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Azul
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dedico estas humildes linhas ao Único Fiel e Verdadeiro
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Introdução ...................................................... 5 A LIBERTAR ................................................ 8 Pois os céus são os céus do Senhor .................9 Cantiga de ninar.............................................10 A Blindagem Azul ......................................... 11 Aguilhão quebrado ....................................... 20 Madrugada ..................................................... 21 3 GirassÓis ................................................... 25 Big Riders ......................................................28 Diretrizes ...................................................... 30 Sobre o Homem que é uma Ponte e é uma Porta.............................................................. 32 Semi-Parábola dos com-Deus e dos sem-Deus ......................................................................35 Atômica ....................................................... 37 Antropo-Cristocêntrico ............................... 39 Paz Verde .................................................... 41 Brado ........................................................... 42 No dia do arrebatamento ............................. 43 Bairro do Areal ............................................. 45 O Arsenal...................................................... 46 Entropia ....................................................... 48 Índios ............................................................ 50 A Ciência Última .......................................... 53 O primeiro, o último louco ...........................54 Fugir de Cristo é buscar a Cristo ..................55 Naveg@r ...................................................... 58 Composição em Ah menor ...........................59 Sobre o autor ................................................ 60 4
AZUL: Cor maravilhosa, escolhida por Deus para pigmentar as maiores extensões dadas ao nosso humano vislumbre: Os céus e mares. Se fosse feita uma pesquisa (e com toda certeza já o foi, eu é que não lhe conheço os números), verificar-se-ia que é o azul a cor preferida pela grande maioria das pessoas. Antes de minha conversão ao Evangelho de Cristo, quando eu ainda era um poeta anarquista e meio ateu, cheguei mesmo a escrever o pequenino poema “Divino Pigmento”: As miríades que abarcas, filho, eu não sei Mas vai e domina: Pois Azul é o nome que eu lhe dei Hoje sei que das ‘miríades’ que o azul abarca, Aquele que o criou as conhece, cada milímetro. Mas enfim: escrevo esta introdução pois o leitor perceberá que o signo do azul perpassa boa parte deste livro (como uma leve onda), e não apenas o poema que dá título a esta obra. Mas de que falam estes versos? De um futuro onde tudo é azul? Sim, e ao mesmo tempo não. Pois não é o caso de eu crer literalmente que o futuro Universo será todo azul. Vou tecendo versos e imagens poéticas usando o signo (do) Azul como símbolo do magnífico, e mesmo como uma super-metáfora (pan-metáfora, meta-metáfora?) para a ampla maravilha do que está por vir, quando dos novos céus e nova terra, que serão livres de toda forma de corrupção, e os quais Deus de antemão planejou, preparou e prometeu aos que o amam. E também como a cor simbólica do amor maior (não o eros ou o philos, mas), o ágape, o amor de Deus.
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Se uso aqui desta licença poética, faço apenas considerações parateológicas, não querendo nunca e de forma alguma ultrapassar o texto bíblico. Afinal, como a Bíblia mesma afirma, homem algum sabe como realmente serão tais grandezas (“As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” - 1Coríntios 2.9). E creio então que imaginar tal futuro (tarefa impossível? talvez) fica a cargo de cada coração em particular. Uma coisa me parece certa: pelo texto bíblico, concluímos que a maravilha estará sempre acima (seja por um centímetro, ou um ou um milhão de anos-luz) de qualquer imaginação e/ou verbalização (colorização?) que possamos alcançar, do lado de cá do véu. Pois façamos então poesia com o possível, da forma possível, perseverando na fé – a chave que possibilita abrir o impossível sempre sonhado – e ardentemente aguardando a Poesia Maior, a ‘explosão azul’ do amor ágape, que do Senhor nos virá. O Grande dia da Completa Restituição de tudo aquilo que Adão tãobarato – vendeu.
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“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” Apocalipse 21.1 “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” 1Coríntios 2.9 7
A LIBERTAR “Foi para isso que o Filho do homem se manifestou, Para destruir as obras do diabo.” 1Jo 3:8 Há homens que vivem Em cima do muro
Há homens que vivem De um dos lados do muro
Há homens que sobem E descem do muro E mudam de lado
Há homens que destroem o muro.
Venham para Jesus, amigos meus! Vamos viver a derrubar os muros!
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Pois os céus são os céus do Senhor deito-me do alto da serpente, qual quem tange a cítara do sol dedilho as sensações da queda entôo salmos, em alumbramento finco minhas mãos à Mão da Rocha caio célere olhos destros centrados nos sinistros e furibundos olhos da sErpeNtE que os atém ao alto, amaldiçoando em língua bífida o milagre que me permite à morte em seu dorso debandar olha o céu que a esmigalha por dentro odiosa desta sutil estranha maravilha que me faz cair para cima ao longe vejo O Calcanhar ainda pisar-lhe a cabeça, eu municiado com o sorriso em lâminas de luzes que Cristo plantou em meu rosto, rosa voltaica que a horroriza.
