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Taís Marina Tellaroli Fenelon

“Na minha época de aluna era muito difícil.”

Foto: Arquivo pessoal

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Formada em 2003 pela UFMS, fez pós-graduação em Jornalismo e Mídia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestrado em Comunicação Midiática na Unesp de Bauru e doutorado na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), em 2013, quando passou no concurso para professora na UFMS.

“Como foi sua experiência profissional no mercado? Em todo esse tempo que me dediquei à área acadêmica, eu paralelamente atuava no mercado, fiz estágio na TVU e TV Morena, trabalhei como profissional na TV Campo Grande, lá fui apresentadora, repórter, editora,trabalhei em todas as áreas e trabalhei um ano na Band no Programa do Picarelli, e dois meses na Record, no Programa do Picarelli também, eu fazia matéria política. Quando voltei de São Paulo,estava cursando o doutorado simultaneamente, o Picarelli me convidou para assumir a Diretoria de televisão da Assembleia Legislativa, lá fui diretora de divulgação de rádio e TV por um ano e alguns meses.Eu era responsável pela programação da TV, gerenciamento de funcionário. Eu era responsável por tudo.

Em que ano entrou no curso de Jornalismo?

Em 2000, quando entrei, o curso era noturno, nossas aulas eram só à noite, e eu não tinha muita noção do que seria a profissão de jornalista. Não sabia também o que eu queria, só que no decorrer do curso a gente vai se apaixonando pela profissão.

Como era a estrutura física do curso de Jornalismo?

O curso tinha uma estrutura bem precária, não tínhamos equipamento de fotojornalismo, lembro que essa disciplina nós mal tivemos. Como o curso era noturno, nossa produção ficava mais complicada, diferente de hoje, que os alunos acabam produzindo muito mais que naquela época. Comparando hoje, além do quadro de professores estar maior, a estrutura de laboratório está infinitamente melhor. O curso melhorou muito.

Quais professores davam aula?

Eu tive aula com os professores Edson Silva, Marcelo Cancio, Mario Ramires, Ruth Vianna, Licerre. Tive aula com professores voluntários e substitutos.

Algum fato diferente ou importante marcou a época que era acadêmica do curso?

Ah, nas externas que fizemos. A professora Monique Klein nos levou para fazer um programa de rádio ao vivo no Bairro Coophavila 2. Acontecia uma feira, se não me engano na terça-feira à noite, foi um evento bem legal. Fomos para o Pantanal com o professor Edson, fazer Entrevista e Pesquisa Jornalística, acho que no segundo ano. Foi quando começamos a entender o que era fazer uma entrevista, tínhamos que escrever uma reportagem sobre o Pantanal. Fomos de ônibus, aqui da Universidade, e ficamos hospedados na base da UFMS de Corumbá.

Já existiam laboratórios nessa época?

Laboratório de TV sim, no mesmo lugar, não mudou muito do laboratório de hoje. A rádio funcionava, chegou a ter um programa ao vivo, então aprendemos na prática mesmo. Tinha audiência, as pessoas ligavam e pediam música. Naquela época não tinha internet direito, não existia Jornalismo Online, Ciberjornalismo. Não produzíamos e nem aprendemos a fazer isso.

Quais disciplinas tinham?

No geral, não mudou muito, mas o que tem diferente hoje é a produção dos laboratórios que é mais intensa, a disciplina nova de Ciberjornalismo, que não existia, e talvez as disciplinas do primeiro ano, que eu tive Antropologia, Sociologia, Economia, Psicologia da Comunicação, não sei se hoje os alunos tem isso.

Quando veio lecionar, quais foram as diferenças observadas, tanto de questões físicas quanto pedagógica?

Primeiro, o quadro de professores que é bem maior, pessoas novas que chegaram, com doutorado para fazer o curso crescer. A estrutura física, por incrível que pareça, melhorou.

Pensava em ser professora aqui? E como decidiu?

Desde quando eu comecei a cursar a faculdade, eu sabia que ia fazer mestrado e doutorado e ia seguir essa área. Tinha isso como objetivo.

E como é voltar para Universidade onde se graduou para dar aula?

É muito bom saber que eu posso contribuir com esse curso, de alguma forma. Ajudar a formar as pessoas que começaram como eu.Antes eu também não tinha muito essa noção do que era o Jornalismo, e hoje muitos alunos chegam assim, meio perdidos. Eu sei que vai chegar uma hora que eles vão se encontrar na profissão e vai dar tudo certo.

Como você vê o curso hoje? Perspectiva do futuro do curso.

Na minha época não tinha laboratório de rádio, de Fotografia, Fotojornalismo, de Jornalismo Cientifico, só tinha de televisão e uma rádio que funcionava ao vivo. De estrutura, o curso melhorou muito, os alunos têm muito mais acesso, e eu acho que só tende a melhorar. Está abrindo vaga para contratação de professor. Na minha época de aluna era muito difícil. No período de um ano, entrou o Marcos, eu e a Katarini para dar um reforço, e provavelmente a gente vai abrir mais uma ou duas vagas. A tendência é melhorar mesmo. ”

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