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SOCIAL

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A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO PROFESSOR NA INSERÇÃO DAS TIC’S –TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DA SALA DE AULA.

José Francisco da Costa Júnior*, Rogério Vieira Primo†, Walther Anastácio Júnior‡

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RESUMO

A pandemia intensificou a utilização de novas tecnologias no ambiente acadêmico. A necessidade de utilizar o ensino remoto para dar continuidade ao calendário acadêmico devido o distanciamento social implicou em novos conhecimentos pelos docentes. Muitos professores tiveram que aprender a utilizar recursos digitais para dar continuidade às atividades acadêmicas. Esta pesquisa objetivou verificar a importância do professor na utilização das TIC’s no período pandêmico em uma IES do leste mineiro.

Palavras-chave: Tecnologia da Informação e Comunicação. Estratégia de ensino. Ambiente Virtual.

1 INTRODUÇÃO

O distanciamento social, ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, teve implicações diversas nos modos de vida da população, requisitando novas adequações e reajustes a esse novo cenário. As consequências desse acontecimento são de uma complexidade ininteligível, de modo que “qualquer tentativa de aprisionar analiticamente está condenada ao fracasso, dado que a realidade vai ser sempre adiante do que pensamos ou sentimos sobre ela” (SANTOS, 2020, p. 9). Nesse sentido, nossos esforços consistem em verificar a importância do Papel do Professor na Inserção das TIC’s no Ambiente da Sala de Aula, a partir do posicionamento dos professores.

* Professor. Advogado. Graduado em História e Direito. Pós-graduado em Direito Empresarial. Mestre em Direito pela Universidade Gama Filho. E-mail: josefrancisco@unipac.br † Professor de graduação e Pós-graduação. Mestre em Administração. Especialista em Educação Matemática; Gestão Financeira de Empresas; Gestão empresarial pela PUC Minas. Especialista Gestão Escolar pela Unipac e Marketing e Gestão Estratégica de Comunicação e Informação. E-mail: rogerioprimo@unipac.br ‡ Professor de Graduação e Pós-graduação. Graduação em Administração e Matemática. MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria; Especialista em Administração Escolar, Orientação, Supervisão e Inspeção; Professor de Planejamento e Gestão Estratégica da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares. E-mail: waltheradmjunior@gmail.com TOTH - Ciência e Educação – vol.9 n.9 - 2022

O fechamento de escolas e universidades demandou a adoção de medidas que possibilitassem a continuidade do vínculo entre a IES, alunos e professores, a fim de proporcionar alternativas de aprendizagem em meio à pandemia da Covid-19. No Brasil, essas deliberações ocorreram à medida que Estados e municípios foram se organizando internamente, de acordo com cada realidade, haja vista a falta de um posicionamento, planejamento e sistematização do Governo Federal para lidar com este cenário pandêmico. A propósito do uso de plataformas on-line, sabe-se que as tecnologias da informação e da comunicação possibilitam processos de socialização por vias de “uma complexa teia de interações que plasmam a sociabilidade contemporânea e oferecem novas possibilidades de acessos ao saber”. (SANTOS. 2020) Todavia, é preciso ampliar o olhar para além das possibilidades do uso das TIC e adentrar na discussão sobre o acesso e manejo de recursos por professores e alunos para fins pedagógicos no contexto da pandemia. A presente pesquisa visa dar um passo nessa direção observando o processo das aulas remotas, realizadas por exigência do distanciamento físico em uma Instituição do leste mineiro. Trata-se de um estudo exploratório, cujo objetivo consiste em possibilitar maior familiaridade do pesquisador com um determinado fenômeno, de modo a aprimorar ideias, modificar ou esclarecer conceitos. É um tipo de estudo com procedimentos sistemáticos e flexíveis que envolvem, por exemplo, levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas envolvidas no problema pesquisado e a análise de exemplos para despertar compreensões. Para isso, buscou-se registros em relatórios, cronogramas de aulas e coleta de dados através do Portal Blackboard e trechos de depoimentos fornecidos por coordenadores de curso As discussões sugeridas pretendem colaborar com o debate sobre os impactos da pandemia na prática pedagógica, sinalizando a importância do uso das tecnologias na educação para além desse período emergencial, sem perder de vista o papel do professor como essencial ao processo de mediação das aprendizagens. Nesse sentido, problematiza o uso das ferramentas tecnológicas a fim de inspirar outras análises temáticas dessa natureza.

