its Teens Florianópolis - 15

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Revista its Teens Florianópolis nº 15 2023 | R$ 14,85

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TIRAGEM: 3000 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Florianópolis

RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

Nesta edição especial da revista its Teens que chega até a sua escola, assuntos relacionados ao meio ambiente nos fazem refletir sobre a importância de tornar os nossos atos mais conscientes diante de uma era de consumismo desenfreado.

Com conteúdos que abordam o uso racional da água, influenciadores que abraçam a causa e tempo de decomposição do plástico, os assuntos desta edição especial também destacam as iniciativas desenvolvidas nas unidades escolares. Como destaque na capa, você vai conhecer a produção de papel na Escola Básica Municipal (EBM) Batista Pereira.

Nas demais matérias escolares, conheça mais sobre a Escola do Mar e o projeto de compostagem desenvolvido na EBM Albertina Madalena Dias e na EBM Herondina Medeiros Zeferino.

Aproveite e compartilhe a leitura desta revista com a sua turma!

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/ EXPEDIENTE
4 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023 /
EDITORIAL

8-9/

Quantos litros de água você usa por dia?

10-11/

Aqui no mar: o que faz uma oceanógrafa?

6 artistas que abraçaram as causas ambientais de diferentes formas

Mapeando os pontos: onde devo jogar o lixo?

Estudantes aprendem com coleta de resíduos e compostagem

26-27/ 28-29/ 30-31/ 32/

S.O.S. Tartarugas Marinhas

Na trilha, na praia e no museu: você conhece a Escola do Mar?

12-13/ 14-15/ 16-17/ 18-23/

Troca do futuro

U ou L: como saber quando usar a letra correta nas palavras?

36-41/ 42/

Descarte correto

6 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

/ CONTEÚDO diário escolar diversão reciclagem notícias das escolas educação ambiental capa profissão do mês cultura pop wi-fi
donos da língua spoiler galerias saideira curiosidades
Sacola de plástico: por que ela é uma inimiga do meio ambiente? 24/
34-35/

Praia das Bruxas

A Praia de Itaguaçu, popularmente conhecida como Praia das Bruxas, fica na parte continental de Florianópolis, perto do bairro Coqueiros. Sua bela paisagem é repleta de grandes pedras, que parecem flutuar no mar. Reza a lenda que cada pedra foi um dia uma bruxa, dando origem ao nome.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7 / SOU MANÉ
Foto: Arquivo/Eduardo Valente/ND

QUANTOS LITROS DE ÁGUA VOCÊ USA POR DIA?

Bebendo, cozinhando, lavando roupas e louças, molhando as plantas, tomando banho. Dentro de casa, utilizamos água para realizar diversas tarefas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa gasta em média 110 litros por dia para atender às necessidades de consumo e higiene.

No entanto, no Brasil, o consumo diário por pessoa pode chegar a mais de 200 litros. Essa diferença pode se explicar pelo clima tropical do país, que exige mais ingestão de água para manter a hidratação e o resfriamento do corpo. Além disso, os brasileiros têm uma cultura da “limpeza pesada”, que pode ser atribuída a diferentes fatores históricos e sociais, e isso pode levar a um uso mais abundante em atividades de limpeza.

/ DIÁRIO ESCOLAR 8 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023
POR MAI BILENKI

Para começar, a recomendação geral da Organização Mun dial da Saúde (OMS) é que cada pessoa beba de dois a três litros de água por dia. Um banho de chuveiro consome em média de 15 a 30 litros por minuto. Considerando uma pressão baixa e um banho de cinco minutos, são 75 litros.

Cada descarga em um vaso sanitário padrão pode utilizar de seis a 12 litros de água, dependendo do tipo de descarga. Uma máquina de lavar roupa utiliza de 45 a 90 litros por ciclo de lavagem. Ao lavar a louça, consumimos em torno de dez litros por minuto com a torneira aberta.

Mas você sabia que antes mesmo de chegar às casas das pessoas, 40% da água potável é perdida em vazamentos e fraudes no Brasil? Esse percentual é de um estudo do Instituto Trata Brasil, feito com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, de 2019.

Além disso, a água é utilizada para produzir quase tudo! Por isso, é um bem natural tão precioso.

Onde consumimos toda essa água? A

Alguns setores industriais são conhecidos por serem inten sivos em água, o que significa que consomem grandes volumes em seus processos: indústrias de alimentos e bebidas, papel e celulose, têxtil, metalúrgica e química são as mais importantes.

Existe uma famosa marca de refrigerante, por exemplo, que utiliza 2,17 litros de água para cada litro de bebida que fabrica, incluindo a água contida na garrafa. Cada folha de papel pode necessitar de até dez litros para produção. Já na fabricação de uma única calça jeans são usados 5.196 litros.

Você sabe de onde vem e para onde vai a água?

Estima-se que o agronegócio seja responsável por cerca de 70% do consumo mundial de água doce. O uso intensivo na irrigação é essencial para aumentar a produtividade no meio agrícola, mas o preço é alto.

Essa prática pode levar à escassez hídrica, afetar ecossistemas naturais e contribuir para a degradação ambiental. Além disso, em muitas regiões, a redução dos níveis de água em fontes naturais e a degradação da qualidade devido ao uso de fertilizantes e pesticidas já é realidade.

Para garantir a sustentabilidade do agronegócio, é necessário implementar práticas agrícolas mais eficientes em termos do uso de água, além de promover políticas de gestão responsável que visem proteger os recursos hídricos e preservar a biodiversidade.

A água está sempre em movimento no que chamamos de ciclo hidrológico. O ciclo hidrológico começa com a evaporação da água da superfície terrestre, de oceanos, rios e lagos, através do calor do sol. O líquido se transforma em vapor e sobe para a atmosfera. O vapor, ao encontrar regiões mais frias da atmosfera, se condensa e forma nuvens. As nuvens carregadas de vapor se aglomeram e viram chuva, neve ou granizo, devolvendo a água de volta à superfície terrestre.

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e
A água e o agronegócio
água
a indústria

AQUI NO MAR: O QUE FAZ UMA OCEANÓGRAFA?

Formado por belos corais coloridos e animais majestosos, o ecossistema marinho encanta pessoas de todas as idades. Com peixes de inúmeras espécies, baleias e seres únicos, como as estrelas do mar, é praticamente impossível não se interessar e desejar saber mais sobre o fundo do mar, afinal, estima-se que 80% dos oceanos ainda não foram explorados.

