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AprEsENTAção, textos de

Maquete arquitetónica do Forte de Kilwa Kisiwani, Tanzânia desenho: Arq. João de Sousa Campos materiais: madeira e metal dimensões: 170,1 x 125,8 x 35cm propriedade: Fundação Calouste Gulbenkian

Planta da Cidade de São Paulo de Loanda Autor: José Augusto Alves Roçadas Escala: 1:5.000 Data: 1900 Dimensão: 100cm x 75cm Origem: Arquivo Histórico Militar Créditos: Manuel Rodrigues Levita/CML

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As cidades são provavelmente a maior expressão das civilizações e dos seus diferentes momentos culturais. Se grande parte das cidades em Portugal são muito anteriores à nacionalidade, também aquelas que foram criadas pelos portugueses em territórios de expansão seguiram caminhos próprios e no futuro acomodar -se -ão a realidades nunca previstas na sua origem, mas onde os traços da sua criação ou recriação estarão sempre presentes. Foi a própria ideia de cidade que os planos sempre quiseram materializar para cada caso em concreto. A compreensão desse imaginário no século XX, no contexto dos territórios então portugueses, foi o propósito do projeto de investigação que a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa desenvolveu a partir de 2005 e que se veio a desmultiplicar num grande número de publicações, sendo agora revelada parte desse estudo na exposição “Urbanismos de Influência Portuguesa”, através duma parceria entre a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa e a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. De facto, desde 1934, esta invenção de cidades constituiu um pilar da política ultramarina, seguindo um quadro legislativo que havia sido criado para a então “metrópole” e que supunha a produção sistemática de planos urbanísticos, tal como se veio a verificar até 1975. Esses documentos dirigiram com mais ou menos sucesso toda a produção urbana da época e constituem hoje um património comum que une transversalmente vários países que em distintos continentes falam português.

Carlos Dias Coelho Presidente da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa

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