.
ALINHADOS COM O FUTURO
Tema urgente nos debates e contextos internacionais, o ESG (do inglês, Environmental, Social and
Governance, ou Meio-ambiente, Social e Governança, na tradução livre) é uma realidade consolidada nas práticas e serviços do escritório. A sigla se refere à geração de valor econômico aliada à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa por parte das empresas.
“Na Europa, quem não segue esse caminho está fora do mercado. Temos um serviço especializado na implementação de todas as fases de ESG para os nossos clientes. É inves-
timento, é realidade”, defende Zech. Orgulho profissional dos três sócios e com cada vez mais credibilidade no cenário jurídico, o futuro do escritório é, segundo a diretoria, transformar a RZA em referência nacional. O escritório, inclusive, é o grande orgulho profissional do trio. “Fizemos tudo do zero. É algo grande para se construir. Nós agregamos e aprendemos todos os dias”, destaca Fábio. “Nos orgulhamos do feedback dos clientes e dos nossos resultados, vibramos bastante junto com eles”, conclui Felipe. ¤
PLANTANDO A SOLIDARIEDADE
MARIA SOODER LANÇA LIVRO INFANTIL INSPIRADO NA PRÁTICA
DO BEM E NAS VIVÊNCIAS DA INFÂNCIA NO LITORAL CEARENSE
POR TAINÃ MACIEL FOTO S ERI NUNES
Era uma vez, no Ceará, uma menina chamada Maria do Socorro que amava a companhia da avó Jardilina, mulher trabalhadora e caridosa. A criança, filha de agricultores, cresceu e construiu uma nova história na Suíça, mas sem esquecer das raízes no litoral cearense e dos ensinamentos que aprendeu na infância. Hoje, ela é Maria Sooder, presidente e fundadora
da ONG Sooder Maria, se destaca pela liderança filantrópica e lançou seu primeiro livro infantil: “A Pequena Maria e a Semente do Amor”. A escritora conta que a obra teve como inspiração as ações da avó.
“Eu lembro que, quando eu era criança, mesmo com o pouco que tínhamos em casa, a minha avó sempre doava algo a alguém que batesse em nossa porta
pedindo ajuda [...]. Quando eu compartilho os valores que ela plantou em meu coração com milhares de crianças no mundo, através desse livro, sinto que a história dela recebe o destaque que ela merece”, destaca Maria.
O livro traz a história de uma garotinha doce que sempre gostou de interagir com os animais e a natureza. “Eu gostaria que esse livro auxiliasse as crianças, desde cedo, a entenderem que sempre vale mais a pena fazer o bem, e que elas aprendam a lutar pelos seus sonhos”, comenta. A obra incentiva o aprendizado de novas línguas, dispondo de texto em português e inglês.
“A Pequena Maria e a Semente
Disponível na Livraria Leitura dos shoppings Riomar Fortaleza e Del Paseo, e também em soodermaria.org.
do Amor” é uma ferramenta de transformação que se soma às ações da entidade beneficente fundada por Maria Sooder há mais de cinco anos, com sede em Fortaleza e em Zurique, na Suíça. No Brasil, a ONG atua no combate às enfermidades e no suporte a instituições e pessoas que estão vivendo em situação de vulnerabilidade. Já no exterior, o grupo realiza missões humanitárias visitando regiões que passaram por desastres ambientais, conflitos ou calamidades públicas.
“O amor é algo tão lindo, tão forte...
Ele é uma energia tão poderosa e tão boa que muitas vezes precisa, como uma sementinha, romper, partir e brotar”, reflete Maria Sooder. ¤
Victor Perlingeiro, 30, representa a nova geração de uma família que vive a arte. Do pai, o renomado galerista Max Perlingeiro, herdou o olhar aguçado de colecionador, sempre em busca de um talento emergente a ser descoberto. Da mãe, Bia Perlingeiro, o entusiasmo e a sensibilidade para
fomentar o cenário artístico nacional e dialogar com seus atores.
A morte de Bia em 2020, vítima de Covid-19, acelerou o processo de sucessão que vinha se construindo naturalmente e que dá mais um passo com a transição de Victor ao cargo de diretor da Galeria Multiarte, em Fortaleza. “Não imaginava que seria um caminho diferente. A admiração
que eu tenho pelos meus pais e pelo que eles fizeram é o que me inspirou a querer fazer isso”, destaca.
O espaço, fundado por Max e Bia em 1987, teve papel relevante na projeção de nomes cearenses como Antonio Bandeira, Raimundo Cela e Sérvulo Esmeraldo. Também foi responsável por trazer, pela primeira vez, grandes exposições em exibição no Rio de Janeiro e em São Paulo para o Ceará. Obras de Cândido Portinari, Anita Malfatti e Di Cavalcanti já integraram algumas das principais mostras realizadas na galeria.
Sob a gestão da família, a Multiarte se tornou referência para artistas, colecionadores e apreciadores de arte. “É uma empresa que construiu uma tradição, mas também foi inovadora. Os artistas com quem a Multiarte trabalhou, quando estavam, de certa forma, no ostracismo, hoje são os mais procurados no mercado”, afirma Victor Perlingeiro.
Mais de trinta anos após a abertura da galeria, ele ressalta que é preciso capacidade de adaptação para acompanhar as transformações no público, no setor e na própria arte. “O mercado está muito mais maduro. Hoje tem nichos de pequenos mercados de arte brotando na cidade. Fortaleza nunca vai ser São Paulo, mas já vemos pessoas com coleções cada vez mais diversas”.
Nesse sentido, Victor diz que a arte contemporânea, um dos carros-chefe da Multiarte - que já abrigou mostras de Tomie Ohtake a Adriana Varejão -, tem sido um dos principais atrativos para despertar o interesse de novas audiências.
“A arte contemporânea está mais próxima do que estamos vivendo, por isso é uma excelente forma de trazer novas pessoas que não estavam
no mundo da arte para esse meio, com novas mídias e novas técnicas”.
Apesar da movimentação incessante do mercado, ele pontua que um dos atuais desafios é fazer com que o público volte a visitar as galerias físicas, em especial após o início da pandemia. Para o cearense, o mundo da arte tirou proveito dos avanços digitais impulsionados pela necessidade de comunicação durante os períodos de distanciamento. No entanto, ele defende a importância da experiência estética presencial.
“Foi bom perceber que a ferramenta das redes sociais permitiu que a gente se conectasse com nossos colecionadores e o público em geral. Mas, ao mesmo tempo, passando isso, vemos que é importante trazer as pessoas fisicamente para perto”.¤
Espirituosa é um dos adjetivos que podem definir a cearense Beatriz Castro. Aos 62 anos, a estilista é dona de uma conversa animada, cativante e rica de conhecimentos - sejam eles de aspectos diversos da vida ou do ofício que ela exerce há mais de 40 anos. Conversar com ela é como pedir conselhos a uma boa amiga. Esse dom que Beatriz cultivou de forma despretensiosa torna-se, agora, ferramenta para um novo desafio: ser mentora de profissionais criativos que buscam desenvolver produtos originais.
