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Entrevista

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Vegano no topo do Everest

Alpinista indiano é o primeiro vegano a completar a subida da mais alta montanha do mundo

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Além do preparo físico, de refeições desidratadas e leves, subir a montanha como pudim de chia.” mais alta do mundo, Porém, conforme o grupo ia o monte Everest, avançando, menor era a vontade localizada no Nepal a 8.848 m de comer, relata o alpinista. acima do nível do mar, exige “Depois do acampamento três, muita determinação. Mas o o nível de oxigênio diminui tanto alpinista indiano Kuntal Joisher que você não sente vontade não queria apenas chegar ao de comer alimentos sólidos. topo, ele queria chegar lá levando É por isso que a maioria das FRQVLJRDȴORVRȴDYHJDQD(IRLR pessoas prefere beber sopa para que fez. Com alimentação 100% obter as calorias necessárias. vegetal e casacos sintéticos, Eu pessoalmente não gosto de ele completou a subida no sopas, então, optei por géis de dia 23 de maio de 2019 após carboidratos, biscoitos Oreo e 45 dias de expedição. “Eu queria kiwi desidratado. Durante uma provar para o mundo que não expedição, desde que a comida precisamos comer ou usar seja vegana, não me importo se é animais para obtermos êxito nos saudável. Eu como porque preciso maiores sonhos das nossas vidas, das calorias.” incluindo subir as mais altas Essa, porém, não foi a primeira e difíceis montanhas”, disse o alpinista, vegano há 16 anos.

Para chegar lá, Kuntal Kuntal Joisher contou que a primeira etapa da se alimentou de escalada foi a mais tranquila, maneira vegana e não vestiu nada de principalmente em relação à origem animal alimentação, pois ainda tinha para chegar ao acesso a gás e legumes frescos. topo do Everest Assim, a alimentação consistia em pratos indianos, como pav bhaji, dosa sambar e paratha sabjis. Porém, uma vez que ele e seus guias começaram a subir, essas facilidades foram deixadas para trás. “Havia apenas um pequeno queimador de gás butano com o qual cozinharíamos refeições secas em água fervente. Por isso, trouxe refeições secas veganas IHLWDVHVSHFLȴFDPHQWHSDUDPLP por uma empresa dos Estados Unidos chamada Outdoor Herbivore. Eu trouxe 21 pacotes tentativa de Kuntal de escalar o Everest de maneira vegana. A primeira foi em 2014, mas falhou por causa de um desastre natural. Em 2015, uma avalanche atrapalhou os planos e, em 2016, ele até conseguiu chegar lá, mas não com casacos veganos.

Ele usou roupas feitas de penas de ganso para aguentar as baixas temperaturas que chegam a -50 ºC e luvas com partes de couro. Este ano, felizmente, deu tudo certo graças ao apoio da empresa italiana Save the Duck, que produziu as roupas veganas de que o alpinista precisava. “Foi uma das expedições mais difíceis da minha vida. Mas minha maior alegria foi escalar sem usar um casaco com penas de ganso ou couro.”

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O sacrifício de animais, como galinhas, em alguns rituais religiosos gerou polêmicas recentemente

Sacrifício de animais

Sacerdote faz campanha contra o sacrifício animal na umbanda e no candomblé

Em junho de 2019, o sacerdote cubano Dagoberto Isaac Cordeiro Chirino, também conhecido como Alawowwo, passou pelo Brasil para falar com pais e mães de santos da umbanda e do candomblé sobre sacrifício de animais em rituais das duas religiões. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o sacerdote veio à convite da mãe Solange, uma ialorixá dona do terreiro de candomblé Roça dos Orixás Afro- -brasileiros, em Guarulhos.

Do culto de Yezan, uma religião africana de 4.500 anos que nunca usou bichos em seus rituais, o sacerdote iniciou a mãe de santo brasileira em 2016 e desde

Notas verdes Hotel vegano A Escócia agora conta com um hotel vegano, o Saorsa 1875, em

Pitlochry. Além do cardápio 100% vegetariano, o estabelecimento não tem nada de origem animal nem mesmo nos móveis e tecidos. Os donos assumiram e reformaram um antigo hotel que já existia ali. São 11 quartos com diárias que giram em torno

R$ 700. + saorsahotel.com HQW¥RHODDȴUPDQ¥RXVDUPDLV animais. “Yezan é mais antigo que o candomblé e a umbanda, e tem alternativas para o uso do sangue”, DȴUPRX$ODZRZZR

O sacrifício animal acontece em rituais de iniciação, quando o sangue dos bichos é usado em despachos, quando são oferecidos aos orixás. Isso porque o sangue é considerado um “facilitador” da comunicação com as divindades. Galinhas, patos, pombos, bodes, carneiros e bois são mortos e, depois, a carne é assada e consumida.

