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DE GOVERNADOR VALADARES DURANTE A PANDEMIA

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO ENSINO REMOTO NA REDE PRIVADA DE GOVERNADOR VALADARES DURANTE A PANDEMIA

Dayanne Neves Magalhães, Karolynne Campbell Santos, Lorena de Oliveira Matos, Maria Cecília de Oliveira Pessoa, Samyla Portes Silva, Thaelen Eduarda Almeida Martins28, Sandra Maria Perpétuo29 , Úrsula Bianca Ribeiro Herzog30 .

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RESUMO

Este artigo resulta de um estudo acerca do processo de alfabetização no modo de ensino remoto nas escolas privadas de Governador Valadares, Minas Gerais, no período de pandemia da Covid-19. Teve-se como objetivo central investigar as estratégias utilizadas pelos professores do primeiro ano do ensino fundamental para promover a alfabetização no ensino remoto. Como objeto de investigação buscou-se identificar as tecnologias utilizadas no ensino remoto durante a pandemia e apontar as adaptações adotadas pelos professores para minimizar o impacto da pandemia durante o ensino remoto. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, elaborado por meio de uma revisão bibliográfica e uma pesquisa de campo. Para a coleta de informações utilizou-se um questionário, através da ferramenta on-line, Google Formulários. Nos resultados foi traçado um perfil de 20 professores participantes, bem como os desafios vividos no ensino remoto e as estratégias utilizadas por eles no processo de alfabetização. Com base no que foi apresentado, apesar das dificuldades impostas, os professores precisaram buscar formas eficazes de alfabetização no ensino remoto para que os educandos tivessem o menor prejuízo possível na sua caminhada escolar. Dessa forma, é de suma importância o uso dadidática, assim como a utilização da tecnologia de forma correta, para que esta possa atuar como aliada no processo de ensino-aprendizagem, possibilitando assim, uma educação de qualidade.

Palavras-chave: Alfabetização. Ensino Remoto. Pandemia. COVID-19.

1 INTRODUÇÃO

O dia 11 de março de 2020 se tornou um marco histórico por ser o dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a disseminação comunitária da COVID 19 em todos os continentes a caracterizou como pandemia. Apesar de terem sido tomadas ações de contenção, como isolamento e tratamento dos casos identificados, testes massivos e distanciamento social, em 22 de março de 2020 foi decretada a suspensão, por tempo indeterminado, das atividades presenciais de educação escolar básica em todas as unidades da rede de ensino do estado de Minas Gerais, conforme determinou a deliberação COVID 19 n° 18 de 22 de março de 2020.

28 Acadêmicas do curso de Pedagogia da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares 29 Professora de graduação do curso de Pedagogia da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares. E-mail: sandraperpetuo@unipac.br. 30 Professora de graduação do curso de Pedagogia da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares. E-mail: ursulaherzog@unipac.br

É irrefutável que a pandemia da COVID 19 trouxe inúmeras mudanças não só no cotidiano das pessoas, como também no mercado de trabalho. Um dos setores mais afetados foi o educacional, de modo que as atividades pedagógicas presenciais foram suspensas e os órgãos reguladores nacionais indicaram a continuidade do semestre letivo, por meio de atividades remotas.

Nesse contexto, as mudanças no sistema educacional tiveram que ser realizadas rapidamente, os professores precisaram se adaptar à transposição de conteúdos de suas aulas presenciais para plataformas on-line com o emprego das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Contudo, essa mudança ocorreu sem preparação, ou com preparação superficial, também em caráter emergencial. Cabe destacar que a incorporação das TDIC nas instituições escolares ainda é um entrave na realidade nacional; problemas de infraestrutura e de formação docente deficitária são variáveis importantes que interferem diretamente em uma utilização crítica, intencional e produtiva das tecnologias (BRAGA, 2018; THADEI, 2018). Este artigo tem a finalidade de apresentar os resultados de uma pesquisa de campo, desenvolvida no contexto dos anos iniciais do Ensino Fundamental, com vistas à aprendizagem de alunos em processo de alfabetização da língua materna. Sendo que a questão norteadora da pesquisa esteve focada nas estratégias de ensino adotadas pelos professores dos anos iniciais, na turma do primeiro ano do ensino fundamental, para alfabetizar no modo remoto. De acordo com Soares (2007) a alfabetização, com efeito, é compreendida como o processo de apropriação do sistema de escrita de uma língua, e especificamente no contexto da pandemia, alunos e professores alfabetizadores foram obrigados a interromper esse processo de alfabetizar de forma presencial e por meio do contato físico. Este trabalho tem a finalidade de apurar os efeitos desencadeados pela adoção do ensino remoto, com o propósito de investigar as tecnologias empregadas nesse modelo de ensino durante a pandemia e as práticas que surtiram mais resultados satisfatórios no processo de alfabetização. Os aportes teóricos para as reflexões surgiram a partir do conceito de ensino remoto formulado por Hodges et al (2020), de mudança rápida dos processos de ensino e aprendizagem presenciais para modelos alternativos, tecnologicamente mediados. Sob essa perspectiva, este estudo poderá contribuir para apresentar as estratégias de ensino utilizadas pelos professores do primeiro ano do ensino fundamental da rede privada de Governador Valadares, que visaram garantir a alfabetização à distância.