2 MÉTODOS

O presente trabalho partiu-se de um pressuposto teórico inicial, a qual foi realizada uma pesquisa bibliográfica apoiando-se em artigos científicos e livros. A pesquisa adotou uma abordagem do tipo qualitativa, no formato de um estudo descritivo, de natureza básica, uma vez que busca responder questões fundamentais sobre o ensino virtual. Quanto aos objetivos, esse estudo é caráter exploratório. Para Gil (2019), pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, de maneira que se torne explícito e possibilite a construção de hipóteses. Com a fundamental finalidade de aprimorar ideias ou descobrir intuições, com planejamento flexível, possibilita a consideração dos mais variados aspectos relacionados ao fato estudado, e na maioria dos casos, atribui-se o formato de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa. Segundo Gil (2019), a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização. Para Lakatos e Marconi (2017), a pesquisa qualitativa envolve uma perspectiva de interpretação do mundo, estuda temáticas em seus cenários naturais, tenta compreender fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem. Quanto aos procedimentos, realizou-se a revisão bibliográfica, utilizando fontes pertinentes sobre o tema a ser pesquisado. A revisão de literatura possui dois propósitos fundamentais: a construção de uma análise do problema de acordo com o contexto e a investigação das possibilidades evidenciadas na literatura consultada para a elaboração do referencial teórico da investigação. (GIL, 2019).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ampliar os conhecimentos sobre tecnologia é desafiador, uma vez que, além de ser a base do progresso da sociedade moderna, a todo o momento uma nova tecnologia é criada. Segundo Kenski (2021), “um fator a ser considerado é o custo tecnológico. Este abrange o custo financeiro e também o custo de tempo para se aprender ou se adaptar a uma nova tecnologia” (p. 3). Ainda conforme o autor, o grande paradigma atual é o tempo. Os profissionais que estão em plena atuação no mercado de trabalho, estando completamente envolvidos por suas atribulações do dia a dia, têm pouco tempo para se dedicar a atualizações

ou estudos. Em geral, utilizam as ferramentas tecnológicas que já conhecem e pouco tempo resta-lhes para aprender um novo recurso, conhecer um equipamento ou, até́ mesmo, uma nova técnica.

3.1 Tecnologias digitais na Educação

Para falarmos especificamente em tecnologias digitais na educação, é preciso compreender por que elas são importantes, a partir da própria essência do conceito de educação e seu papel na sociedade. Almeida (2014) afirma que a educação, numa definição geral é ampla, referindo-se ao desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral dos sujeitos para uma melhor integração na vida em sociedade, as tecnologias digitais, em toda sua diversidade e amplitude, estão diretamente ligadas a esse processo e assumem nele um papel relevante. Segundo Kenski (2021), as tecnologias modificam as nossas formas de pensar e agir, e isso altera o modo como nos relacionamos com as informações e consequentemente com o saber, e exatamente por isso as tecnologias estão diretamente imbricadas nos processos de aprender e de ensinar. Ocorre, porém, que a inserção das Tecnologias Digitais na Escola não é uma simples mudança de metodologia, ou a mera aplicação de um recurso, pois se assim o fosse, o uso da televisão, do computador e da lousa digital já teriam provocado as mudanças no sistema educacional que toda a sociedade espera. A pandemia provocou a implementação de uma série de políticas públicas e programas voltados para a inclusão digital de professores e alunos, além disso, existe uma indústria de materiais tecnológicos para a educação: são softwares educativos, coleções de livros e vídeos digitais nas diversas áreas do conhecimento, plataformas online, aplicativos para móbiles, entre outros. Fora tudo isso, ainda há uma série de produções acadêmicas voltadas para a pesquisa sobre as TICs na educação, milhares de livros e manuais publicados, blogs e sites sobre as tecnologias na educação. Almeida (2014) alerta para o fato de que a integração do computador à realidade educacional pressupõe modificações na organização escolar e no currículo no próprio espaço da sala de aula. Sabe-se que este não é um processo simples e rápido. Ao longo do tempo mudanças vem ocorrendo, mas segundo Kenski (2021) é preciso que os professores modifiquem suas concepções sobre ensinar e aprender, compreendendo que

