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Cristiane Cordeiro Vasques & Jorge C. Messeder
de saúde pública, de interesse coletivo e, portanto, de responsabilidade de todos. Trivelato e Silva (2017) destacam que ao propor a realização de atividades investigativas “a ação do aluno não deve se limitar apenas ao trabalho de observação e manipulação, devendo conter características do trabalho científico, ou seja, reflexões, relatos, discussões, ponderações, entre outras” (2017, p. 74). Assim, a relação teoria e prática como um conjunto de ações indissociáveis, voltadas para a compreensão da realidade em que estamos inseridos, pode ampliar as percepções, modificar conceitos e valores e produzir novas atitudes.
M eio ambiente como eixo estruturador A questão ambiental é um problema que precisa ser discutido no espaço escolar de forma premente em qualquer segmento ou modalidade. Vivemos tempos de urgência no que se refere a saúde do planeta que nos abriga. Já é passada a hora em que temos que construir e constituir uma cultura de cuidado e preservação de nossa casa planetária. Loureiro (2012) ao refletir sobre o meio ambiente sob o olhar da ecologia política nos traz uma percepção mais ampla de uma sociedade sustentável partindo da ótica do ambiente como bem coletivo Em consonância com a tradição crítica, a constituição do ambiente como bem comum, a produção de condições dignas para todas as pessoas sem destruir a base natural e o respeito à diversidade cultural, pressupostos para uma sociedade sustentável, se dão por meio de movimentos sociais e ações coletivas e cotidianas, pelos quais formamos nossas individualidades, que objetivam rupturas com os padrões atuais da sociedade (ibid, 2012, p. 15).
Assim, defende que as ações em prol de uma sociedade sustentável devam se dar em um contexto de mobilização coletiva e recorrente,