Fundadora da marca Ethos, ao lado da sócia Lúcia Neves, Beatriz tem raízes na moda desde o berço. Filha de Fátima Castro, designer que liderava um charmoso ateliê na Praia de Iracema, ela é referência no desenvolvimento de peças únicas e totalmente feitas à mão. Experiências como lecionar nos primeiros anos do curso de Estilismo e Moda da Universidade Federal do Ceará (UFC) deram à Beatriz a carga necessária para auxiliar novos profissionais de áreas diversas a identificarem boas ideias e a tirá-las do papel.
Ela conta que esse novo projeto nasceu com o desejo de inserção no mundo digital, impulsionado pelos reflexos desafiadores da pandemia.
“Durante o isolamento, a Ethos ficou fechada por um período grande e isso me deu um sinal de alerta. Quais alternativas eu teria de trabalho para não ficar limitada a um espaço físico?
Então, tive a ideia de desenvolver uma nova habilidade que seria investir no digital”, conta. Por um insight do filho
mais velho, Beatriz decidiu que o foco seria compartilhar os ensinamentos por meio de mentorias, que não se restringem apenas ao online, e muito menos ao universo da moda.
“Certa vez, trabalhei com uma fotógrafa que me pediu ajuda porque ia fazer uma exposição. Depois do nosso encontro, ela falou que contribuí muito e que meu trabalho não precisava ser limitado ao pessoal da moda”, comenta. No perfil do Instagram de
Beatriz Castro (@beatriz_hcastro)
estão vídeos, elaborados e editados por ela, sobre processos criativos, incluindo etapas que envolvem a concepção de um produto. “Aprender a mexer no digital pra mim não é fácil, sabe? Tem muitas etapas que eu não domino, mas estou estudando e aprendendo muito”.
CAMINHOS CRIATIVOS
Apesar de ser expert na moda handmade, Beatriz afirma que não é somente nesse tipo de trabalho que a originalidade pode fazer morada. “Um produto original é quando você bate o olho e sabe de quem é aquela peça. Você bate o olho numa Chanel e você sabe que é Chanel. Existe uma autoralidade naquele trabalho”, aponta. E a chave para cultivar ideias novas e originais, defende ela, é se aprofundar no universo do produto, marca ou seja qual for o segmento no qual o novo criativo pretende se aventurar.
“Fui criada dentro de um ateliê de costura da minha mãe, mas não me interessava por aquilo, porque queria ser escritora. Porém, casei muito nova e com 23 anos eu já tinha três filhos, então, precisava trabalhar. Comecei na confecção e me tornei muito boa naquilo.Todo mundo é capaz”.¤
VESTIDA DE PODER
FUNDADA POR ANA SILVIA LIMA, A ASLA REFLETE TODAS
AS MULHERES DONAS DE SI E DO PRÓPRIO MUNDO
Dentre as várias mensagens que o vestir passa, a sensação de empoderamento é o que as peças da Asla transmitem às consumidoras e admiradoras da marca. Criada pela empresária Ana Silvia Lima, a brand chegou oficialmente ao mercado em setembro de 2022 materializando a essência da fundadora e se colocando como uma ferramenta de autoestima
para todas as mulheres.
“Temos um design mais limpo, porque isso traz poder. Falamos muito de uma mulher que tem controle sobre a própria, comanda a equipe dela, é dona de si e de um mundo só dela. Essa mulher empoderada vem da Ana”, define Lucas Francisco, que divide a direção criativa da Asla com a fundadora da marca.
Além da estética minimalista,
se destacam nas peças a estamparia exclusiva e o trabalho feito à mão sob encomenda, em parceria com cooperativas de artesãs, localizadas principalmente na região de Ipu. Esse eixo da marca, aliás, se prolonga para além da moda e engloba o trabalho social, uma vez que essas mulheres recebem ajuda de custo e uma porcentagem dos lucros.
Focada no segmento atacadista, a Asla tem, no relacionamento com os revendedores, outro aspecto que diferencia no mercado. “Queremos profissionalizar as pessoas, temos as convenções para lançar coleções,
recebemos os representantes em nosso showroom para apresentar as peças. É um relacionamento que também fortalece a marca”, completa Ana Silvia.
Atuando no mercado de moda há 10 anos, a empresária já tinha uma marca, mas decidiu reformular o conceito do negócio e, assim, nasceu a Asla. O lançamento foi marcado por um desfile ao pôr do sol, no Iate Clube de Fortaleza, que teve a diversidade em destaque no casting de modelos. “É uma marca para todos os corpos, sem distinção. A mulher ideal da Asla são todas as mulheres”, arremata Lucas.¤
TEMPO DO AFETO
BRENDA ROLIM APRESENTA A CASA QUE ELA CONSTRUIU PARA A FAMÍLIA, NA TAÍBA, E MATERIALIZA A LIGAÇÃO DELA
COM O SLOW DESIGN E OS PROJETOS AFETIVOS
Muito antes de as transformações causadas pelo isolamento social nos fazerem olhar para a casa como lugar de acolhimento e conforto, a arquiteta e urbanista Brenda Rolim já tinha os projetos afetivos como característica dos trabalhos que assinava. “Depois da pandemia, meu discurso ficou muito em evidência e passei a ser mais procurada porque as pessoas viam que eu estava alinhada com o que elas estavam precisando”, lembra a profissional,
que é responsável pela direção criativa do Estúdio do Bem.
Ela mesma passou por mudanças nesse período, e se percebe numa fase mais “solar e outdoor”, o que acaba se encaixando nas demandas que tem recebido de clientes para projetos de casa de veraneio, pousadas e hotéis, por exemplo.
Dentre os vários trabalhos que conduziu em 2022, Brenda destaca o que a permitiu colocar em prática todos os conceitos que ela admira, na vida e no trabalho: a casa de praia da família dela, na Taíba. Batizado de
Casa Slow - com perfil no Instagram, @slowdesignbrasil -, o espaço de 230 m² tem apenas quartos e uma grande área social “que é deck, cozinha e tudo”.
“É uma casa que foi feita dentro do conceito de slow design. Ele surgiu na mesma perspectiva do slow food, slow fashion e defende que tudo tem que ter a energia de quem fez aquilo”, detalha Brenda.
CUIDADO EM CADA ETAPA
Das técnicas de construção aos adornos, todos os elementos da casa traduzem a essência da família de Brenda, além de valorizarem a região em que aquele projeto foi executado. O teto de palha e o reboco com detalhes feitos com colher de pedreiro se conectam com clima litorâneo, e as cores utilizadas nas paredes estimulam o relaxamento. A arquiteta também evitou o uso de plásticos e materiais importados e priorizou objetos feitos
por artesãos locais e tecidos naturais.