2 MÉTODOS

A proposta metodológica empregada neste trabalho tem abordagem quanti-qualitativa. Em relação à natureza, classifica-se como uma pesquisa básica, por proporcionar maior familiaridade com o problema da alfabetização no ensino remoto. Em relação aos objetivos, constitui-se como uma pesquisa exploratória. E, em relação aos procedimentos, configura-se como uma pesquisa de campo, efetivamente apoiada em uma revisão bibliográfica. Segundo Richardson (1989) apud Coelho(2019), um estudo quantitativoé caracterizado pelo emprego na quantificação na coleta de informações e em seu tratamento através de técnicas estatísticas, números, garantindo a precisão exata e enumerada dos trabalhos realizados e reduzindo as chances de distorções dos resultados obtidos. Já um estudo qualitativo, de acordo com Denzin e Lincoln (2006), está associado a uma abordagem interpretativa do mundo, isso implica que os pesquisadores devem examinar o seu objeto de investigação em conexão com seus cenários naturais e interpretativos, com o objetivo de compreender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem.

2.1 Procedimentos para revisão bibliográfica

No primeiro momento foi feita uma pesquisa através do “Google Acadêmico” – uma ferramenta de pesquisa do Google que permite pesquisar em trabalhos acadêmicos, literatura escolar, jornais de universidades e artigos variados. Utilizaram-se critérios de busca por temas: “Alfabetização”, “Alfabetização no ensino remoto” e “Desafios da alfabetização na pandemia”, com limitação de pesquisa dos artigos de até 15 anos atrás (de 2006 até 2021). O segundo critério foi selecionar apenas artigos publicados em Congressos e Periódicos. O terceiro critério foi realizado por “títulos” que se identificavam mais com a pesquisa em questão. A triagem foi feita por “resumo” e pela leitura dinâmica dos artigos selecionados. Por fim, utilizaram-se livros de autores renomados, que são pilares na alfabetização.

2.2 Procedimentos para pesquisa de campo

Por este estudo se dedicar a investigar as estratégias implementadas para promover a alfabetização no modo remoto, na rede privada, os sujeitos dessa pesquisa constituíram uma amostragem de vinte (20) professores que atuam no primeiro ano do ensino fundamental, na

rede privada de ensino, atuantes em dez (10) escolas que atendem ao ensino básico em Governador Valadares, Minas Gerais. Atualmente, na cidade em questão, há 34 escolas que atendem ao ensino básico. Para tanto, como critério de seleção foi utilizado o fator geográfico, sendo distribuído à luz da região de cada integrante desta pesquisa, chegando ao número final de dez (10) escolas. Pressupôs-se necessário dar voz aos professores que estavam à frente desse processo, e, a fim de explicitar algumas questões, o instrumento utilizado foi um questionário on-line no formato de uma entrevista semiestruturada, devido aos cuidados com o protocolo sanitário nas escolas.

O questionário foi elaborado utilizando o aplicativo Google Forms, e foi aplicado online, sendo disponibilizado no e-mail de cada participante em outubro de 2021; por meio deste recurso foi possível realizar a coleta de dados. Ademais, segundo Mota (2019), essa ferramenta digital possibilita atender à prática acadêmica e também serve para fins pedagógicos. O professor participante dessa pesquisa devia ser obrigatoriamente professor do primeiro ano do ensino fundamental e estar lecionando na rede privada de ensino básico na cidade de Governador Valadares, Minas Gerais, assim sendo os e-mails disparados com os links foram exclusivamente e somente para estes professores. O instrumento é constituído por quinze perguntas distribuídas em cinco focos: Perfil do entrevistado; O início da alfabetização no ensino remoto; As estratégias utilizadas no ensino remoto; As dificuldades encontradas durante o ensino remoto e Medidas / estratégias adotadas para a promoção da aprendizagem no ensino remoto. O questionário foi dividido em três partes, que são: • Boas-vindas: Deixava o participante ciente de que tipo de pesquisa iria participar, além de informar ao participante qual a finalidade e do que se tratava a mesma, antes que de fato começasse a responder as perguntas. • Perfil: Identificava o perfil dos participantes (descrição opcional), sexo, nível de escolaridade e por fim, há quanto tempo atua na docência, mais especificamente na alfabetização. • Investigação: Composta por 3 questões obrigatórias de múltipla escolha, 9 discursivas obrigatórias, e 4 discursivas não obrigatórias. Procurou-se investigar como tem sido para os participantes ministrar as aulas de alfabetização remotamente durante o período pandêmico da COVID-19 nas 10 escolas selecionadas da rede privada da cidade de Governador Valadares, Minas Gerais. As perguntas versavam sobre a ministração das aulas como um todo, como o uso de tecnologias antes e depois da pandemia, assim como

as estratégicas, metodologias didáticas, adaptação de materiais e formas de avaliação no ensino remoto. Foram abordadas, também, as dificuldades dos docentes, além de questionar sobre a frequência dos alunos e a reação dos mesmos frente a esse novo sistema de ensino.

Traçando dois eixos temáticos das perguntas realizadas na parte três (Investigação) do questionário, o primeiro abrangia 3 questões de múltipla escolha, claras e objetivas, tendo como opção de resposta apenas sim ou não, que abordavam sobre utilização de recursos digitais, a comunicação entre alunos e professores e a frequência dos discentes.

Já o segundo eixo, contendo 9 questões discursivas obrigatórias e 4 não obrigatórias, abordava assuntos que indagavam a opinião dos docentes, assuntos acerca da alfabetização dos alunos no modelo do ensino remoto, assim como seus desafios. Tendo em vista a análise da reação dos professores em relação à alfabetização no modo remoto, optou-se por uma abordagem que privilegie aspectos linguístico-discursivos, fundamentando-se nos aportes teóricos de abordagens discursivas (HENKEL, 2017). Depois que a entrevista foi realizada, as informações coletadas foram analisadas pelas autoras da pesquisa e confrontadas com a realidade investigada com a literatura estudada.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esta seção visa detalhar e organizar os dados coletados, permitindo responder ao objetivo proposto no início do trabalho. A princípio, serão apresentados os resultados obtidos por meio do questionário aplicado aos vinte docentes, atuantes no 1º ano do Ensino Fundamental e, em sequência, serão expostas as considerações obtidas. Para uma disposição mais favorável dos questionamentos dirigidos aos entrevistados, esta seção foi subdividida.

3.1 Perfil do entrevistado

Com o objetivo de conhecer melhor os participantes da pesquisa e traçar um perfil deles, foram elaboradas três perguntas iniciais sobre sexo dos professores, nível de escolaridade e o tempo de atuação na alfabetização. Na literatura é possível perceber que, vários autores vêm se dedicando a analisar o perfil do professor da educação básica no Brasil (GATTI; BARRETO, 2009; OLIVEIRA 2004). Ou seja, essas são análises importantes para se entender a realidade desses profissionais e que isso corresponde às preconcepções sobre as quais se constroem as políticas educacionais.

Gatti e Barretto (2009) destacam a predominância das mulheres como profissionais da educação. Segundo estudo exploratório realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Brasil. Inep, 2009), no cômputo geral, a maioria dos professores em regência são mulheres, contudo, vale ressaltar que, a predominância marcadamente feminina se dá no ensino infantil e anos iniciais do ensino fundamental.

Ademais, em seu livro, a autora Carvalho (2018), relata que, após análise dos dados coletado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 2009, 2013 e 2017 pode-se chegar à conclusão de que o corpo docente na educação infantil é majoritariamente feminino, compondo 81% do total de professores nessa área. O gráfico 1 mostra a distribuição dos professores por sexo. Observa-se que os dados obtidos na pesquisa em questão reafirmam as informações levantadas pelos autores analisados, que apontam a predominância das mulheres na educação básica. Sendo assim, observa-se que o presente questionário resultou em um público 100% feminino.

Gráfico 1 – Gênero dos entrevistados

Fonte: Elaborado pelos autores

Atualmente, as pressões para uma mudança no perfil de formação dos educadores têm sido cada vez maiores. Tal fato pode ser notado tanto pelas exigências legais estabelecidas, quanto por propostas de carreira, ao associarem remuneração com melhor formação. Um estudo realizado por Souza e Gouveia (2011) mostra que o percentual de professores com formação até o nível médio se reduziu ao longo da década 1997-2007, enquanto professores com nível superior demostraram índices de crescimento.

Considerando as novas exigências no campo educacional, a formação continuada dos professores é aspecto importante e essa formação também tem apresentado números crescentes. Para os docentes com nível superior concluído, a respeito de titulações de pós-graduação, notase que há um crescimento gradual desse índice, apresentando efeitos positivos (GATTI; BARRETTO, 2009). O gráfico 2 apresenta os professores computados segundo seu nível de escolaridade. Ao serem questionados sobre isso, houve majoritariamente um grupo de pessoas com pósgraduação completo, totalizando 55%. Ademais, 25% cursam pós-graduação, e outros 20% possuem somente ensino superior completo. Esses dados coletados na pesquisa ratificam as informações encontradas na literatura sobre a redução do número de docentes com formação até o nível médio e a expansão nos índices de professores pós-graduados.

Gráfico 2 – Nível de escolaridade dos entrevistados

Fonte: Elaborado pelos autores

O gráfico 3 mostra o tempo de atuação na alfabetização dos respectivos interrogados. Essa atuação ocorre com maior frequência no que se refere a 0 a 9 anos de docência (60%), e mostra tendência decrescente ao longo do tempo. O espaço de atuação entre 10 e 19 anos na alfabetização conta com um percentual de 25% e de 20 a 29 anos somam 10% dos vinte entrevistados. O percentual de professores com tempo de docência acima de 30 anos é quase desprezível, contando com apenas 5%, ou seja, os percentuais vêm se reduzindo à medida que o tempo de atuação na área aumenta, demostrando ser um dado inversamente proporcional.

Gráfico 3 – Tempo atuação na docência, mais especificamente na alfabetização

Fonte: Elaborado pelos autores

3.2 O início da alfabetização no ensino remoto

Nesta seção, serão expostos os resultados obtidos na segunda parte do questionário, onde os professores responderam questões sobrecomo tem sido ministrar as aulas remotamente, incluindo questões sobre a utilização de recursos digitais, plataformas de ensino e a comunicação entre os professores e os alunos e a reação destes últimos frente à esse novo sistema de ensino adotado.

Este cenário de período pandêmico tem sido um desafio para todos, afinal, os professores se viram pressionados a migrarem para o ensino on-line, transferindo e transpondo metodologias e práticas pedagógicas típicas dos espaços de aprendizagem presenciais, naquilo que tem sido designado pelos estudiosos do assunto como ensino remoto de emergência (MOREIRA, HENRIQUES E BARROS, 2020 apud VIEIRA e SILVA, 2020). No estudo em questão, a maioria dos participantes responderam que não utilizavam os recursos digitais em sua prática pedagógica antes da implementação do ensino remoto devido à pandemia, totalizando 60%, os outros 40% já utilizavam da internet para alfabetizar. Isso é importante destacar, pois esses profissionais que tinham habilidades com esses recursos digitais exibiram maior flexibilidade para lidar com o desafio. Os entrevistados relataram que foram utilizadas diversas formas de aplicativos para as aulas. As redes sociais também contribuíram grandemente para que houvesse comunicação, os

