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2014 – Lays Colombelli e Brenda Cirino

E por fim... nós

Brenda Cirino e Lays Colombelli

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Formandas do curso em 2014, se conheceram na faculdade e desde o primeiro ano eram colegas e faziam trabalhos juntas. Com sonhos distintos, uma luta pela carreira acadêmica e a outra não sabe o que fazer depois de formada. Decidiram em agosto de 2014 sobre o tema do Projeto Experimental: os 25 anos de história do curso que as acolheu. Foram poucos meses para pesquisa e desenvolvimento deste trabalho, mas foi um grande aprendizado. Apesar de todo esforço, dedicação e pesquisa, conhecemos somente a ponta do iceberg. São infinitas histórias, centenas de personagens. Descobrimos coisas inimagináveis. Nos emocionamos com o e-mail do Jorge Ijuim, rimos com as histórias do Licerre e aprendemos muito com o Edson. O Jornalismo surge em nossas vidas de formas diferentes. A família da Lays dizia que ela tinha talento para o teatro. Quando criança, a Brenda morava em frente à um posto de saúde e corria para ver a ambulância. Sua família a chamava de Picarelli. Queria estudar Biologia, mas mudou de ideia. Quando começamos o curso, a estrutura física era diferente da atual. No primeiro ano, tivemos aula em uma sala do curso de Letras. Os laboratórios de rádio e TV eram recém reformados, com ótima estrutura e apoio técnico. Fizemos duas edições do Projétil, uma delas não foi impressa. Quanto aos professores, pegamos alguns substitutos e outros não vinculados ao Jornalismo. A Brenda lembra de uma rádio corredor que fez com colegas, no dia de uma mobilização nacional contra corrupção em 2013. Estavam animados e tocaram músicas revolucionárias e notícias relacionadas ao tema e o único ouvinte era o André Moura, seu namorado, pois a Universidade estava vazia. Além de ter ganho uns trocados fazendo os trabalhos do Licerre, usando o fusquinha, que tantos acreditam estar atrasado. E ele nos ensinou que: quem sabe dirigir um fusca consegue dirigir a Ferrari. Sempre usou essa comparação entre o Pagemaker e o InDesign em sala. Para Lays, a experiência mais marcante foi um exercício da aula de Reportagem, Pesquisa e Entrevista Jornalística sugerido pela professora Juliana Feliz, onde cada aluno deveria abordar um desconhecido nos corre-

dores e descobrir sua história. Ela sem saber nome, nem curso, remexeu a Universidade atrás da menina japonesa de cabelos coloridos e roupas engraçadas que passava pelo Corredor Central todos os dias e era motivo de chacota.

Em 2011, chegamos à Universidade com expectativas diferentes. Entre os obstáculos de aprendizado, as crises existenciais e a tão famosa disciplina obrigatória de todos os cursos, a chamada greve, chegamos ao fim. Alguns professores do atual quadro docente se formaram na UFMS e voltaram para dar um retorno e ajudar a formar novos profissionais. Enquanto alunas, esse trabalho é a nossa devolutiva ao curso: fazer com que essa história não seja esquecida. Esperamos que esse livro sirva como base para outras pesquisas, assim como tivemos nossa base em um Projeto Experimental. Agradecemos a cada professor em nome de todos os alunos que passaram pelo Jornalismo UFMS, pelos ensinamentos que cada um nos ofereceu.

“Hoje eu vejo curso de Jornalismo como minha segunda casa.” Lays

Foto: Arquivo pessoal

“A gente aprende a contar histórias, mas também saímos cheias delas.” Brenda

Foto: Arquivo pessoal

Todos os direitos reservados Brenda Cirino e Lays Colombelli

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