“É uma casa que está sendo montada ao longo do tempo. As almofadas do sofá, por exemplo, foram desenhadas pela Auxi pra uma CasaCor que participei. Guardei e, agora, elas estão lá”, ilustra.¤
Este conteúdo é apresentado pelo Grupo Iquine, que trouxe ao mercado a Fachada Emborrachada, tinta acrílica impermeabilizante, com tecnologia antifissuras que acompanha os movimentos de contração e dilatação das paredes, protege contra maresia, algas e mofo.
O produto pode ser usado em áreas internas e externas e é ideal para casas como a do projeto de Brenda Rolim. A Fachada Emborrachada está disponível na máquina de cores da Iquine. Saiba mais em iquine.com.br.
MIX DE ASSINATURAS
Os profissionais de Arquitetura e Design de Interiores desempenham o importante papel de agentes transformadores. Eles têm a missão de ouvir, interpretar, pensar e materializar os sonhos e anseios
das pessoas que os procuram. Para que isso possa correr de forma exitosa, eles precisam estar antenados com as evoluções comportamentais que ocorrem ao redor do mundo e atualizados com
as tendências de decoração que, de tempos em tempos, se renovam.
Em meio à concorrência do mercado, acredito eu, se destaca quem melhor interpretar as necessidades do cliente, materializando as tendências em um projeto que consiga imprimir personalidade e lifestyle. Estas são as características de um bom projeto de Interiores ou Arquitetura e, também, as premissas de um bom profissional.
E por falar em estilos e tendências, dois movimentos compõem a minha identidade como designer: clássico e contemporâneo.
Os clientes que me procuram fazem parte de um nicho muito específico que, na maioria das vezes, busca um projeto com atmosfera mais sofisticada, requintada e atemporal, e nada melhor do que a mescla desses dois estilos para compor meus projetos.
Cada estilo possui características bem marcantes, e busco sempre respeitá-las, mas sempre trazendo releituras que possibilitem esse mix. Podemos exemplificar com o uso de boiseries, elemento super clássico, mas se usado com cores e formas mais minimalistas, pode se adequar perfeitamente a um projeto mais contemporâneo.
Técnicas de iluminação e novos
usos de alguns materiais podem nos ajudar na busca desse mix dos sonhos.
Não há regra na decoração. O “clássico atual” evoluiu em sintonia com as mudanças da sociedade nos últimos anos. Essa atmosfera sofisticada e atemporal, que é tão característica do estilo clássico, pode ser materializada com detalhes marcantes e materiais mais nobres, arrematando com tons claros e formas limpas que evidenciam o minimalismo e trazem leveza e estilo ao ambiente. ¤
JANELA PARA O VERDE
ASSINADO PELO ARQUITETO OSVALDO SOUZA, O RETROFIT DO VERD MALL VAI TRAZER UMA NOVA EXPERIÊNCIA DE CONSUMO E INTEGRAÇÃO COM O PARQUE DO COCÓ
Integrar os projetos arquitetônicos à natureza é uma tendência que ganha força, mas já vem sendo aplicada há um tempo em empreendimentos de Fortaleza. Uma dessas edificações é ponto de referência na Av. Engenheiro Santana Júnior e toma emprestado o frescor do Parque do Cocó, o quarto maior território natural em área urbana da América Latina. Conhecido como Pátio Cocó, o shopping com conceito aberto está sendo transformado para dar lugar ao
Verd Mall, valorizando ao máximo a rotina de uma capital frenética que se conecta ao verde. O retrofit é assinado pelo arquiteto Osvaldo Souza, da Cia. de Arquitetura, que foi também responsável por desenvolver o projeto original do empreendimento, em 2009. Naquela época, um dos pontos altos do trabalho foi propor um equilíbrio entre volumes e vazios, permitindo relacionar a atividade comercial do espaço à vista para o parque. Nessa nova missão,
o profissional destaca, como um dos desafios, reforçar a contemporaneidade do projeto e “requalificá-lo para além da integração obtida e mantida da proposta original”.
A área de aproximadamente 10 mil m² ganhou ênfase em elementos que remetem à natureza, como paredes verdes, cores terrosas e aplicação de aço corten. “O elemento mais relevante
é uma grande praça verde, voltada para a gastronomia e com belíssimo paisagismo”, acrescenta. Essas intervenções, completa Osvaldo, vão trazer conforto aos usuários e “vida longa com êxito ao empreendimento”.
INVESTIMENTO VISIONÁRIO
O shopping foi adquirido em 2020 pela construtora Potenza, que tinha a
intenção de transformá-lo em um novo modelo de negócio. A estrutura comercial foi lapidada por uma equipe de especialistas em São Paulo e finalizada em Fortaleza, dando máxima atenção ao fato de o espaço estar ligado a um parque tão importante para a cidade.
Algumas operações consolidadas na antiga estrutura, como uma loja dos Mercadinhos São Luiz e o restau-
rante Regina Diógenes, seguirão funcionando, mas com melhorias. Além disso, o mall já tem confirmadas as instalações de uma academia, uma pizzaria e um café. A previsão é que a obra fique pronta ainda no primeiro semestre de 2023, proporcionando uma nova experiência de consumo e conexão com a cidade e com o Parque do Cocó.¤
PENSADA PARA SER O ESTÚDIO DA FOTÓGRAFA RENATA VALE,
A CASA GABRIEL ACABOU SE TRANSFORMANDO EM UM ESPAÇO DE DIVULGAÇÃO ARTÍSTICA CEARENSE EM SP
CASA DE CONTEMPLAÇÕES L
idar com arte, em qualquer forma que seja a expressão dela, é se preparar para desdobramentos de ideias e nascimento de grandes projetos. Foi assim com a Casa Gabriel, espaço de exposição e fruição artística idealizado pela fotógrafa e empresária cearense Renata Vale, mas que tomou essa
proporção de maneira inesperada. Instalado no bairro Jardim América, em São Paulo, o lugar foi adquirido, inicialmente, com a intenção de ser um estúdio fotográfico para ela desenvolver o próprio trabalho. “Fui percebendo que era grande demais só para mim, e que tinha grandes possibilidades para ser um espaço de agregação cultural”, lembra.
O estúdio se manteve e o projeto ganhou, ainda, ambientes como um auditório e, hoje, exibe obras de renomados artistas cearenses, na exposição “Tempo e Transparência”, que tem curadoria de Marcus de Lontra Costa.
“São artistas de várias gerações e com diversas linguagens, que desenvolvem pesquisas relacionadas com a memória, a construção do gesto, o equilíbrio e a leveza, sutilezas formais e a potência cromática. Os artistas dessa mostra são Azuhli, Leonilson, Luiz Hermano, Sergio Gurgel, Tetê de Alencar e Sérvulo Esmeraldo”, detalha Renata.