Responsável por estudar os ambientes aquáticos, a Oceanografia é a ciência que analisa a vida marinha e as zonas costeiras, desde microrganismos até grandes animais; a ecologia; a geologia; a distribuição dos organismos; e as características físicas, como correntes marítimas e ondas.

/ PROFISSÃO DO MÊS
POR REDAÇÃO ITS TEENS
10 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

FUNÇÕES DA PROFISSÃO

Os oceanógrafos coletam amostras das áreas aquáticas, pesquisam as formas de vida presentes e as condições biológicas, químicas e físicas destes ambientes. A profissão conta com um vasto leque de opções de atuação, que podem envolver saídas de campo, análises em laboratório ou até mesmo com foco em escritórios, realizando planejamentos de projetos e organização de relatórios.

CONHEÇA 5 ÁREAS NAS QUAIS OS PROFISSIONAIS PODEM ATUAR:

1. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS: neste que é um dos assuntos mais importantes da atualidade, os oceanógrafos lidam com a recuperação e a conservação de ambientes degradados e espécies ameaçadas. Para isso, é necessário desenvolver métodos de extração e beneficiamento de recursos marinhos.

2. LIMNOLOGIA: a profissão não se limita apenas a ambientes de água salgada. Neste campo também é trabalhada a preservação e conservação de rios, lagos e riachos.

3. MARICULTURA: já neste segmento são produzidas técnicas e o supervisionamento de atividades de cultivo dos organismos aquáticos em cativeiro para, assim, elaborar planos de revitalização das margens afetadas.

4. MODELAGEM OCEÂNICA: em uma parte mais focada em ciências exatas, são desenvolvidos modelos para simular os movimentos dos mares. Para isso é preciso fazer cálculos matemáticos, considerando as alterações climáticas e as influências atmosféricas.

5. PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: para entender os impactos ambientais das atividades humanas no meio aquático, os profissionais elaboram estudos técnicos sobre o tópico e criam programas para preservar as zonas costeiras e ecossistemas.

O QUE É PRECISO PARA SE TORNAR UM OCEANÓGRAFO?

Para aprender a interpretar os dados adquiridos nos ambientes marinhos, é necessário concluir a graduação em Oceanografia. O curso tem duração média de cinco anos e conta com componentes curriculares de diferentes áreas, como Física, Matemática, Geologia e Biologia.

Além do conhecimento técnico, é necessário que o profissional tenha familiaridade com biologia, vida marinha e contato com a natureza. Atenção, foco e meticulosidade são características que também ajudam um bom oceanógrafo.

Após a formação, as habilidades conquistadas podem ser aplicadas em diferentes espaços, como instituições de pesquisa, universidades, órgãos governamentais e agências ambientais.

A PAIXÃO PELO MAR

Foi ainda antes de iniciar o Ensino Médio, por meio de um amigo, que Maria Luisa Dias Flôres descobriu a oceanografia e encontrou o que sonhava em fazer no futuro. Formada na área em 2022, a profissional, agora cursando mestrado, conta com uma rotina de muita pesquisa. “Se resume a muito estudo, debates e conversas sobre os temas de interesse e produção de trabalhos científicos, de divulgação e participação em projetos de extensão”, esclarece.

Para Maria Luisa, aprender cada vez mais com o trabalho é a melhor parte de sua profissão, já que a área possui um papel importante no planeta. Além do conhecimento, algo que também a empolga são os animais marinhos que encontra perto da embarcação. “Durante embarques, tive a oportunidade de ver um leão marinho acompanhando o barco por alguns minutos, além de raias de diversas espécies, golfinhos e baleias”, conta. No entanto, a oceanógrafa ainda tem o desejo de ver um tubarão em seu ambiente natural. Com o aumento da poluição dos oceanos e a ameaça ao ecossistema marinho, é importante que mais pessoas se atentem à área e se conscientizem sobre as mudanças climáticas e a utilização de recursos naturais. “O oceano, assim como as regiões litorâneas, desempenham processos indispensáveis para o nosso estilo de vida e saúde. O entendimento cada vez mais aprimorado desse sistema amplamente complexo se faz necessário para a preservação do meio ambiente onde estamos inseridos.”

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Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Estudantes aprendem com coleta de resíduos e compostagem

O objetivo é dar um novo final para aquilo que é produzido na unidade; confira o que é feito em cada escola

O que você vai encontrar por aqui: turmas aprendem sobre coleta por meio de atividades que envolvem compostagem e separação do lixo.

Tempo de leitura: 5 minutos

Cuidar do meio ambiente e pensar no futuro do planeta são tarefas que devem fazer parte do cotidiano de todos. Entretanto, quais são as práticas que podem ser adotadas no dia a dia e que fazem a diferença no cuidado com a natureza? Mais do que o descarte correto do plástico ou o ato de repensar o consumo, podemos mudar o fim de alguns resíduos, seja em casa ou na escola.

Em Florianópolis, algumas unidades estão mudando o destino dos resíduos e lixos, comprovando que aquilo que não será mais consumido ou utilizado também pode contribuir com o meio ambiente. Veja os relatos:

POR ANA CAROLINE ARJONAS
12 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023 / FORMAÇÃO / RECICLAGEM

Separação, triagem e monitoramento de resíduos na EBM Albertina Madalena Dias

No bairro Vargem Grande, os estudantes estão aprendendo que existem diversos itens utilizados na escola que podem ter um novo fim. Com caixas de papelão espalhadas pelas salas, o objetivo é separar aquilo que pode ser reutilizado, inclusive o papel. A unidade também conta com um ponto de descarte para lixo eletrônico, tampa de garrafa, óleo de cozinha e até mesmo esponjas usadas. “Os estudantes fizeram intervenções em todas as salas de aula e levaram para cada uma a caixa que está sendo usada para separar os materiais recicláveis”, comenta o diretor Eduardo Caldas da Silva.

Após a coleta, cada item recebe o tratamento adequado, levando em consideração a pesagem e o local em que serão descartados. “O objetivo final é pensar na questão do consumismo e desperdício, da quantidade e tipo de resíduo produzido na escola e o encaminhamento correto para reduzir ao máximo os impactos ambientais e, ao mesmo tempo, aprender com tudo isso”, diz Eduardo.

