2 minute read

Apresentação

Em janeiro de 1989, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul realizou o primeiro vestibular de Comunicação Social, após uma longa luta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais, para a implantação do curso no Estado. Contar ou relembrar esses 25 anos é o objetivo deste livro-reportagem. Como começar a escrever a história do primeiro curso de Jornalismo no recente Estado de Mato Grosso do Sul, senão através do que aprendemos incessantemente nos primeiros anos de faculdade, o tão importante e herdado do jornalismo norte-americano ‘lead’. Aprendemos e observamos diariamente durante quatro anos os ensinamentos e características da profissão, mesmo quando tornou-se não obrigatório o diploma de jornalismo e menos valorizada uma profissão socialmente e historicamente importante. Um trabalho de pesquisa, apuração, dedicação e muitas vezes abdicação da vida pessoal, em paixão à profissão escolhida. O curso passou por diversos cenários, entre lutas políticas, burocráticas, briga de egos. Em 1984, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais, através de uma Comissão Pró-Curso de Comunicação, expõe ao então candidato à Reitoria Jair Madureira, a criação do curso de Comunicação. Madureira apoia e torna-se o reitor. Ele recebe da Comissão um documento intitulado “Pela criação do curso de Comunicação Social em Mato Grosso do Sul”. Nele continha todo levantamento e a documentação necessária para a criação. O Sindicato tinha um aliado dentro da Universidade, Jorge Manhães, técnico de planejamento, que informava os membros da Comissão todas as impossibilidades criadas para que o curso fosse aprovado. O relatório com o estudo concluído é entregue em abril de 1985. A sociedade campo-grandense queria um curso superior de Jornalismo, e graças à luta do Sindicato, esse curso nasce após 4 anos. A concorrência foi de 20 pessoas por vaga, e em 1993 registra-se a maior procura pelo curso: 27

pessoas por vaga, superando os cursos de Medicina, Odontologia, Engenharia e Medicina Veterinária. Vinte e cinco anos e 717 formados até 2013. Neste projeto, o objetivo é fazer com que se conheça a luta para a criação do curso, da batalha pela estrutura física e profissional no decorrer desses anos. Esse livro é uma continuidade do projeto experimental de 1999, “A primeira década: opiniões e relatos de professores e acadêmicos”, dos então acadêmicos, Waldemar Gonçalves Junior e Paulo Ricardo Gomes. Esperamos que sirva também como forma de valorizar as conquistas, muitas vezes mencionadas pelos egressos, quando retornam à Universidade. Vinte e cinco anos não são vinte e cinco dias. Com muita história para contar, foram selecionados personagens que puderam nos guiar nessa viagem marcada por obstáculos e conquistas. Boa leitura.

Advertisement

This article is from: