Ago2020 "Querido Edward" - Inéditos

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Entrevista: Ann Napolitano

“Eu realmente gostei de Edward e o amei como pessoa.” Texto: Fernanda Grabauska

TAG – Uma tragédia similar levou você a escrever a história de Edward. Você pode me contar como surgiu a ideia do livro? Ann Napolitano – A gênese de Querido Edward foi minha obsessão com um acidente aéreo que aconteceu em 2010. Um voo comercial que ia da África do Sul a Londres – cuja maioria dos passageiros é de holandeses voltando de férias – se acidentou na Líbia, e todos no voo morreram, à exceção de um garoto de nove anos. O garoto holandês foi encontrado ainda com o cinto de segurança afivelado, a cerca de 800 metros de distância dos destroços. Os investigadores especularam que ele estaria sentado perto da fuselagem e que teria sido basicamente ejetado do avião. Ele quebrou a perna e perfurou um pulmão, mas, apesar disso, estava bem. Todos os outros passageiros, os pais e o irmão do garoto, inclusive, morreram. Eu não conseguia parar de ler sobre a história, e rapidamente soube que tinha que escrever para conseguir entender como um menininho poderia encontrar um modo de lidar com o trauma do acidente, da perda de toda a família, e encontrar uma maneira de viver verdadeiramente.

Foi um consenso entre nós, aqui na TAG, que Querido Edward é um livro que faz chorar bastante. No entanto, não há uma linha piegas na obra inteira. Fico curiosa sobre seu processo 6


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