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4. PERÍODO DA MONARQUIA

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

HISTÓRIA DE ISRAEL

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PERÍODO DA MONARQUIA

Não demorou muito tempo para o povo reivindicar um rei para si, queriam ser como as nações vizinhas que tinha uma autoridade que os regia. Samuel, o último e maior de todos os juízes é levado por Deus a ungir a Saul, benjamita, como monarca de Israel.

Este período denominado de monárquico abrange o reinado dos três primeiros monarcas: Saul, Davi e Salomão, desde o ano 1040 a.C., até 920 a.C. Foi o período áureo de Israel. Durante este tempo, Israel ainda era uma única nação, entretanto, essa condição não duraria muito tempo.

Este foi um tempo de consolidação, que trouxe para Israel o status de nação. As conquistas anteriores ganharam agora uma forma definida e os limites geográficos foram expandidos alcançando seus maiores limites demográficos, porém sem ainda alcançar as dimensões prometidas a Abraão.

Apesar da desobediência de Saul e do declínio de Salomão nos seus últimos anos, o culto ao único Deus foi totalmente restabelecido e a situação religiosa caótica do tempo dos juízes terminou.

SAUL

Foi ele o primeiro rei de Israel. Começou a organizar e solidificar a nação. Ele e seu filho Jônatas guerrearam contra os diversos povos que ainda não haviam sido dominados e os derrotaram. Mas Saul cometeu dois erros decisivos. O primeiro foi na guerra contra os amalequitas. A ordem de Deus era para exterminá-los completamente sem nada deixar. Todavia Saul desobedeceu e não matou a Agague, rei

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dos amalequitas bem como muitos animais (1 Samuel 15.9). Por isto foi repreendido por Samuel. Na segunda vez, Samuel estava demorando em vir sacrificar, ele tomou para si o ofício sacerdotal, que não lhe era permitido e fez o sacrifício. Desta feita a repreensão de Samuel foi mais dura e ele proferiu a sentença sobre Saul de que Deus já o havia rejeitado e escolhido outro rei em seu lugar. Sua história está narrada no livro de 1 Samuel.

DAVI

Davi sucedeu a Saul após sua morte. Havia já conquistado grande respeito após ter derrotado Golias e se destacado como chefe militar. Mas o ciúme de Saul obrigou-o a fugir para o deserto de Nobe, até a morte deste, quando então foi ungido rei pelo povo de Judá e depois por todo Israel. Davi então sitiou e tomou Jerusalém, baluarte dos jebuseus, ampliando-a e fazendo dela a capital. Subjugou as nações ao redor, estendendo seus domínios nos limites prometidos a Abraão (Gênesis 15.18). Trouxe o Tabernáculo para a cidade, juntamente com a arca da aliança e os demais utensílios. Após ter cometido adultério com a mulher de Urias, teve de enfrentar a sedição de seu filho Absalão. Morreu em idade avançada, após reinar 40 anos e meio, sendo 7 anos em Hebrom e 33 em Jerusalém. Como era cantor, deixou muitos Salmos devocionais, que vieram a ser uma das mais amadas literaturas do mundo. Sucedeu-o seu filho Salomão, que tivera com Bate-Seba.

SALOMÃO

Salomão não era o herdeiro natural de Davi, o que fez com que sua posse fosse recheada de intrigas e inimizades. Assim, logo após ser coroado, Salomão eliminou drasticamente todos seus inimigos. Mandou matar seu irmão Adonias, também o general Joabe e desterrou o sumo sacerdote Abiatar.

Pediu sabedoria a Deus que não somente lhe concedeu o desejo de seu coração como também riquezas. Segundo as Escrituras, ele possuía uma imensa e dispendiosa corte. É nos relatado que seus gastos eram de “trinta coros de flor de farinha (1 coro equivale a 450 litros) e sessenta coros de farinha; dez bois cevados,

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vinte bois de pasto e cem carneiros, afora os veados, as gazelas, os corços e aves cevadas” (1 Reis 4.22-23).

Através das alianças de casamento com filhas dos reinos ao derredor, tornou Israel um reino próspero e respeitado. Construiu o Templo de Jerusalém que pode ser apontado como uma das Maravilhas do mundo antigo.

Deixou-nos um grande número de Provérbios, dos quais muitos desapareceram juntamente com seus cânticos, porém temos ainda alguns deles no livro de Provérbios. Temos preservado também seu relacionamento com a Sunamita, no livro de Cantares e o livro que provavelmente foi escrito no final de sua vida: Eclesiastes. A sabedoria de Salomão não o isentou de pecar contra sue Deus, suas mulheres lhe perverteram o coração e cedeu e construiu templos idólatras além de colocar imagens de esculturas em frente ao Templo. A conseqüência deste pecado foi a divisão do reino que até então ainda era unido.

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