as tecnologias oferecem inúmeras possibilidades educativas, e muito podem contribuir para a melhoria da qualidade da educação. Desse modo, o que para Santos (2020), é importante refletir sobre o papel do professor no ensino superior na contemporaneidade. Muito se tem discutido sobre essa temática, e uma das questões que vem ganhando destaque é a importância de o saber ensinar, superando as visões polarizadas, que entendiam que para ensinar algo, bastaria ter domínio sobre este saber, colocando assim a didática como algo em segundo plano, ou sequer levando-a em consideração. Atualmente, essa visão vem sendo contestada, por não ser coerente com os paradigmas atuais. Nessa lógica, para Santos (2017), o professor, além do domínio sobre seu campo do saber, para efetivação de uma aprendizagem satisfatória, precisa de uma ação didática consciente, que, considerando todos os elementos envolvidos na ação de ensinar e aprender, construa resultados satisfatórios. É nesse contexto que se ressalta a importância das tecnologias como recursos didáticos no ensino superior. Olegário (2021) ressalta queo desenvolvimento de competências e habilidades em todas as áreas do conhecimento perpassa pela utilização das tecnologias. Santos (2017), afirma que as tecnologias resinificam o nosso pensamento e a nossa ação e as fontes de informações são variadas e diversas, e é preciso saber lidar com elas, utilizando-as a favor da aprendizagem dos sujeitos. Carmo (2015) afirma que a prática pedagógica é enriquecida pelo uso das tecnologias, favorecendo o desenvolvimento de uma didática diversificada, no que se refere às estratégias pedagógicas e o papel do professor no contexto da tecnologia exige dele uma ação consciente e promotora de novas aprendizagens, tanto dos alunos, quanto das suas próprias reelaborações do conhecimento. Para Carmo (2015), o educador deve ter uma ação que se configure mediadora da aprendizagem e que desenvolva nos sujeitos a curiosidade científica, a ressignificação do conceito de aprender, e sobretudo a autonomia intelectual dos estudantes.

3.2 Estratégias tecnológicas para aprendizagem

A IES adotou a partir de março de 2020 o ensino remoto, devido à pandemia da COVID19, aplicado como forma emergencial, para dar conta de uma situação até então inusitada. Isso não significou que os Projetos Pedagógicos dos cursos foram modificados, a fim de estruturar o currículo e os processos de ensino e de aprendizagem na modalidade a distância, ou seja, os

professores estão apenas utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação TICs como meio, mantendo as mesmas metodologias de ensino utilizadas no ensino presencial. Um aspecto importante observado no início da substituição das aulas presenciais por aulas remotas diz respeito à formação dos docentes para o uso adequado das TICs. Grande maioria dos docentes encontraram dificuldades com essas tecnologias e percebeu-se que não estavam preparados para atender às demandas de trabalho advindas com a aplicação das TICs em meio à pandemia da COVID-19. As TICs também foram utilizadas como aliadas nas formações e qualificações docentes. A IES ofertou treinamentos remotos, produções de vídeos e tutoriais para auxiliar os docentes na utilização das ferramentas tecnológicas. Dessa forma, além de preparar os docentes para aplicarem as TICs fez-se necessário estudar novas metodologias de ensino, para que essa aplicação fosse adequada e tivesse reflexos positivos nos processos de ensino e de aprendizagem. Considerar a educação sem as novas tecnologias já não faz mais sentido. Assim, quando aulas presenciais foram substituídas pelo modo remoto, a comunidade acadêmica começou a se conectar através das diferentes ferramentas e possiblidades de interações, e, deste ponto de vista, foi fundamental refletir sobre a relação entre o ensino e a aprendizagem nessa perspectiva. Para Kenski (2021, p. 21) “a evolução social do homem está intrinsicamente relacionada às tecnologias desenvolvidas em cada período e o próprio processo de humanização pode ser situado com o início das criações tecnológicas”. O avanço incontestável do uso de tecnologias no contexto educacional é uma realidade cada vez mais frequente na Instituição e também no ambiente corporativo. O Moodle foi a plataforma desenvolvida para se tornar o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, esse seria um importante e determinante passo que impactaria significativamente o ambiente cultural da educação e transformaria de vez as abordagens tradicionais da área de T&D para uma nova realidade (OLEGÁRIO, 2021). Até 2020, a IES utilizava como ambiente virtual de Aprendizagem (AVA), o Portal Moodle e esse atendia às necessidades acadêmicas satisfatoriamente, apesar de ainda ter muitas limitações. O novo portal, o Blackboard, implantado a partir de do primeiro semestre de 2021 coroa uma importante fase de evolução acadêmica em que foi muito importante pelo interesse de cada um, a vontade de aprender e crescer. Ao oferecer recursos que complementam e expandem os

