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Melhoria da proteção marinha no
Reino Unido
As costas e mares em torno do Reino Unido têm uma notável biodiversidade marinha e são fonte de recursos naturais de grande riqueza para numerosas atividades como as pescas, a indústria e o lazer. Contudo, até há pouco, as medidas para proteger este frágil ambiente marinho eram relativamente poucas e esparsas.
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A adoção da Diretiva Habitats marcou uma importante mudança qualitativa para a conservação marinha no Reino Unido e no resto da UE. Pela primeira vez, os países tiveram de proteger a biodiversidade tanto nos seus mares circundantes como em terra, e de adotar medidas para conservar ativamente espécies marinhas ameaçadas como o golfinho roaz-corvineiro, a tartaruga comum ou a andorinha-do-mar-ártica, bem como valiosos habitats subaquáticos como os recifes de corais de águas frias, os bancos de posidónias ou as grutas marinhas submersas.
No Reino Unido, foram realizados importantes estudos marinhos com o objetivo de saber mais sobre o estado deste secreto mundo subaquático e ajudar a identificar sítios adequados para proteção. O resultado foi a designação de mais de 100 sítios marinhos «Natura 2000» no Reino Unido (abrangendo uma área da dimensão da Bélgica). Antes da entrada em vigor da Diretiva Habitats, existiam no Reino Unido apenas três zonas marinhas protegidas. Estão atualmente em curso trabalhos para gerir as zonas protegidas de uma forma que garanta a sua utilização racional, salvaguardando ao mesmo tempo a sua rica biodiversidade marinha.
Mais de um terço da Eslovénia na rede «Natura 2000»

A Eslovénia é conhecida pela espantosa diversidade das suas paisagens. Ao longo de apenas algumas centenas de quilómetros é possível viajar dos elevados picos montanhosos dos Alpes até às vastas planícies abertas a leste e à misteriosa região de Karst a sul, terminando depois num canto do Mediterrâneo.

Estas paisagens contrastantes, associadas a uma longa tradição de práticas agrícolas e florestais sustentáveis, tiveram por resultado uma biodiversidade excecionalmente rica. Reconhecendo o imenso valor social e económico do seu património natural, a Eslovénia designou mais de 35% do seu território no âmbito da rede «Natura 2000», o que a coloca no topo da lista da UE em termos de países com a maior percentagem de terras na rede «Natura 2000».
Proteção do rico património natural de Chipre
Quando se fala de Chipre, a imagem que vem à mente habitualmente é a de um destino clássico de sol, mar e areia. Poucos são os que sabem que, por detrás das construções na linha costeira, está um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza. A ilha acolhe uma assombrosa variedade de plantas raras, muitas das quais não existem em qualquer outra parte do mundo. É igualmente importante como ponto de paragem para centenas de milhares de aves migratórias. Como qualquer outro país que adere à UE, Chipre tem a obrigação de aplicar as Diretivas Aves e Habitats a partir do primeiro dia da adesão, o que levou este país a designar no âmbito da rede «Natura 2000» mais de 28% da sua superfície terrestre, para além de 132 km² da sua superfície marinha.

Recolher dados sobre a biodiversidade da Europa é um exercício necessariamente complexo, tendo em conta o enorme número de plantas, animais e ecossistemas presentes, mas é essencial para qualquer trabalho de conservação. Antes da adoção de legislação da UE no domínio da natureza, as informações recolhidas pelos EstadosMembros nem sempre eram sistemáticas ou comparáveis e tendiam a centrar-se principalmente num pequeno número de espécies «emblemáticas», como os mamíferos ou as aves.
A Diretiva Habitats, bem como a sua diretiva-irmã, a Diretiva Aves, introduzem uma nova tónica estratégica na conservação da biodiversidade em todo o território da UE. Em conjunto, exigem que todos os Estados-Membros concentrem esforços na conservação da vida selvagem e dos habitats mais valiosos da Europa. Alargam também o campo de ação a fim de incluir não apenas um pequeno número de espécies emblemáticas mas também toda uma gama de outras plantas e animais igualmente ameaçados, como anfíbios, répteis, borboletas e peixes de água doce. Pela primeira vez, tipos de habitats ricos em vida selvagem são também protegidos por direito próprio. Graças a esta ação concertada, aumentou substancialmente o nosso conhecimento coletivo da distribuição, das ameaças e do estado de conservação destas espécies e habitats selecionados. Isto conduziu, por sua vez, a medidas de conservação melhores, mais orientadas e coordenadas em toda a UE.