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Cantiga de ninar Há uma ciranda de crianças e luz; E a luz é dessas crianças, E as crianças são dessa luz. Tudo em derredor tudo canta E um Rei que é uma Rocha rege O coro de todas as coisas. Há provisão De sorriso e perdão. Não há precisão Do sol ou das estrelas, Dos planetas ou do luar: Um que é a Rocha Ilumina o lugar, E o lugar que ilumina Tem o nome de TUDO. E o amor de Deus é aqui Um tão grande estrondo Que ensurdeceu para sempre Tudo que era vazio.
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A Blindagem Azul “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.” 1Pe 2.5
I Meu toque recambiado É o da pedra viva Que ensina o Caminho ao errante, Pega o ladrão pela mão, Dá-lhe perdão e mapa Amor e direção. Meu toque, É o toque vulcanicorrosivo De rochas igneovertidas e pulsantes, Que rompe muros e fronteiras, E cria ilhas de Amor, onde antes havia o nada. Rocha de vida lançada à Vida Ululante em seu vôo Ofereço-me Como preceptor para o que tropeça Como Azul Blindagem Ao que é perseguido de morte, Como estalagem sempre azul Para todo aquele do azul desabrigado.
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II Nosso olhar percebe o céu, mas incapaz Deixa passar o principal, que Tudo o que voa é azul. E a cor, o fato, o evento do azul É em tudo um poema gigantesco e universal, Um documento... O azul é como uma profecia Que firme, mas ternamente, Fala do que há de vir, do adVento que varrerá O Universo, e fará algo Novo, maior, pacífico, Eterno E livre de todo o mal. O azul grita (aos meus olhos de poeta, sequer) Do melhor de Deus Que está por vir.
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III (de) Um dia (em que) Não haverá mais escuridão: Dia e noite serão Azuis Como e mais que o mar das Caraíbas, Os olhos da melhor princesa
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IV E eu quero ir à praia do mar mais azul E encontrar um surfista local e ouvi-lo Falar das grandes ondas que já bateram Naquela costa e me aproximar dele E com alegria citar-lhe os versículos 3 e 4 do 93° Salmo, “Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam O seu ruído, os rios levantam as suas ondas. Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso Do que o ruído das grandes águas e do que As grandes ondas do mar.”, E com eufórico amor contar-lhe a maior Boa-nova, a história da Grande Onda Que um dia bateu neste planeta – Jesus – A Tsunami Reversa, pois de águas vivas, Que veio afogar a morte e o inferno... O Ondulante Poder de Vida e Liberdade! E dir-lhe-ei ainda que o azul que amamos Será amplificado, pois este mesmo Jesus Subiu ao céu e está a nos preparar Um melhor azul onde habitar, Um inaudito e indiviso novo tom, Cor jamais vista ou surfada: O Azul-mais-que-perfeito. E escreverei na maior das pedras Daquela praia, para todos aqueles Que a buscam (a ela, a onda, mas sem saber O buscam), Para que o sábio e o símplice entendam: 14
Não bata cabeça noutras praias: Jesus é a Onda Perfeita!
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V Não, do mar não haverá saudade: A plenitude do amor ágape (como a tudo o mais que ficar para trás) Com incalculável vantagem O substituirá.
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VI Foi isso o que a fé fez, A fé me levou a dar Um passo ao centro Do azul de Deus. O mundo nigrocrômico deixado para trás Desembainhou garras & lâminas & lembranças E, claro, argumentos Para me impedir, prenhe de morte E (oh mundo perigoso, oh mundo parvo) Não o pôde Pois o azul profético, este o outro, profundo e lindo O azul de Deus Ele Me deu um beijo
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VII (Você já surfou alguma vez? Mesmo numa prancha De bodyboard? Eu venho tentando verbalizar A sensação que se experimenta, mas parece sempre Que sequer me aproximo, qual náufrago a Morrer na areia da praia. É algo maravilhoso. A sensação de descer e ao mesmo tempo Avançar numa onda, mar à frente & Onda abaixo, os respingos de frescor do mar Em choque, gotículas duma azul energia, Biológica?, Telúrica?, as duas coisas, + a velocidade (sim, e o fim desta equação é = Felicidade), Caleidoscópio incandescente de matizes do anil, Uma energia simbionte que celebra a vida Unida à adrenalina que o cérebro libera E que também (por que não?) à vida celebra. O toque do corpo na matéria líquida, Ah... Perceba: o mais perfeito e macio dos abraços. É algo esplendorosamente doce. Então Imagine o Deus que criou o mar azul E seus paraísos Tuvalu, Maldivas, Nauru, Samoa e aquela praia Que você um dia viu numa foto Um Deus que criou a lua e estabeleceu a lei da gravidade, Que manipula o mover das marés, A engendrar ondas ininterruptas em seu pulsar, Segundo a segundo, século sobre século, Ciente já que o homem (ser animoso) inventaria de Surfá-las... 18
Imagine os atóis praias recifes bancos de corais Bernardos-eremitas: E aí “Nas novas terras não haverá mais mares.” Se o mar, que pode ser terrível (sim, também já o sofri) Mas que em muito Deus o fez maravilhoso E maravilhosamente habitado Não mais existirá Imagine então Tente imaginar Além das miloutras coisas, o que então Em lugar do mar, sim, O QUE DE AINDA MAIS MARAVILHOSO HAVERÁ? Tente tal concepção, mas saiba estar sob o signo Duma sutil impossibilidade, pois “nem os olhos viram, nem o coração .... ” Sim, “Nas novas terras não haverá mais mares”. Mas para quê, afinal?
O mergulho então será infinito, Pois Sobre ÁGUAS VIVAS. Um surf sem pranchas sobre Águas dum azul inconcebível, que a ninguém afogam, Águas que só sabem fazer ressuscitar.) 19
Aguilhão quebrado Nietzsche disse que “Quando você olha dentro do abismo, O abismo olha dentro de você.” Ontem aqui no quintal eu olhei Lá dentro do abismo e Ele me mostrou um enorme girassol: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” * * 1 Coríntios 15:55
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Madrugada A placidez está a um passo dos teus gritos: Basta dar este passo.
Pode crer, amigo: Os filmes da madrugada não foram mesmo feitos Para remediar angústias. Nesta noite (e em todas as noites?) você nem se dá conta, Mas a sua dor e sua variada programação têm um Interruptor:Acionando o controle remoto, você viaja... E em um dos canais, Alguém fala de Cristo, E seu poder trans-formador. Hoje você está meio louco, pára um pouco, Resolve ouvi-lo. E o cara de fala firme Que de Cristo fala Fala-lhe de algo: Cristo te oferece uma mão Mas uma MÃO Que formou todas as mãos estrelas hipopótamos riachos anjos Paisagens elementos periódicos pessoas e veio aqui Nesta terra que gira Morrer por você. Isso, se admitido, muda muita coisa, Muda o termo de tudo: o máximo fez-se mínimo (manjedoura – andanças – cruz) Por nós, que satanás quer fazer crer Que viemos do nada. Você repara no homem que de Cristo fala, Desconfia de seu terno, “mais um papa-dinheiros”. 21
Pena que (e não conheço esse que agora lhe fala) o homem Que de Cristo fala não prioriza relatar A sua (dele) vida: Será sempre a história de um heróico resgate. Pois as ações de Deus principiam por uma salvação. E o pregador, loquaz, lhe fala de Paz, paz paz paz paz paz paz paz Mas não a paz das passeatas, não a paz dos acordos, Paz de hominídeos: Mas da Paz de Deus, Além da tua imaginação. E Você quer ver mas algo como que lhe manda mudar mas Tu (ainda assim e exaustivamente) sabes, Quanto aos outros canais, seus Filmes da madrugada são reprises de velhos filmes Reprisados à exaustão no diurno plantão, No diuturno mundo. Mas uma voz de amargura diz a madrugada Tem sempre histórias mal contadas (Como a querer dizer que você talvez não esteja entendendo o que está começando a entender), E você acaba adormecendo, Em meio a ela, Em meio aos filmes que Hollywood ou os monsieurs Não fizeram mesmo para calar angústias, Em meio à própria insônia. Mas contra este sono incipiente A tua angústia velha e rabugenta Discursa hoje como um De Gaule, Um Fidel, um qualquer que a razão humana Cegou. Ela discursa, ela relembra detalhes De dor. Tua dor. 22
Detalhes que te cansam, e permanecem. O homem da TV chama um vídeo-clip, Uma mulher que você acha cabeluda, mas de voz arrasadora Canta, canta como você nunca ouviu (Palavras doces, que cortam) E chega num verso assim: “Ajoelhe-se e clame...” E de repente, Entre tudo isso que a madrugada amontoa, Entre gritos por dentro e barulhos desertos, Entre filmes mudos sobre vaidades, Algo improvável para quem está do lado De fora da tua casa ocorre, Algo vulcânico, inadiável, algo que fala, Que grita em voz tenórica sobre rupturas e resgates... Lágrimas, lágrimas hiper-retro-retidas explodem, Você derrete do sofá ao chão, E abre a sua boca e asas e coração... E sabe entre seus soluços Que agora pertences ao Cristo. E agora (e este é o AGORA por quem todos os outros agoras existiram) Tu estás nEle, e Ele em você. E você não vê Mas as trevas da noite lá fora Como que se incendeiam, E a filmografia holiudiana passa a ser Apenas filmografia, E as vaidades passam a ser Só vaidades, E a angústia passa a ser só mais um Dos palácios do inferno, 23
Que só teus vizinhos o sabem, só o mundo Sem Cristo... E a dor é enterrada nos morros de Hollywood, Nas literaturas da França, No peito de satanás: E você está livre. E a vida - olha que coisa mais inesperada, mais inesperável – Passa a fazer SENTIDO. E você vê que teus avós erraram, Cristo é muito mais que catedrais estátuas Rezas decoradas: Cristo é Vida, Cura e Liberdade.
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3 GirassÓis 3 poemas inspirados na obra missionária
SUDÃO Abrem-se de par em par as portas da Igreja-Casa-Coração: Descalços sobre os seixos, os 12 sudaneses adentram ao porto de Cristo, que é seu e é aquecido. Contradizente, estático e célere, o deserto lhes circunda: Morra doravante o deserto, deles (hoje, para S E M P R E) fluem “rios de águas vivas”. * *João 7:38
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JAPÃO Nada de espadas. A Tokarev* Sim sim sim ainda atira ela há de atirar As crianças a dívida E ele já a empunhava, alisava SUSPEITO DE ALTA TRAIÇÃO cabeçalho dos jornais as crianças O dedo bicava o gatilho ele já vencia o medo Morrer morrer só me resta morrer a discussão os gritos de Yukio o stress Mas então uma lembrança (de onde vinda?), Os acionistas o ministro todos esperam que eu me mate mas então uma equação: O bolso + a mão + o toque = um reles(?) papel O folheto que aquele canadense lhe dera: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, Viverá; e todo aquele que vive e crê em mim Nunca morrerá. Crês tu isto?” ** (Um insight, uma arma deposta um libertar) (pois) Ele creu. * Pistola russa **João 11:25,26
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AFEGANISTÃO O injil* (tão raro por aqui, tão impossível) o injil seu pai queimou o injil na sexta seus parentes se reuniram seu irmão lhe denunciou o livro, o livro, ele tinha o livro! O muezim** decidiu pelo castigo a vila o povo o povo cego surdo mudo o muezim decidiu o muezim decide o muezim cego guiando cego O cortejo cego segue, dá à porta da casa preparam-se para linchá-lo. E você se angustia e eu me angustio mas ele... Com um sorriso de ave e de anjo (tão raro por aqui, tão impossível), Mohammad Bem Ali lança-se para fora: “Eu venci o mundo.” *** *O Novo Testamento **Chefe religioso local, no Islã ***João 16:33
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Big Raiders “JEOVÁ, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas.” Hc 3.19
Vivo o hoje, e combato, e basta-nos cada dia com o seu mal. Mas, ainda que o bom combate pelo Evangelho me arroje a mil anos no futuro, estarei preparado. Não importa o que o futuro traga: Eu sigo o Amém e o amor de Cristo me salvaguarda a surfar sobre qualquer superfície... Tanto faz a que altura do Amanhã: Com uma prancha de plasma lançar-me-ei do cimo das Cibertorres do Azul rumo a toda escuridão onde os homens perecem. E, sob os baluartes do Plantio e da Ceifa, o Evangelho de Cristo irá comigo
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por onde eu for. E irá além. (E se tal Palavra se propaga tão maravilhosamente por meio de nós, reles vasos de barro, é porque não é de reles barro, ó amigos vasos, a Mão Invencível que nos sustém.)
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Diretrizes Importa que as palavras lúgubres fiquem no front, onde é feita a morte, do suor rubro das artérias e veias Importa que sejam despedaçadas as agruras - os grilhões da timidez e do medo Importa saber que o Deus que põe a rapina no coração da águia é o mesmo que põe o Amor no coração do justo Importa ainda suportar esta verdade: Se há homens mais miseráveis que nós, há miseráveis mais homens do que nós; Vaidade das vaidades, TUDO É VAIDADE. Importa, urge soterrar os precipícios inaugurar a cada dia mil novas pontes, mil novas naves entre Deus e os homens - sempre a estreitar pela Única Porta e morrer por alcançar aquele que ainda morre
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fora de nosso raio de alcance. No mais, “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” * * Eclesiastes 12.13-14
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Sobre o Homem que é uma Ponte e é uma Porta Já fui poeta libertário: Arranquei poesia das lamas por onde marchei, Das estórias de meus amigos, Das pauladas que leve(de)i. Buscava na lama sentidos: Não conhecia(ceitava) reis ou o Rei. Que Rei?, anarquizava, mesmo cônscio (moleque ainda!) dos mil e um buracos No barco da anarquia. Mas ela me parecia O barco menos furado (e quem é contra a ‘liberdade’?). Mas a liberdade só é boa, só é Sentido, se não Houver outro sentido. Mas há Sentido, há um Rei, Um Cara, sim, um Cara com C maiúsculo, Que um dia pôs-se à entrada dum sepulcro e disse: “Lázaro, saia!” Um Homem que com palavras Venceu aquilo que nem você, nem eu nem Leonardo da Vinci Van Gogh Veermer Stravinsky Rachmaninoff Freud Jung Keynes Marx Máximo Górki Rutherford Einstein seu Antônio da padaria da esquina pudemos, podemos ou poderemos (se sós) vencer: A morte. Não amigo, não imagine ainda roupas sacras, votos e Calos nos joelhos, cânticos ou celebrações ou missas Ou cultos: Imagine um Homem que venceu a MORTE e o INFERNO, Armado de AMOR até os dentes! É dEsse Rei radical que falo, Dessa intervenção total no destino da humanidade, que Rachou o tempo em dois, dessa totalidade salvífica, Dessa fusão de Deus e homem, que andou Por esta terra valendo-se dum corpo de carne como este, 32