O tema reciclagem também é debatido em sala de aula. O foco é que a turma seja responsável pela mudança de consciência. “A ideia é que as ações para a redução dos impactos ambientais sejam protagonizadas pelos estudantes, monitoradas, divulgadas, e os dados utilizados em sala de aula, tornando-se, assim, pedagógicas. Aprende-se educação ambiental na prática”, finaliza o diretor. Além do que é debatido em sala e separado na unidade, os resíduos orgânicos da cozinha e do refeitório também recebem a destinação correta. A unidade conta com duas composteiras e um minhocário.

Compostagem na EBM Herondina

Medeiros Zeferino

Quando o assunto é compostagem, os estudantes do bairro Ingleses do Rio Vermelho sabem o que fazer. Utilizando o método da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com composteira de leira, o processo é feito com uma caixa de água, pedras, tecido e palha. Vale ressaltar que o recipiente é aberto a cada dois dias, levando em consideração o cheiro e a temperatura.

O processo de compostagem começou a valer em 2019 e todas as turmas participam do projeto. “A seleção é feita através dos baldes que são disponibilizados para o descarte e ficam depositados na escola, em especial no refeitório e na cozinha. Existem resíduos orgânicos, em especial os cítricos, que precisam ser divididos para serem inseridos na compostagem”, explica o diretor Willian Marques Pauli, que faz questão de lembrar que somente 20% do resíduo pode ser cítrico.

O foco é que os envolvidos possam aprender sobre produção de adubo orgânico para utilização no plantio, com a consequente redução do volume de resíduos que são enviados para o aterro sanitário e a conscientização do valor da coleta seletiva.

Foto: EBM Albertina Madalena Dias/Divulgação
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Foto: EBM Herondina Medeiros Zeferino/Divulgação

Ativação da horta na EBM

Professora Zulma Freitas de Souza

“A horta traz muita alegria para a nossa unidade, pois nesses momentos os estudantes costumam participar intensamente, colocam a mão na massa, plantam e colhem. É possível perceber a interação”, é o que conta o diretor da Escola Básica Municipal (EBM) Professora Zulma Freitas de Souza, Elenilzo Bomfim, sobre os benefícios da horta recém-ativada na unidade educativa.

No local, com o auxílio dos estudantes, foi possível plantar e cultivar alimentos como couve, alface e abóbora, que, depois de semeados, puderam ser colhidos e consumidos tanto na escola como em suas casas.

Automatização das hortas na EBM Virgílio dos Reis Várzea

Buscando utilizar a tecnologia para gerar sustentabilidade, os estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) Virgílio dos Reis Várzea, localizada em Canasvieiras, estão iniciando o processo de construção de uma irrigação automatizada para a horta da unidade. Com aulas de programação e desenvolvimento de projetos de eletrônica e robótica, os integrantes do Clube de Robótica produzirão um aerogerador, assim como toda a estrutura, desde captação de água da chuva até sensores de medição de umidade do solo, que funcionarão informando ao sistema se há necessidade de irrigação.

/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
14 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023
Foto: EBM Professora Zulma Freitas de Souza/Divulgação Foto: EBM Virgílio dos Reis Várzea/Divulgação

Projeto Jubileu dá início a montagem de submarino remoto

Estudantes do sexto ao nono ano da Escola Básica Municipal (EBM) José Amaro Cordeiro, localizada no Morro das Pedras, estão montando um submarino remoto com o intuito de coletar microplásticos de praias da costa catarinense.

Com o nome “Jubileu”, o projeto foi vencedor de um edital da Engie – empresa de geração e distribuição de eletricidade, gás natural e energia renovável – e recebeu como premiação R$ 8 mil, que estão sendo usados na execução.

Os primeiros testes com o submersível estão previstos para agosto (na Lagoa do Peri), setembro (Ilha do Campeche), e novembro (Ilha de Anhatomirim, em Governador Celso Ramos).

Neim do Futuro Doralice

No Neim do Futuro Doralice Maria Dias, no bairro Vargem do Bom Jesus, a sustentabilidade ganhou novos aliados. São diversas ações desenvolvidas para ajudar o meio ambiente, como a coleta de água da chuva em três cisternas que foram instaladas após a reforma e ampliação do Neim.

Esta água é utilizada tanto para regar a horta da escola – que conta com hortaliças, verduras, frutas, folhas de chá e vários temperos – quanto para o abastecimento do aquário da unidade, que tem capacidade para 65 litros.

Outra ação feita no Neim é a arrecadação de pilhas, tampinhas de garrafa PET e óleo de cozinha, que recebem uma destinação correta.

Foto: Neim do Futuro Doralice Maria Dias/Divulgação Foto: EBM José Amaro Cordeiro/Divulgação
Dias coleta água da chuva, desenvolve horta e faz descarte correto de óleo de cozinha
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 15

Na trilha, na praia e no museu: você conhece a Escola do Mar?

Com atividades que incluem a limpeza de praias e visitas a locais históricos, o projeto atende crianças e adolescentes da rede municipal

O que você vai encontrar por aqui: ações da Escola do Mar contemplam a educação ambiental e patrimonial em Florianópolis.

Tempo de leitura: 6 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Criada com o objetivo de ser referência em educação ambiental marinha, costeira e patrimonial, a Escola do Mar é um projeto complementar da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis. Com início em 2008, diversas atividades e abordagens foram modificadas nos últimos anos, atendendo às necessidades de crianças, adolescentes e estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA).

Com foco em ações que buscam a sensibilização e a conscientização, os encontros e atividades são pensados a partir de problemas ambientais, levando em consideração também os patrimônios materiais e imateriais da cidade. Atualmente, existem 16 roteiros disponíveis, incluindo visitações em fortalezas, ranchos de pescadores e museus, além de caminhadas, trilhas e navegações. Além dos roteiros, a Escola do Mar também desenvolve ações contínuas de limpeza de praias próximas à sede, no Norte da Ilha, em parceria com unidades educativas.

“A importância da participação dos estudantes na ação e no processo de separação de resíduos é desenvolver novos hábitos para a mudança do atual cenário que vivemos, por menos plásticos e mais consciência ambiental”, comenta a coordenadora da Escola do Mar, Rosangela Teixeira Garcia.

/ FORMAÇÃO
16 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023 / EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Como funciona a limpeza das praias?

