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2. FORMAÇÃO DA NAÇÃO

HISTÓRIA DE ISRAEL

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FORMAÇÃO DA NAÇÃO

Este período vai desde a chamada de Abraão em 2002 a.C., até seu estabelecimento na terra de Canaã por volta de 1500 a.C. Durante este período não podemos dizer que havia uma nação no sentido exato do termo. Para que haja uma nação são necessários pelo menos três elementos: Um povo com uma cultura única, leis que o regulamentem e um território próprio. Estes elementos foram se unindo no decorrer deste período até completar-se.

Não podemos dizer que Abraão, Isaque e Jacó formaram uma nação. Eles estabeleceram o período patriarcal no processo formativo da nação. Eram assim denominados esses três primeiros chefes do povo israelita: Abraão, Isaque e Jacó.

Eles não passavam de beduínos no deserto, indo de um lugar para outro. Mesmo os doze filhos Jacó, embora tendo se multiplicado, não passavam de um grupo a mais naquele emaranhado de povos que era a Palestina daquela época. O povo só foi se multiplicar e surgir de forma mais numerosa, no Egito. Ali sua cultura e costumes foram se definindo. Ao final de quatrocentos anos era um povo numeroso, mas não uma nação. O segundo passo só seria dado após sua libertação por Moisés.

Os hebreus viveram pacificamente no Egito por gerações, mas um Faraó se inquietou devido ao aumento populacional e poder: decide os tornar escravos e manda matar todos os meninos recém-nascidos. Ora, nessa época nasce, numa família israelita, o pequeno Moisés. Para salva-lo sua mãe o acomodou numa pequena cesta de papiro e o escondeu entre os caniços do rio Nilo. O bebê foi recolhido pela filha do Faraó e educado na corte. Ao se tornar adulto, Moisés fica revoltado com a miséria do seu povo e se isola no deserto do Sinai. Ali, Deus revela a ele

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HISTÓRIA DE ISRAEL

lhe faz uma dupla promessa: libertará os israelitas da escravidão e lhe dará o país de Canaã. Moisés tem, a partir de então, uma missão grandiosa: guiará o povo de Israel até a Terra Prometida e transmitirá aos homens a mensagens de Deus nos dez mandamentos.

Moisés voltou, então, ao Egito, para junto de Faraó, e lhe pediu que deixasse os escravos israelitas partirem para sua terra, porque era ordem de Deus. Diante da recusa do Faraó, Deus castiga o Egito com dez terríveis pragas, narradas na Bíblia. Finalmente Faraó cede e o povo de Israel parte livre: é o Êxodo, isto é, a saída do Egito.

Moisés conduziu os hebreus através do deserto do Sinai. É aqui que se inicia uma nova fase para este povo. Eles receberam a Lei. Não apenas o decálogo, que se tornou padrão mundial. Receberam também toda uma legislação que detalhava o decálogo, bem como outras instruções que regulamentavam a vida religiosa e civil. Mesmo que o período no deserto pareça uma perda de tempo, foi ele quem possibilitou a existência de um código que garantiria para sempre a existência de Israel como nação. Esta Lei, de certa forma, tornou-se sua pátria.

Josué, sucessor de Moisés, ajudou a consolidar Israel. Liderou a tomada da terra, guerreando e conquistando boa parte dela. Agora era um povo com cultura própria, Leis próprias e em sua própria terra.

Depois que saíram do Egito, os hebreus atravessaram o mar Vermelho e passaram quarenta anos errando pelo deserto da Líbia e pelo deserto da Arábia até que finalmente chegaram às fronteiras da Terra Prometida (atualmente Estado de Israel). Moisés falecera e Deus convocou Josué como seu sucessor. Este lança uma guerra contra os cananeus e venceu seus adversários próximos. O país dos cananeus torna-se então país de Israel.

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