Arquitetura aliada à Saúde Por meio do estudo da evolução dos edifícios hospitalares ao longo de séculos é possível perceber como estes eram construídos e de que forma seus usuários eram tratados. Com o passar dos anos, com surgimento de novas tecnologias e maior atuação médica nos hospitais, a forma de se ver o paciente se transformou. Assim sendo, durante anos, atuando como Farmacêutica diretamente na área de saúde e hoje como Arquiteta pude observar o quanto esta evoluiu e, ao mesmo tempo, as edificações tinham arquiteturas que muitas vezes não a acompanhavam, mostrando a necessidade de adaptação. Baseado nesse fato resolvi unir minhas duas formações para elaborar projetos específicos ao atendimento de saúde. Um ambiente direcionado à área de saúde tem como finalidade proporcionar bem-estar através da edificação que, de certa maneira, irá influenciar na percepção e comportamento de usuários. Mas quando falamos em edificação não apenas nos referimos à obra em si, mas a tudo que está envolvido a esta, onde temos que entender que as edificações de
saúde tenham que estar mais funcionais e úteis, trazendo sensação de bem-estar aos usuários através da transformação de seu espaço em ambiente acolhedor semelhante ao proporcionado por hotéis. Desta maneira os EAS (Estabelecimentos Assistenciais de Saúde) passaram a ser mais humanizados. Atualmente é cada vez mais comum a necessidade da presença de um arquiteto na concepção de projetos de ambientes de saúde. Sua atuação na humanização destes espaços passa a ser importante, onde este deverá propor formas projetuais que obedeçam a normas técnicas, apliquem confortos ambiental, luminotécnico e acústico e, assim, tornando-os mais acolhedores. Este processo se tornará ainda mais eficaz mediante a união entre o profissional responsável pelo projeto e os profissionais da saúde que farão uso deste. Um projeto voltado para EAS deve levar em consideração fatores que, muitas vezes, se diferenciam de uma elaboração residencial, por exemplo. A união entre o programa de necessidades e sua função determinará o fluxo do edifício, as divisões de setores e muito mais, sempre priorizando sua funcionalidade. Assim como há uma enorme necessidade de se adequar um projeto (seja ele residencial ou comercial) às normas vigentes de cada Município, deve-se ter conhecimento que edifícios da área de saúde demandam uso de Normas tanto Federais quanto Estaduais, onde estas determinam a forma correta de elaboração e programação deste. Todas estas normas serão válidas tanto para projetos iniciais quanto para reformas
e/ou ampliações. O importante é que se entenda a necessidade de obediência às regras institucionais vigentes. Para cada especialização há normas específicas, como clínicas odontológicas, consultórios médicos, hospitais, laboratórios de análises clínicas e outros ambientes de saúde. Podemos afirmar que a necessidade do ser humano em ganhar espaço quanto à sua individualidade, seu bem-estar e conforto, somado à adequação da Arquitetura com a Humanização, sempre de acordo com Normas vigentes, gerou novas formas projetuais. Portanto, o edifício de saúde deve ser visto não somente como uma construção, mas também como um todo, onde há vidas a serem tratadas, profissionais que precisam de ambiente adequado para colocarem em prática seus conhecimentos, proporcionando um clima mais acolhedor, tornando-se assim uma Arquitetura Humanizada.
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CAU/PR: A130880-7 | Arquiteta e Urbanista CRF/PR: 11.414 | Farmacêutica
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ANA CLÁUDIA PANZA MAIA
CURRÍCULO • Formada pela UEM - Universidade Estadual de Maringá; • Graduada em Farmácia; • Formada pela Universidade Paranaense - UNIPAR; • Graduada em Arquitetura e Urbanismo; • Pós-Graduada em Arquitetura de Hospitais, Clínicas e Laboratórios pela UNIP (Universidade Paulista).
Especialista em Arquitetura de Hospitais, Clínicas e Laboratórios Mais Informações
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Engenharia e Arquitetura Associados: Rua Arapongas, 3838 - Umuarama/PR
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Revista Saúde | Janeiro . 2021 | rsaude.com.br