Quando a ação envolve a limpeza das praias, existe um passo a passo que deve ser seguido. O intuito é que os participantes compreendam a importância de manter o local limpo, descartando o lixo nos locais adequados. Tudo começa com uma conversa sobre consumo e conscientização.

Em seguida, os estudantes são separados em duplas e recebem luvas de limpeza e sacos para recolher os resíduos — as bitucas de cigarro são descartadas separadamente. “O local de recolhimento é demarcado entre um ponto e outro e eles podem circular em torno de um quilômetro na praia. As duplas são divididas e direcionadas para ambos os lados do ponto de encontro. Após uma hora de coleta, as duplas se dirigem ao centro de triagem, onde fazem a pesagem e a seleção de resíduos secos recicláveis e rejeitos. Os recicláveis são recolhidos pela Cooperativa Renascer, e os rejeitos ficam no contentor da Comcap para serem encaminhados para a destinação final”, explica Rosangela.

Em 2022, foram recolhidos 150 quilos de resíduos, sendo 115 quilos nas praias de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus e 35 quilos na Praia dos Ingleses. Neste ano já foram recolhidos 57 quilos na Praia de Canasvieiras.

Experiência na EBM Virgílio dos Reis Várzea

Contemplando os nonos anos da Escola Básica Municipal (EBM) Virgílio dos Reis Várzea, os estudantes participaram da limpeza da Praia de Canasvieiras junto com os profissionais da Escola do Mar. No segundo ano de parceria, a vivência foi enriquecedora.

“Tivemos a oportunidade de observar de perto a quantidade surpreendente de lixo que é deixado para trás e, com isso, gerar um sentimento de conscientização coletiva sobre como podemos preservar o estado natural de nossas belas praias”, conta a professora de ciências Bruna Damasco de Oliveira.

Durante a atividade, foram recolhidas quase 70 bitucas de cigarro na areia. Diante do cenário, mais do que o espanto com o número, há uma chance de repensar os atos. “Colocar a mão na massa oferece aos estudantes uma percepção única do problema e os coloca como protagonistas no papel de agentes da transformação. A repercussão gerada com os colegas e familiares pode incentivar novas atitudes visando à proteção do meio ambiente”, finaliza a professora.

Áreas de atuação da Escola do Mar

A rede municipal é atendida pelo projeto por meio de três eixos:

1. Formações continuadas para os professores;

2. Projetos para serem aplicados em conjunto com unidades educativas, incluindo o Projeto Rios e Mar e o Projeto Ciências Atmosféricas;

3. Saídas de estudos, complemento aos projetos desenvolvidos nas escolas.

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Fotos: EBM Virgílio dos Reis Várzea/Divulgação Estudantes procuram itens que foram descartados na areia
/ CAPA 18 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

O que você vai encontrar por aqui:

professora ensina turma a reciclar papel em sala de aula.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Tempo de leitura: 10 minutos

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Foto: David Walter
/ CAPA 20 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

Mais do que observar as paisagens, as praias e aproveitar o fim de tarde nos parques, o cuidado e a proximidade com a natureza precisa estar presente em outros momentos do cotidiano, desde a escolha das embalagens até o descarte correto daquilo que é produzido em casa ou na escola. Entre os plásticos e itens que podem poluir o meio ambiente, existe um personagem que faz parte da rotina, mas que, por muitas vezes, deixamos de mencionar.

Presença garantida na hora dos estudos e até mesmo nas provas, as folhas de papel também existem por conta do meio ambiente — é da árvore que sai a celulose, matéria-prima para produzir os cadernos e até mesmo o sulfite. Mas você já parou para pensar na quantidade de papel que é produzida por aqui? Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2022 o país passou a ser o maior exportador de celulose do mundo, chegando a 25 milhões de toneladas — estima-se que a produção de folhas tenha sido de 11 milhões de toneladas.

E quando jogamos as folhas no lixo, o que acontece com o papel que foi utilizado nas atividades ou brincadeiras? Qual é o descarte correto? A turma da Escola Básica Municipal (EBM) Batista Pereira já sabe o que fazer com cada folha: por lá, aquilo que foi utilizado em sala, ou até mesmo em casa, ganha nova vida por meio da reciclagem, trabalho que é feito na própria unidade.

A responsável pelo desafio é a professora auxiliar de ensino Adriana Dagmar Batista Maia. O processo de fabricação começa com as caixas que são deixadas nas salas, recipiente adequado para depositar aquele papel que não será mais utilizado. Mas se engana quem pensa que apenas uma turma fica responsável por conhecer o processo. Na verdade, a proximidade com a natureza é uma característica da educadora que ela leva para todos com quem ela trabalha. “Se eu não tiver outra turma, se eu não tiver um projeto na escola para trabalhar, eu vou trabalhar com a turma que eu estou, então, todo ano eu propicio para alguma turma essa atividade. Quem passou por mim vai fazer sabão, vai fazer compostagem; quem passar por mim vai plantar, vai semear”, conta Adriana.

Colocando o meio ambiente em foco desde 2015, a professora também gosta de aproveitar os espaços da cidade e as oportunidades para mostrar que o ensino pode ir além da carteira. Na parceria firmada com outros professores, os estudantes acabam aprendendo sobre a natureza em diversos componentes curriculares, interação que ajuda a desenvolver a consciência — quesito que também é trabalhado no momento em que estão com as mãos mergulhadas entre a água e os papéis. “A criatividade deles flui, porque o material é novo, e eu não trago nada pronto, eu levo para eles como que vai ficar o papel, apresento o material, o que nós vamos fazer, então eles vão fazendo, por isso que nenhuma turma faz igual”, diz a professora.

Por mais que o termo sustentabilidade às vezes pareça distante, é aprendendo a mudar a realidade que os estudantes compreendem a relação com o meio ambiente e o que precisam mudar para cultivar um futuro mais saudável. “Acho que teremos um mundo melhor se as nossas crianças crescerem com a consciência de que precisamos cuidar do planeta. Então eu vou pensar no que eu vou comprar, no material que eu vou produzir, se eu vou poder reaproveitar. Eles vão diminuir essa coisa do consumo desenfreado”, explica Adriana.

E no processo entre rasgar as folhas usadas e esperar as novas secarem, diversas habilidades são transformadas. “Acho que essa coisa do pensar, do eu posso, de enxergar o mundo além. Eles circulam parece que mais leve. Então eu acho que essa habilidade do pensar mesmo, do questionar, eles questionam mais, eles querem saber mais das coisas”, finaliza a professora, que agora aproveitou as novas folhas para criar um caderno de experiência, material que será utilizado após as interações com a natureza, dentro e fora da escola.