educadores utilizaram de todos os recursos cabíveis para garantir o aprendizado dos alunos que participaram de todos os meios e recursos disponibilizados. Pela análise da pesquisa os recursos mais utilizados para ministrar as aulas foram: Google Meet, Google Classroom, o Power Point e o WhastsApp com grupos da sala de aula. Ferramentas estas, essenciais para o ensino remoto, porque tornavam as aulas on-line mais atrativas, contextualizadas e produtivas para os estudantes. (SANTOS et al, 2020) Ao serem questionados sobre como os alunos reagiram ao ensino remoto nas primeiras semanas, os professores relataram que os alunos ficaram confusos, pois tudo era muito novo, alguns não obtiveram bons resultados e necessitaram da ajuda dos familiares, entretanto, em alguns casos não recebiam a atenção devida. Para os alunos que tinham mais dificuldade de aprendizagem, o ensino remoto se apresentou como algo ainda mais complexo e difícil. Sendo assim, para terem um bom aproveitamento das aulas, nos primeiros meses foi necessário se adequarem à nova realidade, mas com o devido auxílio dos familiares e dos professores. Isso ratifica a ideia de que o aluno passa a ser o principal responsável pela construção do seu conhecimento, tendo um papel mais ativo, buscando respostas para suas necessidades, sendo presente uma troca de informações em sala de aula, na qual o professor não é a fonte de todo o conhecimento, ele agora atua como um mediador (PEIXOTO, 2016). Na perspectiva positiva, as formas de comunicação utilizando as mídias digitais possibilita troca de informações e cooperações antes inimagináveis (KENSKI, 2008). Com a pandemia e as aulas gravadas, essas formas de comunicação digitais aproximam os educadores de seus alunos (SOTERO, COUTINHO & MEMES, 2020). Considerando os dados da pergunta subsequente do questionário, chegou- se à conclusão de que 80% dos entrevistados consideraram que a comunicação entre alunos e professores foi fluida. Em contrapartida, 20% dos professores alegaram que essa comunicação foi falha. Entretanto, ao mesmo tempo em que a comunicação virtual aproxima, também afasta. Assim como na pesquisa aqui presente, Anjos (2020) relata que professores alegam diariamente a falta de participação dos alunos nas aulas, fato que a relação de interação professor e aluno situa-se em constante transformação com o isolamento social, corroborando com os 20% dos entrevistados.

Gráfico 4 – Fluidez ou não da comunicação entre alunos e professores no ensino remoto

Fonte: Elaborado pelos autores

3.3 As estratégias utilizadas no ensino remoto

Pode-se afirmar que essa é uma das partes mais relevantes dessa pesquisa e após análise das informações foi possível observar que as principais estratégias utilizadas pelos entrevistados para promover a aprendizagem, levando-se em consideração o processo de alfabetização dos alunos no ensino remoto, foram estratégias voltadas para a ludicidade, com o intuito de prender a atenção das crianças, com jogos, histórias, poesias, músicas, vídeos com atividades utilizando materiais de fácil acesso pela família. Seguem abaixo alguns relatos sobre as estratégias que foram utilizadas para assegurar a aprendizagem, levando-se em consideração o processo de alfabetização dos alunos no ensino remoto.

Professor 1 –

“Nesse período Pandêmico, as aulas expositivas dialogadas deram lugar a estratégias que viabilizassem o aprendizado de maneira mais prática e que pudesse utilizar os materiais que os próprios alunos tivessem em suas casas. Aulas práticas e lúdicas foram frequentementeutilizados, sempre no contexto utilizando o aluno como o principal protagonista de seus próprios aprendizados.” Professor 2 – “A principal estratégia foi desenvolver as atividades com ludicidade, utilizando de jogos, músicas, brincadeiras e situações da nossa rotina, afinal os alunos estavam na minha casa e eu na deles o tempo todo. Os animais de estimação, as pessoas e objetos da casa, contribuíram muito com o processo de alfabetização das minhas crianças.”

Professor 3 – “Aulas com slides animados no Power Point, histórias, poesias, músicas, parlendas, deixando os alunos participarem durante as aulas com perguntas, opiniões, solicitando a leitura, e, para aqueles que ainda não sabiam ler, realizamos com intervenção. ” Professor 4 – “Neste momento nós quanto professores tivemos que reinventar, a sala de aula online nos fez aprender muito! Tivemos que investir no conhecimento da tecnologia e fizermos dela uma aliada no processo da aprendizagem. Trabalhei muito com jogos de plataformas diferentes, contação de histórias com recursos visuais e atrativos, trabalhei método fônico individualmente com os alunos. Trabalhei grupo por níveis dos alunos. Foi um tempo de difícil, mas que vi resultado do trabalho.” Diante do novo desafio imposto aos educadores, 100% dos entrevistados adaptaram parte de sua residência para se tornar um local de trabalho, seja uma sala, quarto que não era muito utilizado ou até mesmo um escritório. Ambiente calmo com uma internet potente, computadores, celulares, notebooks e uma boa iluminação foram mudanças necessárias para um bom desenvolvimento na alfabetização. Também foram utilizados quadros brancos pendurados nas paredes, utilização de plataformas como Classroom e Google Meet para que houvesse interação adequada com o aluno, não física, porém o mais próximo possível. A maioria dos professores entrevistados tiveram aulas 100% on-line, com uma interação em tempo real com o aluno, facilitando assim a aprendizagem dele, pois conforme as dúvidas fossem surgindo poderiam ser esclarecidas, dessa forma foi possível estabelecer uma comunicação ativa e funcional.

