Revista Escada - Edição 42

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sentado, olhando para uma tela, mesmo se estiver resolvendo problemas ou fazendo alguma atividade. Criança e adolescente precisam conviver com colegas”. Cat ainda lembra que a escola é um lugar de proteção, atuando, inclusive, para identificar alterações comportamentais nos estudantes que podem indicar situações de risco, se estão mais tristes e se o rendimento está caindo. Corroborando com o pensamento, Romanelli destaca a importância de se estar atento aos sinais. “Mudou radicalmente suas atitudes? É um sinal de alarme. Em seguida vêm o desinteresse, ausência de motivação, perda do bom humor, isolamento, depressão. Na parte física, perder apetite, dormir mal, não fazer nenhuma atividade física”. Cat também ressalta como, ao contrário do que se pensa, a escola atuar como propagadora de bons hábitos de higienização pessoal. “Nenhum país do mundo registrou um aumento no número de casos [de coronavírus] com as escolas abertas. Entendi o fechamento pelo medo, mas hoje vejo a criança não como uma transmissora do vírus, mas como propagadora de comportamentos responsáveis. As crianças que vão às escolas vão ter con-

tato com protocolos de segurança e vão cobrar de suas famílias esses cuidados. Vemos crianças de três, quatro anos usando máscaras, tendo hábitos de higiene e tomando um cuidado às vezes muito mais efetivo do que de um adulto consciente”, completa o profissional. COMO MITIGAR OS IMPACTOS A família acaba tendo papel fundamental para suavizar os efeitos negativos causados nos jovens pelo isolamento imposto para reduzir as chances de contaminação pelo Sars-CoV-2. A psicóloga e psicopedagoga Rocimar Santos Oliani reforça a importância de os pais buscarem manter

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