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Fotos: David Walter

ESCOLA LIXO ZERO

A proximidade das escolas da rede municipal com o meio ambiente já é algo antigo, mas a ideia é estreitar cada vez mais essa relação com a implementação do projeto Escola Lixo Zero. O início foi em 2020, oferecendo capacitação aos professores e abordando os conceitos voltados aos resíduos urbanos no município, questões ambientais, sustentabilidade e educação ambiental. Agora o projeto contempla o planejamento e a gestão de resíduos nas unidades educativas, além do plantio de hortas escolares e da implantação de um sistema de compostagem. Para engenheira sanitarista e ambiental, Karina da Silva de Souza, e a gerente da chefia de planejamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Daiana Andreia Bastezini, a vivência da separação dos resíduos no ambiente escolar é importante para que os estudantes aprendam a forma correta de gerenciar os resíduos, apropriando-se de forma natural das ações ecologicamente corretas envolvidas no processo. Essa é uma maneira de aprender e ainda compartilhar com a família.

22 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023 / CAPA
Papel picado, na tela e no caderninho: três fases da reciclagem em sala de aula

NO PASSO A PASSO DA RECICLAGEM

Se você achou a ideia legal e pensa em replicar na sua escola ou em casa, confira as etapas que devem ser seguidas para reciclar o papel:

1. Comece picando o papel em pequenos pedaços;

2. Deixe em um recipiente com água e vinagre por, no mínimo, 12 horas;

3. Bata o papel com água no liquidificador;

4. Coloque a mistura em outro recipiente com água. Nessa etapa, se quiser um papel colorido, você pode colocar corante na água;

5. O passo seguinte é introduzir uma tela (pode ser de pintura) na água, levantando lentamente, já que o papel ficará em cima da tela;

6. Pegue um tecido mais fino (ou esponja de cozinha) e tire o excesso de água;

7. Deixe secar por 24 horas;

8. No dia seguinte, passe o dedo na tela até soltar o papel;

9. Agora é só colocar a folha no varal para terminar de secar.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 23
Fotos: David Walter

Descarte correto

Analise os objetos e coloque os resíduos na lixeira correspondente

ORDEM DOS OBJETOS: ORDEM DAS LIXEIRAS:

( ) Metal

( ) Orgânico

( ) Papel

( ) Vidro

( ) Eletrônico

( ) Plástico

Resposta:

/ DIVERSÃO
4; 6; 5; 2; 3; 1
24 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

VIRE A REVISTA

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 25
PARA CONTINUAR A LEITURA...

6 ARTISTAS QUE ABRAÇARAM AS CAUSAS AMBIENTAIS DE DIFERENTES FORMAS

Sabe aquela frase clássica das histórias do Homem-Aranha, que nos ensina que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”? Isso não se aplica só na hora de usar nossos talentos para o bem, mas também ao escolher as mensagens que queremos passar nas redes sociais e plataformas que usamos.

Isso toma uma proporção ainda maior quando se trata de um artista de peso, com uma legião de fãs acompanhando seus passos e se inspirando em suas ações. Pense em como um cantor ou banda, com milhões de seguidores, pode fomentar debates sobre o meio ambiente e influenciar o público em prol de uma boa causa. Se usada com responsabilidade, essa voz vai muito além das músicas e pode trazer um impacto positivo grandioso.

Billie Eilish

A cantora e compositora de 21 anos já participou de protestos e sempre comentou abertamente sobre as causas ambientais que defende, incluindo a preocupação com as mudanças climáticas. Isso até é tema de uma de suas músicas, “All the good girls go to hell”. Além de criar estações com ações em prol do meio ambiente durante os shows da sua última turnê, a norte-americana foi a anfitriã de um megaevento sobre o clima, em Londres, reunindo ativistas, músicos e designers.

Coldplay

A preocupação com a sustentabilidade faz parte do DNA da banda britânica Coldplay. A turnê mundial mais recente do grupo foi concebida com base em ações sustentáveis, como a redução de 50% na emissão de CO2 em relação à turnê anterior e o investimento em tecnologias ecológicas. O palco foi criado com materiais reutilizáveis, e as pulseiras de LED usadas pelo público, produzidas com materiais à base de plantas. Além disso, a banda se comprometeu a plantar uma árvore para cada ingresso vendido.

/ CULTURA POP
POR GUSTAVO BRUNING
26 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

Rihanna

Essa artista multifacetada é uma referência surreal não só na música. Rihanna iniciou a Fundação Clara Lionel com o objetivo de transformar a forma como o mundo lida com desastres naturais, garantindo ajuda humanitária e doações milionárias para moradores de áreas afetadas pelas mudanças climáticas.

Já a marca de cosméticos Fenty Beauty, criada pela artista, investe em ações sustentáveis, como embalagens refiláveis, ingredientes saudáveis e produtos que dispensam cotonetes. A base são três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar.

Björk

Não é de hoje o ativismo da cantora e compositora islandesa Björk. A paixão pelo meio ambiente se transporta para sua arte, com faixas como “Earth Intruders”, que simboliza como os humanos invadiram o mundo da Mãe Natureza. No álbum “Biophilia”, de 2011, a cantora explora a relação entre música, natureza e tecnologia. Além de destinar lucros de trabalhos a campanhas ambientais, Björk já promoveu discussões sobre o uso de energias renováveis em seu podcast.

Childish Gambino

Foi por meio da própria arte que o ator e comediante Donald Glover, usando seu alter-ego na música, Childish Gambino, passou a sua mensagem. Com a música

“Feels Like Summer”, que ganhou um videoclipe em animação, ele alerta sobre os perigos da crise climática. O cantor cita que “cada dia fica mais quente que o anterior” e faz referências à escassez de água e ao impacto do calor na vida dos animais.

Escaneie o QR Code ao lado para assistir ao videoclipe de “Feels Like Summer”:

Paul McCartney

Foi com o objetivo de reduzir a emissão de carbono que o Beatle aderiu à iniciativa Meat Free Monday (Segunda-feira Sem Carne, em português), que visa conscientizar as pessoas sobre os impactos do consumo de produtos de origem animal. A campanha estimula cortar o consumo de carnes às segundas e contribuir para a redução do aquecimento global.