De que você agora se vale. DEUS num corpo de carne, que veio ensinar O Caminho, E o principal: Sacrificar-se por V O C Ê. Radical, santo, infinito, sem medo. O Homem-Porta, o Homem-Ponte, o Senhor da História. Não, não imagine elucubrações complicadas, Roupas longas e quentes, quinhentas leis: Imagine e aceite agora a este Rei de amor, O Herói que arcou com a dívida que não suportaríamos; Atente ao que Ele falou e ainda fala Pelo Seu Espírito Santo, Que Ele envia para consolar e fortalecer todo Aquele que nEle crer. Já pensou ouvir a voz dEsse Rei dentro de você? Ver problemas impossíveis solucionados, E uma Paz indizível aqui, agora e para sempre?! Ver suas angústias existenciais destruídas, cremadas, Desintegradas! E tudo isso, de graça! É deste Cristo VIVO que falo, é Este o Rei que é sobre mim. Você já ouviu, já leu as palavras de tantos homens, Como eu já li e ouvi: E elas no máximo conferiram novas Dimensões à sua angústia, novos nomes... Pois eu, Sammis Reachers, ex-anarquista, Ex-leitor e ex-apologista de Nietzsche, Voltaire, Bakunin,e centenas de outros homens que infelizmente Foram vencidos pela morte Lhe convido hoje a ouvir as palavras dEste vencedor da morte, dEsta intervenção mestra, dEsta Bandeira capaz de apatriar com salvação Todo aquele que simplesmente a aceitar. PALAVRAS VIVAS: É disso que falo. Ouça-as: 33
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mateus 11.28-30 “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8.12 “Na verdade, na verdade vos digo que, quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” João 5.24 “E o que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora.” João 6.37 “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53.5 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6.23
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Semi-Parábola dos com-Deus e dos sem-Deus Em águas de Maio Atlântico Sul uma linha rasga o lençol de azul Fragata que langorosamente aderna livre de seus (alb)atrozes Trabalha feliz feliz no seu mar, liberta das palavras prisioneiras Em concretos e asfaltos do mesmo Maio no centro vicinal da cidade de Agnostic City, Bloco L, 18° andar, sala 1820, Guichê 12-A do prédio que abriga o Ministério das Desconstruções Existenciais Humanas, uma Turba Civilizatória de Psico-Estruturas Estatais (TCPEE)* de Homens em Ternos Cinza realiza uma auditoria, averigua o proceder dos seus quase pares, os Homens de Ternos em Amarelo. Cabeças hão de rolar Cabeças (já) todas roladas
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Quilômetros além no mar Oceano Maio langorosamente flui e o sol é farol a mais aos que navegam com o Cristo.
* ??? Não me pergunte o que é, pois não sei. Os mortos que expliquem seus mortos.
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Atômica
Afora o
“Haja
luz”
de Deus
que honra o segundo lugar, a frase mais poderosa, suprema, arrasadora dita em toda a História de dor deste Universo que nos contém foi o
“Está
consumado”
de Cristo.
Palavras, duas delas e a terra escureceu e trepidou e, no inferno, tal trecho caiu como uma pancada de 100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000² GIGATONS todo espírito imundo em cada quadrante do Universo que estava ilusoriamente em pé caiu por terra, treva, vácuo esbofeteado pisado pisado pisado duas palavras racharam a cara 37
de quantos anjos suicidados há duas palavras e um ato único - central - magnífico (oh quão magnífico!) o clímax do Universo a materialização do divino e ágape Amor, naquele perfeito
S A C R I F Í C I O.
(Gênesis 1.3 e João 19.30)
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Antropo-Cristocêntrico “Torrentes de águas derramaram os meus olhos, por causa da destruição da filha do meu povo.” Lamentações 3.48
Minhas lágrimas estarão onde eu (puder) derribá-las, na terceira de tuas esquinas, cidade malina, na curvatura do hall, no portão do presídio no banheiro do colégio (em cada uma de tuas cápsulas, tuas celas-de-solidão: onde dor houver, arrombarei & entrarei) Em qualquer lugar onde os homens habitam Onde os homens houverem sido erradicados: Minhas lágrimas serão o (seu) mar. Para que amanhã os mares (que são, da Criação, como a Cisterna Geral das Lágrimas) iridescentemente inexistam. (Quando não cria, achava que o homem se auto-aniquilaria. Mas agora que creio em Cristo sei que por intermédio dEle e para glória dEle 39
o Homem - que não é um mamífero, mas um pássaro-que-pensa -, o homem nunca cessará. Só as lágrimas é que sim.)