conteúdos de sala de aula, essa plataforma enriqueceu o processo pedagógico e colocou o aluno em posição ativa na construção de seu conhecimento. O “Blackboard” é um sistema desenvolvido para ser utilizado nas práticas educativas que se interessam pela aplicação de novas tecnologias interativas da rede no processo de ensinoaprendizagem, contribuindo e potencializando ambas as formas, presencial ou a distância. A IES valoriza o ambiente que estimula o protagonismo na busca pelo conhecimento, e com este portal essa premissa fica ainda mais forte. Durante o período desafiador da pandemia da COVID-19, a IES precisou adotar estratégias de adaptabilidade para atender a demanda dos alunos e professores. Embora algumas atividades da IES já ocorressem no modo on-line, as interações entre professores, alunos e pessoal técnico administrativo acontecia presencialmente nas dependências da IES, além de muitos treinamentos práticos. A verdade é que esse período de pandemia, de alguma maneira, contribuiu para que algumas inciativas se estabelecessem de fato. Ela se tornou uma oportunidade para a IES aprimorar os procedimentos de ensino e, ao mesmo tempo, aumentar o engajamento dos professores na utilização das TIC’s. Todos os processos e operações da IES, em função da pandemia, tiveram que ser adaptados: áreas administrativas, na sua grande maioria, entraram em trabalho home office; partes da operação continuaram. Oconhecimento é algo individual, ou seja, mesmo estudandosobre um mesmo conteúdo cada um de nós construirá o conhecimento sobre este conteúdo de forma diferente, são saberes diferentes. No contexto da aplicação das TICs em atividades ministradas no modo remoto, acredita-se que a interação é um aspecto importante para auxiliar os alunos a construírem o conhecimento.

Neste sentido, vê-se uma das diferenças importantes entre o ensino remoto (que aplica a metodologia de ensino tradicional, mediada pelas TICs) e a EaD, que envolve a aplicação de outras metodologias e ferramentas de ensino e de aprendizagem no ambiente digital. Situações como essa é que reforçam a ideia de que em todo caos existe uma oportunidade. Na área de educação tem sido uma importante oportunidade de transformação. Uma transformação que não é somente digital – embora a adesão aos aparatos tecnológicos tenha sido essencial e necessária –, mas, sim, cultural: as pessoas como centro da mudança, fazendo, aprendendo e se reinventando através do aprendizado coletivo. Sendo assim, ao considerar o processo de aprendizagem como uma das áreas de maior impacto no que tange às transformações, sobretudo na perspectiva do mundo pós-pandemia, as