Com o apoio da sua família, da atriz Emma Stone e do ator Woody Harrelson, o músico britânico narrou um curta-metragem chamado “Um Dia Por Semana”, de 2017, que detalha o impacto da agricultura animal nas mudanças climáticas.

Escaneie o QR Code ao lado para assistir ao curta-metragem narrado por Paul McCartney com legendas em português:

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 27

MAPEANDO OS PONTOS:

ONDE DEVO JOGAR O LIXO?

A regra é clara: lixo é no lixo! É algo que todos sabem, mas nem todos cumprem, infelizmente, porque é uma atitude que faz toda diferença no futuro da vida na Terra. Um estudo da ONG International Solid Waste Association - Associação Internacional de Resíduos Sólidos, em português - (ISWA) mostra que o Brasil produz 40% do lixo na América Latina. Além disso, cada brasileiro produz, em média, um quilo de lixo por dia.

É um problema sério e que fica ainda pior quando pensamos na forma deste descarte. Apenas 10% do lixo que se produz no país é descartado de forma correta, o que nos leva à questão: o que estamos fazendo de errado?

Vale começar pelo início: o problema é mundial. Logo, o sistema de produção e consumo é a principal causa disso. As grandes empresas e governos ao redor do mundo devem se comprometer de verdade com o cumprimento das políticas pensadas. Porém, isso não nos exime da responsabilidade de mudar as coisas e requer conhecimento e atitude.

Como reciclar?

Saber quais materiais podemos descartar e como fazer isso é um importante passo para ajudarmos o planeta e todos os seres que vivem nele. As embalagens, geralmente, têm a indicação sobre a reciclagem (ou não) daquele produto, com o famoso símbolo de setas formando um triângulo. Priorizar produtos sem embalagem ou com embalagens recicláveis é o primeiro passo, mas tem mais.

Os lixos da sua escola e de espaços públicos não são coloridos por estética, mas porque cada cor tem uma função. Podemos pensar nos cinco grupos básicos de descarte por materiais e suas cores: orgânico (marrom), papel (azul), metal (amarelo), plástico (vermelho) e vidro (verde). É importante deixar a preguiça de lado e colocar o material na lixeira correta. Se tiver dúvida, só dar um Google que você encontra diversas fontes.

Porém, sempre tem aquele material que não sabemos o que fazer com ele. Os eletrônicos, por exemplo, juntam componentes de todos os materiais citados acima em um só. Ou as pilhas e baterias que, por terem fluidos tóxicos em seu interior, não podem ser jogados fora de qualquer jeito. Nesses casos, há algumas lixeiras especiais, geralmente em locais de grande circulação, como terminais de ônibus e outros locais públicos. Há também os pontos de coleta, que vamos apresentar em seguida.

/ WI-FI
POR LUCAS INÁCIO
28 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

Onde reciclar?

Em Florianópolis, a Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) é a grande responsável pela coleta de resíduos sólidos, dentre várias outras funções sociais e importantes que cumpre na limpeza e melhoria dos espaços públicos da cidade.

São mais de 50 anos de serviços prestados e é a grande referência quando se trata de descarte e em todas as regiões do município. Inclusive, o site e as redes sociais da Comcap são ótimas fontes de informação.

Vale a pena acessar o site e conferir as dicas e orientações que tem por lá. Para informar como é realizada a coleta seletiva nos bairros, por exemplo, existe uma tabela com dias, horários e locais por onde a Comcap passa, de forma simples e objetiva.

A tecnologia sempre ajuda

Um grupo bastante importante também é o dos trabalhadores independentes, como catadores e suas associações. São pessoas que trabalham com reciclagem e reaproveitamento, auxiliando os demais órgãos públicos nesse quesito, formando uma grande rede. Vale a pena se ligar nas pessoas que trabalham na sua região e até pegar contatos de quem trabalha com reciclagem e descarte para quando necessário. Existem também diversos aplicativos que já fazem o meio-campo para unir as duas pontas desse processo. Aplicativos como Cataki, Descarte Rápido, Rota da Reciclagem e Recicle.me auxiliam nesse contato. Alguns dos serviços são cobrados, afinal, trata-se de um trabalho por parte dos catadores. Mas todos nós sabemos que, para mudar a atual situação, temos que levantar as mangas e trabalhar em prol do planeta e influenciar as pessoas à nossa volta. Não é fácil, mas é necessário.

Os 5 Rs

Além disso, existem os pontos de coleta, chamados de Ecoponto, onde você pode levar aquele lixo mais difícil de descartar, como eletroeletrônicos, entulhos, pilhas e baterias, óleos de cozinha, entre outros. Hoje, Florianópolis tem Ecopontos em cinco regiões da cidade: Itacorubi (Centro), Canasvieiras (Norte), Morro das Pedras (Sul), Rio Vermelho (Leste) e Capoeiras (Continente). Tudo também detalhado no site.

É importante também falar dos quatro Rs que, nesse processo, vêm antes de chegarmos na reciclagem: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar para, aí sim, Reciclar.

Repensar é refletir sobre nossos hábitos (individuais e coletivos) que nos levam a consumir as coisas do jeito que fazemos atualmente, assim como buscar alternativas. Consumir com consciência.

Recusar é saber dizer não àquilo que impacta negativamente nosso planeta, tipo produtos que não fazem bem a nós ou empresas que não têm responsabilidade social nem com a natureza. Pesquise por rankings como Break Free From Plastic e saiba quais empresas são ou não poluidoras.

Reduzir é consumir menos, afinal, marcas tentam nos vender coisas o tempo todo e nem sempre a gente precisa de algo só porque as propagandas dizem. Logo, devemos priorizar o necessário e pensar em alternativas que produzem menos lixo.

Reutilizar é saber aproveitar algo de novo ou de outras formas. Por exemplo, não compre uma garrafa de água toda vez que tiver sede: guarde a garrafinha para encher no bebedouro. Os brechós ficaram muito famosos de uns tempos para cá justamente por isso: se você não usa mais, doe ou venda para alguém que vá usar.

Por fim, recicle. Hoje em dia existe tecnologia para reciclar a maioria das coisas. Mas, para isso, precisamos fazer que chegue em quem sabe como cuidar desses materiais.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 29

SACOLA DE PLÁSTICO:

POR QUE ELA É UMA INIMIGA

DO MEIO AMBIENTE?