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Paz Verde Criança amiga do sol, sozinha no mato, feita soldado do verde sob as insígnias dos girassóis... Corre, vigia, ri, exulta (seu corpo é nau anil alada por 7.000 asas) nos campos criados por Cristo. Sua avó lhe instruiu em todo o Evangelho e sua imaginação hoje voa, só porque o pastor lhe disse: “O melhor de Deus ainda está por vir.” Seu sorriso e inocência são uma afronta, eles bradam ao mundo e seu Satã, num silêncio de supereloquências: “Consumam vocês suas ba(le)las e logros. EU NÃO ESTOU SOB O JUGO DO TEU JOGO.” Corre, criança verde de sol.
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Brado há uma Cruz que desfere um chamado; brada, apregoa, suscita homens que a ouçam, portem personifiquem
mas há os que a odeiam, os que a untam com seu desprezo: o que o mal lhes inspira é a busca da morte, célere, a sanha do abrupto para caírem sem sequer clamar, para que neles não se cumpra o resgate: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” cabe a nós (nós os nós da Cruz) lançarmos-nos em seu socorro, se preciso ofertarmos-nos ao fogo para dele arrebatá-los. pois não nos constrange o olor da fornalha: sabemos e temos ao Quarto homem.
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No dia do arrebatamento Eu, caminhante, vinha passando. E vi um ajuntamento. E parei. ...e o teólogo explanava suas idéias e dizia que quando do arrebatamento o Tempo para os arrebatados se quebraria, e uma inimaginável dimensão seria adentrada. - Por onde começará a transformação de nossos corpos?, um crente indagou-lhe. Ele disse que a explosão que se dará (sim, se dará), será aqui na glândula pineal em nossos cérebros, e aquilo que se pode chamar de ‘momento’ ou ‘instante’ cairá em frangalhos pelas bordas dos nossos olhos, incalculável, desvinculado e acima de qualquer morfologia e sintaxe. Então estaremos prontos, no tempo-sem-tempo de Deus, no tempo-azul-sem-fim dos remidos pelo Cordeiro, os golpeados num relance pelo aderente Som da Trombeta, que fará de nossos corpos de morte e pó, corpos de glória e imortalidade, puro amor e poder. O teólogo o dizia, quando lá passei. E (como falei) passei. Mas aquelas palavras não me abandonavam e lá na frente pensei: Até pode ser e pode não ser mas Oh 43
Se houvessem menos teólogos mais missionários no mundo Mas mais pensei: E quem sou eu para assim pensar? E passei.
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Bairro do Areal Daquele lado já há casas onde havia nada doutroladanada onde havia casas mas e daí? Transcendi os paisagismos da matéria telúrica oceânica ou sidérea: Com Jesus no coração levo meus prados pronde eu for
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O Arsenal Ela é um Arsenal numa única arma, Sagrada & Célica Espada para as duas mãos Que em muito excede katanas, floretes, Espadins, claymores, Cimitarras e sabres... Espada Flamejante e Vivificante - A Palavra de Deus Que se renova a cada alvorecer, Tendo a cada dia nova feição, Novas direções de corte... Desembainho, abro hoje a minha Bíblia E Ela está suave como o mármore Azul de Carrara, Um azul-bebê-amorável... É o Senhor quem me dá Uma Palavra de Paz E perfeita consolação. Avanço em seu estudo, Vou a outro livro Desta biblioteca infinita (ah, Borges, se tu realmente a conhecesses!) Onde fala o Amor Vasculho as cromias de seu espectro, E elas são como inflorescências do ciano Que recendem, e evoluem a um azul-marinho, Como num desfile loquaz de turquesas... Ah! Espada de dois (mil) gumes, Máquina Perfeita de Combate, Lâmina audaz e lancinante 46
Contra toda forma de mal... Seu segredo é ser Aço temperado em Amor Ágape; Arma ofensiva, porém plenamente poderosa Em minha defesa, Pleno e lírico Arsenal... Pois és a um tempo espada e escudo e couraça, E é sua a blindagem azul Do amor de Cristo, A quem nada atravessa, Uma malha de kevlar um manto De misericórdias
(E que se queimem as invenções e tradições dos homens, Suas espadas de falso fútil ferro e apetrechos e complicações Que pretendem impor à simplicidade E gratuidade do Evangelho de Cristo. Pois sei que a mim e a você, servo fiel, que é ou que almeja ser um guerreiro hábil basta - e sobeja a Espada Invencível que Deus nos deu.)
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Entropia (3 textos e um poemeto-paráfrase) Entropia: “Substantivo feminino 1. FÍSICA (termodinâmica) função que define o estado de desordem de um sistema; 2. valor que permite avaliar esse estado de desordem e que vai aumentando à medida que este evolui para um estado de equilíbrio; 3. medida de perda de informação numa mensagem ou sinal transmitido; (Do gr. entropé, «mudança; volta», pelo fr. entropie, «entropia»).” De um dicionário “Uma das Leis da Física, a Segunda Lei da Termodinâmica, observa o fato de que a energia utilizável no universo está se tornando cada vez menor. No final não haverá energia disponível. A partir deste fato nós achamos que o estado mais provável para qualquer sistema natural é um estado de desordem. Todos os sistemas naturais se degeneram quando deixados por conta própria.” De uma revista ‘‘O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim. Porém existe uma esperança: Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos
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de Deus .Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto.’’ Da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, capítulo 8, versículos
19 a 22 A derrota é sombra que cerceia o HOMEM e a vária pluralidade do entorno, fulgurante, pero sutilmente lenta... A REALIDADE, num concorde uníssono, entoa a ária da d e s f r a g m e n t a ç ã o... TUDO baila num mover entrópico: Tendemos para a auto-multi-aniquilação. Sem Cristo na parada, meu chapa, nada paralisa o vil processo.