A estrutura da Casa é uma obra de arte à parte, com projeto arquitetônico de Marcelo Franco e interiores assinados por Marcus Novais.
“O espaço foi pensado para valorizar a arte, em que a própria galeria fosse uma escultura a ser admirada. Desde a entrada marcante até as obras de arte”, detalha Marcelo Franco. “Nossa arquitetura é sempre marcada por materiais e elementos naturais, traços lineares, integração com o verde e o entorno, e formas atemporais, que impactam ao olhar”, completa o arquiteto.¤
ENSINO CRIATIVO
UNIFOR LANÇA BACHARELADO EM DESIGN, AMPLIANDO AS POSSIBILIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE EXCELÊNCIA
RELACIONADAS À CRIATIVIDADE EM FORTALEZA
As novas demandas do mercado e do conhecimento têm um espaço para serem estudadas e supridas neste novo ano: a Universidade de Fortaleza (Unifor) lança, em 2023, o curso de graduação em Design. A iniciativa vai ampliar as perspectivas de formação profissional na área para agregar valor ao mercado local. Além disso, a abertura desse bacharelado reforça o título de Cidade Criativa do Design, concedido pela Unesco à capital cearense em 2019.
O curso é voltado para pessoas que gostam de criar em diferentes linguagens e que estejam conectadas ao ambiente digital. A formação tem três eixos centrais: Gráfico, Design de Interfaces e Design de Serviços.
“O objetivo é proporcionar uma formação generalista e multidisciplinar que possibilite, aos alunos, explorarem o design como método para resolver questões e problemáticas do mundo contemporâneo”, detalha a diretora do Centro de Ciências da Comunicação e
Gestão da Unifor, Danielle Coimbra. A estrutura é de excelência: os alunos terão acesso a laboratórios de impressão com máquinas para experimentações gráficas, impressoras de risografia, serigrafia e tampografia; laboratório de fotografia digital e analógica; laboratório de informática, com softwares e computadores atualizados; e laboratório de inovação e prototipagem.
ÊNFASES DO APRENDIZADO
O bacharelado se estrutura por meio de trilhas formativas de
Humanidades, Marketing, Produção Audiovisual, Publicidade e Moda. Durante o curso, o estudante poderá eleger uma dessas áreas para direcionar toda a formação. “Ao concluir a trilha, o aluno receberá uma certificação própria, que destacará a escolha formativa em relação à área escolhida”, completa a diretora.
O egresso da formação em Design da Unifor estará pronto para atuar profissionalmente de forma versátil em áreas que passeiam pelo desenvolvimento de projetos de experiência do usuário,
criação de interfaces gráficas e digitais, além de desenvolvimento de artefatos gráficos corporativos (identidade visual), projetos editoriais, escritórios de design e marketing de empresas.
Além de promover uma imersão prática no segmento em amplo crescimento no país, o curso tem,
entre os diferenciais, a Liga de Design Social, projeto de extensão do curso que se integra à comunidade a partir da disciplina de Design Social. "O objetivo é projetar soluções através do design gráfico, de serviços e de interfaces digitais para diferentes projetos sociais de Fortaleza”, explica Danielle. ¤
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Novo portfólio de cursos para 2023.1
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• Direito e Processo de Família e Sucessões
• Direito e Processo do Trabalho
• Direito e Processo Penal
• Direito e Processo Previdenciário
• Direito e Processual Civil
• Direito Processo e Planejamento Tributários
• Direito Penal Econômico e Compliance
ÁREA DA COMUNICAÇÃO E GESTÃO
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• Auditoria Interna, Riscos e Compliance
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• Empreendedorismo Social e Gestão do Terceiro Setor
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ÁREA DE ARTES E DESIGN
ESPECIALIZAÇÃO
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ÁREA DA SAÚDE
ESPECIALIZAÇÃO
• Auditoria em Saúde
• Enfermagem em Terapia Intensiva
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EM PROCESSO DE
CRIAR
INTEGRANTES DE UMA GERAÇÃO CONTEMPORÂNEA
E EFERVESCENTE DE ARTISTAS CEARENSES, AZUHLI, BERIN
E CADEH JUAÇABA REVELAM SEUS PROCESSOS CRIATIVOS
Falar de arte é, também, abordar o que não está definido. É se debruçar sobre criadores, obras e movimentos em constante transformação e que, ainda que consolidados, podem ser revistos, redescobertos e causar ainda mais impacto. O processo se torna mais instigante quando protagonizado pelas gerações contemporâneas de mentes poéticas e criativas.
Escolher Azuhli, Berin e Cadeh Juaçaba dentro do recorte da nova geração de artistas do Ceará é filtrar pelo que os distingue e evidenciar as percepções únicas que cada um deles nos estimula a ter sobre o cotidiano, sobre as feridas que aguardamos cicatrizar, e sobre o que queremos para o futuro.
O CORPO COMO ELE É
À porta de casa, Luiza Veras, 27, a Azuhli (@azuhli), recebe as visitas com o lembrete: “Tudo aqui já foi um sonho”. A artista foge da estética idealizada e mergulha na verdade do corpo feminino. Ao pintar cicatrizes, visíveis e invisíveis a olho nu, ela desvela cuidado e revolução na própria arte.
A fotografia, primeira paixão, embasa o trabalho da artista. A câmera analógica que ganhou da tia quando criança expandiu seu universo. Entre um intervalo e outro nas aulas do colégio, desbravava o Centro da cidade em busca de filmes para revelar os registros. “Muita gente nem sabe que eu fotografo. Ela (a fotografia), até hoje, é o grande pilar do meu
trabalho”, revela. “Pintar é como guardar em si uma fotografia analógica”, diz. A foto e o desenho são o estudo. A pintura é o trabalho final. “Eu misturo as tintas e o amor que eu sinto pelas pessoas”, detalha Azuhli. A artista trabalha o corpo real, as feridas e as marcas do feminino. O início da carreira, entretanto, foi reproduzindo corpos idealizados.
“Eu nunca tinha visto uma mulher daquele jeito, com aqueles corpos. E as mulheres que eu vejo são lindas. E por isso, eu quero pintá-las”, reforça. E foi assim, pintando as imperfeições, que a cearense transformou a própria arte.
“É uma mulher pintando uma mulher. E isso é revolucionário”, atesta.
AZUHLI
A arte é a essência da vida de Azuhli. De Valter Hugo Mae à Tarsila do Amaral, ela traz na pele algumas referências. “Perdi as contas das tatuagens. Foi aí que comecei a adquirir quadros”, confessa. As paredes da casa expõem uma galeria parti -
“Eu queria completar 80 anos pintando para ver tudo o que a minha arte deixou”
cular de nomes como Charles Lessa, Rafael Barón e Sérvulo Esmeraldo. “A maioria, aqui, são trocas com outros artistas. É uma coisa legal da minha profissão. Mas ainda tem espaço para mais”, calcula.