Você sabia que as sacolas plásticas, dessas de supermercado, podem demorar mais de 100 anos para se decompor? Isso depende do material do qual é feita e das condições ambientais, mas esse não é o maior problema.

Os aterros sanitários, que é para onde vai o lixo produzido na cidade, costumam ser espaços úmidos, com pouca luz solar e oxigênio. Nesse ambiente, a decomposição torna-se ainda mais difícil e muitos plásticos não se degradam completamente, mas se fragmentam em pequenos pedaços chamados microplásticos, que podem persistir no ambiente por muitos anos.

O que é microplástico?

Microplásticos são pequenas partículas de plástico, com tamanho inferior a cinco milímetros, mas geralmente ainda menores, chegando à escala nanométrica. Essas partículas são derivadas de objetos plásticos de todo tipo, inclusive das sacolas.

Durante o processo de decomposição, o material não se transforma por completo e acaba deixando esses pequenos resíduos que causam sérios problemas para os ecossistemas, para a vida selvagem e para a saúde humana.

Por serem muito pequenos e leves, os microplásticos têm uma ampla circulação no meio ambiente e, atualmente, já são encontrados em solos, oceanos, água doce e até mesmo em alimentos.

/ CURIOSIDADES 30 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023
POR MAI BILENKI

Outros problemas relacionados às sacolas plásticas

A questão da decomposição das sacolas plásticas é apenas parte do problema. O impacto negativo no meio ambiente acontece ao longo do ciclo de vida, desde a extração de recursos para a fabricação até o descarte inadequado e a poluição resultante.

Conheça alguns bons motivos para parar de usar sacola plástica:

Emissões de gases de efeito estufa

As sacolas plásticas são feitas a partir de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. Por isso, tanto a produção quanto o descarte desse material liberam gases de efeito estufa e contribuem para as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Uso de recursos não renováveis

A fabricação de sacolas plásticas consome recursos não renováveis, que não podem ser reciclados e são adquiridos numa escala muito alta, como o petróleo. Para além dos problemas ambientais, o uso desenfreado pode levar à exaustão desses materiais valiosos.

Dificuldade na reciclagem

Embora as sacolas de plástico possam ser recicladas, elas dificilmente são encaminhadas para as instalações corretas e muitas vezes são contaminadas com outros resíduos. A reciclagem dos itens é um desafio, por isso há uma grande probabilidade de elas acabarem parando no meio ambiente.

Poluição do solo e da água

Quando as sacolas de plástico são descartadas de maneira inadequada, acabam chegando em aterros sanitários, ou pior, sendo jogadas no ambiente natural. No processo de decomposição, poluem o solo e as fontes de água, como rios e oceanos. Isso pode afetar a pesca, a indústria do turismo e a qualidade da água para consumo humano.

Ameaça à vida selvagem

A natureza não é lugar para plástico. Animais, como pássaros, peixes, tartarugas e mamíferos marinhos, confundem sacolas de plástico com alimentos e as ingerem. Essa ingestão pode causar asfixia, obstrução do sistema digestivo e, em última instância, a morte dos animais.

Opções para substituir a sacola plástica

Muita gente já está atenta aos malefícios de continuar usando as sacolas de plástico em casa e no comércio, mas como se livrar desse hábito? Substituindo a sacola por opções mais amigáveis ao meio ambiente! Vamos conhecê-las?

Sacola retornável

As famosas ecobags, sacolas feitas de materiais duráveis — como algodão, juta, linho ou poliéster reciclado —, são uma excelente alternativa às sacolas plásticas descartáveis. Elas podem ser usadas várias vezes, são laváveis e você ainda pode escolher uma estampa que seja a sua cara!

Caixas ou sacolas de papel

Sacolas de papel são biodegradáveis e compostáveis, tornando-se uma escolha mais ecológica em comparação com as plásticas. Nesse caso, é importante se certificar que o papel utilizado é proveniente de fontes sustentáveis e com certificação de manejo florestal responsável. Produtos com o símbolo da Forest Stewardship Council (FSC) apontam as opções que não degradam o meio ambiente.

Sacolas de plástico biodegradável

Sacolas plásticas feitas a partir de materiais biodegradáveis ou compostáveis, como o ácido polilático (PLA) ou amido de milho, também são uma opção. Elas se degradam mais rapidamente em comparação com plásticos convencionais, mas ainda é importante descartá-las adequadamente em instalações de compostagem industrial.

Composteira é uma boa ideia

O lixo úmido de uma casa consiste principalmente de restos de alimentos. Se você faz a separação do lixo corretamente, usar uma composteira doméstica pode ser uma saída sustentável. Com a compostagem, os resíduos orgânicos são transformados em composto rico em nutrientes para o solo.

Assim, você pode tratar o seu próprio lixo em casa! Existem composteiras disponíveis para ambientes internos ou externos, dependendo do espaço disponível.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 31

S.O.S. TARTARUGAS MARINHAS

O livro “S.O.S. Tartarugas Marinhas”, do autor Rogério Andrade Barbosa, traz informações sobre a temática do meio ambiente e as relações de consumo, enfatizando a preservação de animais ameaçados de extinção. Neste livro, as ilustrações de Roger Mello apresentam imagens no negativo, criadas sobre um fundo branco com o contorno do desenho raspado, resultando numa ilustração com características semelhantes às gravuras em metal, demarcando algumas partes da história.

A narrativa de Rogério Andrade Barbosa acontece na Bahia e apresenta elementos de referência cultural e geográfica – como Pelourinho, Casa de Jorge Amado, Praça Castro Alves, Elevador Lacerda e Praia do Forte –, além de informações originadas do Greenpeace, do Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A história “S.O.S. Tartarugas Marinhas” tem como protagonistas Patrick Grant, que é um biólogo irlandês, e sua filha Janaína; Pedro, que é um filho de pescador local; e Aurélio, estudante de Oceanografia. No transcorrer da história, os protagonistas se envolvem em uma investigação que desencadeia uma experiência arriscada para auxiliar as autoridades no combate a uma quadrilha internacional especializada no contrabando de animais em extinção. Que tal aproveitar esta leitura e aprender, por meio de uma incrível aventura, um pouco mais sobre ecologia e sustentabilidade?

Que tal continuar a leitura do mês e procurar por estes títulos?

