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Novidades Internacionais
ARMÊNIA É PAÍS HOMENAGEADO DO MIDEM 2015
Portal entre as culturas da Europa Ocidental e do Cáucaso (de influências persas, árabes, orientais), a Armênia será o país homenageado na edição 2015 do Midem (Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical), de 5 a 8 de junho, na cidade francesa de Cannes. Maior encontro mundial do mercado de música, o Midem não é um festival, mas um polo vibrante de licenciamento, celebração de contratos, distribuição e divulgação, além de discussões sobre o mercado, que atrai milhares de participantes e empresas a cada ano, desde a primeira edição, em 1967. Apesar de o foco não ser nos shows, muitos artistas fazem apresentações em Cannes durante os dias do evento, e este ano não será diferente. Somente da Armênia, a Orquestra Nacional e a Orquestra Nacional de Jazz são duas das atrações mais aguardadas. No ano passado, o país convidado de honra foi o Brasil, e artistas como Criolo e Alceu Valença fizeram shows memoráveis. Este ano, a diretora-executiva da UBC Marisa Gandelman será uma das palestrantes do fórum “Como as indústrias criativas podem maximizar os ganhos nos países dos Brics?”, em 6 de junho, que terá ainda a participação de representantes da indústria de Índia, África do Sul e China. Confira a programação completa em midem.com.
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ARRECADAÇÃO GLOBAL DE DIREITOS AUTORAIS SE MANTÉM EM € 7,8 BILHÕES, REVELA CISAC
A arrecadação global de direitos autorais referentes às obras de cerca de três milhões de compositores do mundo todo se manteve um pouco abaixo dos € 8 bilhões em 2013. O número consta do mais novo relatório da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac), divulgado em fevereiro passado e que compila dados de dois anos anteriores. Ao todo, segundo a Cisac, foram arrecadados e distribuídos € 7,8 bilhões no mundo, volume que se manteve estável em meio a uma crise econômica que afetou diversas outras atividades. Diretor-geral da Cisac, Gadi Oron comemorou a arrecadação: “Em 2013, as sociedades integrantes da Cisac provaram de novo a importância da gestão coletiva. Apesar das condições econômicas desafiadoras em muitos mercados, o total arrecadado ficou estável. Excluindo o impacto do câmbio, o crescimento em euros da ordem de 4,6% (sobre 2012) é encorajador para o futuro da indústria criativa globalmente.” O segmento sobre a América Latina e o Caribe foi ainda mais animador. De acordo com o relatório, houve crescimento de 17% na região naquele ano. “Os mercados dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) continuaram a se mostrar muito promissores, saltando 30% sobre o ano anterior”, afirmou Oron: “Estes países ainda têm enorme potencial, com meros doze centavos de euro de arrecadação per capita, comparados ao € 1,30 do mundo como um todo. O crescimento de arrecadação dos serviços digitais (como streamings) também continuou a apontar para o caminho que a música indubitavelmente seguirá. Embora ainda represente só 5% da arrecadação total, o segmento teve salto de 25% em um ano.
ESTUDO QUER MEDIR TAMANHO DA INDÚSTRIA CRIATIVA GLOBAL
Depois de medir o tamanho e a importância da indústria criativa para a economia Europeia – em estudo divulgado na última edição da Revista UBC –, agora a consultoria EY (antiga Ernst & Young) dará um passo ainda mais ousado. Já está em andamento, com planos de publicação ainda para este ano, um estudo econômico global sobre as indústrias culturais e criativas. O trabalho “Gerar crescimento – Mensurando os mercados cultural e criativo da União Europeia” está disponível na internet para consulta em www.creatingeurope. eu e estimou que, anualmente, produzem-se pelo menos € 536 bilhões (o equivalente a quase R$ 1,9 trilhão) e empregamse sete milhões de europeus em áreas ligadas à produção cultural, sobretudo a música e as artes visuais. Acompanhe na Revista UBC sobre a publicação do novo estudo global e suas conclusões.
ARTISTAS SE UNEM PARA LANÇAR NOVO SERVIÇO DE STREAMING NOS EUA
Celebridades do meio musical americano se uniram para lançar uma nova plataforma de streaming no final de março. Parceria de gigantes do pop como Jay-Z, Madonna, Beyoncé, Alicia Keys, Jack White, Kanye West e Chris Martin (do Coldplay), o Tidal quer se tornar um concorrente direto do Spotify. Para o usuário, o grande diferencial é a oferta de lançamentos e conteúdos exclusivos. Para os artistas, contudo, a diferença é bem maior: o serviço promete lhes pagar “o dobro” do que serviços similares oferecem. Desta forma, não haverá pacotes gratuitos com acesso a certos conteúdos - o usuário deve sempre pagar, sejam US$ 9,99 mensais pelo acesso básico ou US$ 19,99 pelo som em alta definição. “A experiência de uso vai ser melhor, tanto para os consumidores quanto para nós, artistas. Queremos promover a sustentabilidade da nossa arte, da nossa indústria”, definiu Alicia Keys no discurso de apresentação da novidade. Singles exclusivos de Colplay, Daft Punk, Arcade Fire e Beyoncé, entre outras estrelas, já estão disponíveis na plataforma - por enquanto, somente nos Estados Unidos -, prova da pressa do Tindal em disputar o mercado com o Spotify, que, sozinho, tem mais de 60 milhões de usuários.
YOUTUBE: 90% DOS CONTEÚDOS MAIS VISTOS SÃO VÍDEOS MUSICAIS
Nove em cada dez dos conteúdos mais vistos no YouTube são vídeos musicais. A revelação foi feita em março, durante uma conferência em Oslo, por Jeroen Bouwman, gerente de parcerias do gigante dos vídeos na região dos países nórdicos e de Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O executivo recomendou que, para ter muitos acessos e, portanto, ganhar mais, criadores devem produzir “constantemente”. “Se um artista lança um álbum de 12 canções, no formato tradicional, vai ser muito bemsucedido se tiver, digamos, uns três singles fazendo sucesso ao longo de cinco ou seis meses. Depois, vai se recolher e produzir outro álbum nos próximos 12 a 18 meses. Para prosperar no YouTube, recolher-se por 12 a 18 meses não dá certo. É preciso postar conteúdo constantemente”, defendeu.