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DORDEDUH

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VICKY PSARAKIS

VICKY PSARAKIS

Estado atual

Para Edmond Karban (aka Hupogrammos), o segundo álbum de Dordeduh – «Har» – representa o atual desenvolvimento da banda romena e não tem de ser comparado com o anterior.

Entrevista: CSA

Saudações, Edmond! Espero que todos os membros da banda estejam bem. Passaram-se nove longos anos entre este «Har» e o vosso primeiro álbum («Dar de Duh», 2012). - Podes dizer-nos o que andou a banda a fazer durante esses anos? Edmond – O grande intervalo entre os álbuns deve-se ao facto de que eu fui pai e agora tenho uma bela família que inclui três rapazes. Tive de fazer uma pausa depois de termos tocado em grandes festivais como o Hellfest e o Wacken. Não foi nada bom para a banda, mas tive de dar prioridade à minha família, porque os anos em que as crianças são pequenas são cruciais e não voltam mais. Depois de alguns anos, habitueime ao meu novo estatuto de pai e senti-me mais confiante na minha capacidade de o desempenhar, porque é um processo de aprendizagem que não tem fim, e comecei lentamente a regressar à música. Em 2015, lançámos um álbum intitulado «Mosaic» com Sunset in the 12th House e começámos a compor nova música para Dordeduh. E foi assim que nasceu este «Har». - A pandemia desempenhou algum papel na criação deste álbum? Talvez a banda tivesse mais tempo para compor música? Não, de modo nenhum. Já tínhamos o álbum quase todo gravado, quando a pandemia começou. Recordo-me que as últimas coisas que gravámos no ano passado foram uma parte dos vocais e dos teclados. Já tínhamos o álbum gravado e editado no nosso estúdio – Consonance Music – e enviámo-lo a Jens Bogren em maio e em junho recebemos o álbum misturado e masterizado.

Focando-nos agora em «Har»… - Este álbum é muito diferente do seu predecessor, não é verdade? Não me parece verdadeiramente diferente. A música que contém representa o nosso estado atual. O que compusemos para «Dar de duh» correspondia ao nosso estado na altura. - Tendo em conta a informação

dada pela Prophecy, fiquei com a impressão de que desempenhaste um papel de grande destaque na criação deste álbum. É verdade? Sim. Costumo ser eu a trazer as ideias, o conceito de base e a compor uma boa parte da música. Geralmente, apresento as linhas gerais do conceito aos outros e o mesmo acontece com a música. Depois, pegamos nesse material e trabalhamos juntos para o aperfeiçoar. Mas é preciso referir que o Sol também escreve algumas partes e ele e o Andrei trabalham comigo nos arranjos para as canções. Também desempenho o papel de produtor e vou moldando as coisas. Para ser franco, nenhum de nós tem um grande ego, logo cada um contribui o melhor que pode de uma forma honesta e genuína. O Flavius integrou-se no processo, quando as canções já estavam quase concluídas. Mas é preciso dizer que é um músico fantástico, muito intuitivo e com muita experiência como baixista, o que se nota imediatamente. Sinto que tenho uma equipa sensacional a trabalhar comigo.

Costin Chioreanu é meu amigo no Facebook e já o entrevistei para a Versus Magazine há uns anos atrás, como artista gráfico e também como músico. Sei que fez a arte para o vosso álbum. Até tem publicado vários desenhos relacionados com este álbum. - Por que o escolheram? Na realidade, foi ele que decidiu trabalhar connosco. Perguntounos se lhe dávamos carta branca para fazer a capa do próximo álbum de Dordeduh. Respondemos afirmativamente e estamos radiantes por o termos feito. - Como foi trabalhar com o Costin? Já nos conhecemos os dois há muito tempo. Tenho de lhe perguntar qual foi o primeiro projeto em que trabalhámos juntos, porque já não me lembro. Fizemos algo juntos antes da capa para «Dar de duh» [o primeiro álbum da banda]. Pode ter sido um cartaz para um concerto ou algum

”Não me parece verdadeiramente diferente. A música que contém representa o nosso estado atual. O que compusemos para «Dar de duh» correspondia ao nosso estado na altura

nesse género. Por outras palavras, fazemos muitas coisas juntos e estou muito habituado a trabalhar com ele. Penso que sou um cliente que lhe facilita a vida, porque não o pressiono e ele respeita isso. Somos bons amigos e encontrámonos nos eventos mais inesperados. - Até que ponto a banda contribui para esse trabalho? Ele apresentou-nos uma primeira proposta, que não nos pareceu adequada para o álbum e que ele acabou por usar para outros projetos. Para a segunda proposta, tínhamos uma ideia comum. Basicamente estávamos a pensar no mesmo em simultâneo. De qualquer forma, só tínhamos discutido a capa. Tudo o resto decorreu da forma como ele vê o nosso álbum. - E como descreverias a relação entre estes desenhos coloridos e os temas tratados no álbum? Queríamos algo com cores vivas, porque o conceito de base do álbum gira em torno da ideia de integrar tudo – branco ou preto, colorido ou descolorido – como acontece na vida de todos nós. Também era importante ter um artwork que desse a impressão de espaço e de ligação com o espaço/ universo. Queríamos ter um artwork que respirasse e que fosse simples e expressivo. E penso que ele foi muito bem sucedido com o nosso apoio.

Como vão promover este álbum durante a pandemia? Gostariam de fazer um concerto ao vivo num estúdio difundido em streaming como outras bandas têm andado a fazer? Infelizmente, não há muitas opções para promover este álbum e tivemos pouca sorte por termos lançado este álbum num contexto de pandemia. Mas, com um pouco de sorte, em breve teremos algumas oportunidades de promover este álbum também com concertos ao vivo. Live streaming não é uma opção que nos agrade. E acabámos de lançar um live DVD com muitas das canções que tocámos no concerto relativo ao nosso 10.º aniversário. Aparecem nele canções antigas de Negura Bunget, canções de «Dar de duh» e também uma versão antiga de uma das nossas novas canções: “De Neam Vergur”.

Quando andei a fazer alguma pesquisa sobre a banda, verifiquei que começaram a vossa carreira em 2020. Conseguiram celebrar os primeiros 10 anos da banda de alguma forma? Sim. A banda existe desde 2009, logo depois de termos posto termo a Negura Bunget, porque para o Sol e para mim essa banda deixou de existir nessa altura. E, como já referi, fizemos um concerto de aniversário no dia 26 de outubro, no Quantic Club em Bucareste, que agora está disponível em DVD e em formato áudio no nosso novo artbook.

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