Azuhli não se esquiva das imperfeições e pinta a realidade - a dela e de tantas outras mulheres. “Eu queria completar 80 anos pintando para ver tudo o que a minha arte deixou”, almeja. A frase à porta de casa é talvez o quadro mais bonito: a imagem do que já foi sonho e hoje virou conquista.
MENSAGEIRO DA ESPERANÇA
Morar no bairro Castelo Encantado proporcionou vivências únicas a Francisco Ribeiro Araujo Filho, 24o Berin (@berin.art), como se intitula o jovem artista visual. Dessas nuances do cotidiano, a que mais reverbera no coletivo rompe com o estereótipo de crescer nos bairros menos abastados
da cidade: respirar talento, produzir arte e transformar por meio dela. “Nas áreas onde eu moro, em cada esquina tu encontra um artista. Tem poeta, ator, compositor, rapper… Como eu comecei a ser artista, não sei, mas sei que foi por causa da rua”, estabelece. O grafite foi uma das primeiras expressões que deram vazão à criatividade de Berin, mas em 2019 ele deu um passo mais firme na trajetória de artista, quando participou do Festival Além da Rua, atuando como auxiliar de pintura dos convidados. Ele destaca o incentivo de Robézio Marqs e Terezadequinta, do coletivo Acidum, como essencial nesse processo. “Eles me fizeram ver que não sou só uma pessoa que pinta, mas um grande artista que tem capacidade de chegar onde eles estão hoje”, lembra. Outra inspiração foi Nódoa, que estimulou Berin a trabalhar com telas e experimentar outros traços criativos.
"(...) Eu acredito que, no futuro, as pessoas que virem o meu trabalho vão dizer ‘Ah, naquele tempo o Berin já acreditava que hoje a gente ia tá bem’. Quero colocar essas pessoas como príncipes, rainhas, reis, até mesmo deuses”. BERIN
Hoje, enquanto se descobre e se fortalece cada vez mais como artista nascido no Ceará, Berin se dedica a pesquisar os temas que gosta e articular trocas com outros produtores desse segmento. E as obras que surgirem desse fluxo, planeja ele, devem se materializar para o público de forma diferente. “Quero algo grande, mas não em uma galeria tradicional. Quero fazer nas minhas áreas, chamar amigos de outros bairros que fazem movimentos, gestores culturais, galera da moda. Quero uma exposição coletiva que converse com todas as pessoas que estão ao redor do meu trabalho”, projeta.
Esse anseio diz muito, também, sobre a maneira como Berin enxerga a relevância da arte que produz e a influência que ela vai ter na vida das pessoas. “Se eu pintar uma tela sobre uma pessoa negra, vai ser uma tela sobre uma pessoa negra. Mas se eu conseguir levar essa tela pra dentro de
um coletivo e usar ela como elemento de mudança, junto dessas pessoas, vai ter um potencial muito maior”. Se é pra retratar uma realidade, que seja a que o artista deseja para o futuro, mesmo que ele não tenha perspectiva de alcançar aquele cenário, segundo Berin. “Quero pintar sobre a periferia, mas quero falar de forma mais profunda. Eu acredito que, no futuro, as pessoas que virem o meu trabalho vão dizer ‘Ah, naquele tempo o Berin já acreditava que hoje a gente ia tá bem’. Quero colocar essas pessoas como príncipes, rainhas, reis, até mesmo deuses”.
ARTE DA INQUIETUDE
A criança inquieta que acabava com os sabonetes da casa da avó, em brincadeiras de esculpir, cresceu. Carlos André, o Cadeh Juaçaba (@ cadeh.juacaba), chegou aos 33 anos com a mesma agitação da infância. “Ser artista é ser inquieto por essência”,
“Eu faço uma arte
não-panfletária. Não falo de coisas felizes. Falo sobre questões polêmicas para que as pessoas pensem diferente”
CADEH JUAÇABA
diz. Quando pequeno, a estratégia para acalmá-lo era lhe dar lápis e papel. “Virou maneira de me concentrar nas aulas”, acrescenta. O cearense se tornou um artista visual de mãos criativas e cabeça repleta de ideias.
Ele cresceu com a arte no sangue. A tia avó, a artista plástica Heloísa Juaçaba, foi pintora, produtora e protagonista nas artes cearenses ao longo dos últimos 50 anos. Cadeh entende o processo criativo como doloroso, deixando o viés romântico
de lado em busca de provocações ao público. “Eu faço uma arte não-panfletária. Não falo de coisas felizes. Falo sobre questões polêmicas para que as pessoas pensem diferente”, detalha.
“Panóplia Paradoxo” foi a exposição mais recente do cearense. A mostra individual aconteceu entre julho e agosto de 2022, na galeria Leonardo Leal, em Fortaleza, com 26 obras do acervo do artista. Desconstruir a bandeira nacional como símbolo e estimular a abstração do público
foi a maneira encontrada de debater relações de identificação e pertencimento. “Minha intenção era mostrar imagens sem que fizessem um julgamento prévio”, relata. Antes, Cadeh participou do coletivo Artequattro, reverenciando a tia avó; e produziu “Plácido Povo”, trabalho individual sobre as memórias de Fortaleza.
As próximas obras, no entanto, devem esculpir uma temática diferente. Em busca de “prazer e inquietação”, Cadeh rebusca as gavetas das ideias.
“Estou fazendo trabalhos digitais, muitos desenhos, coisas menores. Histórias densas, também sobre identidade, mas que carregam mais poesia”, antecipa. A vontade é reunir tudo em uma exposição individual em 2023.
Fã declarado de Caetano Velosoa quem julga ser “o maior artista visual do Brasil” -, Cadeh caminha contra o vento da calmaria com a inquietude de ser artista. Prefere não limitar a arte a um conceito, mas arrisca: “É o desnecessário mais necessário possível”. ¤
TORTA HOLANDESA COM BISCOITO DE LEITE MALTADO
Bárbara Saunders FOTOS Igor CavalcanteBárbara Saunders é daquelas confeiteiras versáteis e que resolve a sobremesa com o que tiver na geladeira. Não é à toa que ela comanda dois empreendimentos bem diferentes em Fortaleza: a Cacao Saudável, com foco em produtos sem glúten, sem lactose e funcionais; e a On Confeitaria Criativa, cujas receitas são de comer com os olhos! Para a Revista Márcia Travessoni, ela incrementou a tradicional torta holandesa com o sabor do Biscoito Piraquê de Leite Maltado com chocolate. Delícia pura!