3.4 As dificuldades encontradas durante o ensino remoto

De acordo com Grossi, Minoda e Fonseca (2020), os principais desafios concernentes ao processo de aprendizagem no ensino remoto são: a pouca experiência dos alunos e de seus familiares na utilização das ferramentas digitais requeridas para aulas, a falta de equipamentos para todos da casa usarem ao mesmo tempo, assim como de um ambiente adequado para os estudos, problemas com a internet (fundamental para as aulas remotas) e a falta de tempo e de preparação pedagógica dos responsáveis, pois não são professores, para acompanhar as atividades acadêmicas de seus filhos.

Considerando as respostas dos entrevistados, pudemos observar que dentre os vários desafios, o maior deles para trabalhar a alfabetização no ensino remoto, assim como citado pelo autor acima foi a falta de apoio e empenho familiar, como pode ser observado pelo comentário de um dos participantes da pesquisa:

Professor 2 –“Mesmo de dentro de suas casas o maior desafio muitas vezes era contar com o

apoio da família, pois o período de alfabetização requer um apoio de ambas as partes. Como a presença do professor não estava sendo possível muitas mães tiveram dificuldades em auxiliar suas crianças nesse período tão importante. Por isso foi necessário sempre intervenções com as próprias famílias para que objetivo fosse alcançado”

3.5 Medidas / estratégias adotadas para a promoção da aprendizagem no ensino remoto

Considerando as respostas dos entrevistados, percebemos que a estratégia que mais contribuiu de maneira eficaz para minimizar as dificuldades da alfabetização foi trabalhar de forma lúdica para que a criança pudesse se sentir totalmente atraída para poder desenvolver o processo de letramento. As duas alternativas complementares mais adotadas pelos entrevistados para os alunos com dificuldades ou que não conseguiram acompanhar as aulas foram: a entrega de atividades complementares que eram entregues à família presencialmente para um responsável e também o suporte com aulas programadas e individualizadas. Logo, através das respostas obtidas, é possível afirmar que as medidas e estratégias adotadas pelos professores entrevistados foram diversas. Corroborando com esse fato, Churkin (2021) afirma que as escolas do mundo inteiro estão descobrindo e explorando estas novas possibilidades, entrelaçando não só aluno e professores, mas também pais, especialistas, membros da comunidade e outros agentes que podem contribuir para o processo de aprendizagem, entendendo que o êxito virá quando todos os envolvidos se unirem de fato em prol de uma educação de qualidade.

3.6 O processo de alfabetização

O termo Alfabetização, etimologicamente, segundo Soares (2007), significa: levar à aquisição do alfabeto, ou seja, ensinar a ler e a escrever. Assim, a especificidade da Alfabetização é a aquisição do código alfabético e ortográfico, através do desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita.

Visando a compreensão do que é alfabetização, faz-se necessário entender que, na história do Brasil, a alfabetização ganhou destaque, principalmente, após a Proclamação da República, com a institucionalização da escola e com o intuito de tornar as novas gerações aptas à nova ordem política e social. A escolarização, mais especificamente a alfabetização, se tornou

instrumento de aquisição de conhecimento, de progresso e modernização do país (MORTATTI, 2006).

É fato que, com o passar dos anos houve um grande avanço no campo da alfabetização, surgiram conceitos, teorias, metodologias etc. Contudo, mesmo após tanto desenvolvimento, o Brasil ainda enfrenta um problema de muita relevância: a qualidade da educação básica, principalmente, a dos anos iniciais do ensino fundamental. Este é um problema que pode ser caracterizado como algo enraizado na educação brasileira, visto que é um obstáculo histórico. Há algumas décadas, a principal causa que apontava para a baixa qualidade da alfabetização era o ensino fundamentado na Pedagogia Tradicional.