O tema, porém, é polêmico. Em março de 2019, o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional o sacrifício animal em cultos religiosos, desde

que não haja crueldade. Na Mercado da carne Um relatório da empresa de consultoria ATKearney, intitulado Como a carne cultivada e as alternativas à carne prejudicam a indústria agrícola e alimentícia?, conclui que as carnes de laboratório e os produtos substitutos da carne darão US$ 1 bilhão de prejuízo para a indústria da carne animal até 2040, devido aos avanços tecnológicos dessas startups. Elas vêm conquistando a preferência de consumidores cada vez mais conscientes.

época, a ativista Luisa Mell se posicionou contra a decisão em sua rede social e seu comentário foi considerado ofensivo por ativistas da comunidade negra. Djamila Ribeiro e Maíra Azevedo, conhecida como Tia Má, se revoltaram com a publicação de Luisa e declararam que a ativista não só desconhece a religião como gerou ainda mais preconceito contra as religiões de raiz africana.

É bom lembrar que nem todos os centros de candomblé e umbanda matam animais: os chamados de mesa branca ou umbanda branca não utilizam esse recurso. Além disso, no cristianismo também há sacrifício animal em datas comemorativas religiosas, como o peru no Natal e o bacalhau na Páscoa.

Churrascaria repaginada A famosa rede de churrascaria Fogo de Chão anunciou que introduzirá opções de carnes veganas no rodízio de seus restaurantes, que hoje estão espalhados pelo Brasil, México, Estados Unidos e Oriente Médio. O CEO da PDUFD%DUU\0F*RZDQQ¥R revelou se as opções seriam de marcas já conhecidas, como Beyond Meat ou Impossible Foods. Ele disse apenas que a rede está explorando “várias ideias”.

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Paris mais veg

Galeries Lafayette, na capital francesa, conta agora com restaurante vegetariano que traz diferentes opções veganas

Recém-aberto no ervas e plantas. O serviço é à la gosta de moda, o espaço abriga as terraço da famosa loja carte e os pedidos são servidos principais grifes europeias. de departamentos nas mesas em pratos ou em Galeries Lafayette, em papel kraft. Tudo isso dentro da Créatures Paris, o restaurante Créatures primeira loja de departamentos 25 Rue de la Chaussée d’Antin oferece cardápio vegetariano da Europa, a Galeries Lafayette, Aberto diariamente das 10h à 1h com opções veganas e, de inaugurada em 1894. Para quem haussmann.galerieslafayette.com quebra, vista panorâmica para os principais cartões-postais da FLGDGHFRPRD7RUUH(L΍HO Sob o comando do jovem O novo restaurante Créatures tem vista panorâmica de Paris chef Julien Sebbags, o novo espaço

JDVWURQ¶PLFRȴFDU£DEHUWRDW« meados de outubro com um cardápio que traz preparações como brócolis assado com molho de iogurte de amêndoa, focaccia de legumes, bolo de berinjela e mousse de chocolate com aquafaba. Porém, predominam- -se pratos com vegetais acompanhados de queijos ou ovo.

Além do restaurante, o espaço conta com um bar que oferece drinques inovadores que misturam

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Videoaula A plataforma Namu Cursos acaba de lançar o curso on-line “Descomplicando o Plant Based”, com o chef Thiago Medeiros, especialista em gastronomia vegana. O curso mostra conceitos, dá dicas de como organizar a lista de compras, ensina técnicas de cozinha e como preparar pratos com o que tem na geladeira. Custa R$ 286. + namucursos.com.br Colesterol e carne branca Um estudo do Hospital Infantil de Oakland, ligado à Universidade da Califórnia de São Francisco (EUA), mostrou que tanto a carne vermelha quanto a de aves pioram os níveis de colesterol. O estudo, que não incluiu a carne de peixe, conclui que entre carnes vermelhas e de aves, é melhor ȴFDUPHVPRFRPDVSURWH¯QDV vegetais, consideradas mais saudáveis. Para ler o estudo em inglês, acesse: tinyurl. com/yxrmbow5. Evolução canadense Em uma decisão histórica, no início de junho de 2019, o Canadá proibiu o cativeiro GHEDOHLDVJROȴQKRVHERWRV no país. A proibição veio com a aprovação do Ato Final do Cativeiro das Baleias H*ROȴQKRV$SHVDUGHVHU apenas um, este pode ser considerado um momento decisivo na proteção de animais marinhos e uma vitória para todos os ativistas canadenses em prol da vida e respeito aos animais.

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