Rendimento: 10 porções
Tempo de preparo: 40 minutos de cozimento e montagem + 2 horas na geladeira
Ingredientes:
Creme amanteigado
1 e ½ colher de sopa de farinha de trigo sem fermento
¼ xíc. de chá de amido de milho
5 gemas de ovos
½ xíc. de chá de açúcar refinado
220ml de leite integral
100ml de creme de leite
15g de extrato de baunilha
378g de manteiga sem sal
Modo de preparo:
- Em uma tigela, coloque a farinha de trigo, o amido de milho, as gemas e o açúcar e mexa até ficar homogêneo. Reserve.
- Em uma panela, em fogo baixo, misture o creme de leite, o leite, o extrato de baunilha e pouco mais de uma colher de sopa de manteiga. Mexa até a manteiga se dissolver, e com atenção para que não ferva.
- Agregue essa mistura da panela à tigela com a mistura reservada anteriormente, mexendo rápido para não cozinhar as gemas. O resultado será um creme de aspecto bem líquido.
- Devolva o creme para a panela, novamente em fogo baixo, e mexa até engrossar. Retire do fogo e transfira para uma
Ganache
½ xíc. de chá de creme de leite
50g de chocolate ao leite
20g de chocolate meio amargo
Finalização e montagem
5 pacotes de Biscoito Piraquê de Leite
Maltado com cobertura de chocolate
batedeira, batendo com o restante da manteiga até que esfrie e forme um creme bem espesso.
- Forre uma forma redonda de fundo removível com o Biscoito Piraquê de Leite Maltado com cobertura de chocolate. Em seguida, despeje todo o creme e leve para descansar na geladeira.
- Derreta os chocolates ao leite e meio amargo. Em seguida, coloque em uma tigela e misture com o creme de leite até ficar homogêneo.
- Retire a torta da geladeira, cubra com a ganache e volte ao resfriamento, até que ela esteja bem firme. Antes de servir, finalize polvilhando cacau em pó.
Para ver o passo a passo dessa e outras receitas se inscreva em nosso #CanalMT, do YouTube!
PARA COMEÇAR O DIA
Um café da manhã farto e cheio de delícias é, certamente, o primeiro passo pra um dia pleno! Da tapioca ao croissant francês, passando pelo brunch
americano e o desjejum alemão, Fortaleza tem opções que vão além do sabor e promovem uma verdadeira imersão em diferentes culturas.
ZELIG BRUNCH CAFÉ @ZELIGBRUNCHCAFE
Sabe aquele brunch norte americano típico de séries e filmes? É essa a experiência que o Zelig Brunch Café proporciona. Idealizado pela chef Vanessa Viana, o cardápio reúne combinações clássicas de ovos, bacon, panquecas e waffles. Um dos destaques são os bagels acompanhados de ovos beneditinos, que podem ser harmonizados com drinks alcoólicos perfeitos pra um domingo energizado.
FESTIVAL DE CROISSANT
O croissant é um dos carros-chefe da Pâine, e a combinação dele com uma das várias versões de capuccino é a indicação da casa para começar bem o dia. Se o desejo for de sabores internacionais, o cardápio contempla o desjejum ao estilo alemão, com pretzels, salsichas e mostarda doce; e, também, uma refeição tipicamente francesa, com ovo mollet, mini croissants, queijo brie, geleia e grissines.
FARTURA REGIONAL
LA BRASILERIE @LABRASILERIE
Não podia faltar um café da manhã com toda a “sustância” cearense, e quem garante esses sabores é o La Brasilerie. De segunda a sexta, o menu à la carte e o buffet incluem opções como tapiocas, cuscuz, crepiocas, pão carioquinha recheado e pão de queijo. Aos fins de semana, o cardápio incorpora receitas como panelada, bruaca e o molho de salsicha que tem sabor de infância.
PF DIFERENCIADO
TORRA CAFÉ
No Torra, o café funciona em apenas um dia da semana, mas a espera vale a pena. Aos domingos, os queridinhos do menu são os PF’s: combinações de croissants e pães acompanhados de tomates, abacate, queijo assado, ovos e uma variedade deliciosa de geleias. Na carta de bebidas, destaque para o orange coffee, que une o frescor do suco de laranja à cafeína.
RECEITA DE ORIGEM
FOCADO NA VALORIZAÇÃO DOS INGREDIENTES LOCAIS, O RESTAURANTE MANGUE AZUL RENOVOU O MENU PARA
DAR AINDA MAIS DESTAQUE À COZINHA CEARENSE
Valorizar os insumos locais a partir da alta gastronomia é um movimento que ganha cada vez mais força na cozinha brasileira, e Fortaleza tem uma casa que dá um toque extra de sabor a esse contexto. Inaugurado em 2020, sob o
comando do chef André Bichucher, o Restaurante Mangue Azul renovou o cardápio recentemente, dando ainda mais protagonismo aos insumos e às regiões onde eles são produzidos. A recente mudança do menu foi conduzida em parceria com o chef Ivan Prado e coloca, no centro das receitas,
os sabores, texturas e harmonizações com alma cearense, preparados com habilidades internacionais.
Na carta de entradas, essa essência é ilustrada, por exemplo, na combinação de ovo mollet, cogumelos shimeji, farofa de brioche de pimenta de cheiro e molho de cogumelo porccini. “Os cogumelos são de Guaramiranga, produzidos por um cearense que está nisso há nove anos, e os ovos são todos caipiras”, salienta André.
Ainda para abrir o paladar, André recomenda o veloute de abóbora com manteiga trufada, queijo coalho tostado e pão de levain. Segundo ele, uma espécie de resgate da cultura de “tomar um caldinho”, comum na rotina dos cearenses.
Para o momento central, a refeição principal não poderia ser outra senão o peixe à delícia, que ele define como o prato emblemático do Mangue Azul.
“Já tínhamos desde a abertura, mas o chef Ivan Prado deu mais personalidade”, explica. Nessa experiência, o peixe fresco do dia vai acompanhado de banana da terra, banana
prata, parmesão, bechamel, fumet de peixe e arroz branco.
O polvo com pipoca de macaxeira, outro destaque do cardápio, combina ingredientes que são verdadeiros ícones locais com preparos universais: macaxeira frita, molho romesco de castanha de caju e creme de açafrão espanhol.
SABOR QUE INSTIGA
Entre os destaques da sobremesa, as porções feitas a partir de chocolate têm ligação com o Pará, onde o cacau é plantado e, depois, vem ser processado no Ceará. Na cozinha do Mangue Azul, ele vira base da torta fudge e, também, de uma sobremesa que pode ser definida como, no mínimo, instigante. “São seis bombons de chocolate e a brincadeira é descobrir o que tem no recheio. Se acertar, não paga a sobremesa. Muda todo dia, e ninguém conseguiu ainda”, alerta o chef, convidando os paladares mais aguçados para o teste.