Reciclagem: a aventura de uma garrafa

Mick Manning, com ilustrações de Brita Granström (tradução de Ruth Salles)

Um por todos, todos por um: a vida em grupo dos mamíferos

Cristina Santos, com ilustrações de Leandro Lopes

O gigante

Greice Miotello, com ilustrações de Humberto Soares

Os guardiões das águas

Daniela Tartari Brusco, com ilustrações de Letícia Losso

/ SPOILER
WALESKA REGINA BECKER COELHO DE FRANCESCHI
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32 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

Projeto Lontra

Localizado na Lagoa do Peri, no Sul da ilha, o Projeto Lontra é conhecido como um Centro de Turismo e Conservação. Lá é possível ver os animais que estão sob os cuidados do projeto, como lontras, iraras, furões e até um guaxinim. O local também realiza várias pesquisas, oferecendo um espaço educacional para que você aprenda mais sobre os bichinhos.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 33
/ SOU MANÉ
Foto: Projeto Lontra/Reprodução Instagram/Divulgação

U OU L:

COMO SABER QUANDO USAR A LETRA CORRETA NAS PALAVRAS?

Você já passou pela situação de escrever algo e não saber se deve usar a letra L ou a letra U?

Neste caso, você não está sozinho! Na Língua Portuguesa, nem sempre a pronúncia corresponde exatamente à escrita, algo comum de acontecer com a letra L, que, quando vem depois de uma vogal, assume papel de semivogal, soando como U.

Para conseguir decifrar qual letra usar, existem alguns truques. Vamos a eles!

POR REDAÇÃO
/ DONOS DA LÍNGUA
ITS TEENS
34 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

Verifique a classe gramatical da palavra

Verbos que estão na 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo, ou seja, indicam uma ação totalmente concluída no passado, vão sempre terminar com a letra “U”, como, por exemplo, comprou, estudou, jogou, falou e dividiu.

Basicamente, se a palavra indicar uma ação, ela vai terminar com “U”, caso contrário, vai terminar com “L” – porém, assim como toda regra, existem exceções, como as palavras chapéu, canguru e troféu.

Cheque o plural

Se a dica anterior não ajudou e você segue com dúvida, experimente colocar a palavra no plural. Os terminados com “eis” ou “is” têm final “L”, como legal (legais), sal (sais), visual (visuais). Se para deixar a palavra no plural é necessário apenas adicionar um “S” no final, então ela vai terminar com “U”, como baú (baús), e museu (museus).

Palavras homófonas

Sabia que existem casos em que uma palavra pode ser escrita com “L” e com “U”?

São o caso de palavras homófonas, termos com o mesmo som, mas significados diferentes. Os exemplos mais comuns disso são “mau” e “mal”.

A palavra “mau” é um adjetivo, usada para qualificar algo ou alguém, também antônimo de “bom”. Então se for possível substituir um termo pelo outro, essa é a grafia correta. Exemplo: Pedro é um mau aluno e está de mau humor.

Já a palavra “mal” é antônimo de “bem”, e pode ser um advérbio, significando algo feito de forma errada; um substantivo, sendo sinônimo de doença, problema ou tristeza; ou uma conjunção, usada como forma de dizer “assim que” ou “logo que”.

Olhe os exemplos em ordem: Meu irmão se comportou mal ontem. Passei muito mal na escola.

Mal cheguei em casa e minha mãe já me pediu várias coisas.

Existem alguns outros termos homófonos, como alto e auto, ou cauda e calda. As dicas que damos aqui vão ajudar, mas a melhor forma de realmente saber qual letrinha usar é lendo muito e aumentando seu vocabulário! Complete

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 35
as lacunas com L ou U: Ane_ Corre_ Pince_ Norma_ Bacalha_ Pontua_ Litora_
AGORA É COM VOCÊ
vamos colocar a mão na massa? Pegue o lápis e a borracha e vamos resolver um exercício.

EBM ALBERTINA MADALENA DIAS

/ GALERIAS 36 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023
VARGEM GRANDE

EBM JOSÉ JACINTO CARDOSO TRINDADE

Além de incentivar hábitos alimentares saudáveis e um cardápio variado, a horta escolar proporciona uma série de vivências às crianças e aos estudantes. As atividades em grupo e o contato com a natureza aprimoram diversas habilidades na formação dos pequenos, como empatia, responsabilidade e cidadania. Outro aspecto desenvolvido é a consciência da preservação do meio ambiente e a importância de adotar práticas sustentáveis para o cuidado dos recursos naturais. Confira o trabalho de horta elaborado em seis unidades escolares do município.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 37

EBM JOÃO FRANCISCO GARCEZ

CANTO DA LAGOA

/ GALERIAS 38 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

NEIM CLAIR GRUBER SOUZA CANASVIEIRAS

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 39

NEIM IRMÃ SCHEILLA CAMPECHE

/ GALERIAS 40 ITS TEENS - FLORIANÓPOLISS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023

NEIM PROFESSORA OTÍLIA CRUZ COLONINHA

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 41

NÃO EXISTE TERRA DOIS

MARCOS AURÉLIO LIMA

Então, a verdade vou falar para vocês, que temos que mudar este mundo de uma vez.

Essas mudanças não são para depois, não podemos é achar que existe Terra dois.

As pessoas destroem tudo, mas esquecem da beleza. Nós não teríamos nada se não fosse a Natureza.

Agimos sempre sem pensar; depois não vem chorar quando a água terminar e o mundo acabar.

Nada de ilusão, não está tudo bem, não. Sem mudar de atitude, acabou a civilização.

Essas mudanças não são para depois, não podemos é achar que existe Terra dois.

Luiz Guilherme Policarpo Ferreira
42 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / AGOSTO (ESPECIAL) 2023 / SAIDEIRA

Museu do Lixo da Comcap

Localizado no Itacorubi, o Museu do Lixo é uma instalação da Comcap, companhia responsável pela coleta seletiva e limpeza pública de Florianópolis. O museu tem milhares de itens sendo catalogados e seu acervo é montado e decorado em diferentes ambientes. Tudo que está lá foi produzido a partir de materiais que vieram da coleta de lixo, até mesmo a tinta usada nas pinturas.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 43
/ SOU MANÉ
Foto: Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação
Revista its Teens Florianópolis nº15 2023 | R$ 14,85 SACOLA DE PLÁSTICO: POR QUE ELA É UMA INIMIGA DO MEIO AMBIENTE?

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