Atualmente, os principais fatores são outros. De acordo com Diogo e Gorette (2011), as principais causas estão ligadas à perda da especificidade da alfabetização, devido à compreensão equivocada de novas perspectivas teóricas e suas metodologias, que foram surgindo em contraposição ao tradicional e à grande abrangência que se tem dado ao termo alfabetização. Sendo assim, é importante resgatar a significação genuína da alfabetização, por meio de uma prática educativa que não perca a especificidade do processo de ensino- aprendizagem, sempre fazendo relação entre conteúdo e prática e que, fundamentalmente, tenha por objetivo a melhor formação do aluno, objetivando uma educação de qualidade e equidade.

3.7 A alfabetização no novo modelo de ensino remoto

A pandemia da COVID-19 trouxe diversas mudanças na vida das pessoas em geral, em relação à educação não poderia ser diferente. O setor educacional foi um dos mais afetados, de modo que as atividades pedagógicas presenciais foram suspensas e os órgãos reguladores nacionais indicaram a continuidade do semestre letivo, por meio de atividades remotas, já que o contato físico presencial precisou ser interrompido. O conceito de ensino remoto formulado por Hodges et al (2020) define que:

O ensino remoto emergencial resulta, pois, de uma resposta imediata a uma crise, concretamente a provocada pela pandemia COVID-19, com o objetivo de manter as atividades letivas. Traduz-se numa mudança rápida dos processos de ensino e aprendizagem presenciais para modelos alternativos, tecnologicamente mediados (2020, apud DIAS-TRINDADE, CORREIA, & HENRIQUES, 2020, p. 6).

Ainda de acordo com Hodges et al (2020), o ensino remoto emergencial se distingue da modalidade de Educação a Distância (EAD). Pois a EAD conta com recursos e uma equipe

multiprofissional preparada para ofertar os conteúdos e atividades pedagógicas, por meio de diferentes mídias em plataformas on-line. Em contrapartida, o intuito do ensino remoto não é estruturar um ecossistema educacional robusto, mas ofertar acesso temporário aos conteúdos curriculares que seriam desenvolvidos presencialmente. Consequentemente, em decorrência da pandemia, o ensino remoto emergencial tornouse a principal alternativa de instituições educacionais de todos os níveis de ensino, caracterizando-se como uma mudança temporária em circunstâncias de crise. Ou seja, as mudanças no sistema educacional precisaram ser realizadas rapidamente. Os professores precisaram fazer a translocação do ensino presencial para plataformas on-line com o emprego das TDIC.

Apesar de todas as dificuldades que esse período pandêmico tem trazido, a bibliografia reforça que nesse árduo momento pode ser vantajoso, trazer inovações para o setor da educação, uma vez que os docentes e discentes não prosseguirão sendo os mesmos, em função da implementação do ensino remoto nas instituições de ensino. Portanto, as TDIC podem adquirir novos sentidos ao ocuparem um espaço importante no processo de ensino-aprendizagem, em todos os níveis de ensino, visto que o afastamento foi no espaço físico, pois boa parte das aulas foram síncronas, onde professores e alunos estiveram virtualmente podendo interagir, em tempo real. (MIRANDA et al 2020). Fazendo um recorte desse processo, podemos considerar que, provavelmente, nunca o processo de educação contou com tantas inovações. Foi a transformação digital mais rápida que se tem relatos num setor inteiro e ao mesmo tempo. Diante disso, novas ferramentas e mecanismos tecnológicos foram desenvolvidos e aplicados no processo de ensino. (DIASTRINDADE, CORREIA, & HENRIQUES, 2020, p. 7). É importante ressaltar que, no ensino remoto, o aluno é visto como o centro desse processo de aprendizagem, deixando de ser apenas um mero expectador, construindo juntamente com o professor o conhecimento e o professor é o mediador responsável por encarar os desafios impostos pelo ambiente escolar virtual. Contudo, as transformações provocadas na educação pelo ensino remoto escancaram as desigualdades que, até então, pareciam estar sendo obstruídas pelo acesso ao ensino de forma presencial nas salas de aula das instituições de ensino. Alguns aspectos influenciaram profundamente no processo da alfabetização, além da falta de acessibilidade à internet por grande parte educandos, a ausência de interação presencial e direta prejudicou significativamente o processo de ensino-aprendizagem.