“A gente sai de casa pra ser feliz, estar em um local que se sinta bem, e é isso que o Mangue Azul proporciona”, conclui André Bichucher. ¤
BRINDE PORTUGUÊS
A BRAVA WINE FEZ UMA SELEÇÃO DOS
MELHORES RÓTULOS PRODUZIDOS EM REGIÕES TRADICIONAIS DE PORTUGAL
Dentre as inúmeras conexões entre Brasil e Portugal, o consumo de vinhos é uma das que se fortalece cada vez mais. No Ceará, o número de apreciadores das
vinícolas portuguesas só cresce e, por isso, a Brava Wine fez uma seleção dos rótulos que representam o melhor de cada região produtora de vinhos daquele país.
PERIQUITA
Os primeiros registros de importação dos vinhos da Periquita no Brasil datam de 1881, e os rótulos da vinícola, localizada na Península do Setúbal, foram também os primeiros a chegar no Ceará. Os vinhos branco e rosé são o brinde ideal para o clima tropical.
QUINTA DA AVELEDA
Maior vinícola de referência da região dos vinhos verdes, a Quinta da Aveleda tem 150 anos de história. O sucesso entre os cearenses é explicado, em grande parte, pelas bebidas frescas e com acidez que harmonizam perfeitamente com a culinária local.
• Aveleda Fonte Branco
• Aveleda Fonte Rosé
• Aveleda Loureiro e Alvarinho
• Aveleda Alvarinho
• Vinho Aveleda 12 Knights
• Periquita
• Periquita Reserva
• Periquita Red Blend
• Periquita Branco
• Periquita Rosé
VINÍCOLA CARMIN
A Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz foi criada em 1971 por um grupo de viticultores que queria produzir e comercializar vinho. Anos depois, surge a linha Monsaraz, que representa o melhor da região do Alentejo.
LINHAS DISPONÍVEIS NA BRAVA WINE
• Monsaraz Rosé
• Monsaraz Branco
• Monsaraz Tinto
QUINTA DA PACHECA
Sinônimo de qualidade em vinhos produzidos no Douro, a Quinta da Pacheca é também referência em enoturismo. Os 75 hectares de vinha foram, inclusive, classificados como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Foi uma das primeiras a engarrafar vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC).
• Pacheca DOC Douro - Tinto e Branco
• Pacheca Grande Reserva
Touriga Nacional
• Pacheca Superior DOCTinto e Branco
• Pacheca Porto Vintage10, 20 e 30 anos
NO FLUXO DA
DES CO BER TA
Aberta a transformações, Larissa Proença reflete sobre o equilíbrio entre preservar a própria essência e agregar o novo
Transformações sempre permearam a vida de Larissa Proença, 32. A mudança do Rio de Janeiro para Fortaleza, na adolescência; e a migração da Arquitetura para o trabalho com redes sociais, em 2020; são dois momentos-chave que ela destaca, mas que estão longe de serem os únicos com impactos significativos na forma como ela encara o cotidiano. Definí-la pode incluir os termos criadora de conteúdo digital, arquiteta, inquieta, fashionista, curiosa e sempre aberta ao novo. “Mas o ‘estar aberta’ não é querer tudo, é você estar aberta na sua verdade”, pondera.
Hoje, profissionalmente inserida no contexto volátil do online, Larissa percebe com ainda mais cuidado a importância de não se afastar da própria essência, e principalmente,
ter responsabilidade com aquilo que compartilha. “Eu tive, sim, um preconceito em assumir essa profissão, mas foi algo muito interno, meu, porque eu não conheço a pessoa que está do outro lado. A internet é um mundo maravilhoso, mas ninguém sabe como está a vida do outro. Sempre que tenho a oportunidade, falo para as pessoas que não é sobre ‘agora eu quero’, mas sobre se perguntar ‘isso me representa?’ na hora de elas consumirem algo”, argumenta. No Instagram - plataforma em que se comunica com quase 16 mil seguidores -, a influencer transforma o trabalho em uma espécie de curadoria de marcas alinhadas com o lifestyle minimalista, artístico, praiano e de senso estético apurado. “Eu não consigo falar de um produto se aquilo não faz parte
da minha realidade”, reforça, citando como exemplo uma parceria recente firmada com uma marca que ela usou quando era adolescente.
AGREGAR E MUDAR
Para o futuro próximo, Larissa planeja agregar mais camadas ao conteúdo que produz e compartilha, abordando assuntos de arquitetura e decoração. “Na pandemia, experi-
mentei isso. Fiz consultorias online, de pequenos reparos, transformações em ambientes com baixo orçamento, e foi muito legal porque eu vi que conseguia fazer a diferença na realidade daquelas pessoas. Foi, também, uma reconstrução da minha visão da Arquitetura”, resume, dando abertura para mais movimento de transformação. “Tudo na vida é ciclo, mas acho que em nós, mulheres, isso
é mais aflorado”, conclui.
Para dar conta de tantas metamorfoses, ela precisaria de um universo inteiro para abrigar todas as facetas que compõem a própria identidade. Na verdade, esse lugar até existe, e ela costuma brincar definindo-o como a Larislândia. “É o mundo das diversas Larissas que me habitam: a de casa, a arrumada, que ama os vinis, a moda, os livros, a pintura, tanta coisa…”.
Em meio a tantos fluxos, morar na capital cearense proporciona momentos de pausa e respiro, quando ela senta de frente para o mar e contempla a vida enquanto bebe uma cerveja. “Fortaleza é agregadora, uma cidade que abriga e que abraça”, define Larissa, que certamente encontra esse aconchego na cidade por compartilhar, com a terra da luz, as mesmas características afetivas.
SANDRA PINHEIRO
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TECNOLOGIA QUE PROTEGE
Abordar o tema da proteção solar é falar de uma rotina de cuidado fundamental para promover a saúde e a jovialidade da pele. A recomendação é que a população inteira use protetor solar em todas as estações do ano, inclusive as pessoas de pele negra.
Felizmente, nos últimos anos, a tecnologia permitiu que esse autocuidado fosse mais aceito e incorporado ao dia a dia. O avanço tecnológico do universo cosmético proporcionou o surgimento de uma grande diversidade de apresentações
em proteção solar - panorama bem diferente do que era observado na década de 1980. Basta lembrar que o primeiro protetor solar foi lançado em 1984, com textura gordurosa e Fator de Proteção Solar de baixo espectro (FPS 15). Imaginem como era difícil resguardar a pele nesta época. Mas o cenário de hoje é bem diferente.
E porque é tão importante proteger-se do sol? Tal hábito ultrapassa as fronteiras da estética. Além de proporcionar uma pele menos manchada e enrugada, o protetor solar, se utilizado corretamente, previne o câncer de pele, que possui casos em número expressivo em nível nacional e mundial e pode trazer um desfecho dramático para o paciente, se não for tratado precocemente. Como a incidência dos raios ultravioleta está cada vez mais agressiva em todo o planeta, garantir essa camada de proteção tornou-se essencial para promoção da saúde.