- Um Universo, a ReAliDadE inteira envenenada, e um único Homem, o Antídoto. –
Nota: Já escrevi um poema explorando o mesmo tema, um Universo inteiro ‘corrompido/contaminado' pelo pecado, tendo por causa dele perdido sua perfeição inicial, tendendo então (lentamente) à aniquilação. O poema, sem título, consta do livro anterior, ‘Uma Abertura na Noite', e é iniciado pelo texto de Romanos, publicado acima.
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Índios Quanto ao homem que estava verde (O Homem [que era] Verde), O Homem Branco o fez pular a boa etapa, O forçou a saltar do verdecer ao apodrecer Sem maturar Por isso o homem índio se mata Hoje ele sabe -Tupã não existe, e daí? Seu passo Está em escombros Selva, coração, selva-coração Em escombros Ah Mão Suprema O poupasse dessa queda Muitos indígenas que não sabem de Cristo Só sabem as mazelas e lepras do homem branco Que usa GPS e depende da Gillette – e os índios se suicidam – Pois Tupã inexiste e o branco é força maior E violentamente voraz Muitos indígenas que precisam de Cristo Duma migalha sequer O branco ceifa barrancos, com ouro diamante Manganês pulsando nas pupilas Cegas
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Desbasta & mói Árvores centenárias, dum quase milênio O índio observa da reserva Invadida Grita paralisado pelo não saber O que fazer Aonde ir – e se suicida – Todos os dias A morte lhe acena, cena maldita Ah se alguém lhe contar Sobre o Senhor da Vida Ah se ele souber Da Porta Não haverá Nero madeireiro garimpeiro Grileiro funaieiro que o demova Expulse desfaça desbaste humilhe – não arregará – Se o mau branco lhe quiser apontar Um dos var(i)ados malditos caminhos tortos Dos brancos, Ele aporá a tal o Caminho do Céu, ensinado Pelo homem de Nazaré Aporá Na cara pálida morta do branco “e o que fazer, aonde ir, se só Ele tem as Palavras de Vida Eterna?”* E essa palavra bordoará Qual tacape de sílex No peito do apóstata-berloque-de-Baal-e-do-capital, E o homem branco arrogante amargará, “Quem é este pagão & selvagem 51
Que se propõe a verdecer meu coração necrosado?”
E o índio ainda poderá lhe dizer Que qualquer que dEle ouve Não importa a que tempo Tem num repente A revolucionária opção De suicidar com o leprosário Que se traz no coração
*João 6.68
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A Ciência Última Você estorva tuas capacidades cognitivas para calcular a pluralidade das estrelas anãs da galáxia de Andrômeda e a abrangência do cinturão de Órion Se desdobra em centenas de cismares, a efetuar um juízo de valor sobre o mapeamento e a duplicação genética Força, funde, ferra tua cuca tentando apreender a Teoria das Supercordas e a do Campo Unificado...
Quando o segredo central do Universo (a partícula menor e a maior, a primeira e a última, o plano piloto, o Elo, o amor ágape*) está no fundo dos olhos de qualquer criança.
E tua filinha tem só sete anos.
* 1 Coríntios 13:1-3; 1 João 4:7-21.
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O primeiro, o último louco Foi como se ELE dissesse, “O conhecimento do bem e do mal pode vir a ser a PÁ com que tu cavarás tua própria cova e a de tudo o mais que sair de ti.” E o pai Adão, com os seus (incólumes & resplendentes & alvacentos &) próprios dentes a empunhou.