abordagens tecnológicas serão mais intensas. Não é preciso nenhum estudo complexo para concordar com isso – essa afirmação seria um sonho, se não fosse a ruptura (não tecnológica) que se presenciou em 2020. Neste sentido, os processos de ensino e de aprendizagem não podem envolver meramente atividades repetitivas, tais como as aplicadas no método tradicional de ensino. O professor precisa estimular os alunos a desenvolverem sua criatividade e interagirem por meio de projetos, problemas, discussões, pesquisas e outras atividades interativas, baseando-se em metodologias ativas de aprendizagem (SANTOS, 2020). As TICs podem ser aliadas nessa questão, pois diferentes ferramentas computacionais podem ser utilizadas para apoiar o desenvolvimento destas atividades. Podem ser utilizadas, por exemplo, ferramentas para elaborar apresentações, blogs, criação de grupos em redes sociais (tais como no Facebook e WhatsApp), criação de cursos utilizando AVAs, criação de jogos, entre outras possibilidades. Entre as inúmeras possibilidades de aplicação das TICs, atualmente vê-se um aumento nos cursos ofertados na modalidade de EaD via Internet, por meio de AVAs. Outra tendência é a utilização de videoaulas gravadas e disponibilizadas por meio de plataformas de vídeo, como o YouTube e a realização de aulas on line, conhecidas como lives, utilizando ferramentas tais como o Big Blue Button, Google Meet e Zoom.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso da TIC’ como recurso didático faz parte das metodologias adotadas pela IES. Porém, é preciso refletir sobre o papel do professor no ensino superior na contemporaneidade. Muito se tem discutido sobre essa temática, e uma das questões que vem ganhando destaque é a importância do saber ensinar, superando as visões polarizadas, que entendiam que para ensinar algo, bastaria ter domínio sobre este saber, colocando assim a didática como algo em segundo plano, ou sequer levando-a em consideração. Percebe-se que como consequência, houve distorções e essa visão vem sendo contestada, por não ser coerente com os paradigmas atuais. Nessa lógica, o professor, além do domínio sobre seu campo do saber, para efetivação de uma aprendizagem satisfatória, precisa de uma ação didática consciente, que, considerando todos os elementos envolvidos na ação de ensinar e aprender, construa resultados satisfatórios. E é nesse contexto que se ressalta a importância das tecnologias como recursos didáticos

no ensino superior. Um dos fatores é porque o desenvolvimento de competências e habilidades em todas as áreas do conhecimento perpassa pela utilização das tecnologias, como também as tecnologias resinificam o nosso pensamento e a nossa ação. Nesse sentido, as fontes de informações são variadas e diversas, e é preciso saber lidar com elas, utilizando-as a favor da aprendizagem dos sujeitos enquanto que a prática pedagógica é enriquecida pelo uso das tecnologias, favorecendo o desenvolvimento de uma didática diversificada, no que se refere às estratégias pedagógicas. O papel do professor no contexto da tecnologia exige dele uma ação consciente e promotora de novas aprendizagens, tanto dos alunos, quanto das suas próprias reelaborações do conhecimento. O professor deve ter uma ação que se configure mediadora da aprendizagem e que desenvolva nos sujeitos a curiosidade científica, a ressignificação do conceito de aprender, e sobretudo a autonomia intelectual dos estudantes.

A presença pedagógica, durante a pandemia, requisitou não apenas o envio e recebimento de informações e conteúdos curriculares, mas também salientou aspectos da sociabilidade, comunicação, interação e conhecimento. Como pudemos constatar, as aulas remotas foram utilizadas com o apoio e engajamento dos professores, ainda que isto tenha exigido demasiados esforços tanto no aspecto profissional quanto pessoal. A partir das narrativas e apontamentos de professores, vimos lares se transformarem em studios e horários de “expediente” serem extrapolados pela flexibilização do atendimento aos alunos, incluindo os fins de semana. Do mesmo modo, constatamos que o uso da internet em atividades pedagógicas, antes da pandemia, não era uma prática comum à maioria dos docentes e que, por isso, para muitos professores, o trabalho foi complexo e difícil.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Nanci Aparecida de; Yamada, Bárbara Alessandra Gonçalves Pinheiro Manfredi, Benedito Fulvio. Tecnologia na escola. São Paulo: Cengage Learning, 2014.

CARMO, Valéria Oliveira do. Tecnologias educacionais. São Paulo: Cengage Learning, 2015

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. Rio de Janeiro: Atlas, 2019.

KENSKI Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2021.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. Rio de Janeiro: Atlas, 2017.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2021.

OLEGÁRIO, Danilo. Educação pós-pandemia. São Paulo: Almedina Brasil, 2021.

SANTOS, B. de S. A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Almedina, 2020.

SANTOS, Edméa. Mídias e tecnologias na educação presencial e à distância. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

SANTOS, Pricila Kohls dos; Ribas, Elisângela Oliveira, Hervaldira Barreto. Educação e tecnologias. Porto Alegre: SER - SAGAH, 2017.

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