Cordeiro (2020) alega que reaprender a ensinar e reaprender a aprender constituem desafios em meio ao isolamento social em que se encontra o setor de educação do país. Os educadores tiveram que se adaptar para ter êxito em lecionar à distância e este estudo especificamente, procura identificar como as escolas lidaram com esse processo de transposição para o ensino remoto, buscando inclusive, apontar as principais medidas usadas pelos professores para promover a alfabetização e minimizar os impactos provocados pela pandemia. É preciso ter em mente que, considerando o cenário pandêmico atual, o ensino remoto pode ser considerado um aliado na continuidade das atividades escolares, minimizando o atraso e as dificuldades de leitura e escrita dos alunos no retorno às aulas presenciais. Entretanto, para que as atividades escolares possam ser realmente significativas e as dificuldades sejam atenuadas, existe a necessidade em haver parceria e colaboração de todos os personagens envolvidos no processo educacional, é preciso também que as famílias e toda a comunidade escolar se apoiem mutuamente, se sentindo parte integrante do processo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente atividade de pesquisa constituiu-se no estudo acerca do processo de alfabetização no modelo de ensino remoto nas escolas privadas de Governador Valadares, em Minas Gerais. Sendo assim, baseado nas informações obtidas, é possível afirmar que os objetivos desta pesquisa foram alcançados. O estudo possibilitou identificar as estratégias de ensino adotadas pelos professores no modo remoto com a finalidade de alfabetizar os educandos da melhor maneira possível, dentro dos limites empregados pelo meio digital e a falta de contato físico devido à pandemia. É irrefutável que a transposição de aulas presenciais para o ensino remoto não foi algo simples. Com efeitos, foram diversas as formas que os professores encontraram para conseguir contornar os empecilhos do ensino remoto, almejando levar um ensino de qualidade para sua turma dentro de seu alcance.

Dessa forma, depois de identificado como estão sendo administradas as aulas do primeiro ano do ensino fundamental trabalhadas durante a pandemia, cabe ressaltar que esses professores deverão continuar utilizando de toda sua maestria, procurando se apoiar nas TDIC, pois estas, se bem utilizadas, podem aumentar o engajamento dos alunos e despertar neles muito mais interesse e participação nas aulas. No decorrer do estudo foi possível perceber que os professores se adaptaram a essa nova realidade para que o processo de alfabetização fosse consolidado com êxito. Inovaram as

estratégias de ensino e adequaram o ambiente de trabalho, além de terem implementado o uso de novas tecnologias. No entanto, apesar de a falta de apoio dos pais ter sido uma dificuldade constatada na pesquisa, foram também enfatizados os benefícios da participação e da parceria ativa dos familiares, em prol de uma de educação de qualidade, mesmo sabendo que está fora do alcance do professor intervir em certas situações de ensino, no contexto do ensino remoto. Por fim, a análise das informações contidas na amostra dos vinte professores ressalta que alguns ainda dependem de maior afinidade com tecnologias e apoio de terceiros para que consigam melhor desenvolver sua aula, enquanto outros lidam bem com tais aspectos, entretanto, todos conseguiram encontrar boas saídas para a ministração das aulas. Assim sendo, conclui-se que há algumas estratégias preferíveis por parte de alguns professores, mas é algo que ainda deve ser discutido com maior cautela. Portanto, o estudo do assunto representa uma importância significativa para a sociedade, pois é de interesse dela, dessa forma se faz necessário continuar investigando sobre o tema, pois ele deve ser mais explorado.

REFERÊNCIAS

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BRAGA, R. Apresentação. In: FAUSTO, C.; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, p. 6-7. 2018.

CARVALHO, M. R. V. Perfil do professor da educação básica. Brasília. INEP/MEC. 2018.

COÊLHO, J. J. de A; BERGAMINI, G. B. Uso da pesquisa quantitativa nas pesquisas em educação: possibilidades e desafios. Rev. Saberes, vol. 9, n. 1, jan/jul, 2019.

CORDEIRO, K. M. A. O impacto da pandemia na educação: a utilização da tecnologia como ferramenta deensino. Trabalho para disciplina de Pedagogia pela UFAM (Universidade Federal do Amazonas). 2020.

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