A boa notícia é que nunca foi tão fácil aderir ao uso diário de protetor solar, visto que existe o produto ideal para cada tipo de pele e para qualquer demanda pessoal. O mercado se diversificou e inovou ao acrescentar, às formulações, ativos que agem no rejuvenescimento, clareamento, combate à poluição e tratamento de lesões potencialmente malignas. Tudo isso, aliado a uma cosmética
que garante um acabamento mais bonito para a pele, principalmente, quando o produto possui pigmentação e proporciona cobertura das manchas e imperfeições, como uma maquiagem.
Os avanços também atenderam as demandas do público do lazer ao ar livre e dos esportes aquáticos ao apresentar opções com maior resistência ao suor e à água. Até mesmo as peles mais sensíveis foram contempladas. O dermatologista pode auxiliar a identificar o produto mais adequado e a forma correta de usá-lo. Foi-se o tempo em que protetor solar era apenas item de praia, e não tem mais desculpas para abrir mão dessa rotina. ¤
@ocreartes
Foto: Divulgação
Artista, terapeuta corporal e designer, Ana Ocre encontrou, na cerâmica, o caminho para expressar a plasticidade e o movimento do próprio corpo. Assim nasceu, em 2015, a Ocre, cujas peças são feitas de argila paper clay com pinos de prata 950. “Ocre é travessia, é dança gostosa de se sentir, mover e viver”, diz ela.
Cerâmica, porcelana, argila, resina e até fragmentos de louças e antiguidades dão base às peças destas marcas cearenses. O que as une? Um desejo de expressar transformações e fluidez em cada nova criação, seja moldando, esculpindo ou colorindo.
Ocre Teçá
@incrivelteca
Foto: Divulgação
A criação livre pauta a estética da Teçá, marca de acessórios fundada há dois anos e meio pela designer de interiores Isabel Luara. Modelados em cerâmica fria com pinos de aço, os brincos revelam “um design moderno também orgânico, que respeita o movimento do material no momento da modelagem”, segundo define a idealizadora.
@mino.corpocasa
Foto: Divulgação/ Taís Monteiro
Upcycling poderia definir a produção da Mino Corpo Casa, mas o termo não dá conta de toda a poética que a artesã, pesquisadora e designer Deborah Meira imprime nesse processo. “Quem conhece a Mino, ao quebrar uma louça, se lembra de nos enviar como doação ou encomenda de um pingente, um anel”, diz ela.
Mino Corpo Casa Gabe
@amogabegabe
Foto: Divulgação
Experimentar com cores e formatos lúdicos é uma das assinaturas da Gabe, brand criada ainda em 2022 pela designer de moda Gabriela Tomás. Flores, estrelas, corações e todas as combinações possíveis de estampas ganham forma em cerâmica plástica e resina.
ANJOS DO NATAL CELEBRA O AMOR EM DIVERSOS RITMOS NO TEATRO RIOMAR FORTALEZA
Espetáculo beneficente que já faz parte do calendário natalino de Fortaleza, o Anjos do Natal chegou à 6ª edição em 2022, celebrando o amor em vários ritmos. Idealizado por Márcia Travessoni e com direção artística de Fernando Travessoni, o show reuniu, no Teatro RioMar Fortaleza, apresentações de David Valente, Giovana Bezerra, Waldonys, Luciano Moreno, Elane Araújo, Francine Maria, Phillipe Dantas, Paulo Benevides, Marcos Lessa e a orquestra do maestro Isaías Alexandre.
MÁRCIA TRAVESSONI CELEBRA EDIÇÃO #21 DA
REVISTA MT NO ONE RESIDENCIAL
O lançamento da edição #21 da Revista MT foi festejado em grande estilo, com uma festa no topo de Fortaleza. No 46º andar do One Residencial, a diretora da publicação, Márcia Travessoni, celebrou um ano inteiro de conquistas ao lado da garota da capa, Isabele Temoteo. A décor foi de Mirela Bessa, e o cerimonial, de Raí Meirelles. As bebidas foram da Brava Wine e 1, 2 Drink.
MARIA SOODER LANÇA LIVRO NO RIOMAR FORTALEZA COM CONVIDADOS ILUSTRES
Presidente da ONG Sooder Maria, a cearense Maria Sooder estreou no universo da literatura infantil e apresentou a obra na Livraria Leitura do RioMar Fortaleza.
O lançamento de “A Pequena Maria e a Semente do Amor” reuniu, entre os convidados, a diretora da Revista MT, Márcia Travessoni, e os atores Rainer Cadete, Guilherme Leicam e Nando Rodrigues.
André Monte @andremonte_ contato@ studio1arquitetura.com
Asla @shopasla
Av. Bezerra de Menezes, 1250 - sala 2006.
São Gerardo, Fortaleza
(85) 9 9652 2391/ 9 8227 0872
Brava Wine
@lojabravawine bravawine.com.br
Av. Padre Antônio Tomás, 850.
Aldeota, Fortaleza
(85) 9 8183 4755
Cacao Confeitaria Saudável @cacaosaudavel
Rua José Vilar, 1520-A.
Aldeota, Fortaleza
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Casa Gabriel @casagabriel.arte
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2906. Jardim
América, São Paulo
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Dra. Lara Rosado @dra.lararosado
Clínica Virtvs - Rua Marcos
Macedo, 1333, sala 1106
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Meireles, Fortaleza
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Estúdio do Bem (Brenda Rolim)
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SERVIÇO
Gabe @amogabegabe
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Galeria Multiarte
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Rua Barbosa de Freitas, 1727. Aldeota, Fortaleza
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La Brasilerie
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Ocre
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Rua Leonardo Mota, 1090-A. Aldeota, Fortaleza
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Pâine - Padaria artesanal e cafeteria
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Rua Castro Monte, 899. Varjota, Fortaleza
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Restaurante Mangue Azul @mangueazulrestaurante
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RZA Advogados @rzaadvogadosassociados rzaadvogados.adv.br
Av. Des. Moreira, 760, salas 812/814 - Centurion Business Center. Meireles, Fortaleza
(85) 3111 2250
Sooder Maria @soodermariamci soodermaria.org/v1/pt
Rua Raimundo Góes
Vasconcelos, 222. Jardim do Amor, Caucaia
Teçá @incrivelteca
Torra Café
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Rua Marcos Macedo, 827. Aldeota, Fortaleza
Universidade de For taleza (Unifor) @uniforcomunica unifor.br
Av. Washington Soares, 1321. Edson Queiroz, Fortaleza (85) 3477 300
Villa Beach Tennis @villabeachtennis
Rua Jornalista César Magalhães, 707. Guararapes, Fortaleza
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Zelig Brunch Café @zeligbrunchcafe zelig.club
Rua Pereira Valente, 1168. Meireles, Fortaleza
(85) 9 9798 8948
A gastronomia como você nunca viu.
20 a 22 de janeiro
Shopping RioMar Fortaleza