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INTRODUÇÃO

HISTÓRIA DE ISRAEL

Há três denominações diferentes para a descendência de Abraão: Hebreus, provavelmente por ser Abraão descendente de Éber (Gênesis 11.14-17). Israelitas, relativo a Israel, nome recebido pelo patriarca Jacó, após seu encontro com Deus no vau de Jaboque (Gênesis 32.27-28). E por último judeu, relativo a Judá, um dos doze filhos de Jacó ao qual foi prometido o cetro do reino (Gênesis 49.10). Sendo assim, não há qualquer diferença na designação deste povo. Paulo usou para si as três denominações (Romanos 11.1; 1 Coríntios 9.20; Filipenses 3.5).

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Este foi o povo especial de Deus, com o qual Ele fizera um pacto através de Abraão (Gênesis 15 e 17), para dar-lhe a terra de Canaã e abençoar através dele todos os povos da Terra (Gênesis 12.1-3). O propósito desta eleição foi usar Israel como o canal para espalhar sua salvação por todos os cantos da Terra. As Sagradas Escrituras foram primeiro confiadas a eles (Romanos 3.2). A eles primeiro coube a adoção de filhos, as manifestações da glória de Deus, as alianças, a Lei divina, o culto e promessas (Romanos 9.4). Também coube a eles a tarefa de ser o povo do Messias, o Ungido (Romanos 9.5).

Tudo isto os torna constante objeto da preocupação de Deus em toda a Bíblia, tornando obrigatório estudar e entender o plano de Deus para este povo.

Podemos resumir a questão teológica referente aos judeus em uma pergunta: Há ainda algum propósito de Deus específico para este povo, após o surgimento da Igreja Cristã ou eles serviram apenas até o início desta era, não havendo mais significado para sua existência como nação?

Alguns afirmam que a nação de Israel teve um papel provisório como instrumento dos propósitos de Deus. Este papel terminou com a vinda do Messias. Ao rejeitar a Jesus, Israel teria perdido definitivamente qualquer exclusividade diante de Deus. A menos que eles se convertam e se integrem à Igreja, não há nenhuma outra perspectiva dentro do plano de Deus.

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HISTÓRIA DE ISRAEL

Para estes a Igreja seria agora o “Israel de Deus”. Por isso, as promessas contidas no Antigo Testamento dirigidas a este povo, não são literais. São geralmente espiritualizadas. Não existe no futuro algum privilégio, alguma distinção em relação aos demais. Os judeus passaram a ser igual a todos os povos da Terra.

Do outro lado estão aqueles que olham a aliança de Deus com Israel como algo incondicional. Embora quanto ao evangelho eles sejam inimigos, recebem um amor distinto do Pai devido à Aliança com os patriarcas (Romanos 11.28). Isto se tornará evidente no futuro, quando a Igreja for tirada da Terra. Israel reassumirá seu papel e durante o Milênio terá uma posição distinta. Essa visão teológica positiva, quanto aos judeus foi realçada principalmente pela restauração da nação de Israel na Palestina. Seu retorno a terra, bem como a reconstrução da mesma, apesar de todos os desejos contrários, obrigou a teologia a uma revisão de seus conceitos.

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