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Fugir de Cristo é buscar a Cristo Há um país chamado Polônia Não, não. Errei. Vamos de novo: Há um continente chamado Europa onde há um país chamado Polônia onde há uma cidade chamada Gdansk que já foi Dantzig e nesta cidade há um Porto Que eu nunca conhecera. E estranho (sempre) fora: Eu nunca vira nenhuma foto ou filmagem, nunca ouvira Sequer falar deste porto e seu nome. Nunca me deparara com ele num mapa, nada lera... E estranho (sempre) era: Todos os dias uma melancolia pontual me assaltava, Como que por eu não conhecer esse porto, Como por eu não sabê-lo. Eu pensava nesse porto e esse porto não se abria à minha vista, Não se entregava... Eu não lhe via a disposição dos barcos, o teor do calçamento, O tom de cinza do mar. E nesse porto uma jovem de olhos azuis ou cinzentos (pois como saberia?) Vendia as mais belas tulipas do leste europeu, ou quiçá rosas, E, sim, um violino nas mãos de um artista popular soltava notas perfeitas Sem quem as pegasse, sem que eu as ouvisse... E o langor de um oboé, quem sabe?, talvez o acompanhasse. E cogitei argumentações alheias e minhas, Embrenhei-me em literaturas de duro pensar, 55
Busquei-o com toda a força de que o homem se fez forte: Para nada. Mas num belo dia, num belo e duro dia, O porto que a filosofia, a ciência, meus sentidos me negavam Se abriu. A Bíblia diz que “em Cristo estão escondidos todos os tesouros da ciência e da sabedoria.”* Por quantos anos fugi dEle, daquilo que eu mais buscava?!!!!! E tu, há quanto tempo tu foges??? Fugir de Cristo é ainda buscar a Cristo. O pecado nos afastou de Deus, e deitou-nos náufragos Num oceano sem outras terras, sem outras ilhas. Há um único destino seguro, uma única forma de voltar para casa, Acessível por um Único Porto ou Porta. A breve história da minha vida (e a tua tem sido assim?) Foi a da busca insciente deste algo-porto que eu não sabia o que era, E só sabia de meu querer encontrá-lo, da ardência que pulsava no peito, Essa angústia que eu não sabia afinal de onde por que como para que vinha Mas que todo dia vinha, e que (hoje sei) era por estar dEle separado. Rogo licença para repetir: A busca pelo que calará tua angústia só terá fim no Único Porto Deste universo sem atracadouros. Em Cristo. Não importa como nomeie a tua angústia existencial, a tua Busca existencial – um porto em Gdansk, uma ‘reencarnação’ num Melhor plano ou corpo, um aniquilar-se para sempre, um tornar-se Um deus, ou qualquer das demais & ilusórias Etecetttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttteras que o mundo oferta – Só Ele tem e é o Sentido, só Ele tem as Palavras de vida eterna. 56
Quando buscas o Sentido fora dEle, é ainda como se o buscasse, só que na direção errada: Pois só Ele é o Alfa e o Ômega, o Início e o Fim. Do labirinto, a Porta de escape. E Ele grita na tua face, como gritou na minha, como gritou à porta do sepulcro onde Lázaro jazia morto:
“Venha para fora.”**
* Colossences 2.2,3 ** João 11.43
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Naveg@r Um Galeão vivo apenas feito de ramos entrelaçados de orquídeas aéreas e azuis, um Sonho-ao-mar... e canhões e espadins lançados ao fundo para somente as Palavras de Vida (t r a n s) p o r t a r...
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Composição em Ah menor “Quem ama a sua vida, perdê-la-á; e quem neste mundo aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.” Jo 12.25
Há que se morrer para que se viva; se matamos a ilusão se nos abrem as portas à eternidade. Dou meu peito às flechas, a face aos falsos beijos: o que quer que me mata, mata lentamente. Deus me compõe lentamente.
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Sammis Reachers tem 29 anos (09/05/1978), e reside no município de São Gonçalo – RJ. É autor de ‘Uma Abertura na Noite’ (poesia evangélica), e organizador das antologias: ‘3 Irmãos’ (um pouco do melhor da poesia evangélica em língua portuguesa, com poemas de Gióia Júnior, Joanyr de Oliveira e J. T. Parreira); e a ‘Antologia de Poesia Cristã em Língua Portuguesa’, reunindo poemas de mais de 80 autores lusófonos (portugueses, brasileiros e africanos), da era camoniana aos dias atuais (todas essas obras encontram-se disponíveis para download gratuito, ver links abaixo). É também mantenedor do blog Poesia Evangélica (www.poesiaevanglica.blogspot.com), onde divulga a poesia evangélica de ontem e de hoje, além de artigos sobre o tema e ebooks gratuitos; e colabora no portal-blog Letras Santas (www.letrassantas.blogspot.com), que publica literatura evangélica em geral (e-books variados, peças de teatro, textos edificantes, notícias evangélicas e muitos outros recursos). e-mail: sreachers@gmail.com
Todos os textos deste livro podem ser livremente usados, divulgados e republicados, sem a necessidade de autorização prévia do autor, desde que não seja com objetivos de lucro financeiro. Da mesma forma,
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este e-book pode ser igual e livremente republicado ou ‘linkado’, se não houver objetivo de lucro financeiro.
Abaixo, os links para download direto dos livros supracitados: Uma Abertura na Noite – https://drive.google.com/file/d/1XCrmu3AKHaGT5RQfvOkTR9nYWOloGu59/view
3 Irmãos Antologia – http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/antologiaevangelica.pdf
Antologia de Poesia Cristã em Língua Portuguesa https://drive.google.com/file/d/0B0F-wUwMTQUDVFBBeGlsd04tWk0/view?resourcekey=0jJ5X3PxdDBAa3J7FOhRx7g
Ou no blog Poesia Evangélica.
Ano de 2007
“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” Isaías 45.22
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